quarta-feira, 24 de abril de 2013

Prefeito de Barretos (SP) não sabe o que fazer agora com aeroporto

Depois de assumir definitivamente em maio o aeroporto Chafei Amsei, antes gerido pelo Estado, a Prefeitura de Barretos (423 km de São Paulo), que passa por uma crise financeira, não sabe agora o que fazer com o local.

Entre as possibilidades levantadas estão a tentativa de atrair atrair voos comerciais (de passageiros ou de carga), criar uma oficina de manutenção de aeronaves, uma escola de aviação e até a terceirizar os serviços.  

"Alguns empresários sugeriram também transformar em um autódromo", diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sávio Baston. A definição sai em 30 dias.

Fachada do aeroporto Chafei Amsei, de Barretos, cuja gestão foi entregue ao município

Até o ano passado, o aeródromo era operado pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). Assim como em Barretos, os aeroportos de Botucatu, Lins e Piracicaba foram assumidos pelas prefeituras.

Segundo o Daesp, o pedido partiu dos Executivos locais diretamente à Secretaria de Aviação Civil, do governo federal, e aprovada pelo Estado.

O convênio em Barretos foi assinado na penúltima semana de 2012, pelo ex-prefeito Emanoel Carvalho (PTB). O atual, Guilherme Ávila (PSDB), assumiu alegando ter herdado dívida de R$ 446,4 milhões --Carvalho admite débitos de R$ 110 milhões.

Hoje o aeroporto opera apenas com voos particulares não regulares. Se não for encontrada uma solução lucrativa, o secretário estima que o aeroporto custará ao município R$ 180 mil ao ano em gastos com manutenção.

"Não é tão alto [o valor], perto das possibilidades que o aeroporto dá", diz. Como há vários tipos de gestão --local, mista ou terceirizada--, diz ele, "estamos avaliando para saber o que é mais interessante para o município".

Segundo Baston, ainda serão necessários investimentos no terminal, como criação de um espaço para os bombeiros, uma exigência para haver voos comerciais.

'Bomba'

O presidente da Acib (Associação Comercial e Industrial de Barretos), André Luís Peroni Angelo, vê na municipalização do local vantagens, apesar de o assunto dividir opiniões dentro da própria entidade. "Uns acham que é uma bomba", diz.

Para ele, voos comerciais e de cargas poderiam alavancar a indústria alimentícia e a prestação de serviços na área de saúde. "Também poderiam trazer uma empresa de manutenção de aeronaves", afirma o dirigente.  

Fonte: Luis Fernando Wiltemburg (Folha de S.Paulo) - Foto: Edson Silva-9.ago.2012/Folhapress

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