sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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O Antonov An-158, prefixo UR-NTN, da Antonov Design Bureau, em treino para o show aéreo Aviasvit-XXI, sobre o Aeroporto Gostomel (UKKM), em Kiev, na Ucrânia, em 29 de setembro de 2010.

Foto: Oleg V. Belyakov (Airliners.net)

Um CEO muito louco

Como as ideias inusitadas de Michael O'Leary, presidente da companhia aérea Ryanair, mudaram o setor aéreo e devem continuar influenciando o mercado. A mais recente? Acabar com os copilotos

O irlandês Michael O’Leary (foto acima), 49 anos, já foi chamado de quase tudo: maluco, irreverente, visionário... E não é para menos. À frente da companhia aérea Ryanair, ele criou tendências, polêmicas e mudou a maneira de voar – primeiro dos europeus e depois do restante do mundo, ao levar ao pé da letra o termo “low cost” (baixo custo, em inglês).

Foram suas ideias radicais, como o fato de sugerir que os funcionários comprassem suas próprias canetas para cortar custos, que o levaram ao cargo mais alto dentro da Ryanair, o de CEO, em 1994.

De lá para cá, o executivo a transformou na maior companhia de baixo custo do continente europeu e também se tornou famoso por seus comentários polêmicos. Recentemente, disse ser desnecessário um segundo piloto nos voos.

“Com o fim dos copilotos, as aéreas economizariam uma fortuna”, disse em entrevista ao jornal britânico Financial Times. “Ele só está lá para assegurar que o comandante não vai bater a cabeça nos controles.”

Na raiz de todas as suas ações, há um único objetivo: economizar. O resultado disso? A Ryanair deixou de ser regional para se tornar uma potência com sete mil funcionários e operações em 155 aeroportos de 26 países. Na última década, enquanto todo o setor perdeu US$ 50 bilhões no mundo, a empresa teve lucro, acumulando 1,6 bilhão de euros (cerca de US$ 2,2 bilhões) no período. O último foi de 305,3 milhões de euros.

Para se ter uma ideia do grau de preocupação de O’Leary com redução de custos, ele pediu que o peso de cada cartão de orientação de segurança fosse calculado, assim como os gastos com sua reposição.

Radical: a empresa trocou cartões de segurança por adesivos (detalhe) para reduzir os custos em cada viagem

Com os resultados em mãos decidiu substituí-los por adesivos colados na poltrona. Isso, somado ao fato de suas aeronaves não terem assentos reclináveis, persianas ou porta-revistas, fez com que o avião ficasse mais leve e, dessa forma, consumisse menos combustível, diminuindo um dos principais custos da companhia.

O'Leary, contudo, planeja ações mais drásticas que mexem com a vida dos passageiros. Entre elas está a eliminação de dois dos três banheiros existentes nos aviões, ganhando mais espaço para passageiros. Detalhe: ele quer também cobrar uma taxa para o uso desse único banheiro. Mas a medida mais radical e que está prestes a se tornar real é o transporte de passageiros em pé. Na verdade seriam assentos verticais, semelhantes aos de um balcão de bar, nos quais a pessoa permaneceria apenas durante decolagens e pousos, ficando em pé no restante da viagem.

A Ryanair já consultou a Boeing sobre o projeto e busca a aprovação da Autoridade Aérea Irlandesa. Com isso, 30 pessoas a mais poderiam ser transportadas em cada voo. É nessa estratégia, que beira a loucura, que mora o segredo do sucesso da companhia.
Assim, é possível cobrar mais barato. Uma passagem da Ryanair custa, em média, 41 euros (cerca de R$ 95), contra 62 euros da EasyJet ou 268 euros da British Airways. A empresa também faz promoções nas quais a passagem pode ser adquirida por até 1 euro – um modo de ser sempre lembrada como a mais barata.

Com tantas mudanças que influenciaram o mercado, cabe uma pergunta: há limites para O’Leary e a Ryanair? “Sim há e a segurança será o principal deles”, diz Alexandre Barros, consultor e especialista em setor aéreo.

Para ele, a ideia de apenas um piloto por viagem é a mais arriscada. “Com certeza é preocupante, há motivos para os comandos serem duplicados”, diz. Já para Respício Espírito Santo, professor da Escola Politécnica da UFRJ, outros limites podem barrar as irreverências da companhia.

“Cobrar o uso do banheiro não será bem aceito. E se o passageiro tiver um mal-estar? Isso para mim é absurdo”, diz. Outras atitudes radicais como cobrar pelas bebidas servidas a bordo também eram impensáveis, mas se tornaram comuns e têm sido adotadas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, por empresas como a Webjet. O’Leary, definitivamente, fez escola.

Fonte: Crislaine Coscarelli (IstoÉ Dinheiro) - Fotos: Peter Morrison (AP)

'Caveirão do ar', da polícia do Rio, é destaque do filme 'Tropa de Elite 2'

O piloto de helicóptero mais experiente da polícia do Rio conta como são planejadas as ações aéreas de combate à violência.

O helicóptero é a arma. Em uma cidade de morros, de altura e vertigens, de tiros e tráfico. O ruído do rotor é ao mesmo tempo sinal de guerra e de segurança. Para entrar seguro nessas batalhas quase diárias é preciso um comando experiente.

Veja uma reportagem especial sobre a importância dos helicópteros no combate à violência do Rio de Janeiro.

No filme “Tropa de Elite 2”, o caveirão do ar avança sobre a favela. Do alto, o Coronel Nascimento comanda a ação. São manobras impressionantes, rasantes, muitos tiros. Os traficantes fogem, mas não escapam.

As cenas aéreas são um dos grandes trunfos de “Tropa de Elite 2”, um dos melhores momentos do filme que está batendo todos os recordes de público no Brasil.

Não houve truque, nem efeito de computador. As cenas são todas verdadeiras, filmadas nas favelas do Rio de Janeiro. O helicóptero foi o blindado, apelidado de caveirão da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O piloto vocês vão conhecer agora.

Adônis de Oliveira, de 47 anos, é considerado o mais experiente piloto-policial do país. Há 22 anos ele trabalha como piloto da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Já participou de centenas de operações.

Ele guarda em um computador as imagens dos confrontos, feitas de dentro do helicóptero policial. Elas não podem ser mostradas, para não revelar as estratégias das ações. Mas nossas equipes já registraram muitas dessas incursões, como em imagens na Favela da Coreia. O helicóptero da polícia localiza os traficantes que estavam escondidos, atirando contra os policiais. Os bandidos fogem, armados de fuzil e pistola, mas são alcançados.

“Na verdade, ali a presença do helicóptero foi fundamental. Os traficantes estava fazendo disparos conta a equipe em terra”, lembra o piloto policial Adônis de Oliveira.

Com toda essa experiência, Adônis foi escolhido para repetir no filme o que faz no dia a dia: “Na realidade, combinamos com o pessoal de terra o momento em que o helicóptero vai entrar. É uma ação conjunta e as equipes se deslocam em direção aos traficantes. Procuramos não sermos vistos e ouvidos”.

Desde a década de 1970 o helicóptero se incorporou como mais uma arma da polícia. O Rio de Janeiro foi a primeira cidade do país a fazer isso. Os primeiros aparelhos eram adaptações de modelos civis.

No ano passado, os bandidos atiraram e derrubaram um helicóptero policial, no Morro dos Macacos, na Zona Norte da cidade. Três PMs morreram.

Mas o caveirão do ar é um modelo muito mais difícil de ser destruído. Ele foi fabricado para ser usado na Guerra do Vietnã. Opera também em ações de combate à guerrilha. Mas como equipamento policial na cidade foi usado pela primeira vez no Rio. Recebeu reforço na blindagem e partiu para o combate.

“Adaptamos uma blindagem para proteger o tripulante. É um helicóptero robusto, mais tolerante a tiros de fuzil e, por isso, mais seguro”, explica o piloto policial Adônis de Oliveira.
Na filmagem de “Tropa de Elite 2”, toda a estratégia de voos do helicóptero foi decidida pelos policiais e não pela direção do filme. José Padilha queria a cena mais realista possível. Importou a equipe de efeitos especiais. Mas para pilotar o caveirão do ar não teve dúvida.

“Se você quer falar de religião católica, vai falar com o Papa. Se quiser falar de operação policial e helicóptero, vai falar com o Adônis. Os americanos de efeito especial, que trouxemos, sempre falavam que tudo depende do piloto. Nos Estados Unidos, para fazer o que queríamos ia demorar quatro, cinco dias. Com o Adônis, fizemos em um dia. Quando os americanos viram, não acreditaram. O Adônis é um dos melhores pilotos do mundo. Ele dá aula nos Estados Unidos”, elogia o diretor de "Tropa de Elite 2" José Padilha.

“Há ações que só têm êxito porque o helicóptero está presente. Ele é insubstituível, principalmente no Rio de Janeiro”, destaca o piloto Adônis.

Uso de helicópteros no Rio de Janeiro

Rodrigo Pimentel, especialista em segurança pública, comentarista da TV Globo e consultor do filme “Tropa de Elite 2”, explica a importância do helicóptero em ações táticas no Rio de Janeiro. Ele explica que a polícia usa o helicóptero como plataforma de combate, de apoio às operações em favelas na cidade.

Veja a entrevista completa em vídeo:

Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo) - Foto: O Globo

Ataque americano mata insurgentes no Paquistão

Pelo menos quatro supostos insurgentes morreram hoje em um ataque com mísseis lançado por um avião não tripulado dos Estados Unidos na conflituosa região tribal paquistanesa do Waziristão do Norte, informou a rede privada "Dawn Tv".

Segundo o canal, que não identificou suas fontes, vários mísseis caíram em uma casa na qual se refugiavam supostos insurgentes, situada na região de Mir Ali desta demarcação fronteiriça com o Afeganistão.

Nela buscam refúgio membros da rede terrorista Al Qaeda e outros grupos insurgentes tanto afegãos como paquistaneses.

Os EUA, que lançaram pelo menos 77 ataques similares no Waziristão do Norte neste ano, estão pressionando o Exército paquistanês para que lance uma operação contra os talibãs na região.

Mas o comando militar paquistanês é reticente por enquanto e alega que já está envolvido em muitas ofensivas e nas tarefas de assistência aos afetados pelas inundações sofridas nos últimos meses pelo Paquistão.

Fontes: EFE / EPA / AFP

Recuperação do transporte aéreo mundial está desacelerando, diz Iata

A recuperação do setor aéreo em todo o mundo está desacelerando, conforme o ritmo da expansão econômica fica mais moderado, afirmou nesta quinta-feira a associação internacional do setor.

No Brasil, no entanto, a demanda por voos dentro e fora do país disparou em setembro .

A associação mostrou que, em todo o mundo, o crescimento nas viagens de negócios continua a superar as viagens em classe econômica. Além de apontar para saúde financeira do setor aéreo, as viagens de negócios são também um importante indicador da atividade econômica.

O crescimento anual menor em agosto do que o registrado em meses recentes foi causado em parte por um efeito estatístico de um grande aumento em agosto do ano passado, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Na comparação com julho, houve uma queda de 1% a 1,5% em agosto nos números sazonalmente ajustados de passageiros que viajam nas classes executiva e econômica.

"Há claros sinais agora de que a retomada no pós-recessão do transporte aéreo está desacelerando", afirmou a Iata.

O número de passageiros viajando em classe executiva ou primeira classe em agosto foi 9,1% maior que um ano antes, contra taxa de 13,8% em julho. Nas classes econômicas, os números foram de 6,2% em agosto contra 8,8% em julho.

A Iata, que representa 230 companhias aéreas do mundo, informou que a demanda por passagens premium acumula alta de 17% sobre a mínima de 2009, mas 99% desta retomada ocorreu até o final do primeiro trimestre deste ano.

Nos cinco meses desde então, o número de passageiros viajando em classes premium, geralmente a negócios, perdeu impulso, mas não é possível no momento identificar se a pausa é temporária.

Fonte: Reuters via O Globo

Procon (PE) autua cinco companhias aéreas

O Procon e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) querem que as empresas aéreas com atuação no Estado mantenham à disposição dos consumidores, no Aeroporto Internacional do Recife, uma ferramenta para consulta imediata dos preços das passagens. Na avaliação do MPPE, falta clareza na comunicação do preços a seus passageiros. O Procon estadual autuou ontem cinco empresas do setor, que ainda podem recorrer para que o registro não se transforme em multa.

As tarifas aéreas são influenciadas por vários fatores. Dois passageiros que usam uma mesma rota, exatamente na mesma hora e data de voo, podem pagar preços distintos. Isso porque normalmente as companhias vendem a preços mais baixos, por exemplo, as passagens de quem se programa com antecedência de 30 dias e garante que não mudará a data da viagem. Quem deixa para comprar a passagem em cima da hora ou quem deseja ter flexibilidade para remarcar o voo sem pagar multa desembolsa valores maiores.

Para o promotor de Defesa do Consumidor do MPPE, Maviael de Souza e Silva, porém, as empresas deveriam colocar no seu balcão de vendas, no aeroporto, “um cardápio ou um terminal” de computador detalhando todos os preços de todas as rotas.

“Quanto custa uma passagem aérea para São Paulo? Ninguém sabe direito”, critica . Foi por isso que o Ministério Público convocou para ontem uma audiência sobre o assunto com representantes de cinco empresas do setor. O encontro foi adiado para o próximo dia 4, pois as empresas alegaram pouco tempo hábil para se preparar para os debates.

Diante da remarcação do prazo, o MPPE solicitou ao Procon uma fiscalização da TAM, Gol-Varig, Webjet, Azul e OceanAir. Nenhuma informava, em seus balcões, os preços das passagens, conta Maviael, o que, ressalta, vai de encontro ao artigo 2º do Decreto 5.903/06. Essa norma determina que as informações sobre preços de produtos e serviços devem ser expostas “de forma a garantir ao consumidor a correção, clareza, precisão, ostensividade e legibilidade.”

A audiência do próximo dia 4 será realizada no Centro Cultural Rossini Alves Couto, na Avenida Visconde de Suassuna, bairro da Boa Vista.

Fonte: Jornal do Commercio via portogente.com.br

MTA pede à Anac mais voos para Miami

Com dívidas crescentes e sob a mira de investigação da Polícia Federal, a Master Top Linhas Aéreas (MTA) entrou com pedido na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para liberação de 30 voos entre Viracopos, em Campinas (SP), e Miami até janeiro do ano que vem. A cidade norte-americana é sede do grupo Centurion, que aluga as aeronaves utilizadas pela empresa no Brasil. A liberação das viagens — 10 por mês a contar de amanhã — abre margem para que a MTA retire do país os quatro aviões que utiliza para o transporte de cargas, inicialmente utilizados para cumprimento de contrato firmado com os Correios. Atualmente, a empresa tem permissão para fazer apenas dois voos semanais para Miami com escala em Manaus.

Desde que entrou no centro do escândalo que derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, as denúncias contra a MTA se multiplicam. A empresa, que teria conseguido um contrato milionário com os Correios por influência do filho de Erenice, Israel Guerra, acumula dívidas com empregados e fornecedores de combustíveis. Segundo o Estado de São Paulo, a MTA não estaria cumprindo o contrato firmado com a estatal e teria um dono oculto estrangeiro, o argentino Alfonso Rey — proprietário da Centurion—, o que seria proibido pela legislação. O pedido de ampliação das rotas de voo feito à Anac precisa ser aprovado também pelas autoridades norte-americanas.

Desde que o escândalo de tráfico de influência na Casa Civil em contratos dos Correios estourou, a MTA pôs em prática um plano de emergência. Fechou o escritório que utilizava como base no aeroporto de Viracopos e passou a funcionar em armazéns alugados de outras companhias de transporte de cargas. O responsável pela empresa no Brasil, o peruano Orestes Romero, também saiu do país rumo a Miami. Entre maio e agosto, somente em multas aplicadas pelos Correios, a MTA acumulou mais de R$ 1,1 milhão. O contrato de R$ 44,9 milhões firmado com a estatal também foi cancelado por irregularidades na licitação. A empresa não teria entregue, no prazo legal, os documentos exigidos para participar da concorrência.

Além de Erenice, o caso MTA provocou a queda do coronel Eduardo Artur Rodrigues, que teve de deixar o cargo de diretor de operações dos Correios por conta da acusação de ter dirigido a empresa envolvida nas denúncias até a posse na estatal. Atualmente, o controle formal da companhia de transporte de cargas é dividido por Jorge Augusto Dale Craddock e por Anna Rosa Pepe Blanco Craddock, ex-sogros da filha de Rodrigues, Tatiana Blanco.

Fonte: Ivan Iunes (Correio Braziliense)

Acordo deve ampliar voos entre Brasil e Europa

O número de voos entre o Brasil e a Europa poderá ser ampliado a partir de um acordo que começará a ser negociado entre autoridades brasileiras e da União Europeia (UE). Em reunião hoje em Bruxelas, os ministros dos Transportes dos países integrantes do bloco europeu autorizaram a Comissão da União Europeia a iniciar negociações com o Brasil para estender a todos os países da comunidade os acordos para aprovação de novas rotas.

"Hoje o Brasil tem acordos aéreos com 13 ou 14 Estados-membros da União Europeia. Quando fizermos o acordo, todos os países terão acesso", disse o ministro-conselheiro Juan Victor Monfort, da delegação da União Europeia no Brasil. Segundo ele, uma vez aprovado por ambas as partes, o acordo ampliará o mercado para empresas aéreas brasileiras e europeias.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que, pelos termos do que está em discussão, a abertura de novas rotas será negociada em bloco com a UE, e não mais caso a caso com os países-membros. A agência reguladora da aviação no Brasil ressalta que isso não significa que as empresas europeias poderão operar voos domésticos no Brasil. Os acessos referem-se apenas a rotas unindo o Brasil à Europa.

Monfort disse que ainda não há uma estimativa de quantos novos voos poderão ser abertos com o eventual sucesso das negociações. Mas, segundo ele, já se calcula que a ampliação dos acessos aéreos pode aumentar em cerca de 350 mil pessoas por ano o fluxo de passageiros entre Brasil e Europa. Em 2008, cerca de 4,7 milhões de pessoas voaram entre esses dois destinos.

"O mercado aéreo brasileiro está crescendo muito rapidamente, tanto nos voos nacionais quanto nos internacionais", disse Monfort. Em nota à imprensa, a delegação da União Europeia destaca que o volume de passageiros entre Brasil e os países da Europa deverá crescer muito nos próximos anos com a Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no País, e a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016.

Além da abertura de novas rotas, o acordo a ser negociado prevê buscar uma equalização entre a regulamentação do setor aéreo aplicada no Brasil e os padrões europeus, de modo a facilitar a integração. Segundo Monfort, trata-se da "convergência regulatória na área ambiental, de segurança e proteção ao consumidor".

Em julho passado, Brasil e União Europeia já haviam assinado um acordo de cooperação técnica na área de segurança para o setor aéreo. A expectativa da delegação da UE é de que as negociações sobre a ampliação do acesso a novos voos comecem nas próximas semanas.

Fonte: Leonardo Goy (Agência Estado)

Bases militares vão desafogar aeroportos durante Copa, diz Jobim

Preocupado com a situação dos aeroportos do país diante da perspectiva de aumento no fluxo de passageiros durante a Copa do Mundo de 2014, o governo está preparando um pacote de medidas para atender à demanda, que inclui a utilização de bases aéreas militares para receber seleções e autoridades estrangeiras.

Os planos, informados nesta sexta-feira pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, compreendem ainda o uso de aeroportos secundários como local para estacionamento de aeronaves que chegarão ao país, assim como a reprogramação de voos fretados para horários de menor tráfego e a aquisição de equipamentos para operação em dias de pouca visibilidade.

"Uma dessas ideias veio da experiência na África do Sul, que era ter áreas especiais para a chegada das delegações e também das autoridades estrangeiras", disse Jobim a jornalistas em evento na Escola Naval.

"É muito mais fácil utilizar as bases aéreas, porque a gente desembaraça o desembarque com mais rapidez. Isso evita um acúmulo e o transtorno", acrescentou.

A questão dos aeroportos é uma das principais preocupações dos organizadores da Copa do Mundo e das próprias companhias aéreas para o sucesso do Mundial no Brasil. Segundo especialistas, a capacidade dos aeroportos do país encerrou 2009 em 126 milhões de passageiros, com uma demanda de 111 milhões. Em 2014, o fluxo deverá alcançar os 146 milhões.

Um estudo recente da consultoria McKinsey aponta que das 12 cidades-sede da Copa, apenas quatro não têm aeroportos com saturação em pátio ou terminal de passageiros atualmente.

Segundo Jobim, um estudo sobre a situação do setor está sendo preparado levando em conta o crescimento atual da demanda doméstica e da específica gerada pela Copa, que terá como centro o mês de julho de 2014.

"Estamos estudando o problema para ter uma capacidade de atendimento de 100 por cento, mas queremos usar 90 por cento para ter uma reserva de contingência", afirmou o ministro.

Entre as medidas estudadas está concentrar os voos fretados, utilizados com frequência por agências de turismo durante a Copa do Mundo, fora dos horários de pico dos aeroportos.

"Os turistas da Copa fazem muitos voos charter, e eles não precisam usar os horários de pico", disse Jobim.

Em dois aeroportos, Curitiba e Porto Alegre, o governo vai investir em novos equipamentos para operação em dias de chuva forte e baixa visibilidade, o que acontece normalmente no período do inverno, quando acontecerá o Mundial.

O governo federal trabalha com um orçamento de 6,5 bilhões de reais para investir nos aeroportos nos próximos anos, dos quais cerca de 5,5 bilhões de reais irão para as cidades-sede do Mundial.

Fonte: Rodrigo Viga Gaier - Edição: Pedro Fonseca (Reuters) via O Globo

Secretaria de Segurança do Acre conclui sindicância sobre uso do helicóptero

Instrução normativa será criada para estabelecer regras para quem quiser conhecer ou tirar fotos da aeronave

A Secretária de Segurança, Márcia Regina, apresentou o resultado final da sindicância aberta para apurar as denúncias sobre o uso indevido do helicóptero Comandante João Donato por parte da tripulação. Após ouvir os envolvidos e também as jovens que aparecem nas fotos divulgadas posando ao lado e dentro do helicóptero, testemunhas do dia do registro e até o prefeito de Porto Acre (que se colocou à disposição para esclarecer os fatos), o relatório apontou que não houve transgressão porque não havia nenhuma regra para registro fotográfico da aeronave. "Não houve nenhum tipo de conduta imoral, como afirmaram algumas denúncias", avaliou Márcia Regina.

Para evitar novos transtornos, a comissão de sindicância instaurada para averiguar o caso indicou a criação de uma instrução normativa para regulamentar o que pode ou não e em que momentos será possível tirar fotos ao lado da aeronave. "Teremos dias e horários em que a população poderá chegar perto do helicóptero, conhecer o equipamento e matar a curiosidade. É normal que isso aconteça e em todos os estados as pessoas, principalmente as crianças, querem tirar fotos com o helicóptero. O que vai acontecer é que agora teremos isso regulamentado", explicou Márcia Regina.

A secretária deixou claro que a tripulação não foi afastada de forma punitiva, apenas para preservar a integridade dos envolvidos até que os fatos fossem esclarecidos e não atrapalhassem o andamento da sindicância.

"Eu permitia que as pessoas tirassem fotos e conhecessem o helicóptero. E depois, me baseio pela minha vida. Quando eu era criança meu sonho era ser piloto de helicóptero. Nunca tive a oportunidade de chegar perto de um, apenas pela televisão, mas sei o quanto isso é importante na vida de um garoto", comentou o comandante Joel Outo.

O sargento Loredo Gomes lamentou a informação deturpada dos fatos. "Levaram a público a nossa imagem e o nosso trabalho, aquilo que representamos dentro de um centro de profissionais que estão há um ano se dedicando dia após dia para fazer o melhor. Aqui no Acre nós temos profissionais sérios, qualificados, que não deixam a desejar em nada para os demais estados", disse.

O soldado Valdeci, um dos tripulantes, ressaltou que a preocupação maior não era com a família ou os amigos, mas com a sociedade. "As pessoas que nos conhecem sabem de nossa conduta. Esse interesse da população pelo helicóptero é normal. E a sociedade sabe qual é o trabalho que prestamos", comentou.

Fonte: Tatiana Campos (agencia.ac.gov.br) - Foto: Blog da Amazônia

Vince Neil: "comprei um avião para carregar meus cachorros"

Jane Stevenson da Agência QMI conduziu recentemente uma entrevista com Vince Neil (foto ao lado), o vocalista do MÖTLEY CRÜE. Alguns trechos da conversa abaixo.

Sobre seus dois cocker spaniels:

"Aqui estão as crianças. Acredito, que só por causa deles eu comprei um jato (foto abaixo). Eu comprei um avião para os cães porque eu tenho uma casa em San Francisco e outra em Las Vegas e minha (quarta e logo ex) esposa não os colocava na gaiola então comprei um avião para poder levá-los de uma para a outra (casa). Eu tinha que fretar voos para os cães o tempo todo, e estava ficando tão caro que eu pensei que seria mais barato comprar um avião que ficar fretando eles."


Leia a entrevista completa na Agência QMI [em inglês].

Fonte: whiplash.net - Fotos: QMI Agency / jaunted.com

Brasil se prepara para integrar uma constelação de satélites que vai monitorar as chuvas na Terra

O Programa Internacional de Medidas de Precipitação (Global Precipitation Measurement, GPM) vai aprimorar programas em curso, produzindo estimativas de chuva a cada 3 horas. Para tanto, já está em negociação com a Nasa, a agência espacial dos EUA, e a CNES, a agência espacial francesa, a inclusão de instrumentos das duas instituições em um satélite nacional, batizado GPM-Brasil, que deverá ser lançado até 2015, conta Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

- Há um problema sério na previsão do tempo, principalmente em relação a chuvas intensas, que em zonas urbanas podem provocar desastres - diz Câmara. - Com as mudanças climáticas, aumentarão as chuvas de maior intensidade e o Brasil é um país que poderá sofrer muito. Então, para nós é importante ter formas de medir isso, o que poderá levar a uma redução no número de mortes decorrentes de tempestades. Será um projeto de uso direto da sociedade, e não só científico.

Segundo o diretor do Inpe, o GPM-Brasil deverá usar a mesma plataforma do Amazônia 1, satélite de monitoramento de recursos terrestres que deve ser lançado em 2013. Seu desenvolvimento, previsto no Plano Nacional de Atividades Espaciais, tem recursos do Orçamento da União.

- O ponto de vista do espaço é único, permite uma cobertura com alta precisão - reforça Michael Freilich, diretor de Ciências da Terra da Nasa.

Mas, antes mesmo do Amazônia 1, em novembro do ano que vem o Brasil deverá lançar o CBERS-3, sigla em inglês para Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres. No início deste ano, o CBERS-2B, lançado em 2007, apresentou problemas e suas operações foram encerradas antes do previsto. Mas, graças à cooperação internacional, o país não enfrenta prejuízos nos principais dados que eram monitorados por ele - queimadas, desmatamento e mudanças no uso da terra.

Fonte: Cesar Baima (O Globo) - Imagem: NASA

Nave da época soviética vai passar cinco meses no espaço

A cápsula espacial Soyuz, criada em 1968 pela União Soviética, no auge da Guerra Fria, será agora usada em uma missão que retrata bem a globalização. Levando dois astronautas russos e um norte-americano (que seriam rivais da corrida espacial na época em que a Soyuz foi construída), a nave partiu na semana passada para sua 19ª missão desde que foi reformulada pela última vez, em 2003. Soyuz, aliás, significa “união” em russo, o que aumenta o simbolismo da ocasião. A cápsula decolou da base espacial de Baikonur, no sul do Cazaquistão, uma ex-república soviética.

Os três tripulantes passar cinco meses em uma estação espacial na órbita terrestre, se juntando a outros três que já estão no local. Alexander Kaleri, Oleg Skripochka e Scott Kelly, eis o nome das feras, chegaram à plataforma orbital no último sábado. Para o americano Scott Kelly, aliás, a missão tem um sabor especial. Se o voo marcado para fevereiro do ano que vem, de uma nave da NASA chamada Endeavour, não se atrasar, Scott Kelly será acompanhado em órbita por seu irmão, Mark. Será a primeira vez que dois irmãos estarão juntos no espaço.

A nave Soyuz, embora pouca gente saiba, tem um significado especial para o Brasil. Foi a bordo dela que, a 29 de março de 2006, o astronauta Marcos Pontes tornou-se o primeiro brasileiro a ir ao espaço. Para as próximas missões, contudo, não está prevista a participação de nenhum tripulante da América Latina.

Fonte: BBC News via Rafael Alves (hypescience.com)

Mais aviões para atender a demanda

Em crescimento há 16 meses consecutivos, a demanda por voos domésticos está motivando as empresa aéreas brasileiras a rever para cima seus planos de expansão de frota

Em crescimento há 16 meses consecutivos, a demanda por voos domésticos está motivando as empresa aéreas brasileiras a rever para cima seus planos de expansão de frota. Azul e TAM aumentaram suas previsões e compraram neste ano aeronaves não programadas inicialmente. A Gol não descarta a possibilidade de fazer o mesmo a partir de 2014, mas não revela números. A regional Trip também deverá ampliar sua encomenda prevista para os próximos três anos.

"Se o Brasil confirmar esse crescimento atual nos próximos anos, poderemos rever o planejamento de frota para 2014", afirmou o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Gol, Leonardo Pereira.

Pela atual programação, o aumento de frota da Gol até o fim de 2014, em relação ao total de aviões em 2010, é de 11 aviões. A preços de tabela, o investimento programado equivale a US$ 880 milhões, considerando-se que cada Boeing 737-800, avião que a empresa tem dado prioridade em sua frota, custa cerca de US$ 80 milhões.

Pereira, também admite que a companhia poderá aumentar sua previsão de crescimento do mercado doméstico em 2010, prevista atualmente em 21%. De janeiro a setembro, a demanda doméstica acumula alta de 27%. Se a Gol revisar sua projeção, ela só deverá ser conhecida na divulgação do balanço do terceiro trimestre.

"Estamos em processo de avaliação e análise para o replanejamento da frota. Como o setor está realmente aquecido, deveremos fazer uma revisão para os próximos três anos. Ainda não temos números definidos, apenas a sinalização de que os números serão revistos para cima", afirma o presidente da Trip, José Mário Capriolli.

A Trip tem 38 aeronaves e vai encerrar este ano com 40. Para 2011, quer ter pelo menos 50 aviões entre turboélices da franco italiana ATR e jatos da Embraer.

Em julho, durante a feira internacional de aviação de Farnborough, na Inglaterra, a Trip já havia anunciado a compra de um avião da Embraer diferente do seu plano inicial. Naquela ocasião, a empresa anunciou a aquisição de dois modelos 190, para 106 passageiros.

A Avianca Brasil, antiga Oceanair, deverá promover uma alteração em seu plano inicial de frota. Isso porque ela deve anunciar na segunda-feira a primeira rota internacional com a nova bandeira. Segundo o site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Avianca foi autorizada a operar um voo diário entre São Paulo e Bogotá (Colômbia) a partir de 4 de novembro. A empresa deve operar aviões da Airbus, modelo A330.

Quando ainda era Oceanair, a empresa operou voos para a Cidade do México em meados de 2007 com um Boeing 767-200. Foi quando a companhia anunciou a intenção de voar para as cidades africanas de Lagos (Nigéria) e Luanda (Angola), mas essas rotas não chegaram a ser operadas.

"O mercado está aquecido, influenciado pela desvalorização do dólar", diz o especialista em negociação de aviões da consultoria Jet Design, Ricardo Mendes.

Em abril, a TAM foi a primeira a elevar suas compras e aumentou em US$ 200 milhões seu investimento em frota. Com esses recursos, ela ampliou de 5 para 11 o aumento de sua frota em 2010.

A Azul fechou a compra de 20 turboélices ATR 72-600, para 70 passageiros, que não estavam programadas em seu planejamento inicial de frota. O pedido inclui mais 20 opções de compra do mesmo modelo que, se forem exercidas, levam o investimento a US$ 850 milhões a preços de tabela.

A empresa também comprou mais cinco jatos da Embraer, modelo 195, para 118 passageiros, num pedido de US$ 211 milhões com valores de mercado. O plano de frota da Azul para 2010 previa inicialmente 21 aviões, mas ele foi ampliado para 26 unidades.

O mercado de negociação de aviões está aquecido em todo o mundo. Em julho, apenas Airbus, Boeing e Embraer fecharam pedidos na feira de Farnborough que ultrapassam US$ 50 bilhões, considerando-se pedidos firmes, opções e intenções de compra para cerca de 600 aviões.

Fonte: Valor Econômico via www.administradores.com.br

Sete Linhas Aéreas estreia novo voo e avião

A Sete Linhas Aéreas, de Goiânia, estreou hoje cedo um novo avião em uma nova rota, respectivamente, o Brasília – para 30 passageiros, da Embraer – e o serviço Goiânia a Belém, passando por Palmas, Araguaína, Marabá e Altamira.

A empresa comprou o Brasília e anuncia que, em breve, pretende comprar outras aeronaves do mesmo modelo. Dessa forma, a empresa regional agora tem uma frota de seis aviões – cinco Caravan C-208, para nove passageiros cada, e um Embraer.

Em relação ao novo voo, o Brasília parte de Goiânia às 6h15 e chega em Belém às 13h15, com escalas nas cidades de Palmas, Araguaína, Marabá e Altamira. No retorno, o avião decola às 13h45 e pousa em Goiânia às 20h35, passando pelas mesmas cidades.

Fonte: Portal Panrotas - Foto: Divulgação/Sete Linhas Aéreas

Polícia investiga morte de angolano durante deportação

Jimmy Mubenga viu o pedido de asilo ser-lhe negado e foi deportado. Já no avião, foi algemado e contido, com força excessiva, por três seguranças privados contratados pelas autoridades do Reino Unido. Implorou por ajuda porque não conseguia respirar. Desmaiou e já no hospital foi declarado morto. A Scotland Yard abriu um inquérito. O incidente ocorreu no voo 77 da British Airways entre Londres e Luanda.

A transformação do Reino Unido numa fortaleza e a forma como a UK Border Agency (agência de controlo das fronteiras do Ministério do Interior) efectua deportações, "usando quase todos os meios possíveis", está no centro da mais recente polémica naquele país europeu. No centro do furacão está a empresa privada de segurança, a G4S, contratada pelo Ministério do Interior (MI) para escoltar os deportados até aos respectivos países de origem.

Na origem da polémica está a morte de Jimmy Mubenga (foto acima), um cidadão angolano de 46 anos que pediu asilo no Reino Unido. Mubenga foi declarado morto no hospital Hillingdon, em Londres, para onde foi transportado de urgência após ter perdido a consciência num voo da British Airways, que estava marcado para terça-feira de manhã e acabou por ser adiado devido a este incidente.

"Não consigo respirar. Não consigo respirar"

Ontem surgiu a primeira denúncia contra a atuação dos seguranças. Kevin Wallis, um passageiro que estava sentado no mesmo corredor que o angolano, disse ao jornal The Guardian que viu Mubenga ser contido com excessiva força e ouviu-o queixar-se de falta de ar. "Não consigo respirar. Não consigo respirar", terá dito várias o angolano, durante dez minutos, antes de ter perdido a consciência.

Wallis apelidou de "disparate absoluto" a versão do MI de que Mubenga estava doente. A testemunha disse que ouviu o angolano gemer e suspirar, indiciando que se estava a sentir indisposto, e que viu os seguranças rodearem e segurarem Mubenga no seu lugar quando este tentou levantar-se, dizendo que não queria voltar a Angola.

"Sabendo que ele estava algemado, diria que fizeram demasiada pressão [sobre Mubenga]. Ele devia estar sob uma dor e pressão horríveis", afirmou Wallis ao The Guardian.

Clique sobre a imagem para acessar o infográfico que mostra o que aconteceu no avião da British Airways

Uma declaração corroborada por outra testemunha, que estimou que os seguranças estiveram "em cima" do angolano durante 45 minutos, enquanto este dizia repetidamente: "Eles vão matar-me. Eles vão matar-me." Ninguém percebeu se ele se referia aos seguranças ou a inimigos em Angola, onde já cumpriu sentença por agressão durante distúrbios num clube noturno.

'Enfiado pelo banco abaixo'

Mubenga já se encontrava perturbado e em agonia quando entrou no avião, levando a que os outros passageiros fossem obrigados a mudar para lugares situados na parte da frente a aeronave.

"Ele estava 'enfiado pelo banco abaixo' porque os seguranças estavam a pressioná-lo. Apenas víamos o topo da sua cabeça ou ouvíamos o som abafado [das suas palavras] porque os seguranças estavam em cima dele", afirmou esta testemunha, que pediu para não ser identificada.

Entretanto, um norte-americano de 51 anos contactou o The Guardian para desmentir as alegações do MI sobre o incidente. Este trabalhador da indústria petrolífera disse que a morte do angolano o vai perseguir para sempre- "Poderia eu ter feito alguma coisa? Esta dúvida vai incomodar-me cada vez que for deitar-me", disse esta testemunha, alegando que não se envolveu por "medo de ser expulso do voo e de perder o emprego". "Mas aquele homem pagou um preço mais alto do que aquele que eu poderia vir a pagar."

Michael confirmou que ouviu Mubenga queixar-se de que não conseguia respirar: "Tenho a certeza de que será asfixia [causa de morte oficial]. A última coisa que ouvimos o homem a dizer foi que não conseguia respirar. Eram três seguranças, cada um parecendo pesa mais do que 100 quilos, empurrando e segundo-o no lugar, pelo que eu conseguia por debaixo dos assentos."

Isto enquanto o angola tentava gritar "ajudem-me!". "Ele continuava a dizer 'ajudem-me, ajudem-me'. Foi então que desapareceu debaixo dos assentos. Conseguia-se ver os três seguranças sentados em cima dele. E foi então que ele ficou quieto", continuou o norte-americano, perguntando porque não foi Mubenga retirado do avião se representada um risco tão elevado ao ponto de ter sido alvo de força excessiva.

Não há coincidência nos testemunhos relativamente ao tempo em que os guardas pressionaram o angolano, mas os restantes detalhes dos relatos são semelhantes: a agonia de Mubenga ao entrar no avião, a pressão exercida pelos três seguranças, os gritos do angolano a pedir ajuda e a dizer que não conseguia respirar e a inacção por parte dos outros passageiros.

Fontes: Diário de Notícias (Portugal) / Guardian - Imagens: Guardian

Quatro pessoas morrem em acidente aéreo na Colômbia

Quatro pessoas, entre elas um médico cubano, morreram hoje (15) quando o avião no qual viajavam caiu na região noroeste da Colômbia.

O Departamento de Aviação Civil informou, em comunicado, que a aeronave acidentada foi o Cessna 172N, prefixo HK-4631, da empresa ALAS.

O avião fazia a rota entre as cidade de Bucaramanga e Málaga, ambas no departamento (Estado) de Santander. O acidente ocorreu "quando a aeronave se aproximava de seu destino".

O comandante de polícia de Bucaramanga, general Yesid Vásquez, explicou aos jornalistas que o médico cubano Luis Ramón Berrezuela trabalhava havia cinco anos na Colômbia. "Imagino que ia fazer um trabalho médico" porque Berrezuela viajava na companhia de uma enfermeira, disse Vásquez.

As outras vítimas foram identificadas como Víctor Amado Granados, Alba Hernández e Mariela Rivera. "Uma comissão do Departamento de Aviação Civil integrada por membros do Serviço Aéreo de Resgate e por investigadores se dirigiu ao local do acidente para recolher informações que possam estabelecer as possíveis causas que provocaram o acidente", segundo o comunicado.

Fontes: AP / Agência Estado / ASN / eltiempo.com - Fotos: Cortesia/Polícia

Presidente eleito vai participar da escolha de caças para a FAB

O presidente eleito no dia 31 de outubro vai participar da escolha da empresa estrangeira que fornecerá os 36 caças que vão equipar a Força Aérea Brasileira (FAB). O ministro da Defesa, Nelson Jobim, voltou a dizer hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai tomar a decisão sozinho.

A inclusão do próximo presidente no processo decisório é para garantir a continuidade da negociação posterior à escolha da empresa. Essa negociação deverá durar ao menos seis meses.

"Uma vez escolhido o avião, aí começa o processo de dupla negociação. Tem a negociação comercial, que é a discussão que se faz sobre o nível de transferência de tecnologia e o nível de preço. Tem também os investimentos que a gente vai exigir da empresa que participará do negócio no Brasil", disse Jobim, que participa do encerramento do seminário Amazônia Azul, na Escola Naval do Rio de Janeiro.

Essas negociações serão feitas apenas durante o próximo governo. Jobim disse que a decisão de Lula não é necessariamente definitiva porque, durante o processo de definição de como será prestado o serviço, poderão surgir problemas contratuais, de natureza comercial ou financeira.

Ele considerou, no entanto, que a escolha da empresa é o "começo do fim do processo".

Fonte: Juliana Ennes (Valor Online) via O Globo

Azul é a terceira maior companhia aérea brasileira

A Azul, empresa criada pelo empresário David Neeleman, se firmou como a terceira maior companhia aérea do mercado brasileiro. Depois da estrear na sexta posição em janeiro de 2009, a Azul Aérea surfou em um crescimento acentuado e desbancou as concorrentes Trip, Avianca (ex-OceanAir) e Webjet. Com participação de cerca de 7% no mercado doméstico, só perde para TAM e Gol.

A projeção da Azul é de que chegará a 2013 com 20% do mercado, metade do que a Gol detém hoje. O caminho para chegar a essa taxa passa por uma entrada forte na aviação regional a partir de novembro do ano que vem, quando a empresa recebe a primeira aeronave turboélice ATR, de uma encomenda de 20 aviões, com opção para mais 20.

"Quando recebermos o primeiro avião ATR, vamos dar início ao projeto de conectar aos nossos minihubs 50 cidades que giram em torno deles, com freqüências diárias. Esses aviões vão permitir que os clientes de cidades como Passo Fundo (RS), Petrolina (PE) e Presidente Prudente (SP) se acessem os hubs das suas capitais próximas para que essas conexões os levem para o Brasil todo", disse o presidente da Azul, Pedro Janot.

Menor porte

Com a utilização dos ATR, aviões de menor porte fabricados para percorrer distâncias de até 700 quilômetros, a Azul pretende entrar nessas novas rotas regionais com preços agressivos. "Essas conexões serão feitas por turboélices, que permitem maior economia e possibilitam tarifas mais baixas sem perder tempo em relação aos jatos", afirma.

Segundo Janot, a Azul estuda 60 cidades de todo o país, mas ainda não definiu para que destinos regionais voará. Ao falar do avanço da Azul em relação às concorrentes, Janot é diplomático. "Eu não estou roubando mercado dessas companhias. O mercado está crescendo e está todo mundo capturando seus clientes. Gol e TAM continuam crescendo, mesmo que estejam perdendo participação", sustenta.

O presidente da companhia não mostra preocupação com os investimentos necessários para dar sustentação ao crescimento previsto. "Ainda temos muito o que fazer pelas nossas próprias pernas, pois temos dinheiro, tecnologia e gestão", disse. A intenção de fazer um IPO (oferta inicial pública de ações), aventada anteriormente para 2011 ou 2012, estaria "esquecida num canto da companhia". "Essa decisão não está claramente definida. Os investidores podem, inclusive, optar por continuar com a companhia fechada", afirma.

Avalia possibilidade

Embora diga que a aviação internacional não seja prioridade da Azul atualmente, Janot admitiu que a empresa avalia essa possibilidade, ainda que "de maneira distante".

Sobre o interesse em uma parceria com a norte-americana JetBlue, criada pelo mesmo fundador da Azul, para vôos internacionais, o executivo não descartou a possibilidade. "Não posso dizer que não, mas não faz parte do nosso foco neste exato momento".

Classe média

Segundo Janot, o crescimento da companhia também deve estar calcado na inclusão da nova classe média no mercado de aviação. "Esse público não é mais um nicho; é um mercado muito importante", diz Janot. O desafio, de acordo com o executivo, é encontrar o canal adequado para chegar a esses consumidores. "Além das ferramentas como Twitter e Facebook, estamos buscando caminhos físicos de contato. Temos falado muito com as agências de viagem para estimular o crescimento desses estabelecimentos nas regiões em que esse grupo de consumidores está incrustado", afirma.

Recentemente, a companhia se associou à rede varejista Magazine Luiza para oferecer passagens à classe C. "Estamos oferecendo nosso produto via Luiza, que tem uma capilaridade muito forte e uma confiança muito grande desse consumidor", avalia.

Fonte: Monitor Mercantil

ANAC: 600 bolsas para mecânicos de manutenção

A ideia é reforçar a segurança. Depois de oferecer bolsas de estudos para pilotos, a Anac pretende dar 600 bolsas para formar mecânicos de manutenção para a aviação civil. A agência vai pagar 75% das aulas do curso básico e de especialização em motores, célula ou aviônicos, que dura uns seis meses.

A formação de um mecânico custa entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. As aulas serão ministradas por três escolas, o Senai de Santa Catarina, Aeroclube de Bauru (SP) e uma escola de Anápolis (GO). Devem começar ainda em 2010.

Fonte: Bernardo de la Peña (Ancelmo.com/O Globo)

Barulho pode afetar sabor de comida de avião, diz estudo

Alimentos parecem menos doces e salgados quando há som alto no ambiente; comida de avião pode ser uma das prejudicadas.

Gosto da comida pode ser modificado pelo som ambiente.

Uma pesquisa conduzida por cientistas holandeses e ingleses pode dar pistas sobre os motivos que fazem com que alimentos servidos durante voos comerciais sejam considerados sem gosto.

Segundo os cientistas, o barulho do ambiente pode interferir na percepção que as pessoas têm do sabor e da textura dos alimentos.

Para o estudo, publicado na revista científica "Food Quality and Preference", pessoas vendadas avaliaram os sabores doces e salgados e o aspecto crocante de pratos com e sem barulho ao fundo.

Elas também disseram o quanto gostaram ou não dos alimentos nas duas situações.

Os pesquisadores acreditam que os resultados do estudo podem ajudar a explicar o que leva a comida de avião a não ser apreciada por grande parte dos passageiros.

"Existe uma opinião geral de que comidas de avião não são 'fantásticas'", disse Andy Woods, um pesquisador dos laboratórios da Unilever e da Universidade de Manchester.

Woods afirmou que a pesquisa sobre a relação entre barulho e sabor foi a primeira no assunto e foi motivada pelo palpite sobre a comida servida nos voos.

"Tenho certeza que as companhias aéreas fazem o seu melhor - e por causa disso, começamos a nos perguntar se há outras razões pelas quais a comida não é tão boa. Uma das hipóteses foi a de que o barulho do avião tinha algum impacto", disse à BBC.

"A Nasa dá a seus astronautas alimentos com gosto muito forte, porque, por alguma razão, eles não conseguem sentir o gosto. Isso também pode ser por causa do barulho".

Mais crocante

Os 48 participantes do estudo comeram biscoitos doces e salgados enquanto escutavam barulho por fones de ouvido e em momentos silenciosos. Enquanto isso, eles marcaram a intensidade dos sabores e o gosto dos alimentos em uma escala.

O barulho usado na pesquisa foi o som branco, ruído que combina sons de todas as frequências.

Quando o barulho era alto, a intensidade dos gostos doce e salgado descritas pelos indivíduos foram menores do que na ausência de som.

No entanto, o som alto aumentou a sensação de "crocância" dos alimentos, que é transmitida por canais auditivos.

"Se o barulho de fundo é alto, nossa atenção pode se desviar da comida", explicou o pesquisador Andy Woods.

O estudo também sugere que a satisfação com a comida está relacionada com o quanto as pessoas gostam do que estão ouvindo. Os pesquisadores devem realizar novos experimentos sobre o assunto.

Fonte: www.estadao.com.br - Foto: telegraph.co.uk