quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Supervisores de tráfego aéreo depõem sobre acidente da Gol

Antônio Castro e Evair de Souza foram ouvidos em Brasília nesta quinta.

Acidente entre avião da Gol e jato particular completou 4 anos em setembro.


Duas testemunhas no caso do acidente no voo 1907 da Gol, que deixou 154 mortos em setembro de 2006 depois de se chocar no ar com um jato Legacy, prestaram depoimento na tarde desta quinta-feira (21) na 10ª Vara Federal de Brasília. O sargento da Aeronáutica Antônio Francisco Costa de Castro e Evair de Souza Júnior eram supervisores do controle de tráfego aéreo na época do acidente, respectivamente nas áreas de Brasília e São Paulo.

O processo que julga o caso está na fase de produção de provas, a etapa final de instrução. Segundo a Justiça Federal de Mato Grosso, uma testemunha de acusação já foi ouvida no estado.

No dia 29 de setembro de 2006, um Boeing da Gol, que fazia o vôo 1907, de Manaus para Brasília, chocou-se com um jato Legacy que seguia de São José dos Campos (SP) rumo aos Estados Unidos.

A denúncia do Ministério Público afirma que teria havido negligência dos controladores de tráfego aéreo a respeito do plano de voo traçado para o Legacy, principalmente no que se refere à faixa de altitude em que ele deveria permanecer.

O Boeing caiu em uma região de floresta no norte de Mato Grosso. O acidente deixou 154 mortos –todos passageiros e tripulantes da aeronave. O Legacy conseguiu pousar em uma base aérea no sul do Pará. Os sete ocupantes do jato sobreviveram. Foi o segundo desastre aéreo com mais vítimas ocorrido em solo brasileiro.

Os questionamentos abordaram principalmente a responsabilidade de alertar o controle de tráfego aéreo para o desligamento do dispositivo que identificava a posição e a altitude do jato e sobre o plano de voo traçado para o avião.

Evair de Souza Júnior, supervisor de tráfego na região de São Paulo na época do acidente, foi o primeiro a falar. Em 2006, ele era chefe de um dos controladores acusados de negligência no inquérito. Ele afirmou que trabalhou cerca de 18 anos no tráfego aéreo, mas que abandonou a área há dois anos. Por isso, segundo ele, teria esquecido muitos procedimentos e termos do controle de tráfego.

Souza disse que o voo do Legacy, do momento em que decolou de São José dos Campos até sair do espaço aéreo pelo qual ele era responsável, ocorreu em "completa normalidade".

Quanto à mudança na altitude do plano de voo, Souza atribuiu a responsabilidade de comunicar a alteração ao piloto da aeronave. "O piloto tem que informar se vai mudar de faixa de altitude, a não ser que haja alguma falha de comunicação. Nesse caso, ele deve permanecer no plano de voo", disse.

Antônio Francisco Costa de Castro, que em 2006 era supervisor de tráfego aéreo na região de Brasília, disse acreditar que a responsabilidade de comunicar a alteração no plano de voo é tanto do piloto quanto do controlador. "Não sei de quem é a obrigação primária. Acho que a responsabilidade é igual para o piloto e o controlador", disse em seu depoimento.

Perguntado sobre o baixo número de controladores responsáveis pelo tráfego aéreo no Brasil em 2006, Castro afirmou que o problema ainda existe. "A falta de controladores existia e ainda existe, com o tráfego aéreo aumentando a cada ano", declarou.

Ele também alegou que estava em seu horário de folga no momento em que houve a colisão. O supervisor responsável seria um homem de nome Alexander, que não foi ouvido e nem está programado para testemunhar no caso.

Advogados e investigador

Além do promotor Francisco Bastos, o advogado de defesa de Joseph Lepore e Jean Paul Paladino (que pilotavam o Legacy), Theodomiro Dias Neto, e o advogado dos familiares das vítimas no voo da Gol, Dante D'Aquino, fizeram perguntas às testemunhas. Outro advogado representou os quatro controladores de voo acusados no inquérito.

Dante D'Aquino comentou a ausência do outro supervisor de tráfego da região de Brasília como testemunha no caso. "Não temos interesse em ouvi-lo, temos convicção da culpa dos pilotos [do Legacy]", afirmou.

O investigador de acidentes aéreos Roberto Peterka, que fez a análise de perícia que sustentou o inquérito, também acompanhou a fala das testemunhas nesta quinta. "Eles (os pilotos do jato) começaram o voo sem fazer nenhum planejamento de voo. Eles receberam esse plano já dentro do avião, o que é muito errado. Infelizmente, o [avião da] Gol estava no local errado na hora errada. Ele não teve nada de errado [no plano de voo], estava tudo certinho", disse.

Pilotos do Legacy

Segundo a Justiça, os controladores de voo foram ouvidos no início do processo, porque esse era o procedimento vigente à época do acidente. Com a mudança de procedimentos, o interrogatório dos réus deve ocorrer em uma etapa final do processo. Portanto, os pilotos do Legacy ainda devem ser ouvidos pela Justiça, e há possibilidade de um novo depoimento dos controladores de voo.

“Eles [os pilotos do Legacy] ainda não foram ouvidos pela Justiça porque só devem prestar depoimento ao final do julgamento. Na verdade, o processo está caminhando na normalidade, porque processos de investigação de acidentes aéreos são lentos”, disse o advogado Theodomiro Dias, que representa os pilotos do Legacy, em entrevista ao G1 em setembro, quando o acidente completou 4 anos.

Dias explicou que foram apresentadas à Justiça sete testemunhas de defesa. Duas delas estavam no avião no momento do acidente e as demais são norte-americanos que trabalharam com os pilotos. “O juiz não permitiu essas testemunhas, mas estamos recorrendo porque esse me parece um indeferimento abusivo, estão cerceando a defesa deles”, disse.

Os dois pilotos, segundo o advogado, continuam com suas licenças de voo válidas e trabalham normalmente. “As autoridades americanas entenderam que não houve razão para suspender a licença deles. Ainda assim, é de nosso interesse a resolução desse caso, porque o acidente ocorreu por uma sucessão de erros de diversos controladores de voo”, afirmou Dias.

Fonte: Fábio Tito (G1)

Passageiro descreve momentos de tensão em voo da TAM que fez pouso forçado em Londrina

“O piloto nos informou que precisaria descer pois havia trincado o para-brisas, mas quando descemos eu pude ver o tamanho do estrago”. Foi dessa maneira que o empresário João Bianchi, descreveu os momentos de apreensão vividos a bordo do vôo 3804, da TAM Linhas Aéreas que vinha de Guarulhos (SP) com destino a Campo Grande (MS) e teve que fazer pouso forçado, na manhã de hoje, no Aeroporto de Londrina (PR).

De acordo com ele o primeiro aviso alertava sobre uma turbulência e pedia que os passageiros utilizassem o cinto de segurança. Logo em seguida, a informação sobre o problema. “Ele baixou a altitude muito depressa e todos ficaram bem apreensivos para saber o que estava realmente acontecendo. Pelas marcas, acredito que alguma ave tenha trombado”, afirmou. “Não chegaram a cair as máscaras, disseram que não era sério, mas eu acho que o avião não chegaria em Campo Grande”, afirmou o passageiro.

Bianchi mora em Miami, nos Estados Unidos, e veio para passar cinco dias na companhia de amigos em Campo Grande. “Acabou que perdi um dia”, lamentou explicando que ele e os demais passageiros foram hospedados em um hotel de Londrina (PR). A empresa arcou com os gastos e a saída para Campo Grande está prevista para às 20h de hoje com escala em Guarulhos.

A aeronave seguia com 95 passageiros à bordo com previsão inicial de chegar em Campo Grande às 11h15min.

Fonte: Vivianne Nunes (correiodoestado.com.br) - Foto: João Bianchi

Avião cai e mata 4 pessoas e 3 cavalos nos EUA

Queda sobre estábulo na Califórnia ainda deixou ferido um quarto cavalo

A queda de um avião Cirrus SR22 nesta quinta-feira (21) em Agua Dulce, na zona norte de Los Angeles, no Estado americano da Califórnia, provocou a morte de quatro pessoas e três cavalos. A aeronave se chocou contra um curral, antes de explodir.

Segundo informações da rede Fox News, o avião decolou de um aeroporto nas redondezas, minutos antes. A queda ocorreu às 12h10 locais (16h10 em Brasília).

Os quatro mortos eram provavelmente tripulantes e passageiros da aeronave, já que não há informações sobre vítimas que estavam no solo. Além dos três animais mortos, um quarto cavalo sofreu ferimentos.

O porta-voz da Federal Aviation Administration, Ian Gregor, disse que o acidente está sob investigação.

Fontes: R7 / Fox News - Fotos: Fox News / Gene Blevins (LA DailyNews)

Arma laser montada em avião fracassa em teste pela segunda vez

Falha em rastreamento impediu que o laser fosse usado, de acordo com os primeiros dados

Um potente laser montado numa versão modificada de um Boeing 747 não foi capaz de abater um falso míssil inimigo no segundo teste malsucedido consecutivo, informa a Agência de Defesa de Mísseis do Pentágono.

Indicações preliminares são de que o chamado Sistema de Teste de Laser Aéreo rastreou a fumaça de foguete do alvo, mas não fez a transferência para um segundo sistema, de" rastreamento ativo", o que seria o prelúdio para o disparo do laser químico de alta potência, disse Richard Lehner, porta-voz da Defesa de Míssil.

"A transição não ocorreu", disse ele. "Portanto, o disparo do laser e alta energia não aconteceu".

A Boeing fornece a estrutura aérea e é a principal empreiteira do projeto, enquanto que a Northrop Grumman fornece o laser e a Lockheed Martin vem desenvolvendo o sistema de disparo e controle.

O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, reduziu o projeto à categoria de experimento de pesquisa.

Cerca de US$ 4 bilhões já foram gastos no programa nos últimos 15 anos, disse Lehner. O objeto é focalizar um raio concentrado com o diâmetro de uma bola de basquete numa parte pressurizada do míssil por tempo suficiente para fazê-lo falhar.

Para o ano fiscal de 2011, o presidente Barack Obama pediu ao Congresso US$ 98,6 milhões para todos os chamados programas de pesquisa em energia direcionada do Departamento de Defesa.

O sistema de laser aéreo havia abatido um alvo com sucesso em fevereiro, no primeiro teste de uma arma do tipo. O segundo teste, realizado em setembro, falhou, seguido agora pelo de outubro.

Fonte: Reuters via Estadão - Imagens: Reprodução/Departamento de Defesa dos EUA / Boeing

Avião que vinha de São Luis (MA) faz pouso forçado no rio Parnaíba

Uma aeronave realizou um pouso forçado no início da noite desta quinta-feira (21) em Teresina, no Piauí.

Trata-se de um modelo ultraleve anfíbio, que teve que fazer pouso "emergencial" no rio Parnaíba, nas mediações do Iate Clube. Segundo informações, o avião estaria vindo de São Luis (MA).

Ao contrário das primeiras informações, não se trata de um acidente. O Corpo de Bombeiros foi acionado e foi até o local.

O piloto Lázaro Camargo informou que a roda da frente sacou na hora do pouso e como é uma aeronave também aquática optou em descer no rio.

"Tive um problema no trem de pouso e fiz um pouso alternativo, normal para este tipo de aeronave, que me permite pousar na água. Não houve nenhum problema mais sério", disse o piloto.

Fontes: Portal AZ / Cidadeverde.com - Fotos: Cidadeverde.com

Crocodilo a bordo teria feito avião cair no Congo

Réptil teria fugido de bolsa de passageiro e causado pânico na tripulação.

Relato é do único sobrevivente do acidente que matou 20 em agosto.


A queda de um pequeno avião sobre uma casa no oeste da República Democrática do Congo, em agosto, que matou 20 pessoas, teria sido provocada por um crocodilo que escapou a bordo, segundo relato de um sobrevivente, citado nesta quinta-feira (21) pelos tabloides britânicos.

O réptil estava dentro da bolsa de um passageiro e teria escapado, provocando pânico na cabine, o que teria causado a queda do avião.

O acidente ocorreu próximo à pista de pouso do aeroporto da cidade de Bandundu, oeste do país.

O avião Let 410UVP-E20C, prefixo 9Q-CCN, era operado pela companhia particular congolesa Filair. O aparelho chegou procedente de Kinshasa. Aparentemente, ele não apresentou problemas mecânicos.

A República Democrática do Congo, situada no centro da África, tem um dos piores índices do mundo em segurança de voos.

Fontes: G1 (com agências internacionais) / ASN - Imagens: flightglobal.com / AP / AFP

Parabrisa trincado faz avião da TAM realizar pouso de emergência em Londrina, no Paraná

Um avião da TAM que seguia de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, teve de fazer um pouso de emergência em Londrina, no início da tarde desta quinta-feira (21). Segundo nota enviada pela companhia aérea, o motivo foi um parabrisa trincado durante o voo.

O Airbus A320-232, prefixo PR-MBJ, que realizava o voo JJ 3804 decolou de Cumbica às 10h35m e pousou em Londrina às 12h23m. Segundo a TAM, os 98 passageiros a bordo desembarcaram normalmente e foram reacomodados em outros voos da companhia. A aeronave continua em Londrina para manutenção.

Trinta dos passageiros já embarcaram no voo JJ 3156 (Londrina/Guarulhos-São Paulo) e no JJ 3630 (Guarulhos-São Paulo/Cuiabá). De acordo com a TAM, Os outros 68 devem prosseguir viagem às 20h30m, nos voos JJ 3764 (Londrina/Congonhas-São Paulo) e no JJ 3774 (Congonhas-São Paulo/Campo Grande).

Esse é o segundo incidente envolvendo aeronaves da companhia em menos de 24 horas. Na noite desta quarta-feira, a TAM cancelou o voo JJ 3580 após ameaça anônima de bomba na aeronave que seguia de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para Brasília. Os 95 passageiros e 6 tripulantes foram desembarcados da aeronave. A Polícia Federal realizou uma varredura no avião, mas não encontrou o artefato.

Fonte: O Globo