terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PF responsabiliza FAB por fuga de avião que traria drogas do Paraguai

Aeronave pousaria em pista da área rural de Boa Esperança do Sul, SP.

Políca armou operação, mas piloto foi alertado por quadrilha e fugiu.

Homem que receberia droga do Paraguai morreu em troca de tiros com a PF
Foto: Imagens cedidas TV ARA

A Polícia Federal (PF) de Araraquara (SP) afirma que o caça da Força Aérea Brasileira (FAB), que rastreava uma aeronave carregada de armas e drogas vindas do Paraguai e que pousaria em Boa Esperança do Sul (SP), no último sábado (19), estava muito próximo do avião suspeito, o que alertou a quadrilha. A FAB alega que seguia o avião à distância, de forma oculta, e que o piloto da aeronave clandestina não foi comunicado e sequer viu a aproximação do caça.

A PF começou a investigar a quadrilha há cerca de dez dias, quando um dos suspeitos comprou combustível para aviação. O esquema foi descoberto e a operação preparada. “Como havia a possibilidade da invasão do espaço aéreo brasileiro, nós contatamos a FAB para monitorar via radar a invasão e o trajeto dessa aeronave clandestina”, conta o delegado.

A aeronave desceria em um campo de pouso utilizado por aviões agrícolas. No local, três homens aguardavam as armas e drogas. A Polícia Federal montou um cerco ao lado da pista no meio de um canavial, mas, segundo o delegado Alexandre Braga, o avião da FAB estava muito perto e os integrantes da quadrilha que estavam em terra deram o sinal para o piloto não pousar.

O avião suspeito retornou ao país de origem e foi seguido pela FAB por cerca de 800 quilômetros até entrar no espaço aéreo do Paraguai. “Há alguns anos, foi editada a lei do abate que prevê situações como essa, mas quem decide isso é a FAB”, diz o delegado da PF.

Sobre essa possibilidade, a Força Aérea afirma que existe um protocolo, mas que neste caso não era esse o programado. A FAB diz ainda que a aeronave investigada foi identificada e que as informações ainda sigilosas serão repassadas à PF.

Delegado da PF diz que decisão de abater avião cabe à FAB - Foto: Adriano Ferreira/EPTV

Ação

Um homem de 26 anos, suspeito de integrar o grupo que receberia as drogas e armas vindas do Paraguai, morreu após trocar tiros com a PF. Um vereador de Bocaina (SP) foi preso e um terceiro integrante da quadrilha conseguiu fugir.

A polícia apreendeu um revólver calibre 38, uma pistola, munição e um rádio de comunicação. No pátio da PF estão dois veículos usados pelos suspeitos. Um dos automóveis está com o vidro estilhaçado devido à troca de tiros. O outro está carregado com os galões de combustível que serviria para reabastecer o avião. 

Fonte: G1 São Carlos e Araraquara

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