quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Helicóptero da Força Aérea faz pouso forçado em canavial de Descalvado

Aeronave modelo UH 50 desceu em uma fazenda na área rural.

Piloto e dois tripulantes não ficaram feridos, informou a AFA.

Um helicóptero modelo UH 50 da Academia da Força Aérea (AFA) de Pirassununga (SP) fez um pouso forçado em uma fazenda em Descalvado (SP), no fim da tarde de terça-feira (19).

O piloto e dois tripulantes não ficaram feridos. Segundo a assessoria de imprensa da AFA, a aeronave teve uma pane no sistema e precisou descer sobre um canavial localizado dentro da Fazenda Quilombo, na área rural da cidade.

A aeronave sobrevoava a região em uma missão de treinamento, quando uma luz de advertência do óleo do motor acendeu, o que levou ao pouso de emergência para garantir a segurança dos tripulantes. Ainda segundo a Academia da Força Aérea, não “houve dano à aeronave e ao patrimônio público e privado”.

A AFA encaminhou na terça-feira uma equipe para fazer a segurança da aeronave, que deverá ser retirada do local nesta quarta-feira e levada para Pirassununga para manutenção.



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Fonte: G1 São Carlos e Araraquara - Fotos: Reginaldo dos Santos/EPTV

Justiça manda governo do ES devolver helicóptero à família Perrella

Aeronave foi apreendida no ano passado com 445 kg de cocaína.

Para TRF2, não havia provas de envolvimento dos donos da aeronave.


O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), no Rio de Janeiro, reformulou decisão de primeira instância e determinou a devolução do helicóptero que pertencia a uma empresa da família do senador Zezé Perrella (PDT- MG). A aeronave foi apreendida em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, na região Serrana do Espírito Santo, com 445 kg de pasta-base de cocaína, em novembro de 2013. O TRF 2 acolheu a tese de que não havia provas de envolvimento dos donos da aeronave com o transporte da droga. O helicóptero está sob a responsabilidade do governo do Espírito Santo, que informou não ter sido notificado da decisão da Justiça.

O helicóptero foi apreendido no dia 24 de novembro do ano passado e pertencia à empresa Limeira Agropecuária, que está em nome dos filhos do senador. A informação foi dada pelo advogado da família e confirmada pela Junta Comercial de Minas Gerais, um dia depois da apreensão. Na ocasião, quatro pessoas foram presas: o piloto e o copiloto da aeronave, além de outros dois homens responsáveis por descarregar a droga. Eles foram soltos no dia 8 de abril deste ano, de acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Um quinto acusado, o dono da fazenda onde ao helicóptero foi apreendido, já respondia ao processo em liberdade.

A decisão da Justiça contrariou o parecer do Ministério Público Federal, que defendia que o embargo deveria ser mantido até o trânsito em julgado do processo. Para o MPF-ES, os denunciados se associaram para importar, de forma rotineira, cocaína do Paraguai para o Brasil. O piloto teria sido convidado a participar do esquema para fazer o transporte das drogas e ganharia R$ 50 mil para o serviço, saindo de Belo Horizonte às 7h e retornado às 18h.


Em janeiro, a Justiça Federal no Espírito Santo entendeu que o confisco do bem atendia ao “interesse público no combate ao narcotráfico”. Há uma semana, o TRF 2 acolheu a tese de que não havia provas de envolvimento dos donos da aeronave com o transporte da droga. A defesa afirma que a responsabilidade pelo crime é do piloto da aeronave, que a teria usado sem permissão.

A aeronave está sob responsabilidade do governo do estado do Espírito Santo. O governo informou que ainda não foi notificado sobre a decisão. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e a Casa Militar, o helicóptero nunca foi utilizado em ações locais.

Fonte: G1 ES - Fotos: Bernardo Coutinho (Jornal A Gazeta) / Reprodução (TV Gazeta)

Investigadores buscam causas da queda do avião em Santos


William Waack explica no Jornal da Globo que os investigadores abandonaram uma das linhas de trabalho iniciais: a de que a tripulação teria acionado em momento errado dispositivos que ajudam o avião em voo lento.

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Manobra pode ter causado queda de jato com Eduardo Campos

Manual da fabricante do avião que caiu na quarta-feira passada alertava que, se flaps fossem recolhidos acima de 370 km/h, jato poderia mergulhar de bico, como ocorreu em Santos.


Uma manobra equivocada, em alta velocidade, pode ter feito o avião que levava o presidenciável Eduardo Campos (PSB) mergulhar em direção ao solo, matando o candidato e outras seis pessoas. A hipótese é analisada por especialistas da Aeronáutica como uma das mais prováveis para elucidar a queda, ocorrida em Santos (SP) no dia 13 de agosto.

No manual de instrução do jato Cessna Citation no qual voava Campos há uma restrição segundo a qual os flaps não podem ser recolhidos se o avião estiver em velocidade acima de 200 nós, ou seja, mais de 370 km/h. Se essa manobra for feita, alerta o fabricante, ocorre um "put down" (baque) violento, movimento que puxa o avião para baixo, tirando a estabilidade da aeronave a ponto de desorientar o piloto. Os flaps são como extensões das asas e ajudam na sustentação em voo e frenagem do avião no solo.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, já constatou que os flaps da aeronave estavam recolhidos. 

Resta saber se isso foi feito a uma velocidade compatível ou, conforme adverte o fabricante, em velocidade acima de 370 km/h, o que pode ter causado o mergulho "de bico" em direção ao solo. O manual do Cessna Citation XLS é explícito, na parte de Controle de Voo. 

O piloto pretendia pousar na Base Aérea de Santos, localizada no município vizinho de Guarujá (SP). Conforme o operador da base, utilizada como aeroporto na região, ouvido informalmente pela comissão de investigação, o comandante do Cessna Citation estava tranquilo quando informou que iria arremeter. Assim como quando respondeu que iria esperar o tempo melhorar para tentar nova aterrissagem.

Especialista analisa a falta de sustentação


Na hora do acidente em Santos, o vento soprava de cauda (condição que causa instabilidade em pousos), havia neblina e chovia. Dificuldades adicionais a um pouso em alta velocidade, como é o de um jato. 

Cláudio Scherer, professor de Técnicas de Operação de Jato na Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS e piloto há 48 anos, admite que é possível o comandante do Cessna ter acelerado acima de 200 nós com flaps baixados, "mas pouco provável".

– Acho mais provável que o acidente tenha ocorrido por outra falha: ele tentou fazer a curva fechada em velocidade baixa e o avião estolou (perdeu sustentação), caindo rumo ao solo – pondera o professor. 

ZH solicitou que a fabricante do avião acidentado, a Cessna Company, nos EUA, comentasse a possível causa do acidente. Até o início da noite de ontem, a empresa não deu retorno.

Dificuldade é comprovar dados


Investigador de desastres aéreos e autor do livro A Zona da Morte (lançado nesta semana no Brasil), o piloto americano Paul Craig afirma a ZH que a possibilidade surgida agora de um erro na condução da arremetida se encaixa na estatística: 70% dos acidentes com aviões envolvem falhas humanas. Especialmente sob mau tempo, como ocorreu em Santos no último dia 13.

Será difícil comprovar essas hipóteses e identificar as diferentes velocidades adotadas pelo avião quando se aproximava da pista. O Cessna não tinha, como equipamento de série, um gravador de dados, com informações sobre altitude e comandos efetuados pelo piloto. Também não foram gravadas as conversas mantidas pelos piloto e copiloto na cabine, talvez por um problema elétrico.

Fonte: Humberto Trezzi (zh.clicrbs.com.br - com agência de notícias)

Imagens inéditas mostram pela 1ª vez a queda do avião que matou Campos

Vídeo foi registrado por câmeras de prédio em construção em Santos, SP.

Desastre aéreo ocorreu no dia 13 de agosto e matou mais seis pessoas.


Imagens feitas por câmeras de monitoramento de um prédio em construção em Santos, no litoral de São Paulo, obtidas com exclusividade nesta terça-feira (19) pela TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, mostram pela primeira vez o momento exato da queda do avião que matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas no dia 13 de agosto.

A demora na descoberta do vídeo se deve ao fato de o horário do sistema de monitoramento estar errado. 


Outras imagens divulgadas anteriormente mostravam apenas o clarão, a fumaça e o fogo causados pela explosão, após o impacto da aeronave no solo. Essa nova imagem é a primeira que mostra o avião caindo, e deve ajudar nas investigações para descobrir as causas do desastre aéreo.

Fonte: G1 Santos - Imagem: Reprodução