quinta-feira, 19 de maio de 2011

Justiça condena controlador por acidente do voo 1907 em MT

Controlador teve suspenso temporariamente o exercício da profissão.


No início da semana, juiz havia condenado os pilotos do Legacy.

Controladores envolvidos no acidente da Gol

O juiz federal Murilo Mendes, da Vara de Sinop, a 503 km de Cuiabá, condenou um controlador de voo e absolveu o outro no processo que apura as responsabilidades no acidente que matou 154 pessoas no norte de Mato Grosso. O acidente entre o jato Legacy e Boeing da Gol aconteceu em setembro de 2006. A decisão ainda cabe recurso no Tribunal Regional Federal (TRF).

O controlador de voo Lucivando Tibúrcio de Alencar foi condenado a três anos e quatro meses de prisão em regime aberto. A pena foi convertida à prestação de serviços comunitários e a suspensão temporária do exercício da profissão. Já o controlador Jomarcelo Fernandes dos Santos foi absolvido da acusação. Na Justiça Militar, o Jomarcelo foi condenado, em outubro de 2010, a um ano e dois meses de detenção, por homicídio culposo (sem intenção).

No inicio da semana, o mesmo juiz de Mato Grosso condenou os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que pilotavam o jato Legacy a quatro anos e quatro meses de prisão. Mas a pena também foi revertida em prestação de serviço comunitário nos Estados Unidos.

Controladores

O sargento Lucivando trabalhava no Cindacta em Brasília no dia 29 de setembro de 2006, quando aconteceu o acidente envolvendo as duas aeronaves.

No despacho, o juiz destaca que o crime foi culposo ao determinar a suspensão temporária dele da função de controlador. “Nada indica um histórico de negligência de Lucivando. A perda definitiva do cargo seria uma pena muito severa para pessoa que cometeu um erro. Para quem cometeu um crime não intencional,“ explicou o juiz.

O magistrado de Mato Grosso destaca ainda que a pena do controlador poderá ser substituída por prestação de serviço comunitário à comunidade. Já o segundo controlador, Jomarcelo Fernandes dos Santos, foi absolvido da acusação.

Condutas

Lucivando foi o controlador que não programou em seu console as chamadas frequências auxiliares. Isso teria dificultado o contato entre Legacy e o Centro de Controle. Os pilotos chegaram a fazer 12 contatos. “O que se exigia dele era que cumprisse o dever mínimo de selecionar, no console, as frequências indicadas para o setor. E isso ele não fez”, escreveu o juiz em sua decisão.

Já Jomarcelo não teve a habilidade mínima de controlador. O juiz explica que ele não tinha experiência (apenas nove meses na função) e nem sabia falar inglês, um requisito mínimo para a função. No despacho, o juiz federal fez questão de destacar o que disse um sargento experiente, que era responsável pela formação dos profissionais, sobre Jomarcelo: “era controlador que para mim não tinha condições de ser controlador”.

“Não se poderia, pois exigir, de Jomarcelo, mais do que ele fez. Pelas suas notórias deficiências, só se pode agradecer por ele não ter errado com muito mais freqüência. Se é que não errou mesmo”, justificou o juiz, destacando que o problema foi da formação recebida pelo piloto e não dele diretamente.

Condenação militar

No caso da Justiça Militar, o sargento Jomarcelo Fernandes dos Santos foi condenado, em outubro de 2010, a um ano e dois meses de detenção, por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Os outros quatro controladores – João Batista da Silva, Felipe Santos Reis, Lucivando Tibúrcio de Alencar (condenado nesta quinta-feira) e Leandro José Santos de Barros – foram absolvidos. Eles haviam sido denunciados pelo Ministério Público Militar (MPM) por negligência e por deixar de observar as normas militares de segurança.

Pilotos

Além da prestação de serviços nos EUA, os pilotos norte-americanos tiveram os documentos de habilitação para voo suspensos pelo período da condenação. O juiz federal afirmou, em seu despacho, que houve negligência por parte dos pilotos em relação à falta de verificação do funcionamento do transponder (equipamento da aeronave que passa aos controladores de voo no solo informações como a altitude, velocidade e direção do avião) e do TCAS (que informa ao piloto a existência de outras aeronaves nas proximidades).

O Ministério Público Federal informou que deve recorrer das decisões que condenaram tanto o controlador quanto os pilotos do Legacy.

Fonte: Ericksen Vital (G1) - Foto: Andre Dusek/AE

Foto do Dia

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Caça Hornet da Força Aérea da Suiça em voo de demonstração sobre o Aeroporto Cambrai-Niergnies em foto tirada em 15 de maio de 2011.

Foto: Jonathan Derden (jderden77)

Após acidente, presença de urubus preocupa no Aeroporto de Ribeirão Preto (SP)

Para piloto, descaso com a questão ambiental é principal razão dos riscos


Um acidente registrado por uma companhia aérea de Ribeirão Preto no início desta semana, deixou em alerta o perigo de graves acidentes na região do Aeroporto Leite Lopes. Um pedaço de turbina de titânio - material muito mais resistente que o aço - ficou destruído depois do choque entre o animal e um avião. Pássaros colocam em risco os pousos e decolagens no local.

Os terrenos ao lado do aeroporto acumulam lixo, animais mortos e atraem uma grande quantidade de urubus que vão atrás de comida. Os moradores já se acostumaram com o bando vasculhando o lixo. O problema é que a área fica bem ao lado do aeroporto Leite Lopes, com trânsito intenso de aeronaves.


Nos quatro primeiros meses do ano, o aeroporto registrou mais de 16 mil voos. Nelson Oliveira, presidente do aeroclube está preocupado. “A presença dos urubus é muito perigosa e já é corriqueira. Estamos propensos a um desastre. Se um urubu entrar na turbina, pode derrubar um avião”, contou.

Para o piloto agrícola José Paulo Garcia, o descaso com a questão ambiental no crescimento das cidades é a principal razão dos riscos em áreas vizinhas aos aeroportos. “As cidades estão crescendo demais e não foi feito um estudo de impacto ambiental e destinação de lixo. O urubu vem no lixo orgânico e esses locais estão servindo de alimento para eles”, lamenta José.

Outra preocupação é com a altura dos voos agrícolas, que são baixos e por isso, estão propensos a choques com as aves “A aviação agrícola é feita abaixo de 500 pés, justamente o nível que os urubus voam. O risco de acidentes é grande”, confirma José.

A assessoria de imprensa do Daesp afirmou que no início do ano encaminhou um ofício para a prefeitura pedindo providências na questão do lixo descartado de forma irregular no entorno do aeroporto.

Em nota, a assessoria da prefeitura informou que nesta quinta-feira (19), uma equipe deve iniciar a limpeza do local e que pode haver mudanças na legislação para aumentar o valor da multa emitida às pessoas que jogam lixo nesses terrenos.

Fonte: EPTV

Pilotos do voo 447 teriam evitado zonas de turbulência, diz jornal

Causas do acidente serão conhecidas no fim de junho, diz ministro francês.

Acidente com Airbus da Air France matou 228 sobre o Atlântico em 2009.

O exame das caixas-pretas do voo 447 mostra que os pilotos da Air France teriam evitado zonas de turbulência, disse nesta quinta-feira (19) o jornal francês "Le Parisien", citando fontes da investigação sobre o acidente que matou 228 pessoas.

Uma primeira leitura das caixas-pretas do A330 da Airbus que caiu em 2009 no Oceano Atlântico indica que "não houve uma disfunção maior" da aeronave, o que não significa que não tenham ocorrido "disfunções menos importantes", disse na véspera um diretor do BEA, órgão francês que investiga as causas do acidente.

"A primeira leitura não evidenciou uma disfunção maior, como uma interrupção elétrica total, dos motores ou dos alarmes que fosse incompreensível para os pilotos", explicou à France Presse Alain Bouillard, diretor de investigações técnicas do acidente aéreo do Escritório de Investigações e Análises (BEA).

Bouillard disse que isto não significa que "não pode ter havido disfunções menos importantes".

Na segunda-feira, uma nota interna enviada pela Airbus a seus clientes conhecida como AIT (Accident Information Telex) afirmava que as "análises preliminares" de uma das caixas-pretas do A330 não indicavam que a fabricante precisasse fazer "recomendações imediatas" às companhias aéreas.

Informações publicadas na imprensa francesa na terça-feira destacam que a análise das caixas-pretas do avião parecia deixar a Airbus de fora da questão, embora o BEA tenha dito em um comunicado que esta avaliação era sensacionalista e precipitada.

Causas do acidente do voo 447 saem só no final de junho, diz França


As causas e responsabilidades do acidente do voo AF447 da Air France que caiu no Atlântico quando realizava a rota Rio-Paris, em junho de 2009, serão conhecidas no "final de junho", após o exame das caixas pretas, disse nesta quinta-feira (19) o secretário francês dos Transportes, Thierry Mariani.

"Penso que saberemos no final de junho", declarou Mariani à emissora France Info. Até o momento, as previsões apontavam para uma solução durante o verão (inverno no Brasil).

As caixas-pretas foram recuperadas no início de maio, no fundo do Oceano Atlântico e, na segunda-feira passada, foi divulgado que as informações estavam em condições de leitura.

Desde então, circulam numerosos rumores sobre a responsabilidade do acidente. A BEA, órgão francês que investiga o acidente, disse que as informações divulgadas até agora são precipitadas e sensacionalistas.

"Há interesses enormes em jogo: um fabricante de aviões (...), uma companhia aérea, famílias das vítimas", destacou Mariani.

"Há várias centenas de parâmetros e embora a imensa maioria já tenha sido examinada, as conclusões sobre o ocorrido só poderão ser apresentadas quando todos eles tiverem sido avaliados", acrescentou.

Fontes: G1 / AFP / Globo News

Queda de avião com 22 pessoas não deixa sobreviventes na Argentina

Aeronave da Sol Airlines caiu na Patagônia, no sul do país.

Avião cumpria a rota entre as cidades de Neuquén e Comodoro Rivadavia.


As autoridades argentinas informaram, no início da madrugada desta quinta-feira (19), que a queda do voo 5428 da Sol Airlines não deixou sobreviventes. Um avião operado pela companhia, com 22 pessoas a bordo, caiu na região sul do país, na Patagônia, na noite desta quarta (18).

Foto da aeronave pouco antes da partida de Córdoba. A foto foi tirada pela passageira Agostina Piana, que desceu em Mendonza e escapou da morte

“Não há sobreviventes”, afirmou Horacio Farré, porta-voz da companhia aérea. “É uma situação complicada, dolorosa. Não há sobreviventes”, confirmou Mabel Yahuar, prefeita de Los Menucos, cidade ao sul da província de Rio Negro, a 35 km do local onde foram encontrados os destroços do avião da Sol.

Ismael Alí, diretor do hospital de Los Menucos, também confirmou que ninguém sobreviveu ao acidente aéreo. Ele informou ao canal “C5N” que tudo o que restou da aeronave “são pedaços carbonizados”. “Não encontramos ninguém com vida”, disse o médico.

As primeiras equipes de resgate que chegaram ao local da queda do voo 5428 da Sol partiram de Los Menucos.

Sala Vip do Aeroporto de Neuquén, na Argentina, começa a receber familiares de pessoas que estavam no voo 5428 da Sol, que caiu no sul do país - Foto: Regules Yamil/Reuters

Não há ainda informações sobre as causas da queda do avião. Autoridades da Aeronáutica informaram que, no momento do acidente, sopravam ventos fortes, a temperatura estava abaixo de zero e o céu estava nublado, mas não havia chuvas.


A aeronave, o Saab 340A biturbo, prefixo LV-CEJ, desapareceu no trajeto entre as cidades de Neuquén e Comodoro Rivadavia, a 1.800 km a sudoeste da capital, Buenos Aires. A região do acidente fica ao sul da turística cidade de Bariloche, junto à cordilheira dos Andes.


Segundo a companhia aérea, o voo 5428 cumpria a rota Córdoba-Mendoza-Neuquén-Comodoro Rivadavia, decolou de Neuquén às 20h08 (locais) e emitiu um sinal de emergência às 20h50 (locais), sumindo dos radares. O trecho seria voado em 1h50 e o combustível seria suficiente para três horas de voo.

De acordo com nota divulgada no portal da companhia aérea Sol (www.sol.com.ar), a aeronave transportava 22 pessoas: 18 passageiros adultos, um menor e três tripulantes - dois pilotos e uma aeromoça. Uma lista de passageiros e tripulantes foi divulgada.

Ainda há patrulhas, equipes de resgate e ambulâncias na região do acidente, segundo as autoridades.

A companhia aérea Sol colocou à disposição um número exclusivo de telefone para atender aos familiares das pessoas que estavam no voo: 0810.122.7765

As agências internacionais de notícias informam que uma testemunha disse ter visto uma “bola de fogo caindo em uma zona desértica” pouco depois de o avião emitir um alerta de emergência. A região é conhecida por Prahuaniyeu.

De acordo com a prefeita de Los Menucos, Isabel Yahuar, na região não há sinal para telefone celular. “É uma zona desabitada, faz muito frio e as condições de resgate são difíceis”, disse.

Fontes: G1 (com informações das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters) / ASN / Clarín

Veja vídeo sobre o acidente nos EUA

Veja mais imagens do acidente com o Boeing nos EUA



Fotos: KABC Photo / Sky News / AP / AFP

Avião da Marinha dos EUA cai logo após decolagem e fere 3 na Califórnia

Acidente ocorreu na base naval de Point Mugu, em Ventura.

Boeing 707 pegou fogo, e ainda não se conhecem os motivos da queda.


Um avião de abastecimento da Marinha dos EUA acidentou-se logo após decolar da base naval de Point Mugu, em Ventura, no sul da Califórnia, nesta quarta-feira (18).

Os três tripulantes escaparam com ferimentos leves, segundo um porta-voz da base.

O Boeing 707-321B, prefixo N707AR, da empresa Omega Air Refueling, caiu às 20h25 locais (21h25 de Brasília), perto da praia, e foi tomado pelas chamas, provocando muita fumaça.

Ainda não se sabiam os motivos do acidente.

Fontes: ASN / G1, com agências internacionais - Fotos: AP / AFP