quinta-feira, 16 de junho de 2011

Piloto, herói do acidente aéreo em Londrina (PR), recebe homenagem


O piloto considerado herói do acidente aéreo que aconteceu no distrito da Warta, zona rural de Londrina, no Paraná, em dezembro de 2010, foi homenageado ontem pela Câmara Municipal de Londrina. Felippe Seraphim dos Santos, 24 anos, recebeu o Diploma de Reconhecimento Público nesta terça-feira (14), às 18h45, na sede do legislativo.


O jovem era o copiloto do voo que vinha de Uberaba, com destino ao Aeroporto Internacional Governador José Richa, em Londrina, e levava sete pessoas. Já perto da cidade, o avião turbo-hélice King Air C-90, prefixo PT-WUG, do Programa Leilões, teve problemas e precisou fazer um pouso forçado em uma plantação de soja no distrito da Warta. Assim que chegou ao solo, Felippe desprendeu-se do cinto, orientando todos os passageiros a descerem rapidamente do avião, que logo depois explodiu.


O vereador José Roque Neto (PTB) foi o proponente do Diploma de Reconhecimento Público, destacando a rapidez de raciocínio de Felippe, que salvou todos os passageiros. O jovem se formou piloto pelo Aeroclube de Londrina em 2008 e trabalha na aviação comercial da empresa Programa Leilões.

Ele vem de uma família de aviadores, tendo um tio e um primo que também são pilotos. Felippe ainda é formado em Ciências Aeronáuticas pela Universidade Norte do Paraná (Unopar). Nascido em 1986, desde criança tinha o sonho de seguir carreira como piloto e conseguiu se tornar um heroi, evitando uma tragédia.

No acidente as pessoas tiveram apenas ferimentos leves, como o próprio Felippe que teve que passar por uma operação para reconstrução do nariz.

Ocupantes

O bimotor era pilotado por José Alexandre Bento, de 32 anos, que não se feriu. O co-piloto era Felipe Serafim, de 24 anos, com lesões na face. Entre os cinco passageiros, Paulo Henrique Arantes Horto, de 46 anos, foi o que mais se feriu, com luxação no ombro esquerdo, mas sem gravidade.

Com contusões e escoriações, ficaram Arley Ricardo Pereira, de 39 anos, Lidiane Thais Moreira, de 28 anos, Sandra Silva Horto, de 33 anos, e João Antonio Gatnil, de 56 anos.

Fontes: Londrix / bonde.com.br / Pauline Almeida (londrina.odiario.com) / Paraná TV 1ª edição – Londrina - Foto: Reprodução/TV Tarobá

Voo 447 Rio-Paris: restos mortais das vítimas chegam à França

Os corpos de vítimas do acidente com o voo Air France Rio-Paris há dois anos, resgatados nas últimas semanas ao longo da costa brasileira, chegaram de navio nesta quinta-feira em Bayonne (sudoeste da França) antes do início de um longo processo de identificação na sexta-feira.

Os corpos de 104 vítimas deste acidente que deixou 228 mortos de 32 nacionalidades no dia 1º de junho de 2009, assim como destroços do avião, chegaram a bordo do navio Ile-de-Sein ao porto de Bayonne.

A embarcação chegou pouco depois das 06h00 (01h00 de Brasília) e aportou uma hora depois, acompanhado por um navio da Marinha nacional e de um outro da Polícia Militar.

Dois funcionários do porto de Bayonne observam a aproximação do "Ile-de-Sein"nesta quinta-feira


Mas as operações de descarregamento dos quatro contêineres contendo os restos mortais das vítimas e partes do avião, foram depois prejudicadas por uma pane em uma grua.

Depois de algumas horas de interrupção, as operações foram retomadas ao meio-dia, enquanto as forças de segurança mantiveram fechados os acessos ao porto para manter de discrição, como queriam as famílias das vítimas. A subprefeitura de Bayonne havia assegurado que a chegada dos corpos seria feita "com dignidade".

O "Ile-de-Sein", fretado pelo Escritório de Investigação e Análises francês (BEA), responsável pela investigação técnica do acidente do voo AF447, encerrou no dia 3 de junho as operações de resgate de corpos e destroços do Airbus A330 a 3.900 metros de profundidade no Atlântico.

No total, com os 50 primeiros corpos resgatados imediatamente depois do acidente. Cerca de outros 70 ainda estão entre os destroços da aeronave no fundo do oceano.

Os corpos devem ser levados durante o dia para o Instituto Médico Legal (IML) de Paris, onde os trabalhos de identificação começarão a partir de sexta-feira, segundo a Prefeitura da Polícia.

Essas operações mobilizarão "três médicos legistas, dois radiologistas e dois ortodontistas". O IML realizará "os exames técnicos, dentários e, em particular, efetuará exames de DNA".

"Será preciso estabelecer pelo menos uma semana, ou até duas, antes de apresentar elementos", estimou a Prefeitura da Polícia. "O objetivo é entregar o quanto antes e o mais rápido possível os corpos às famílias", acrescentou.

O chefe do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar Nacional, François Daoust, havia estimado no dia 13 de junho que este trabalho de identificação levaria "semanas, e até meses".

Um processo de identificação que divide as famílias. Já "indignadas" no final de maio com o "desenrolar caótico da investigação técnica" do BEA, elas estão divididas frente à decisão da justiça de resgatar seus entes para identificação.

"A operação suscitou polêmica, já que alguns querem e outros não. Tínhamos pedido à juíza que indicasse em quais condições de dignidade o resgate dos corpos seria organizado", explicou o vice-presidente da Associação Ajuda Mútua e Solidariedade AF447, Robert Soulas.

Os pedaços do avião devem ser transferidos para Toulouse (sudoeste), para as dependências da Direção Geral de Armamento (DGA).

Após a operação, o Ile-de-Sein depois irá para Santander, na Espanha, onde será submetido a uma revisão durante dois meses.

Graças às caixas-pretas resgatadas no início de maio, o BEA conseguiu estabelecer que a queda do avião durou 3 minutos, mas ainda não determinou as causas da tragédia. Um relatório da etapa é aguardado para o final de julho.

No âmbito judiciário de caso, Airbus e Air France são acusadas de homicídios culposos.

No total, com os 50 primeiros corpos resgatados imediatamente depois do acidente, o número total de restos mortais chegou a 154.

Fonte: AFP

Avião solar conclui 2ª viagem internacional com sucesso


O avião "Solar Impulse HB-SIA", movido a energia solar, finalizou nesta terça-feira com sucesso sua segunda viagem, entre Bruxelas e Paris, após ter cancelado três dias antes o mesmo percurso devido a problemas meteorológicos que causaram o esgotamento de suas baterias.

Segundo informou a empresa que projetou o avião, o protótipo "Solar Impulse HB-SIA" completou o trajeto em mais de 16 horas, após ter decolado de Bruxelas às 5h10 (0h10 do horário de Brasília) e aterrissar no aeroporto de Le Bourget às 21h15 (16h15).

O voo, no entanto, não será homologado, visto que, após o fracasso da primeira tentativa realizada no último sábado utilizando apenas energia solar, o avião recarregou 40% de suas baterias com combustível convencional.

A aeronave havia chegado à Paris por volta das 15h (10h de Brasília), mas teve que ficar sobrevoando uma área próxima à capital francesa por diferentes razões, explicou a companhia responsável pelo projeto, com sede na Suíça.

Primeiramente, pelo fato de que o solo durante o dia se aquece e o calor gerado sobe e ocasionalmente gera bolhas de ar que podem desestabilizar o avião, explicou o responsável da missão, Raymond Clerc.

Além disso, o tráfego aéreo normal é muito intenso até às 21h na área do aeroporto Charles de Gaulle, motivo pelo qual o protótipo deveria se dirigir a Le Bourget, arriscando-se a se deparar com turbulências geradas pelas demais aeronaves em sua aterrissagem.

O avião, pilotado pelo suíço André Borschberg, será exposto no 49º Salão Internacional da Aeronáutica, de 20 a 26 de junho.

Na primeira viagem internacional que realizou entre Bruxelas e Payerne (Suíça), precisou de 13 horas para completar o trajeto.

O "Solar Impulse", que tem uma envergadura de 63,4 metros (similar a de um Airbus 340) e pesa 1.600 quilos (como um carro), conta com uma sofisticada tecnologia que o permite voar abastecido unicamente com energia solar captada através de 12 mil células fotovoltaicas, que movimentam quatro motores de uma potência de dez cavalos cada um.

Em julho, a aeronave marcou a aviação solar ao completar um voo de mais de 26 horas contínuas, tempo durante o qual se manteve no ar graças exclusivamente à energia do sol que tinha captado durante o dia, batendo assim o recorde de duração de voo de aparatos de sua natureza.

Além disso, superou as marcas de altitude absoluta (8.700 metros) e de ganho de altitude (em 11 horas e 53 minutos ganhou 8.261 metros).

Fonte: EFE via UOL Notícias

Boeing pretende produzir 42 unidades do 737 em 2014

A Boeing pretende elevar a taxa de produção de sua aeronave 737 para 42 unidades por mês em 2014, afirmou a empresa nesta quarta-feira.


A Boeing, segunda maior fabricante de aviões do mundo depois da Airbus, da EADS, produz 31,5 unidades do 737 ao mês, número que espera aumentar para 35 ao mês no início de 2012, 38 no segundo trimestre de 2013 e, enfim, 42 ao mês no primeiro semestre de 2014.

A Boeing tem 2.101 pedidos não entregues de modelos do 737, de acordo com seu site. A companhia recebeu um total de 65 pedidos da aeronave neste ano.

A Boeing está decidindo se vai dar um novo design ao 737 ou se passa a empregar um novo motor com maior eficiência energética no atual modelo. Uma remodelagem do aparelho levaria mais tempo, mas economizaria mais combustível para companhias aéreas que buscam poupar custos.

A Airbus disse que substituiria o motor de seu avião de um corredor A320, esperando que a modernização impulsione suas vendas.

Em maio, a fabricante europeia disse que aumentaria a produção de sua série de aeronaves líder de vendas, a A320, para um nível recorde de 42 aviões ao mês, dando sinais de uma recuperação econômica global.

A demanda por aeronaves comerciais está se recuperando conforme companhias de viagens aéreas e fundos retornam para o mercado de leasing. O preço em ascensão do petróleo, no entanto, está forçando empresas a renovar suas frotas com aviões que consumam combustível de forma mais eficiente.

Em pronunciamento na Royal Aeronautical Society, em Londres, o presidente-executivo de aeronaves comerciais da Boeing, Jim Albaugh, disse que, durante os próximos 20 anos, haverá demanda para mais de 33 mil novos aviões comerciais, avaliados em cerca de 4 trilhões de dólares.

Segundo ele, a Boeing aumentará as taxas de produção em 40 por cento nos próximos três anos.

Fonte: Kyle Peterson e Rhys Jones (Reuters) - Foto: Reprodução