quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Aviação: tecnologia prejudica pilotos, acidentes sucedem-se

Estudo da Federal Aviation Administration chegou à conclusão que os computadores nos aviões estão a prejudicar as capacidades dos pilotos para 'conduzirem' as aeronaves em modo manual.

90 segundos depois de decolar, os pilotos devem ligar o piloto automático,
o qual será desligado apenas 90 segundos antes de aterrissar

Estarão os pilotos de linha aérea a esquecerem-se como se pilota um avião? À medida que as aeronaves vão ficando cada vez mais computorizadas para poderem cruzar céus cada vez mais sobrecarregados, os especialistas em segurança aérea estão preocupados com a proliferação de acidentes provocados por pilotos que perderam os seus instintos.

Centenas de pessoas morreram nos últimos cinco anos em acidentes nos quais os pilotos, muitas vezes sem perceberem, perderam o controlo das aeronaves. Em alguns casos, tomaram decisões erradas, com resultados catastróficos.

Cumprindo os regulamentos que obrigam a recorrer a sistemas computacionais, a indústria aeronáutica está "dependente de automatismos", afirma o comandante Rory Kay, vice-presidente do comité para o ensino da pilotagem na Federal Aviation Administration (FAA). "Sucedem-se os acidentes com aeronaves ultrassofisticadas", lembra.

Três minutos sem piloto automático

Apenas durante três minutos por voo é que os pilotos não recorrem a sistemas automáticos, ou seja, durante a descolagem e a aterragem. Resultado: os pilotos têm poucas oportunidades para treinarem a suas capacidades de pilotagem, alerta Rory Kay.

As companhias aéreas e os autores dos regulamentos desencorajam (e chegam mesmo a proibir) os pilotos a desligarem os pilotos automáticos e a tomarem o destino da aeronave nas suas mãos. Peritos em segurança relatam mesmo alguns casos nos quais os pilotos, confrontados com uma falha dos sistemas computacionais, parecem não saber responder de forma expedita, acabando mesmo por tomar decisões erradas.

Num estudo realizado pela FAA chegou-se à conclusão que os pilotos, por vezes, "passam a responsabilidade para os sistemas automáticos". Omnipresentes nas aeronaves mais modernas, o mau funcionamento de alguns equipamentos ou a introdução errada de um parâmetro num computador, pode provocar uma série de falhas.

Esquecimento fatal

O estudo realizado pela FAA analisa 46 acidentes, 734 relatórios de pilotos e outros elementos da tripulação bem como informações de 9000 voos, recolhidas por peritos de segurança que observaram os pilotos em ação no cockpit. Conclusão: em mais de 60% dos acidentes, os pilotos tinham dificuldade em voar em modo manual, ou cometiam erros nos sistemas automáticos.

Mas há mais. Com muita frequência os pilotos não se apercebiam que o piloto automático estava desligado. Verificou-se também que alguns pilotos não conseguiam tomar as medidas apropriadas para recuperar uma aeronave que está a perder altitude ou a monitorizar e a manter a velocidade do aparelho.

"Estamos a esquecermo-nos como é que se pilota um avião", remata Rory Kay.

Números

51

Acidentes ocorridos nos últimos cinco anos em que o avião entrou em queda ou a voar de forma desgovernada. Fonte: The International Air Transport Association

Fonte: aeiou.expresso.pt

Bombeiros confirmam localização de helicóptero em mata do litoral de SP

Três corpos carbonizados estão na aeronave, segundo corporação.

Helicóptero que saiu de Campinas caiu em área de mata em Maresias.

O Corpo de Bombeiros localizou, no fim da manhã desta quinta-feira (1º), o helicóptero que estava desaparecido desde terça-feira (30) após deixar Campinas, no interior de São Paulo, com destino a Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A aeronave caiu em uma área de mata fechada em Maresias, no litoral de São Paulo. O capitão Danilo de Oliveira Godoy, comandante do Corpo de Bombeiros do Litoral Norte, disse que há três corpos carbonizados no interior do helicóptero. As vítimas são o empresário André Bicego Martins, dono da aeronave, e o casal Edson e Luciana Reis.


“É a aeronave mesmo, já foi confirmado que há três corpos carbonizados”, disse o capitão, por volta das 12h15. No horário, ele seguia até o local onde estão os destroços com os peritos e a Polícia Civil. O ponto da queda está isolado para a realização da perícia. Dois helicópteros e equipes da Polícia Ambiental também auxiliam nos trabalhos.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o helicóptero decolou às 8h de terça e tinha uma parada prevista no Guarujá, no litoral paulista, antes do destino final em Angra dos Reis. O último contato foi feito entre 10h e 10h15, quando a aeronave sobrevoava Mauá, no ABC.


O piloto e dono do helicóptero modelo Robinson R44, com prefixo PP-CLE, é o empresário André Martins, proprietário de uma loja de carros em Campinas. Dois homens que não tiveram os nomes e profissões divulgados também estavam na aeronave.

Fonte: SPTV 1ª Edição (TV Globo) via G1

Passageiro morre em aeroporto do Rio após passar mal em voo, diz aérea

Segundo a Trip, avião vinha de Vitória, no Espírito Santo.

A empresa afirma que está prestando assistência aos parentes da vítima.

Um homem morreu, na tarde desta terça-feira (30), após passar mal dentro de um avião, que veio de Vitória, no Espírito Santo, em direção ao Rio de Janeiro. Segundo informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o voo 5353 da empresa aérea Trip, onde estava a vítima, chegou ao Rio às 13h29.

Procurada pelo G1, a assessoria da Trip, confirmou o ocorrido e divulgou uma nota.

"A TRIP Linhas Aéreas informa que um passageiro que estava no voo 5353, originário de Vitória com destino ao Rio de Janeiro, Aeroporto Santos Dumont, foi acometido por um problema de saúde quando a aeronave se aproximava de seu destino. Acionada prontamente pela TRIP, a equipe médica do aeroporto deu sequência, em solo, ao atendimento iniciado ainda dentro da aeronave. Infelizmente, apesar do pronto-atendimento, o passageiro veio a óbito. A TRIP esta prestando toda a assistência aos familiares do passageiro".

Fonte: Renata Soares (G1/ RJ)

CIA contrata empresas privadas para seus voos secretos

Os voos secretos da CIA se tornaram um bom negócio para uma rede de empresas de transporte privado dos Estados Unidos, segundo os documentos divulgados nesta quinta-feira pela organização humanitária Reprieve.

Os métodos utilizados para transportar suspeitos de terrorismo a prisões secretas ao redor do mundo foram revelados durante uma disputa judicial entre duas das companhias encarregadas dessa tarefa nos EUA.

As faturas, recibos, contratos e os e-mails apresentados como provas em um julgamento em Nova York, no caso que começou em 2007 e durou quatro anos, foram recolhidos pela Reprieve.

"Estes documentos nos revelam de forma sem precedentes como o Governo dos EUA conduziu secretamente as detenções e voos da CIA e volta a levantar a questão de por que os suspeitos nunca tiveram a oportunidade de serem julgados", disse a representante legal da Reprieve, Cori Crider.

Como resultado do caso, protagonizado pelas empresas Sport Flight e Richmor, as identidades das companhias envolvidas no programa de voos secretos da CIA foram divulgadas pela primeira vez.

A documentação do caso revelou que o Exército dos EUA pagava US$ 4.900 por hora pelos aviões privativos que deviam estar disponíveis com um aviso prévio de 12 horas e que eram encarregados de transportar os detidos a prisões secretas da CIA.

Os documentos mostram ainda que os diretores das companhias envolvidas chamavam de "convidados" os presos que eram transportados a prisões secretas, onde eram torturados.

Uma das faturas revisadas no julgamento, que chega a US$ 301 mil, corresponde aos voos secretos de Encep Nuraman, o líder da organização terrorista da Indonésia Jamaah Islamiyah, que após sua detenção sobrevoou em oito dias o Alasca, o Japão, a Tailândia, o Afeganistão e o Sri Lanka.

Outra das faturas se refere à detenção e voos de Khalid Sheikh Mohammed, o homem que se declarou mentor do ataque de 11 de setembro e que depois de sua detenção em 2003 desapareceu após passar pelas prisões secretas dos serviços de inteligência dos EUA.

Além disso, a Reprieve denunciou que um dos aviões da empresa Gulfstream passou com frequência pelos aeroportos britânicos e irlandeses, como Glasgow, Shannon, Edimburgo e Luton.

A organização que luta contra a tortura revelou também que o governo americano usou um mesmo avião, de propriedade do dono Liverpool FC, Philip Morse, em 52 ocasiões com destinos tão diversos como Guantánamo, Cabul, Bangcoc, Dubai e Tenerife.

Fonte: EFE via Terra - Imagem: Reprodução

Fiscalização de aviões estrangeiros de pequeno porte terá cruzamento de dados

A partir de hoje (1º), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) cruzará dados com a Receita Federal e a Aeronáutica para conceder licença para operação temporária de aviões estrangeiros de pequeno porte no Brasil.

A Anac irá consultar a Receita Federal e a Aeronáutica para obter um histórico do avião, assim que a aeronave chegar ao Brasil. Será possível checar quem é o dono da aeronave, se existem dívidas e o motivo da viagem. Se for constatada alguma irregularidade, a decolagem será impedida.

A legislação brasileira exige que uma aeronave estrangeira tenha autorização da Anac e da Recita Federal para operar por tempo determinado no Brasil, como, por exemplo, trazer um passageiro e, em seguida, retornar ao país de origem. Atualmente, a Anac e a Receita Federal concedem a permissão temporária de forma separada, sem se comunicarem.

A meta é fiscalizar 100 aviões por dia autorizados a operar por tempo determinado no Brasil. O combate ao tráfico de drogas é um dos objetivos do cruzamento de dados.

A informatização do processo teve início em janeiro. Agora, os pilotos já podem requisitar e receber, com antecedência, pela internet a autorização da Anac para permanecer por 60 dias em território brasileiro. Depois, o documento é registrado na Receita, que valida a permissão.

Fonte: Carolina Pimentel (Agência Brasil) - Edição: Rivadavia Severo

Emirates negocia com Infraero para operar com avião gigante em SP


A Emirates Airlines consultou a Infraero sobre a possibilidade de operar voos com o Airbus A380, maior avião comercial do mundo, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, segundo informações da assessoria de imprensa da empresa.

"O Brasil é um destino muito importante para a Emirates e esperamos trazer o A380 para São Paulo quando for o momento correto", disse a empresa árabe, lembrando que tem 75 aviões do modelo encomendados com a Airbus e sempre procura novos aeroportos para operar.

A Infraero disse, por meio de sua assessoria, que o aeroporto de Guarulhos tem condições de receber chegadas do A380, contudo teria que fazer pequenos ajustes na pista.

A Airbus trouxe, em 2008, o modelo para o Brasil para fazer testes e o aeroporto paulista recebeu o avião. A Emirates afirmou que ainda não tem possíveis destinos, expectativas ou especulação de datas para o processo de liberação.

Fonte: Terra via Jornal do Brasil - Imagem: Reprodução

Nasa teme perder estação espacial em caso de evacuação


A agência espacial americana (Nasa) teme que o adiamento indefinido do lançamento da nave tripulada russa Soyuz leve a uma evacação sem precedentes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com o consequente risco de perdê-la.

"Há um risco maior de perdermos a ISS se não ficar um astronauta a bordo e o aumento desse risco não é insignificante", disse Mike Suffredini, diretor do programa da ISS na Nasa.

"Vamos fazer o que for mais seguro para a tripulação e a estação, que representa um enorme investimento para nossos respectivos governos", disse na segunda-feira, durante coletiva por telefone, após o anúncio da agência estatal russa.

A Rússia adiou o lançamento do próximo voo para a estação orbital, previsto para 22 de setembro até, no mínimo, o final de outubro, depois do fracasso do lançamento da nave de carga Progress rumo à ISS.

O cargueiro russo Progress M12-M, que levava várias toneladas de equipamentos e alimentos destinados à ISS, caiu na quarta-feira passada, 325 segundos depois de decolar do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

O foguete Soyuz-FG, que devia transportar os cosmonautas ao espaço, possui o mesmo motor do foguete Soyuz-U, que não conseguiu por o Progress em órbita.

"Nossa missão é proteger o investimento" da Estação Espacial Internacional, insistiu Suffredini.

Este complexo orbital, cuja construção começou em 1998 e terminou em 2010, representa um investimento de 100 milhões de dólares, grande parte assumida pelos Estados Unidos.

Segundo funcionários da Nasa, a estação pode funcionar sem tripulantes.

"Se os sistemas essenciais não falharem, pode-se controlar a ISS da Terra e mantê-la em órbita indefinidamente", disse Suffredini, embora tenha esclarecido que não é desejável "durante um período prolongado".

A evacuação já foi prevista em uma ocasião: após o acidente com o ônibus espacial Columbia, em 1º de fevereiro de 2003, quando se determinava a causa da catástrofe que matou seus sete tripulantes.

Mas a Nasa, consciente de que isto representaria um risco maior de perdê-la, decidiu manter três astronautas a bordo a todo momento, disse Suffredini.

A tripulação da ISS, chamada "Expedição", é composta normalmente por seis membros e é renovada a cada seis meses. Atualmente, há três russos, dois americanos e um japonês.

Uma evacuação temporária prolongada também afetaria vários experimentos científicos na estação orbital que exigem a presença dos astronautas, disse Suffredini.

No entanto, outros, como o "Espectrômetro Magnético Alfa", um detector de partículas de antimatéria e matéria escura invisível, continuariam funcionando controlados à distância, reconheceu.

Por enquanto, a Nasa mostra-se otimista sobre as possibilidades de que os russos identifiquem as causas da falha e prevejam o novo lançamento de uma nave espacial Soyuz com três tripulantes justo a tempo de evitar a evacuação da ISS.

A data limite para o retorno de uma nave Soyuz às estepes do Cazaquistão seria em meados de novembro.

Por outro lado, a Nasa e a agência espacial russa, Roskosmos, não desejam correr o risco de manter os astronautas a bordo da estação além dos seis meses regulamentares, devido aos riscos inerentes da exposição prolongada à radiação espacial.

Além disso, as duas Soyuz de três lugares cada não podem permanecer acopladas ao complexo espacial mais de 200 dias, porque depois deste tempo, o peróxido de hidrogênio, o combustível de seus motores orbitais, começa a se deteriorar.

O abastecimento da ISS não é um problema, assegurou Suffredini, uma vez que há provisões e insumos suficientes para durar um ano.

Fonte: AFP - Foto: Getty Images