segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Continental recorre da condenação pelo acidente com Concorde

A Continental Airlines apresentou hoje um recurso da sentença que dava a transportadora aérea norte americana como responsável criminal pelo acidente com o avião Concorde, em 2000, que fez 113 mortos.

Olivier Metzner, advogado da Continental, anunciou hoje que apresentou o recurso junto do tribunal de Versalhes, nos arredores de Paris.

A 06 de dezembro, numa decisão que a Continental considerou "absurda", a justiça francesa deu a transportadora americana como culpada pelo acidente e obrigou-a a pagar uma multa de 200 mil euros pelo acidente e mais um milhão de euros à francesa Air France, que operava o Concorde.

Fonte: Agência Lusa via Diário de Notícias (Portugal)

Avião carregado de dinheiro sofre acidente no Piauí

Uma aeronave de pequeno porte teve problemas ao aterrissar na pista de pousos e decolagens do município de Picos (a 306 km de Teresina). O avião da empresa Uirapuru Taxi Aéreo saiu da pista e adentrou na mata que margeia o local.

A aeronave decolou em Fortaleza (CE) e tinha como destino a cidade de Picos. No momento do acidente, três pessoas estavam no avião, que carregava malotes com dinheiro. A empresa Uirapuru é especializada em transporte de valores e presta serviços para o Banco do Brasil.

Tudo indica que uma falha mecânica causou o acidente. Segundo Eliomarcos Gomes, da equipe que gerencia a pista, um dos trens de pouso da aeronave recolheu sozinho ao tocar o solo. Com o problema, o piloto não conseguiu mais controlar o avião, que saiu da pista.

A aeronave teve os trens de pouso traseiros avariados.

Para evitar a entrada de curiosos e garantir a segurança dos malotes, os portões que dão acesso à pista de pouso foram fechados (foto abaixo). A Polícia Militar faz a segurança do local.


Fonte: Rômulo Maia e Patrícia Costa (Portal AZ) - Foto: Renan Nunes (riachaonet.com.br)

Ele foi tratado como bagagem, diz filha de cadeirante ferido em SP

Arquiteto caiu de cadeira de rodas ao desembarcar em Congonhas.

Ele está na UTI do Hospital Santa Paula em estado gravíssimo.

A filha do arquiteto cadeirante que sofreu uma queda ao ser transportado para o terminal de passageiros do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, neste sábado (11), disse que seu pai foi transportado como uma bagagem. Para a arquiteta Moira de Castro Vasconcellos, de 42 anos, deficientes são tratados de maneira inadequada pelas companhias aéreas. “O dia a dia deles já é tão complicado, por que não se pode simplificar? A luta é mostrar que ser transportado como mala pode acabar mal, como aconteceu com meu pai”, disse.

“Eles [deficientes] são segregados. Em Congonhas, colocam um chiqueirinho e eles têm que ficar naquela quadradinho esperando alguém vir buscar [para embarcar]”, disse.

No sábado, Fernando Porto de Vasconcellos, de 71 anos, voltava de uma viagem a Brasília, onde faz um tratamento de reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek. Há quatro anos, ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). “Estou arrasada. Meu pai já inspirava cuidados. Agora, ele vai ter mais um outro que não precisava ter.”

Ao chegar em Congonhas, ele foi colocado no ambulift, equipamento da Infraero que faz o transporte de pessoas com mobilidade reduzida. De acordo com a arquiteta, no momento do acidente, o ambulift transportava, além do seu pai, uma funcionária da Gol e a sua mãe.

“A minha mãe se sentou no único assento disponível. Teve uma freada brusca. A moça [funcionária da Gol] estava no telefone e caiu. A cadeira dele tombou 90 graus”, contou. A cadeira do arquiteto, segundo a filha, estava apenas com o seu freio acionado e não havia nenhum outro componente de segurança que pudesse manter a estabilidade dela.

Para a arquiteta, as companhias aéreas deveriam optar por não utilizar o ambulift no embarque e no desembarque de pessoas deficientes. “É um meio de transporte que foi feito para pessoas com mobilidade reduzida, mas não tem um cinto de segurança. Estou indignada. Poderia ter sido evitado com um cinto de segurança”, afirmou.

Na queda, o arquiteto teve um osso da face quebrado, no lado direito, e um hematoma na testa. O arquiteto está em coma na UTI do hospital Santa Paula, na Zona Sul da capital. A filha contou que a pressão intracraniana se elevou devido a um aumento em um sangramento. O estado de saúde de Fernando Porto de Vasconcellos é considerado gravíssimo.

Moira de Castro Vasconcellos afirmou que não foi procurada pela Infraero até as 13h. A Gol entrou em contato por telefone uma única vez com um irmão da arquiteta, disse. A família e o convênio médico estão arcando com as despesas do tratamento.

Outro lado

A Gol disse que prestou socorro logo após o acidente e ressaltou que o ambulift é um equipamento da Infraero. “A Gol informa que prestou todo o atendimento possível e acompanhou o senhor Fernando durante o atendimento hospitalar, mantendo contato com a família e oferecendo assistência contínua ao cliente e seus acompanhantes. A companhia esclarece que o transporte em equipamento especial para portadores de deficiências e necessidades específicas é contratado junto à empresa de infraestrutura aeroportuária", informou a empresa, em nota.

Já a Infraero informou que prestou assistência ao passageiro e providenciou a sua remoção a um hospital particular. A empresa informou também ter aberto uma sindicância para apurar as circunstâncias do acidente. Está sendo averiguado também por qual motivo optou-se por utilizar o ambulift e porque o voo não foi encaminhado para um desembarque através do finger, corredor que liga terminal de passageiros ao avião. De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, a assistente social da empresa chegou a ir até o hospital nesta manhã. Porém, a assessoria não soube informar se foi feito um contato com a família.

Fonte: Letícia Macedo (G1)

Anac propõe regra que acelera e barateia a formação de pilotos

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) quer introduzir no Brasil uma nova certificação que poderá acelerar e baratear a formação de pilotos para a aviação regular, substituindo o treinamento em voo por simulador.

As novas regras para a Licença de Piloto de Tripulação Múltipla (MPL, da sigla em inglês) seguem critérios da OACI, órgão das Nações Unidas responsável por padrões de segurança na aviação.

As regras integram proposta de modernização da regulamentação de certificação de pilotos que a Anac colocou em audiência pública, via internet, no mês passado.

Contribuições podem ser feitas até sábado. A expectativa é que a medida entre em vigor até março.

"Isso vai ajudar a reduzir o gargalo na formação de pilotos", diz o superintendente de segurança operacional da Anac, David Faria Neto.

A substituição do voo real por simulador divide opiniões. Os EUA não adotaram esse modelo, criado em 2006. Ao contrário. Após um acidente da Colgan Air em 2009, em que ficou comprovado erro dos pilotos, o Congresso começou a discutir a possibilidade de exigir mais horas de voo de formação.

Por outro lado, empresas reconhecidas pelo padrão de segurança, como Lufthansa e Emirates, contratam pilotos sem experiência e investem na sua formação.

A MPL prevê um mínimo de 240 horas de experiência para copiloto, que podem ser cumpridas integralmente em simulador.

O entendimento é que horas em um simulador idêntico ao avião que o piloto encontrará na vida real terão mais qualidade do que voos em aviãozinho de aeroclube.

Fim da Varig

Pela regra em vigor, para se candidatar a copiloto de empresas regulares é preciso ter uma habilitação de piloto comercial com pelo menos 150 horas de voo. Essa formação custa cerca de R$ 35 mil e é bancada pelo profissional.

Nos últimos anos, com a derrocada de Varig, Transbrasil e Vasp, TAM e Gol se beneficiaram da oferta de profissionais experientes e passaram a exigir de 1.000 a 1.500 horas de experiência para contratar copilotos.

Mas a oferta de mão de obra qualificada praticamente acabou. Com o fim da era Varig, quando pilotos experientes podiam ganhar de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês, a profissão ficou menos atraente.

Por isso as empresas começaram a investir em centros de formação, e a Anac passou a oferecer bolsas.

As empresas aéreas não sabiam da audiência pública, mas gostaram. "Precisamos de medidas assim, que resolvam a situação com mão de obra brasileira", diz Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea, o sindicato das empresas aéreas.

O Snea já defendeu projeto de lei que permite a importação de pilotos estrangeiros, mas mudou o discurso. A avaliação é que a abertura vai atrair apenas pilotos de países com padrão de segurança inferior ao brasileiro.

A falta de pilotos foi responsável por problemas recentes na Webjet. A empresa perdeu cerca de 30 profissionais para as concorrentes nacionais e não teve tempo de repô-los. Já pilotos de TAM e Gol são constantemente assediados pelas estrangeiras.

Fonte: Mariana Barbosa (Folha.com) - Arte: Folha

Equipe feminina se apresenta para a tripulação do futuro Aero-Dilma

Ao embarcar para as viagens oficiais, a presidente eleita, Dilma Rousseff, já encontrará, partir desta segunda-feira, uma nova equipe de bordo. Ainda distante três semanas da posse, o time em ação no avião presidencial contará com as comissárias que concluíram o treinamento no Airbus A-319 – o Aerolula –, à disposição da presidenta até a compra da nova aeronave.

A pedido de Dilma, a tripulação deverá ser composta somente por mulheres. A sugestão de contratar comissárias partiu do presidente Lula, a fim de atender a primeira dama Marisa Letícia nas viagens em que ela estava sem a companhia do marido. A eleição de Dilma foi oportuna para que a Força Aérea Brasileira (FAB) viabilizasse o pedido, reiterado pela presidente eleita.

Pilotos e comissários que atenderão os demais passageiros, no entanto, serão os mesmos do quadro atual. O grupo de transporte especial da Aeronáutica escolheu nove sargentos do sexo do feminino de todas as regiões do país – e elas servirão de forma exclusiva a presidente, em escala de revezamento. Conforme garantem os responsáveis pela escolha, são mulheres que atendem com rigor aos padrões militares, possuem qualidade profissional, são gentis e educadas.

E ainda preenchem os requisitos técnicos operacionais: dominam o inglês e têm boas condições de saúde.

– A Força Aérea Brasileira selecionou e preparou esse grupo de militares para proporcionar o melhor atendimento possível para a primeira presidenta da República – afirma Henry Munhoz, coronel da FAB.

No curso preparatório dentro da aeronave presidencial, as militares terão conhecimento de todos os detalhes do Airbus: da localização dos sistemas de segurança ao funcionamento do chuveiro da presidente. Antes desse treinamento, as militares tiveram aulas na Escola de Aviação Pro Flight, em Campinas. O curso de três semanas terminou na última quinta-feira e foi criado especialmente para atender à primeira mulher na Presidência.

Além das disciplinas de sobrevivência e primeiros socorros – igualmente estudadas por aeromoças de companhias civis -, o treinamento incluiu lições de atendimento de primeira classe.

– É um enriquecimento curricular em cima do que já existe – afirma o comandante Marcelo Penteado, diretor-geral da Pro Flight.

Além do conhecimento teórico, as comissárias vão dar um toque de beleza e elegância durante os voos da presidente. Estarão devidamente maquiadas, penteadas e bem vestidas. Para completar a aparência impecável típica de aeromoças, ganharão novo uniforme – confeccionado especialmente para o trabalho no futuro governo. Será preto e com o símbolo da Presidência.

As comissárias presentes no avião presidencial serão: Adriana Barbosa Gonçalves, Angélica Correa Patriarca, Elisangela Telli dos Santos, Izabelle Rodrigues da Costa Haag, Jamille Paula dos Reis Leal, Jaqueline Alves Marques Gonçalves, Maria José de Sousa Medeiro, Tânia Gabriela da Borba Carvalho e Tatiane de Oliveira Machado.

Fonte: Correio do Brasil - Foto: Divulgação

Avião que fez pouso forçado em SP levava carga de celulares avaliada em R$ 300 mil

A Polícia Federal de Araçatuba tenta identificar o piloto do avião monomotor que fez um pouso forçado em Piacatu, a 537 km da capital paulista, na tarde de sábado . A polícia avaliou a carga em quase R$300 mil.

Foram apreendidos 2 mil aparelhos celulares de última geração. As mercadorias foram levadas para a Polícia Federal em Araçatuba, onde uma testemunha já foi ouvida.

O avião monomotor carregado com produtos eletrônicos fez um pouso forçado numa fazenda de Piacatu depois que apresentou problemas mecânicos. O piloto fugiu do local. A origem da carga ainda não foi divulgada, mas a polícia já sabe que ela seria levada para São José do Rio Preto, no norte do estado.

O avião continua no meio do mato, onde fez o pouso. A Polícia Federal estuda uma maneira de transportar a aeronave até Araçatuba. Ainda não se sabe como isso será feito.

Fonte: TV TEM via O Globo

Foguete brasileiro leva experimentos científicos ao espaço

O foguete de sondagem brasileiro VSB-30 foi lançado com sucesso neste domingo (12), do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) - Imagem: Edson Haruki/AEB

Programa Microgravidade

O principal objetivo do lançamento foi levar experimentos científicos, tecnológicos e educacionais a um ambiente de microgravidade. A carga útil do foguete foi recuperada depois de sua reentrada.

O VSB-30 foi lançado às 12h35, atingiu um apogeu de 242 quilômetros e um alcance de 145 quilômetros. O tempo de voo foi de 16 minutos e o foguete permaneceu um pouco mais do que cinco minutos em ambiente de microgravidade.

"Todos os objetivos da operação foram atingidos. Conseguimos lançar, rastrear e recuperar a carga útil do foguete com sucesso", afirmou o coordenador da Operação Maracati II, Cel. Eudy Carvalhaes.

A carga útil do foguete foi composta por projetos aprovados no Programa Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB), que tem o objetivo de viabilizar experimentos nacionais em ambiente de queda livre, onde se experimenta a aparente falta de peso.

Carga científica

A recuperação da carga útil foi parte crucial da campanha, já que, dos dez experimentos que voaram, sete precisavam da recuperação das amostras para serem estudados.

Desde que o programa da AEB foi criado nenhum foguete que voou com experimentos havia tido sua carga útil recuperada.

Por isso, uma equipe de 80 pessoas, dois helicópteros, duas aeronaves de patrulha e um navio de patrulha foram envolvidos na operação de resgate.

De acordo com o coordenador da recuperação da carga útil, coronel Renato Tamashiro, o avião patrulha avistou a carga útil antes dela atingir o ponto de impacto e, 33 minutos após o lançamento, ela foi recuperada.

"Somente com o resgate da carga útil conseguiremos dar continuidade às nossas pesquisas. Analisaremos as amostras e, em aproximadamente três meses, teremos os primeiros resultados", disse o pesquisador do Centro Universitário Faculdade da Fundação Inaciana de Ensino (FEI) de São Paulo (SP), Alessandro La Neve.

Ele é coordenador de dois experimentos, o Estudo do Efeito da Microgravidade sobre a Cinética da Enzima Invertase, e o Nanotubos de Carbono. O primeiro projeto já havia voado em outra operação de microgravidade, mas como a carga útil do foguete não foi recuperada, ele teve que repetir o experimento.

Para o coordenador dos experimentos, Flávio Corrêa, "um voo como esse é capaz de render até cinco anos de estudos para as universidades".

Esta operação envolveu experimentos de alunos da Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos (SP), o que, segundo Flávio, ajuda a divulgar a ciência e a tecnologia entre os mais jovens.

Participaram da operação unidades do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), destacando-se o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), os centros de Lançamento de Alcântara (MA) e da Barreira do Inferno (RN), além da Agência Espacial Alemã (DLR, sigla em alemão) e a Marinha do Brasil.

Projetos de Microgravidade

Veja quais foram experimentos científicos, tecnológicos e educacionais aprovados no Programa Microgravidade da AEB e que voaram no VSB-30.

A intenção deste projeto é testar a ação da enzima invertase em diferentes concentrações de sacarose, de tal forma que seja possível levantar a curva velocidade da reação - Imagem: AEB

Estudo do Efeito da Microgravidade sobre a Cinética da Enzima Invertase

A intenção deste projeto é testar a ação da enzima invertase em diferentes concentrações de sacarose, de tal forma que seja possível levantar a curva velocidade da reação.

O ambiente de microgravidade poderá alterar a velocidade da reação em função de parâmetros como a concentração de sacarose e fenômenos de transporte de massa.

O experimento é do Centro Universitário Faculdade da Fundação Inaciana de Ensino (FEI) de São Paulo (SP).

Nanotubos de Carbono

Projeto com objetivo de observar a deposição de um filme de nanotubo de carbono sob microgravidade, de modo a determinar, precisamente, o que pode ser atribuído à gravidade e o que deve estar sendo causado por outras variáveis, como correntes de convecção no líquido onde estão imersos os nanotubos livres, ou ainda pH e condutividade, entre outros fatores.

A instituição responsável pelo experimento é o Centro Universitário Faculdade da Fundação Inaciana de Ensino (FEI) de São Paulo (SP).

Influência da Microgravidade na Solidificação da Liga Eutética Chumbo e Telúrio (PbTe)

O experimento pretende estudar a solidificação de uma liga eutética - uma liga na qual a temperatura de fusão é menor do que a dos componentes isolados - em ambiente de microgravidade, na ausência de convecção natural e sedimentação.

Este material semicondutor possui importantes aplicações na área de nanotecnologia, envolvendo novos conceitos de dispositivos optoeletrônicos para as faixas do espectro das ondas eletromagnéticas que compreendem as regiões do infravermelho médio e termal (de calor).

O experimento foi realizado juntamente com o experimento Solidificação da Liga de Chumbo e Estanho (PbSn) em Microgravidade com a utilização do forno multiusuário, desenvolvido pelo Laboratório de Materiais (LAS), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O forno multiusuário, denominado Formu_S, já participou de duas missões de voos suborbitais (Operações Cumã I em 2002 e Cumã II em 2007). O experimento foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Solidificação de uma Liga de Chumbo, Estanho e Telúrio (PbSnTe) em Microgravidade

O experimento consiste na solidificação em microgravidade de uma liga semicondutora de chumbo, estanho e telúrio (Pb1-xSnxTe).

Este material possui importantes aplicações tecnológicas como detectores e diodos laser para a região do infravermelho termal.

O estudo permitirá melhorar a homogeneidade da liga pela eliminação dos fluxos convectivos dependentes da gravidade.

Este experimento foi realizado juntamente com o experimento Influência da Microgravidade na Solidificação da Liga Eutética PbTe, com a utilização do forno Formu_S. Este experimento é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Quatro diferentes tecnologias de tubos de calor para controle térmico e dissipação de calor em ambientes de microgravidade, algumas delas inéditas foram avaliadas neste experimento da UFSC - Imagem: AEB

Minitubos de Calor em Microgravidade (TCM)

Tubos de calor têm sido rotineiramente utilizados para o controle térmico de veículos espaciais, visando principalmente viabilizar o funcionamento dos equipamentos eletrônicos, mantendo-os dentro de suas faixas pré-estabelecidas de temperatura.

No TCM estão sendo testadas quatro diferentes tecnologias de tubos de calor para controle térmico e dissipação de calor em ambientes de microgravidade, algumas delas inéditas.

As quatro tecnologias de minitubos de calor serão testadas em condições idênticas, permitindo a comparação de seus desempenhos, para que, em uma etapa futura, se possa selecionar a tecnologia que melhor se adapte no controle e dissipação de calor em equipamentos eletrônicos a bordo de satélites.

Os minitubos que serão utilizados nos testes de microgravidade possuem dimensões de 100 x 30 x 2 mm e 10 fios de cobre paralelos soldados entre duas finas chapas de cobre de 0,2 mm de espessura, como pode ser visto na Figura 1. A distância entre dois fios é de aproximadamente duas vezes o diâmetro do fio.

O experimento foi desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Espalhadores de Calor para Resfriamento de Componentes Eletrônicos em Satélites

O objetivo é a verificação e a posterior qualificação deste dispositivo para aplicações em microgravidade. Estes dispositivos de pequeno porte têm o papel de dissipar o calor e homogeneizar a temperatura de equipamentos eletrônicos.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é a responsável pelo experimento.

Câmara de Ebulição sob Microgravidade

O objetivo do experimento foi analisar os mecanismos de ebulição nucleada (promover formação de bolhas em um ponto) sob microgravidade com a simulação das condições com confinamento e sem confinamento do fluido n-Pentano sobre um disco horizontal.

Para que isso seja possível serão feitas aquisições de temperatura e pressão em ambiente de queda livre.

Esse experimento é da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Experimentos Educacionais em Microgravidade (EEM)

Os experimentos foram desenvolvidos por alunos dos anos finais (sexto ao nono ano) das escolas municipais de São José dos Campos (SP).

O módulo de experimentação, sob a designação geral Experimentos Educacionais em Microgravidade (EEM) inclui três experimentos: Interação entre as Forças Magnética e Gravitacional (IMG) (interação entre imãs); Sistema Massa-Mola (SMM) (objeto preso por uma mola) e Sistema Massa-Corda (SMC) (pêndulo).

VGP - Análise de expressão gênica (dos genes) e proteica de plantas em condições de microgravidade.

O objetivo do experimento é estudar o efeito da microgravidade em plantas, considerando que o efeito dessas condições no desenvolvimento das plantas sobre o DNA nos diferentes eventos fisiológicos e nas cascatas de transdução de sinais, não é conhecido.

O experimento foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Neste experimento foi avaliado o comportamento do hardware e software de um receptor de GPS que é capaz de manter o rastreio dos satélites - Imagem: AEB

GPS para Aplicações Aeroespaciais (GPS-AE)

O principal objetivo do experimento é avaliar o desempenho do receptor de GPS quando submetido a grandes velocidades e acelerações.

Grandes velocidades, como a de um foguete, imprimem um alto efeito doppler ao sinal recebido dos satélites - o comprimento de onda observado é maior ou menor conforme uma fonte se afasta ou se aproxima do observador.

Neste experimento foi avaliado o comportamento do hardware e software de um receptor que é capaz de manter o rastreio dos satélites, mesmo em condições de alto doppler.

Além disso, a influência de outras condições adversas, como vibração e altas temperaturas estão sendo avaliadas.

Os dados relevantes do experimento são as coordenadas do veículo (posição e velocidade) que foram recebidas em terra por meio da telemetria.

O experimento foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Foguete VSB-30

O VSB-30 é um foguete de sondagem brasileiro. Ele possui dois estágios, mede aproximadamente 12,6 metros e utiliza propelente sólido.

Para experimentos em ambiente de microgravidade, o VSB-30 permite que a carga útil permaneça cerca de seis minutos acima da altitude de 110 km, sem resistência atmosférica, sem acelerações dos propulsores e em queda livre. Ele é o único foguete de sondagem brasileiro qualificado.

O VSB-30 já foi lançado sete vezes na Europa. Este é o terceiro lançamento do foguete no Brasil. O coordenador da Operação Maracati II, Eudy Carvalhaes, disse que todos os lançamentos do VSB-30 foram bem-sucedidos e que a Europa encomendou mais foguetes para apoiarem o programa de microgravidade deles.

Foguete Orion

A primeira parte da operação Maracati II aconteceu no dia 6 de dezembro, com o lançamento do foguete de treinamento Orion V3.

O foguete tem cerca de cinco metros de comprimento, alcançou o apogeu em 103,9 km, alcance de 73,6 km e tempo de voo de 316,9 segundos, conforme a trajetória prevista.

A atividade serviu como preparação para o lançamento do foguete de sondagem VSB-30. Foram testados os sistemas de telemetria localizados no CLA e no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN), que participou do monitoramento das atividades. Os radares também foram checados.

Veja outros experimentos brasileiros em ambiente de microgravidade, com fotos de cada um deles, na reportagem Foguete brasileiro fará experiências em microgravidade.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

NASA apresenta conceitos dos aviões do futuro

Aviões do futuro

No começo do estudo havia projetos bem estranhos, para dar total liberdade aos visionários. Siga as setas para acompanhar o processo de seleção dos candidatos mais prováveis a aviões do futuro - Imagem: NASA/Northrop Grumman Systems Corporation

A NASA acaba de concluir um estudo de 18 meses que reuniu seus próprios engenheiros e engenheiros da indústria privada para tentar visualizar como serão os aviões de passageiros do futuro.

No começo do estudo havia projetos bem estranhos, para dar total liberdade aos visionários. Na segunda etapa ainda havia pelo menos dois esquisitões, incluindo um "avião-linguado", mais parecido com o peixe ou com um carrinho de rolimã com esteroides.

Mas o resultado final tinha que ser realista e factível a médio prazo.

Assim, você provavelmente não terá problemas em reconhecer um avião quando ver um modelo 2050 em algum aeroporto no futuro. Em termos de aparência externa, todos parecem bem familiares, longe de ideias exóticas saídas de algum filme de ficção científica.

Inovações nos aviões

Mas um mecânico de aviões terá dificuldades em se adaptar: tecnicamente, os aviões das próximas décadas serão muito superiores e muito diferentes dos aviões de hoje.

"Ficando ao lado do avião você poderá não ser capaz de apontar as diferenças, mas as melhorias serão revolucionárias," disse Richard Wahls, cientista do Centro de Pesquisas Langley, da NASA. "A beleza tecnológica é bem mais do que uma pele bonita."

As diferenças começarão pela superfície externa. Essa nova geração de aviões terá fuselagens duplas construídas com ligas de memória de forma ultramodernas, cerâmicas e fibras de materiais compósitos. E sua superfície será coberta por revestimentos anticorrosão e capazes de autocicatrizar quando ocorrem fissuras.

Os sistemas de controle e comunicação utilizarão um mínimo de fios metálicos, que serão substituídos por cabos de fibra óptica e de nanotubos de carbono.

"Embaixo do capô" as diferenças não serão menores: esses aviões terão estruturas e tecnologias de propulsão concebidas para deixá-los mais silenciosos, menos poluentes e menos beberrões - e oferecendo mais conforto aos passageiros.

As tradicionais turbinas serão substituídas por sistemas híbrido-elétricos. As asas serão dobráveis e altamente flexíveis.

O que esperar

O híbrido H-Wing Body Series foi idealizado pelos engenheiros do MIT. Será um avião gigantesco, voltado para voos intercontinentais. Este avião é projetado para voar a Mach 0,83, carregando 354 passageiros por até 14.000 km - Imagem: NASA/MIT/Aurora Flight Sciences

Os objetivos da Nasa para os aviões que entrarão em operação a partir de 2030, em comparação com uma aeronave entrando em serviço hoje, são:

● Uma redução de 71 decibéis abaixo da norma atual de ruído, o que fará com que o barulho de um avião decolando ou pousando não vá além dos limites do aeroporto.

● Uma redução de 75 por cento em relação ao padrão atual para as emissões de óxidos de nitrogênio, melhorando a qualidade do ar em torno dos aeroportos.

● Uma redução de 70 por cento no consumo de combustível, o que poderia reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e os custos das viagens aéreas.
● A capacidade de implementar um conceito chamado "metroplex", que permitirá a melhor utilização das pistas em vários aeroportos em áreas metropolitanas, como forma de reduzir o congestionamento do tráfego aéreo e os atrasos.

Mais lentos e mais alto

Os engenheiros das diversas entidades envolvidas foram unânimes em alguns conceitos.

Por exemplo, os aviões comuns de passageiros deverão voar em velocidades de 5 a 10% mais lentas (Mach 0,7) do que os atuais, e a altitudes mais elevadas, com o objetivo de consumir menos combustível.

As pistas dos futuros aeroportos também deverão ser mais curtas, com 5.000 pés de comprimento em média. E, na opinião dos especialistas, a tendência de aviões cada vez maiores deverá se reverter: os aviões não deverão ser maiores do que os 737 atuais, e deverão fazer mais voos diretos, para diminuir os custos.

O próximo passo no esforço da Nasa para projetar os aviões de 2030 é uma segunda fase de estudos, para começar a desenvolver as novas tecnologias que serão necessárias para atender aos objetivos agora estipulados. As equipes começarão a trabalhar por volta de Abril de 2011.

Bolha Dupla

O D8 é chamado de "bolha dupla" pelos seus projetistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) - Imagem: NASA/MIT/Aurora Flight Sciences

A ideia é juntar dois tubos dos aviões comuns para fazer uma fuselagem mais larga e ganhar sustentação. As asas, em contrapartida, podem ser muito finas, diminuindo o peso e o arrasto. Para isso, os motores foram levados para a traseira.

O D8 foi projetado para voos domésticos, voando a Mach 0,74, carregando 180 passageiros e com autonomia de 5.500 km.

Ultra verde


O SUGAR Volt é uma das propostas da equipe da Boeing - Imagem: NASA/The Boeing Company

SUGAR é um acrônimo para Subsonic Ultra Green Aircraft Research, aeronave de pesquisas subsônica ultra verde.

O Volt vem do conceito de um sistema bimotor com propulsão híbrida que combina a tecnologia de turbinas a gás e baterias. Um sistema modular permite que o banco de baterias seja trocado, sem que o avião precise ficar parado esperando pela recarga.

Aqui também é possível ver o trabalho para tornar as asas mais delgadas: elas são sobrepostas ao corpo tubular do avião, com um apoio extra na parte inferior da fuselagem.

Este avião está sendo projetado para voar a Mach 0,79, carregando 154 passageiros, com autonomia de 6.500 km.

Supersônico sem boom

Os conceitos supersônicos não poderiam ficar de fora. Mas os projetistas sabem que, para se tornar viável, um avião supersônico deverá superar a barreira do som sobre a terra, e não apenas sobre o oceano, longe de áreas habitadas, como acontecia com o Concorde.

Imagem: NASA/Lockheed Martin Corporation

A equipe da Lockheed Martin utilizou ferramentas de simulação para mostrar que é possível alcançar o voo supersônico sobre a terra reduzindo drasticamente o nível do ruído gerado quando se quebra a barreira do som.

Segundo os projetistas, isto pode ser obtido com a utilização de uma configuração de motores sobre as asas, que têm a forma de um V invertido. Outras tecnologias ajudam a alcançar a escala, a capacidade de carga e as metas ambientais.

Avião icônico

O Ícone II é o conceito de avião supersônico da Boeing - Imagem: NASA/The Boeing Company

Aqui também a principal preocupação é permitir o voo supersônico sobre a terra.

Os motores também foram levados para cima das asas, embora a empresa não comente as "tecnologias revolucionárias exigidas para reduzir o consumo de combustível e a redução no ruído".

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Avião com sete pessoas cai e pega fogo em Londrina

Um avião caiu por volta das 21h00 deste domingo (12) próximo ao aeroporto 14 Bis, no Distrito de Warta, na zona norte de Londrina. A aeronave bimotor Beech C90A King Air, prefixo PT-WUG, estava indo para o aeroporto Governador José Richa, quando enfrentou problemas e teve que fazer um pouso forçado.

O bimotor que pertencia a empresários ligados ao Programa Leilões, do Canal Rural, vinha de Uberaba, Minas Gerais, com sete pessoas - o piloto, co-piloto e cinco passageiros. Todos tiveram ferimentos leves e médios e foram encaminhados a hospitais de Londrina. Nenhuma das pessoas corre risco de morte. A informação inicial era de que a aeronave pertencia a uma empresa de táxi aéreo, mas segundo a Infraero, trata-se de aeronave particular.

De acordo com o aspirante Angelino José de Siqueira, somente Paulo Henrique Arantes Horto, 46 anos, teve um ferimento mais grave, uma luxação no ombro esquerdo. As demais vítimas tiveram apenas pequenas escoriações e contusões leves. As vítimas atendidas pelo Siate foram o piloto José Alexandre Bento, 32 anos, Arley Ricardo Pereira, 39 anos, Lidiane Thais Moreira, 28 anos, e Sandra Silva Horto, 33 anos. Além deles, outras duas vítimas foram socorridas pelo Samu.

O copiloto Felipe Seraphim dos Santos, 24 anos, teve ferimentos médios e foi levado ao Hospital Evangélico. O quinto passageiro era João Antonio Gatnil, 56 anos, que também foi levado ao HE.

O aspirante relatou que antes de cair o bimotor se chocou contra um morro, voltou a subir e depois caiu em uma plantação de soja. Todos os ocupantes da aeronave conseguiram sair antes do início das chamas. "O co-piloto explicou que perderam o controle da aeronave durante a turbulência que enfrentaram, quando ventos contrários de cima para baixo e vice-versa causaram a instabilidade". O fenômeno metereológico é bastante conhecido na aviação como tesoura de vento, ou windshear, onde há uma súbita mudança no gradiente do vento, ou seja, na velocidade e direção do vento em uma pequena região.

"Por sorte, as vítimas conseguiram sair antes da aeronave pegar fogo e ocorrer as explosões. O local em que o avião caiu era de difícil acesso e não conseguimos chegar perto. Ficamos a cerca de mil metros do local e não pudemos evitar que o fogo consumisse totalmente a aeronave", relatou.
Mais de 20 profissionais da Polícia Militar e Civil trabalharam no resgate das vítimas e cerca de 10 viaturas foram deslocadas para atender a ocorrência.

Veja vídeo com reportagem sobre o acidente, gentilmente cedido pela TV Tarobá/Londrina e que se encontra também divulgado no YouTube.


Fonte: bonde.com.br - Foto: Reprodução/TV Tarobá