sábado, 12 de junho de 2010

Nave espacial Soyuz parte para ISS na próxima terça-feira

Os tripulantes Doug Wheelock, Shannon Walker e Fyodor Yurchikhin estão definidos para o lançamento da Missão 24 da Soyuz à Estação Espacial Internacional (ISS) às 17:35 EDT, da próxima terça-feira, 15 de junho.

Fonte: NASA

Nasa dá novo passo para cancelar missão tripulada à Lua

A Nasa diminuiu radicalmente o trabalho que desenvolverá nos próximos meses em seu programa para levar astronautas de volta à Lua, dizendo às empresas que participam do programa para separar fundos para cobrir os custos de cancelamento.

As mudanças, descritas pelo administrador da Nasa, Charles Bolden Jr., em cartas enviadas nesta semana a membros do Congresso americano, sucateiam o programa, o chamado Constellation, provavelmente de forma irreversível.

Desde 2005, a Nasa gastou mais de US$ 10 bilhões em seu esforço para levar seres humanos de volta à Lua. O governo Obama quer cancelar o Constellation, considerando-o caro demais, mas o Congresso americano ainda não concordou.

Ao aprovar o orçamento atual, o Congresso inseriu uma cláusula que proíbe a Nasa de cancelar o Constellation ou iniciar um programa de substituição sem a aprovação dos congressistas. Os críticos da política de Obama afirmam que as ações desta semana são um esforço para passar por cima do Congresso e matar o programa.

Os planos revisados do Constellation encerram, em grande parte, os trabalhos no foguete Ares 1, que deveria substituir os ônibus espaciais na tarefa de levar astronautas para a órbita da Terra, bem como diminuem os esforços de desenvolvimento da cápsula Orion, que carregaria a tripulação em cima do Ares 1.

Nas cartas, Bolden afirma que o dinheiro restante do Constellation iria para desenvolvimentos futuros, que pudessem ser transferidos para o programa proposto em seu orçamento de 2011. Entre um terço e dois terços dos 7.800 funcionários que trabalham hoje no Constellation poderiam perder seus empregos, estimou a Nasa.

Fonte: Kenneth Chang (The New York Times) via Folha Online

Trip Linhas Aéreas apresenta versão sobre ocorrência com passageiros em Araxá (MG)

Empresa assegura que foi dado todo suporte aos passageiros, contrariando assim as reclamações que motivaram o registro da ocorrência policial

No princípio da semana o Jornal Araxá através da página Plantão Policial publicou matéria sobre o registro de uma ocorrência no aeroporto Romeu Zema, envolvendo a empresa Trip Linhas Aéreas. Direto de Belo Horizonte, a empresa entrou em contato com nossa reportagem a fim de apresentar sua versão ao episódio. Confira, na integra, a versão da empresa concessionária da linha Araxá/Belo Horizonte.

Prezados Senhores,

Gostaríamos de esclarecer alguns pontos a respeito da matéria publicada pela coluna “Direito do Consumidor”, do Jornal Araxá, em 06 de junho.

O vôo 5464 da TRIP Linhas Aéreas, que faz a rota Belo Horizonte/ Patos de Minas/ Araxá/ Belo Horizonte, decolou conforme o programado de Belo Horizonte. Ao se aproximar do aeroporto de Patos de Minas, porém, o comandante da aeronave constatou que não havia o teto mínimo para efetuar o pouso em segurança, condição informada aos passageiros ainda durante o vôo.

Tal fato, passível de ocorrer em épocas de chuva ou com a formação de frentes frias, provocou o fechamento do aeroporto. Com o ocorrido, a opção do comandante foi a de dar segmento ao vôo pousando no aeroporto mais próximo e mais apto para receber a aeronave com segurança, no caso, o da cidade de Araxá.

A TRIP Linhas Aéreas buscou atender da melhor forma os passageiros, ofereceu suporte no desembarque em Araxá e disponibilizou um micro-ônibus para transportar os passageiros até Patos de Minas, uma vez que não havia previsão de reabertura do aeroporto.

A companhia lamenta quaisquer transtornos pelo ocorrido e coloca-se inteiramente à disposição para novos esclarecimentos, caso sejam necessários.

Atenciosamente,

TRIP Linhas Aéreas

Fonte: jornalaraxa.com.br

Lojistas do Aeroshopping, em Salvador, questionam na Justiça cobrança de taxas pela Infraero

Donos de lojas no Aeroporto Internacional de Salvador acusam a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) de abuso na cobrança de taxas referentes ao uso de ar-condicionado, água, energia e de lixo. Representante de cerca de 80 lojistas, a Associação dos Concessionários Aeroportuários (Acap) ingressou com duas ações na Justiça Federal da Bahia, nas quais pleiteia uma auditoria a respeito dos cálculos usados pelo órgão para aplicar as taxas.

A entidade diz, ainda, que pela legislação vigente parte dos custos bancados pelo pagamento das taxas deveriam ser cobertos com o dinheiro arrecadado pela Infraero com as tarifas de embarque – valor cobrado aos passageiros pelas companhias aéreas. A taxa para voos domésticos é de R$ 19,62; para os internacionais US$ 36. Em nota à imprensa, a Infraero declarou que o modo de cobrança é legal e amparado em normas técnicas internas.

Dados do site da Infraero informam que no acumulado dos dois primeiros meses de 2010, exatos 1.511.916 passageiros passaram pelo aeroporto soteropolitano. Mas não é possível calcular, com segurança, o montante arrecadado com a taxa de embarque, já que o número divulgado também inclui os desembarques no terminal.

A assessoria de imprensa da superintendência regional da Infraero disse a A Tarde que não foi possível informar, até o fechamento da edição impressa, o montante arrecadado no ano por conta de um problema operacional no sistema de dados.

Cobrança indevida - Os cálculos de cobrança das taxas de ar-condicionado, água, energia e lixo a mais de um centena de concessionários do Aeroshopping foram estabelecidos no ano de 2005 pela Infraero, por meio de norma técnica.

Somente no início do ano passado, a Acap resolveu questioná-los judicialmente. A Tarde apurou que um fator que colaborou para uma investida judicial foi o fato de a maioria dos contratos dos lojistas do chamado Aeroshopping terminar entre o final do ano e o início do próximo. A Infraero já avisou que fará licitação.

Fonte: A Tarde On Line - Foto: panoramio.com

Delegacia do Tom Jobim já registrou 51 queixas de furto em bagagens em 2010

A fiscalização e o sistema de segurança das companhias aéreas e da Infraero não têm sido suficientes para evitar furtos de objetos de dentro das bagagens no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Do início do ano até a primeira semana de junho, a Delegacia do aeroporto (Dairj) registrou 133 queixas de furto, sendo 51 em bagagens. O número real, contudo, é maior, já que muitas vítimas não prestam queixa, revela reportagem de Daniel Brunet na edição deste domingo de O Globo.

Na grande maioria dos casos, de acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, os crimes são cometidos pelos auxiliares de rampa - pessoal contratado pelas companhias aéreas, responsável por levar as malas para os aviões e retirá-las. Se o passageiro não reclamar do furto na bagagem ainda na sala de desembarque, as empresas aéreas se eximem de responsabilidade. Para Lemos, as empresas deveriam contratar seguranças para vigiar as bagagens entre a esteira e o avião. A TAM, por exemplo, tem escolta apenas para voos internacionais.

O advogado João Baptista Solberg, de 46 anos, foi vítima de furto, junto com, pelo menos, outras três pessoas que pegaram o voo Los Angeles-Miami-Rio da American Airlines no último dia 2. Duas malas dele foram extraviadas e uma delas, ao ser devolvida, estava sem alguns pertences. Baptista calcula ter sofrido um prejuízo de R$ 4.700.

- Entre o que foi roubado tinha um módulo gerenciador eletrônico de motor de barco. Fiquei uma semana a mais que o previsto para encontrar essa peça - diz João Baptista, que registrou o crime dias depois, na Dairj e na Anac, e vai ser ressarcido pela American Airlines.

Fonte: O Globo - Foto: Berg Silva/O Globo

"Aprendeu" a voar de parapente no YouTube e quebrou a coluna

Um inglês assistiu alguns vídeos no YouTube e achou que podia voar de parapente. Mas é claro que não deu certo. A tentativa aconteceu num domingo, dia 23 de maio passado, e quase terminou em tragédia. Ele caiu de uma altura de 12 metros e quebrou a coluna em dois lugares.

Roy Dixon até conseguiu voar, mas cometeu um grande erro ao deixar o parapente preso por uma corda a seu carro. Ele subiu rapidinho e se espatifou com as costas no chão. Sua mulher e seu filho viram tudo e chamaram a ambulância.

"Eu devia ter me juntado a um clube e feito aulas, mas quis aprender sozinho com vídeos do YouTube".

Um helicóptero do exército britânico foi buscá-lo em Northumberland, condado no noroeste da Inglaterra, e o levou a um hospital, onde faria uma cirurgia.

Envergonhado, Dixon admite que foi idiota ao tentar voar sem a supervisão de um profissional. Voluntário em obras de caridade, ele voltou há poucas semanas do Haiti. “Eu estou acostumado a ajudar os hospitais, não usar eles”, disse Dixon da cama do hospital à reportagem do The Sun.

Desse jeito o YouTube vai ter que colocar uma aviso de “não tentem fazer isso em casa”!

Fonte: virgula.uol.com.br - Fotos: Reprodução/The Sun

Domínio flight447.com foi registrado 2 anos antes de acidente

O registro feito há três anos do domínio na internet "flight447.com", idêntico ao número do voo da Air France que caiu no oceano Atlântico, gerou especulações nos Estados Unidos.

O site da revista Wired assegura que o domínio foi registrado em 30 de setembro de 2007 pelo produtor de cinema iraniano Kari Bian, que mora nos EUA. Em diversos fóruns da internet a notícia gerou especulações, especialmente após se saber que outro voo da Air France recebeu uma ameaça de bomba poucos dias após o acidente no voo 447, mas Kari Bian assegura que se trata de uma coincidência.

"Não tenho nada a ver com isso e me sinto realmente mal pelo que aconteceu com esse voo", disse Bian à Wired.

"Bian, que faz filmes sobre israelenses e palestinos, registrou o domínio 'flight447.com' há três anos. Isto é muito peculiar", diz Pamela Geller, em seu blog Atlasshrugs, e acrescenta que é muita coincidência que a dona do domínio "AirFranceLawSuit.com", Hoda Elkassem, esteja atualmente no Kuwait.

O cineasta, que tem atualmente os direitos de 500 domínios da internet, disse que registrou "flight447.com" utilizando um sistema automatizado que comprava os endereços compostas pela palavra "flight" e os números de um a mil.

Ele disse ainda que não adquiriu esses endereços de internet com intenção determinada e que também não tem vontade de vender o "flight447.com". Bian controlava a propriedade do domínio até 30 de setembro de 2009, mas, segundo a Wired, em 03 de junho de 2009 renovou seus direitos até 2018. O endereço está ligado atualmente à página oficial de Bian, "Karimmovies.com".

Como costuma acontecer após uma tragédia ou notícia relevante, várias pessoas começaram a adquirir domínios da internet relacionados com o voo Air France 447 com o objetivo de fazer negócio.

O endereço "AirFrance447.com" foi registrado apenas algumas horas após se saber do desastre, enquanto o domínio "AirFranceLawSuit.com" foi criado no dia 02 de junho de 2009 e seria leiloado no eBay.

Fonte: EFE via Terra

Inteligência militar dos EUA usa habilidades das redes sociais

Analistas da Força Aérea mostram como talentos da geração Facebook são explorados - e dão resultado - nas guerras americanas

Da esq. para dir: Jason Brown, Jamie Christopher, Jeremy Bennett e Joshua Wolff mostram campo de operações na Base da Força Aérea em Linda, Califórnia (30/04/2010)

Quando adolescente, Jamie Christopher usava mensagens instantâneas para fazer planos com os amigos. Mais tarde ela se tornou usuária frequente do Facebook. Agora essa oficial sardenta de 25 anos usa seus conhecimentos em redes sociais para caçar militantes e salvar vidas americanas no Afeganistão.

Debruçados sobre monitores que transmitem um vídeo capturado ao vivo por uma aeronave de combate, a tenente Jamie e uma equipe de analistas recentemente entraram e saíram de salas de bate-papo militar, levando informações a mais de 12 mil quilômetros de distância para alertar marines (fuzileiros navais) sobre bombas nas estradas e militantes Taleban.

"Duas crianças na área", a equipe alertou os marines que aguardavam em campo a cobertura de um ataque aéreo, usando linguagem típica da internet para avisar sobre a presença de civis inocentes na mira da aeronave. O ataque foi abortado.

"Fogo disparado dos prédios", alertava outra mensagem relativa a um conjunto de edifícios do Taleban. Os marines responderam ao ataque matando nove militantes. Jamie e sua equipe podem estar combatendo em teclados distantes em vez de desviar de balas, mas entram na batalha todos os dias. Eles e outros milhares de jovens analistas da Força Aérea mostram como os conhecimentos da geração Facebook podem ser bem utilizados nas guerras dos EUA.

Jamie Christopher mostra como trabalha no campo de operações na Base da Força Aérea em Linda, Califórnia (30/04/2010)

Os marines dizem que os analistas, que em sua maioria estão na casa dos 20 anos, abriram caminho para uma ofensiva em Marjah, no sul do Afeganistão, neste ano com um mínimo de vítimas. Enquanto os analistam transmitem rapidamente as últimas informações coletadas pelas aeronaves, criam as conexões fluidas necessárias para caçar pequenos grupos de militantes ou outros alvos em fuga, explicam os militares.

Mas existem dificuldades na tarefa à distância. No final do mês passado, autoridades militares no Afeganistão divulgaram um relatório que culpava a equipe de uma aeronave Predator por um incidente envolvendo um helicóptero de ataque que matou 23 civis em fevereiro.

Autoridades militares afirmam que analistas na Flórida, que monitoravam o vídeo da aeronave, alertaram duas ou três vezes em uma sala de bate-papo sobre a presença de crianças no grupo, mas o piloto do avião não passou os alertas ao comandante da equipe terrestre.

No entanto, a experiência social tem sido geralmente tão produtiva que comandantes graduados têm abandonado a tradicional hierarquia militar e dado aos analistas mais espaço para que decidam como usar os aviões de espionagem.

"Se você quiser agir rapidamente, é preciso achatar as coisas e engajar nos níveis mais baixos possíveis", disse o tenente coronel Jason M. Brown, que coordena o esquadrão de inteligência na Base da Força Aérea Beale, perto de Sacramento, na Califórnia.

Jason Brown mostra como trabalha no campo de operações na Base da Força Aérea em Linda, Califórnia (30/04/2010)

Fonte: Por Christopher Drew (The New York Times) via iG - Fotos: The New York Times

Reino Unido buscará vida em Marte

A Agência Espacial do Reino Unido anunciou um investimento de £10,5 milhões no desenvolvimento de instrumentos para buscar evidências de vida- passada ou presente – em Marte.

Os instrumentos são parte do projeto ExoMars, um veículo de exploração do planeta vermelho que será lançado em 2018 em conjunto com a Agência Espacial Européia e a NASA.

Ilustração de como será o ExoMars

O programa terá sua primeira etapa em 2016, quando a NASA lançará uma nave da ESA para orbitar Marte. O objetivo é descobrir a origem e distribuição de gases em sua atmosfera, em especial o metano. Segundo cientistas, esse gás deveria ser destruído na atmosfera em apenas algumas centenas de anos, mas ele parece estar continuamente se formando em algumas regiões.

A nave também lançará uma sonda experimental para testar as habilidades de pouso controlado em outro planeta.

O Reino Unido é responsável por dois dos nove instrumentos a bordo do veículo ExoMars: o Life Marker Chip e a Panoramic Camera. O primeiro usa tecnologia de diagnósticos médicos para detector a presença de compostos orgânicos que podem sugerir a presença de vida passada ou presente em Marte. Já a câmera será o olho do veículo.

Fonte: Paula Rothman (INFO Online) - Imagem: ESA

Agências espaciais vão filmar reentrada de sonda na atmosfera

Japonesa 'Hayabusa' volta à Terra domingo (13) com amostra de asteroide.

Escudo térmico da nave vai sofrer temperaturas superiores a 2.700°C.


Concepção artística do retorno da Hayabusa (à esq.) e da cápsula com a amostra do asteroide (à dir.), sobre o sul da Austrália

Quase 30 cientistas da Nasa, a agência espacial americana, da Jaxa, a congênere japonesa, e de outras organizações vão filmar e fotografar a reentrada na atmosfera da sonda Hayabusa, de volta ao lar depois de uma missão que durou 7 anos. Uma cápsula especial vai se destacar da sonda, trazendo o tesouro da jornada: uma amostra do asteroide Itokawa, "sequestrado" há 5 anos.

A bordo de uma aeronave-laboratório Douglas DC-8, a 12 quilômetros de altitude, os astrônomos querem documentar em detalhes todo o evento luminoso. A Hayabusa em si, com seus 510 quilos, vai se espatifar como um cometa artificial em uma região inóspita da Austrália por volta das 11h de domingo. Antes disso, cápsula vai se desprender e distanciar quase 2 quilômetros da nave-mãe e, se tudo der certo, aguentará o tranco, protegendo a valioso fragmento do Itokawa.

“O resto da nave vai se decompor em vários pedaços, virando uma espécie de meteoro construído pelo homem”, explicou Peter Jenniskens, membro da Nasa e principal responsável pela campanha de documentação.

Quando a Hayabusa chegar a 58 quilômetros da superfície da Terra, seu escudo térmico vai experimentar temperaturas superiores a 2.700°C. O gás em torno da cápsula vai bater em 7.000°C (mais quente que a superfície do Sol).

Fonte: G1 - Crédito da ilustração: Nasa/JPL

Talibãs confirmam que pretendiam derrubar helicóptero do primeiro-ministro do Reino Unido

Os talibãs afegãos confirmaram hoje que pretendiam derrubar o helicóptero do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron (a direita, na foto), durante sua visita nesta sexta-feira à província afegã de Helmand, segundo um porta-voz das milícias insurgentes.

Cameron, que fez uma viagem surpresa na sexta-feira ao sul afegão, se viu obrigado a suspender sua visita a uma base militar britânica depois que os serviços de espionagem interceptaram dois telefonemas nos quais se mencionava um ataque contra um helicóptero.

Em entrevista concedida hoje à agência afegã "AIP", o porta-voz talibã Muhamad Yousef Ahmadi disse que as milícias sabiam que Cameron visitaria a região de Shoraab e outro distrito de Helmand dois dias antes de sua viagem.

"Há afegãos trabalhando nas bases de estrangeiros que nos dão informações. Recebemos dessa mesma fonte a informação sobre a visita de Cameron", disse Ahmadi.

Segundo o porta-voz talibã, o atentado contra o primeiro-ministro do Reino Unido foi encomendado a um grupo de talibãs equipado com lança-foguetes RPG-7, uma das armas que as milícias costumam usar para derrubar helicópteros de tropas internacionais.

"Os afegãos sempre respeitam os visitantes. Nesse momento, porém, o primeiro-ministro do Reino Unido não era um visitante, vinha ao Afeganistão como um invasor. Por isso, queríamos atacar seu helicóptero", alegou Ahmadi na entrevista.

O porta-voz talibã aplaudiu o fato de que o Reino Unido não vai enviar mais tropas ao país, como anunciou Cameron durante sua visita, e lhe pediu "coragem" para tirar do Afeganistão os soldados que já estão no terreno.

"O Reino Unido e o mundo deveriam aceitar que invadiram o Afeganistão ilegalmente, matando gente inocente e perdendo soldados em uma guerra de outros. É necessário que retirem suas tropas do Afeganistão", disse Ahmadi.

Na quinta-feira, Cameron se reuniu em Cabul com o presidente afegão, Hamid Karzai, e depois viajou para Helmand, onde visitou uma escola agrícola construída com fundos britânicos e s ereuniu com o governador provincial, Gulab Mangal.

O Reino Unido tem cerca de dez mil soldados no Afeganistão, a maioria na província de Helmand, uma das mais violentas e tradicional reduto dos talibãs.

Após sua reunião com Karzai, Cameron reconheceu que o Afeganistão é o "assunto de política externa" e de "segurança nacional" mais importante para o Governo do Reino Unido, país que perdeu a 294 soldados no país asiático desde outubro de 2001.

Fonte: EFE - Foto: PA

Avião militar desaparece na Venezuela com 3 soldados a bordo

Um avião do Exército venezuelano com três soldados a bordo desapareceu hoje (12) a poucos minutos de aterrissar em um aeroporto de Caracas, informou o ministro da Defesa venezuelano, general Carlos Mata Figueroa.

A aeronave, o PZL-Mielec M-28 Skytruck, prefixo ENBV-0063, deveria ter chegado ao aeroporto La Carlota, situado no centro-leste de Caracas, às 7h35 local (9h05 de Brasília), mas a torre de controle perdeu comunicação com os tripulantes cinco minutos antes do pouso, destacou Figueroa.

No avião, viajava o major Juan Lorenzo Reyes (piloto), a tenente Carmen Teresa Guerrero (copiloto) e o segundo-sargento Julio Álvarez (chefe de máquina), acrescentou o ministro.

"Todos os órgãos (de emergência) estão ativados na busca da aeronave", que partiu ao amanhecer da cidade de Valle de la Pascua, ao sudeste de Caracas, concluiu.

Fonte: EFE via Terra - Atualizado com os dados da aeronave às 21:34 hs. de 14.06.10

Veto aos jatos executivos

A vida pode ficar ainda mais estressante para os usuários dos jatos executivos. Nelson Jobim trabalha para inserir no relatório da comissão, criada para revisar o Código Brasileiro da Aeronáutica, a exclusão de aeroportos da lista de pouso e decolagem deste tipo de aeronave. Quais? Congonhas, Guarulhos, Santos Dumont, Galeão, entre outros.

Essa comissão, presidida por Luiz Sérgio, do PT, e relatada por Rodrigo Loures, do PMDB, foi criada em março de 2008, depois da CPI do Apagão Aéreo, para aparar arestas.

Jobim tenta de tudo para amenizar o problema dos não-aeroportos. A coluna ontem mencionou que em lugar de concessão, o governo pensa em dar autorização direta a investidores. Evitando as licitações.

A proposta ganhou força na reunião com Lula. E viria vinculada ao cumprimento de uma série de obrigações.

São três as áreas em São Paulo que poderiam abrigar o novo aeroporto. Uma em Embu, outra próxima do cruzamento da Imigrantes com a Anchieta e uma terceira na região de Caieiras. Todas com distância menor que 50 km do centro da capital.

E Viracopos? Propostas de ampliação? Difícil. Existe um só aeroporto de grande fluxo localizado fora de um perímetro de 50 km: o de Narita, a 60 km de Tóquio.
E Guarulhos? Se o TCU não complicar, tem chance.

Fonte: Sonia Racy (O Estado de S.Paulo) - Foto: Divulgação/Embraer

Paralisada a construção do Hospital da Base Aérea de Santa Cruz (RJ)

A paralisação da construção do Hospital da Base Aérea de Santa Cruz está angustiando militares da Aeronáutica que moram na Zona Oeste do Rio. Até a semana passada, eles estavam sem explicações oficiais sobre a suspensão dos trabalhos, exatamente na reta final. A Coluna procurou o Comando da FAB, e a explicação oficial é que o contrato com a empreiteira que executava a obra, a Prescon Projetos Estruturais e Construções, foi suspenso por 30 dias. O aviso de suspensão foi publicado pelo Grupamento de Apoio da FAB no Rio. Em linguagem de Diário Oficial, o grupamento informa que a medida foi determinada a contar de 1º de junho “para continuidade dos procedimentos de Recebimento Definitivo do Contrato”.

A resposta com detalhamento a respeito da motivação da suspensão do contrato só deve ser dada pela FAB na próxima semana. De qualquer forma, os rumores de embargo da obra que circulavam na unidade militar em Santa Cruz foram afastados. O projeto foi contratado em 2006 (nº 062/GAP-RJ/06) ao custo de R$ 9,9 milhões à época, para serem pagos em parcelas: em 2006 (R$ 2 milhões), em 2007 (R$ 5,9 milhões) e em 2008 (R$ 2 milhões restantes).

Fonte: Marco Aurélio Reis (O Dia Online)

Com pilotos em greve, americana Spirit cancela todos os voos

A companhia aérea de baixo custo Spirit anunciou hoje nos Estados Unidos o cancelamento de todos os seus voos, depois que seus pilotos confirmaram uma greve por diferenças sobre salários.

A empresa informou hoje que dará um crédito de US$ 100 além do valor da passagem aos passageiros prejudicados pela greve.

Segundo Sean Creed, capitão da companhia aérea e representante da empresa perante o sindicato da Associação de Pilotos de Companhias Aéreas (Alpa), disse que os pilotos não voltarão ao trabalho até que "um salário justo seja negociado".

Os pilotos alegam que seus salários estão abaixo dos de companhias aéreas similares como AirTran Airways e JetBlue. Já a empresa diz ter oferecido um aumento de cerca de 30% para os próximos cinco anos.

Com sede no estado da Flórida, a Spirit voa de diferentes aeroportos do litoral leste do país para destinos no Caribe e na América Latina.

Fonte: EFE via Terra

Há 79 anos, Camocim (CE) parou para ver hidroavião pousar

Quando o avião ainda era uma raridade no mundo, cearenses se surpreenderam ao ver o primeiro hidroavião

Amanhã completa 79 anos que o maior hidroavião já construído no mundo, o Dornier DO-X, desceu em Camocim, escala dessa única viagem. O avião alemão de 12 motores não teve o sucesso comercial que seu idealizador, o professor alemão Claude Dornier, imaginou. Depois de percorrer 43 mil quilômetros, foi levado para o Museu da Aviação de Berlim, onde terminou destruído em um bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial.

De fabricação alemã, o hidroavião Dornier DO-X causou surpresa para os moradores da pacata cidade de Camocim, em 13 de julho de 1931, quando pousou no Rio Coreaú

Foi grande o alvoroço provocado pelo avião na pequena e pacata cidade de Camocim no dia 13 de junho de 1931. O avião, inventado no ano de 1903 pelos irmãos Wright, como querem os americanos, ou em 1906, quando Santos Dumont voou com o 14 Bis, em Paris, ainda era uma "coisa do outro mundo". Conta-se que, nos anos 50, na Serra da Ibiapaba, uma mulher perdeu o marido porque, ao ouvir o som de um avião, pensou que o mundo estava se acabando e resolveu contar-lhe que o tinha traído.

As companhias aéreas não existiam como hoje e os inventores ainda estavam com a mão na massa tentando colocar no ar aparelhos que transportassem pessoas mais rápido do que os navios e trens.

O hidroavião é equipado para utilizar uma superfície aquática como pista de pouso e decolagem. Na verdade, o transporte dessa modalidade nada mais é do que um barco voador.

Rio Coreaú foi palco de fato inusitado para a época em que os aviões eram pouco conhecidos pelos cearenses

O primeiro deles foi projetado pelo francês Alphonse Penaut (1876), mas nunca foi construído. Outro francês, Henri Fabre, realizou o primeiro voo de hidroavião em Martigues, França (1910), mas foi o projetista de aviões norte-americano Glenn Curtiss que pilotou o primeiro hidroavião prático em San Diego (EUA), e transportou o primeiro passageiro, ambos os feitos realizados em 1911. Nas décadas de 20 e 30, muitos países estavam construindo hidroaviões para uso civil e militar. Na segunda metade dos anos 30 começou a era dos hidroaviões gigantes, iniciada pelo Dornier.

Transporte seguro

O professor alemão Claude Dornier, em 1929, engrossou a lista dos que queriam colocar no ar um transporte seguro e rápido. Foi no estaleiro do Lago Constance que ele conseguiu concluir seu invento, batizado de Dornier DO-X. Um gigante hidroavião para o transporte civil. Podia levar 72 passageiros e 20 tripulantes.

O primeiro voo-teste, no dia 12 de julho de 1929, foi sobre o Lago Constance. Depois de outros testes, fez seu primeiro voo com 169 pessoas a bordo no dia 21 de outubro de 1929. Tudo testado e aprovado, o professor Claude parte para sua ousada viagem de longa distância. Levanta voo no dia 5 de novembro de 1930 num cruzeiro mundial.

A rota começou pela Europa, mais exatamente no Rio Reno. Foi a Amsterdã e de lá voou para Calshot, na Inglaterra, Bordeaux, na França, La Coruna, Espanha, e Lisboa, em Portugal, onde um acidente interrompeu a viagem. Pegou fogo na asa esquerda, o que atrasou a viagem em mais de um mês. Decolou no dia 31 de janeiro para Las Palmas, na Ilhas Canárias, onde enfrentou mais problemas. Bateu num banco de areia e o avião ficou parado por mais três meses. Depois de voar pela costa africana atravessou o Oceano Atlântico. O tanque de 16 mil litros de combustível praticamente vazio fez com que esse navio-voador descesse em Camocim, na manhã daquele dia 13 de junho de 1931.

A população de Camocim, mesma acostumada a ver a amerissagens (pouso na água) como a que o aviador Pinto Martins fez em 19 de novembro de 1922, tomou um susto quando viu o DO-X. O aviador Euclides Pinto Martins fez o primeiro voo dos Estados Unidos para o Brasil, saindo da Flórida. Nem esse feito do filho do Município de Camocim provocou tanta comoção na cidade. Pinto Martins pilotava o hidroavião biplano, de 28 metros de envergadura e dois motores "Liberty" de 400hp, cada. Acompanhados por um jornalista e um cinegrafista, decolaram uma máquina de oito mil quilos, criado na pioneira Fábrica Curtiss. Já o DO-X parecia um navio-voador movido por 12 motores. O DO-X mais parecia uma nave espacial, uma coisa do outro mundo.

Orlando é um homem culto. Ler é seu passatempo preferido. A memória invejável faz a diferença. Os amigos o chamam de Google. Tem na ponta da língua resposta para qualquer pergunta sobre política, história, geografia ou conhecimento geral. Atualmente, o paulista mora em Brasília, onde dirige uma ONG que cuida do meio ambiente da Amazônia, mas já exerceu outras profissões. Militar da reserva do Exército, lembra que o hidroavião ficou em frente à Estação Ferroviária da cidade.

Pioneiro

1911 foi o ano do voo de um hidroavião que transportou o primeiro passageiro em San Diego (EUA), pilotado pelo projetista norte-americano de aviões, Glenn Curtiss.

HISTÓRIA ORAL

Barcos no Rio Coreaú levavam moradores para a novidade

Nos anos 30 e 40 do século passado, segundo relato de um antigo comerciante de Camocim, Ildemburgue Aguiar, na época criança com 9 anos, era grande o movimento de hidroaviões pousando nas águas do Rio Coreaú. Os aparelhos vindo dos EUA entravam no Brasil, passando por Belém, Camocim, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Pessoas de Fortaleza pegavam o trem que passava em Sobral e chegavam a Camocim para embarcar para aqueles destinos.

Até hoje a história é lembrada pelos mais antigos e já foi alvo de matérias como a que foi publicada pelo jornal "O Literário", de Camocim. No texto, o jornal fala de um tal Ildemburgue, que na época tinha 9 anos de idade. Orlando conheceu muito Ildemburgue Aguiar. Nas visitas que fez a Camocim estabeleceu amizade com o comerciante, cuja loja, por coincidência, ficava em frente à Estação Ferroviária. "Era uma figura muito simpática de porte caucasiano e que por várias vezes comentou sobre o DO-X", comenta Orlando.

Ildemburgue lhe contou que foi levado num barco, junto com outras crianças, para ver de perto o gigante. Os barqueiros cobravam uma pequena quantia para levar os curiosos para perto o avião.

Artur Queiroz, outro camocinense que viu o avião, conta ao jornal "O Literário", que o DO-X ficou parado ali de manhã até à tarde sem que ninguém desembarcasse. O avião tinha no seu interior sala de estar, bar, restaurante e cabine com cama. Se tinha passageiro a bordo nenhum se arriscou enfrentar o calor na pequena cidade sem uma atração que merecesse um passeio turístico, embora já fosse importante interposto comercial com ferrovia e porto. A demora foi suficiente para que os barcos de apoio carregassem combustível em latas de 20 litros que foram abastecendo o tanque da belonave que, segundo jornal, queimava 400 galões por hora. A inesperada visita virou notícia que correu mundo a fora. Em Fortaleza, muita gente se preparou para ir ver de perto o avião quando ele chegasse à Capital. As pessoas ficavam olhando para céu na expectativa de vê-lo passar com toda sua imponência.

No início da tarde daquele 13 de junho, o DO-X levantou voo em direção a Natal e de lá para o Rio de Janeiro, frustrando os que esperavam por sua passagem na Capital cearense. No Rio, ele foi fotografado sobrevoando a enseada de Botafogo. Do Brasil, seguiu para Nova Iorque, onde teve que ficar alguns meses por causa do inverno. O DO-X retornou a Berlim muito danificado. Com muitos problemas técnicos e sem êxito comercial, o projeto foi arquivado. O avião foi levado para o Museu de Berlim, onde foi destruído num incêndio provocado por bombardeios na Segunda Guerra Mundial. Em 1945, o DO-X desapareceu sem nunca ter entrado em serviço regular.

Fonte: Wilson Ibiapina (Diário do Nordeste) - Fotos: Divulgação / Fernando Brito