domingo, 6 de dezembro de 2009

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O Boeing 757-200, prefixo G-DAJB, da Monarch Airlines, em decolagem difícil, mas de "rotina", devido ao terreno circundante, ao lado dos Alpes, a partir do Aeroporto de Innsbruck (INN/LOWI), na região do Tirol, na Áustria, no dia 26/01/2008, indo em direção a Inglaterra.

Foto: bianrobi (Airplane-Pictures.net)

IATA: acidentes aéreos diminuíram em 2009

A Índia experimentou diversas situações de quase acidente, mas não teve nenhum acidente aéreo em 2009, num indicativo de que o desempenho da segurança das companhias aéreas a nível mundial em 2009 foi melhor do que no ano passado, segundo informe da IATA (International Air Transport Association).

"Se você tivesse que tomar um voo a cada dia, as probabilidades seriam que você poderia voar por 5.058 anos sem sofrer um acidente", de acordo com a taxa de acidentes da indústria em outubro, publicada pela International Air Transport Association.

Até 31 de outubro, o número total de acidentes, o que significa perda de casco, em que a aeronave é substancialmente danificada ou destruída, é de 56 contra 97 no mesmo período em 2008. No entanto, a mortalidade foi maior este ano, registrando 669vítimas, contra 495 ano passado.

Na região Ásia-Pacífico, houve três acidentes, incluindo um fatal. Os acidentes envolveram aviões de Lion Air, Mandiri Aviastar (ambas as transportadoras indonésias) e Myanma Airways, de Mianmar, mas nenhuma transportadora indiana esteve envolvida em acidentes com mortes e perdas de de aeronaves.

Sustentando que a taxa de perda de casco da indústria foi menor em relação a 2008, a IATA, informou que houve um acidente por 1,85 milhões voos até outubro deste ano em comparação com um por 1,2 milhões no mesmo período do ano passado.

A IATA, que iniciou auditorias de segurança obrigatórias em todos os membros associados, disse que a taxa de acidentes entre seus membros foi menor do que um acidente por 1,9 milhões voos.

Fonte: PTI (Índia) via mydigitalfc.com

Setor aéreo poderá ter US$ 11 bilhões nos prejuizos de 2009

O ano de 2009 poderá representar um período de consideráveis prejuízos para o setor aéreo mundial. A última previsão monitorada por parte da IATA indica que o setor deverá ter perdas de até US$ 11 bilhões, embora amenizados neste último trimestre com leves indícios de melhoras em US$ 700 milhões lucrativos.

O informe da associação internacional indica que as empresas conseguiram uma leve recuperação neste período mais recente, menos no caso da Europa. Durante o primeiro semestre do ano, a situação foi bem pior e a melhora obedece principalmente a uma situação mais favorável que deverá ser mantida no quatro trimestre do ano fiscal, analisados os resultados das 75 principais companhias mundiais. Nas atividades do setor de cargas, a evolução ainda esta lenta mas tem indícios para progredir.

A IATA reconhece que a demanda do transporte aéreo está voltando a níveis consistentes como no ano de 2008 e para tal a manutenção do preço de combustível no terceiro trimestre foi decisiva.

Um bom indicio de que os tempos aéreos podem melhorar está no movimento de fabricação e vendas de equipamentos. Até com agradáveis surpresas como esta que ocorreu com o consórcio Airbus, na venda de 52 jatos A320 por um valor de US$ 4 bilhões, negociação completada em novembro durante a feira de Dubai, com uma empresa aérea que não pode ter o seu nome divulgado.

Nos primeiros 11 meses do ano a Airbus vendeu 225 aeronaves, superando de forma expressiva a Boeing que anunciou 91 unidades até 24 de novembro. A Airbus pretende atingir 300 pedidos até mo final do ano, entregando 437 aviões neste ano, embora a meta anual fosse de 490. Problema principal, os atrasos na entrega do A380, apenas 6 unidades em comparação com o número previsto de 13.

Fonte: Brasilturis

Ataques cardíacos nos voos matam mais que desastres

Você sabia que morrem mais pessoas de ataques cardíacos dentro de aviões do que nos desastres aéreos? De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em 1950 viajavam por ano no mundo todo perto de 10 milhões de pessoas. Atualmente, esse número é calculado em quatro bilhões. Existe uma taxa de um problema grave de saúde a bordo para cada 1,3 milhão de passageiros, o que dá um total de aproximadamente três mil ocorrências graves de saúde a bordo. Dessas, aproximadamente 60% são ataques cardíacos, ou seja, perto de 1.800 pessoas por ano em todo mundo.

Por outro lado, também de acordo com a IATA, houve, em 2009, cerca de 60 acidentes aéreos, com aproximadamente 750 mortes. Com esses números conclui-se que os ataques cardíacos em pleno voo matam mais pessoas do que os acidentes aéreos. Existem alguns agravantes para a saúde durante um voo como a pressão atmosférica, uma vez que a baixa pressão dentro das cabines provoca uma expansão dos gases de até 30% de seu volume. Outro problema é a umidade do ar, pois ela, durante um voo, é de 10-20%, quando o ideal é de no mínimo 40%.

Por outro lado, é sabido que durante uma parada cardíaca o pronto atendimento é fundamental. A legislação não obriga nenhuma empresa de transporte aéreo a prestar serviços médicos a seus passageiros durante o transporte, e essas, quando muito, mantêm seus kits de emergência. Quando há um problema, a comissária simplesmente solicita a ajuda de algum médico que eventualmente esteja a bordo. Esse, muitas vezes, quer ajudar a salvar uma vida, mas não encontra as condições mínimas necessárias. Um simples desfibrilador automático, que é um aparelho que emite choques elétricos para recompor o ritmo dos batimentos cardíacos e que custa no mercado algo em torno de R$ 6.500,00, pode salvar uma vida, mas, infelizmente, a vida humana não vale este investimento para algumas empresas.

Fonte: Célio Pezza (jornal do Comércio)

Passageiros relatam fogo em asa e avião faz pouso de emergência na Flórida

Na manhã (hora local) deste domingo (6), um voo da American Airlines que realizava o voo AA-2460, do Aeroporto Chicago O'Hare, em Illinois, para o Aeroporto Fort Myers, na Flórida, ambos nos EUA, com 95 pessoas a bordo, ao descer para 5.000 pés na abordagem para Fort Myers, declarou emergência após os passageiros relatarem terem visto um pequeno incêndio na asa direita, a aproximadamente um metro da fuselagem. O comandadante, então, solicitou uma aterrissagem de emergência imediata.

Os pilotos informaram que estavam tendo problemas mecânicos com a McDonnell Douglas MD-82 e foram autorizados a aterrissar antes de outras aeronaves, informou Vicki Moreland, porta-voz do aeroporto.

Oito minutos depois, cerca de 10:15 hs., o avião pousou em segurança na pista 06 do aeroporto. Os bombeiros se aproximaram para verificar a asa. Eles comunicaram à torre não terem visto vestígios de chamas ou fumaça.

Não houve feridos.

Fontes: naplesnews.com / Aviation Herald

Avião da Lufthansa faz pouso não programado após rachadura no para-brisa

Após apresentar uma rachadura no para-brisa em pleno voo, o Airbus A319-100, prefixo D-AILY, da Lufthansa, foi obrigado a realizar um pouso não programado no Aeroporto de Budapeste, na Hungria, neste domingo (6).

Um porta-voz da companhia aérea disse que o Airbus A319 estava realizando o voo LH-3435, de Sofia, a capital da Bulgária, até Munique, na Alemanha a partir de 13:20 (hora local alemã).

Os para-brisas das janelas do cockpit do avião são compostas por diferentes camadas e, em uma delas, uma rachadura foi notada. O incidente não foi considerado relevante em termos de risco à segurança do voo.

No entanto, o procedimento padrão da Lufthansa, em tal caso, determina que o comandante procure a base técnica da empresa mais próxima, no caso, em Budapeste, para realizar a substituição do vidro.

Os 44 passageiros a bordo foram levados por outras aeronaves para Munique.

Fontes: rp-online.de / Aviation Herald - Tradução: Jorge Tadeu - Foto: AP

Diretor do Museu da Paz de Hiroshima alerta que risco de uma bomba cair nas mãos de terroristas e ser detonada é alto

AMEAÇA NUCLEAR

Em 2009, o mundo lembrou os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, o maior conflito armado da história, responsável pela morte de cerca de 50 milhões de pessoas. O episódio reservou dois de seus capítulos mais dramáticos para seus instantes finais. Às 8h15 de 6 de agosto de 1945, uma segunda-feira, com Adolf Hitler já morto e a Alemanha rendida, o mundo conheceu uma nova face do terror. A primeira bomba atômica (1)usada contra seres humanos explodiu a 600 metros acima da cidade japonesa de Hiroshima, lançada por um avião B-29 norte-americano, apelidado de Enola Gay pelo coronel Paul Tibbets, piloto da missão. Cerca de 70 mil pessoas morreram entre a detonação e os dias que se seguiram. Até dezembro daquele ano, o número de vítimas chegaria a 140 mil, ou 40% das 350 mil pessoas que estavam na cidade naquela manhã.

Sobre Nagasaki foi lançada uma bomba ainda mais poderosa do que aquela que varreu Hiroshima. Apelidada de Fat Man (homem gordo), ela tinha 3,25m de comprimento, 1,52m de diâmetro e 4500kg. Em seu núcleo, havia plutônio-239, o gerador de uma explosão equivalente a 21 mil toneladas de TNT.

Apenas três dias depois daquele horror, às 11h02 de 9 de agosto, foi a vez de Nagasaki, distante 320km de Hiroshima, experimentar o inferno. Também lançada por um bombardeiro B-29 dos Estados Unidos, uma segunda bomba atômica — de poder ainda mais destrutivo que a primeira — varreu a cidade, matando 74 mil dos 240 mil habitantes e ferindo outros 74 mil.

Durante quatro dias, o Correio visitou Hiroshima e Nagasaki, hoje grandes e modernas cidades, que mantêm vivas as lembranças daquelas experiências devastadoras. A reportagem ouviu relatos de sobreviventes e conversou com o diretor do Museu da Paz de Hiroshima, Steven Leeper, que fez um alerta: o risco de uma nova bomba atômica assombrar o planeta parece iminente.

Aos 62 anos, completados em 20 de novembro, Leeper viveu quase a metade de sua vida no Japão. Ele chegou a Hiroshima em 1984 e, rapidamente, se envolveu com o Museu da Paz. Em 1986, começou a atuar como tradutor no museu. Nomeado diretor em abril de 2007 pelo prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, Leeper é um dos principais ativistas da ONG Mayors For Peace (Prefeitos pela paz), que luta pela abolição das armas nucleares do mundo. Segundo ele, a única forma de evitar uma nova catástrofe é extinguir todas as ogivas. Caso contrário, será muito difícil conter o desastre. “Nossa principal preocupação é que grupos terroristas consigam acesso a armas nucleares”, explicou. “Se fizerem isso, certamente irão utilizá-las”, advertiu.

Leeper lembrou que já foram descobertos planos no Afeganistão em que grupos terroristas planejavam detonar uma bomba atômica nos Estados Unidos. “Os militares descobriram esse plano, que foi batizado de ‘Hiroshima americana’”, contou o diretor.

Corrida armamentista

“Se as armas nucleares continuarem se multiplicando, esses grupos (terroristas) certamente, em algum ponto, terão acesso a elas, e o controle vai se tornar impossível”, afirmou Leeper. Oficialmente, nove países possuem armamentos nucleares (veja quadro), incluindo a Coreia do Norte, que, em maio deste ano, realizou um teste “com sucesso”, segundo os militares daquele país. A polêmica sobre a proliferação dessas armas ganhou força com a iniciativa do Irã de tentar enriquecer urânio em seu país.

O presidente Mahmud Ahmadinejad garante que a ação tem fins pacíficos. Sob esse pretexto, Teerã obteve apoio do governo brasileiro. “Nesse sentido, nossa maior preocupação é com Israel. Como o país possui armamentos atômicos, os vizinhos se sentem ameaçados e também querem desenvolver essas armas. Isso leva a uma corrida armamentista”, disse o diretor do museu.

Mobilização

Em 1985, em Hiroshima, a Mayors For Peace organizou sua primeira conferência mundial. Quase 25 anos depois, o movimento conta com o apoio de 3.241 prefeituras, de 134 países. No Brasil, as cidades de Belém, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Canoas e Novo Hamburgo (RS), Santos e Osasco (SP) já se juntaram à ONG. “A nossa ideia é unir o apoio do máximo de cidades em nossa causa. E por que cidades? Porque elas são as que verdadeiramente sofrem com as guerras e os bombardeios, e não os governos”, esclareceu o norte-americano.

Apesar disso, Leeper sabe que, no fim das contas, são os governos que decidem. Por isso, todas as atenções da Mayors For Peace estão voltadas para maio do próximo ano, quando Nova York sediará uma conferência para discutir o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), criado em 1970. Para ele, existem dois caminhos sendo traçados simultaneamente no planeta. “Estamos nos movendo em duas direções. Tem gente trabalhando para eliminar as armas nucleares e gente querendo continuar a desenvolvê-las.” Segundo o ativista, apenas nos EUA são gastos US$ 55 bilhões ao ano no desenvolvimento de armas nucleares e em sistemas para operá-las.

De acordo com o diretor do Museu da Paz de Hiroshima, o planeta caminha rumo a um futuro de graves problemas nas próximas décadas. Aquecimento global, superpopulação, escassez de recursos, fome e por aí vai. A lista é longa. Nesse sentido, Leeper destacou que a abolição das armas nucleares é o primeiro dos desafios. “Sei que é difícil, mas temos que conseguir. Caso contrário, faremos desse planeta um lugar inabitável”, advertiu. “Acabar com as armas nucleares é fácil. Depende de poucas pessoas (presidentes) quererem.”

O apelo é coerente. O risco nuclear, que aterrorizou Hiroshima e Nagasaki há quase 65 anos, ainda existe, mesmo com o fim da Guerra Fria. O tema já foi abordado em diversos filmes. Em um dos mais recentes, O pacificador, um homem, sedento de vingança, quase explode uma bomba em Nova York. Nicole Kidman e George Clooney salvam a América. Em um diálogo, a loura dispara, em tom profético: “Não temo um homem que deseja 10 bombas atômicas. Fico aterrorizada com o que quer apenas uma”.

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Fonte: Luiz Roberto Magalhães (Correio Braziliense) - Foto: Wikipédia

O ataque dos drones

Nas guerras do Iraque e do Afeganistão, ganharam fama os aviões americanos sem piloto encarregados de vigiar territórios e bombardear alvos inimigos. O uso dos “drones”, como são conhecidos (o termo técnico correto é vant, “veículo aéreo não tripulado”, ou UAV em inglês), valeu críticas a Barack Obama pelos danos colaterais – entenda-se: baixas civis – que provoca. Essa tecnologia que parece saída de um filme de ficção científica já está entre nós. Em dezembro, começam a voar nas fronteiras do sul do país 15 aeronaves da Polícia Federal equipadas com tecnologia similar à dos drones de Obama. Os vants Heron TP, fabricados pela israelense IAI (Israel Aerospace Industries), ajudarão a combater o tráfico de drogas sem colocar em risco a vida de policiais. No começo de 2010, os vants vão sobrevoar São Paulo e Rio de Janeiro.

Com autonomia de voo de quase 40 horas, um vant pode voar a uma altura de até 13.000 metros, acima da altitude da aviação comercial. Apesar da altitude, suas câmeras especiais conseguem mostrar “um nome num crachá a 5.000 metros de altura”, diz o delegado responsável pelo projeto, Alessandro Moretti, diretor do Centro de Inteligência Policial da PF. “Ela envia as imagens em tempo real, com ótima definição e referências geográficas.” O custo? Cerca de R$ 345 milhões pela frota de 15 aparelhos.

O poder invasivo dessa tecnologia pôde ser confirmado em agosto, quando agentes da CIA, nos Estados Unidos, viram de sua base em Langley, na Virgínia, a imagem de Baitullah Mehsud, líder do Taleban no Paquistão, aplicar uma injeção de insulina. Em uma semana, a aeronave pode escanear todo o território brasileiro. Com seu sistema infravermelho, detecta túneis a até 7 metros de profundidade e identifica embarcações submersas usadas pelos traficantes para transportar drogas a profundidades de até 5 metros. A base de controle e recepção de imagens do avião é móvel, uma espécie de contêiner (leia no infográfico). O aparelho atua com um plano de voo pré-traçado, guiado por satélite e programado numa “memória” na parte dianteira do avião.

As primeiras 15 unidades custaram US$ 200 milhões.
A estreia da operação será em dezembro, no sul do país.


A Polícia Federal diz que o objetivo prioritário é melhorar a vigilância na maior porta de entrada de contrabando, armas ilegais e drogas do país: a “tríplice fronteira” de Brasil, Paraguai e Argentina, na região de Foz do Iguaçu, no Paraná. Outros alvos são as divisas com Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai, territórios livres para o tráfico e o contrabando. A PF afirma não haver risco de violação de fronteiras com países vizinhos porque o avião permite filmar e monitorar ações humanas a 30 quilômetros de distância.

O combate aos traficantes em favelas do Rio de Janeiro e em São Paulo será uma extensão desse trabalho. A aeronave terá condições de identificar traficantes e possibilitar prisões em flagrante, além de fiscalizar a rota da droga. “Sem dúvida poderemos trabalhar em conjunto com outras forças policiais para combater o tráfico”, diz Moretti. E, mesmo que os traficantes se irritem com a fiscalização, será difícil derrubar a aeronave como fizeram com um helicóptero da Polícia Militar do Rio, em outubro. “A aeronave vai operar a 7.000 metros de altura. Apenas armamento de guerra, como um canhão antiaéreo, poderia derrubá-lo”, afirma Moretti.

Além de funcionar como um Big Brother do céu, o vant pode atirar para matar. Os Estados Unidos têm um modelo próprio, o MQ-1 Predator, usado em programas de combate ao terrorismo. Os militares americanos chamam essas operações de “3D”: “dull” (enfadonhas), “dangerous” (perigosas) e “dirty” (sujas). O Predator identifica áreas de risco potencial para os soldados no Iraque e no Afeganistão. A inteligência dos EUA se nega a fornecer dados sobre os alvos e as baixas que o Predator já tenha causado. Recentemente, um deles teve de ser abatido no ar por estar fora de controle. Pelo menos por enquanto, a Polícia Federal afirma não ter a intenção de equipar os vants com armas.

Os críticos da robotização das armas de guerra dizem que a ideia de um combate a distância e “sem custo humano” só para um dos lados é perigosa. Em entrevista à revista New Yorker, o ex-procurador da CIA Jeffrey Smith disse que o Predator “pode sugerir que assassinar pessoas é aceitável”. Como a batalha virtual não exige coragem nem heroísmo, a linha entre ação de guerra legítima e assassinato é tênue.

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Fonte: Rodrigo Turrer (Revista Época)

Carona VIP nas asas da FAB

A história do voo do avião da Presidência que levou Fábio Luís da Silva, filho do presidente Lula, e mais 15 amigos para um feriado em Brasília

PROBLEMA EM CASA
Lulinha desembarca de um avião da Presidência em viagem ao Chile, em fevereiro de 2008. A Presidência teve dificuldades para explicar a carona para os amigos do filho de Lula

A primeira grande controvérsia em que o protagonista foi Fabio Luís da Silva, o Lulinha, um dos cinco filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorreu em 2005. Em meio ao escândalo do mensalão, descobriu-se que a Gamecorp, produtora de jogos de celular e programas de TV da qual ele é sócio, havia recebido R$ 5 milhões de investimento da Telemar (atual Oi), a maior empresa de telefonia do país. Lulinha embarcou agora em nova polêmica. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o filho do presidente usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a Brasília com mais 15 amigos, no dia 9 de outubro deste ano. O avião, um Boeing 737-200 usado pela Presidência e apelidado de Sucatinha, havia saído de São Paulo com militares para ir a Brasília. Ele já estava a dez minutos de seu destino quando recebeu ordem para voltar a São Paulo para embarcar autoridades.

O pedido de um avião oficial fora feito pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que estava a trabalho em São Paulo, ao Grupo de Transportes Especiais, o esquadrão da FAB responsável pelo transporte de autoridades federais. Segundo a assessoria do Banco Central, Meirelles só soube que Lulinha e seus amigos iriam junto com ele de carona na hora do embarque. “Ele não sabe precisar quantas pessoas estavam com o filho do presidente naquela hora”, disse a assessoria do BC. A Presidência da República se negou a divulgar a lista de passageiros, com o argumento de que a identidade de convidados do presidente é uma informação de caráter “reservado”. Disse também que é normal que nessas ocasiões seja requisitado transporte oficial e que Lulinha foi até Brasília para passar o feriado de 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora de Aparecida) com o pai. Mas recusou-se até mesmo a dizer quantos eram os amigos de Lulinha e o que eles foram fazer em Brasília. Numa primeira versão, negou também que o avião tivesse mudado seu percurso original e voltado para São Paulo para embarcar Meirelles, Lulinha e seus amigos. Mas assim como o Sucatinha, a assessoria de Lula também deu meia volta no discurso e acabou admitindo que a história publicada pelo jornal era a verdadeira.

Em meio à falta de respostas e versões desencontradas, ÉPOCA teve acesso a registros internos da Aeronáutica. O banco de dados do tráfego aéreo, sistema que colhe informações dos voos e que fica no subsolo do Cindacta 2, de Curitiba, no Aeroporto de Bacacheri, armazenou dados sobre o voo do Sucatinha. Ele mostra que naquele dia o avião saiu de Gavião Peixoto, interior de São Paulo, e chegou a Guarulhos às 15h37. Em seguida, o Sucatinha decolou de Guarulhos para Brasília, às 16h40, 20 minutos atrasado em relação ao horário previsto. Em Guarulhos, a decolagem foi feita do 4º Esquadrão de Transporte Aéreo. Segundo os registros, o avião saiu de Guarulhos em direção a Brasília pela aerovia UW2 (são como se fossem nomes de ruas no céu) e sobrevoou a cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais, a uma altitude de 10 mil metros.

O Sucatinha usava o transponder 4404 para ser identificado pelo radar. Os registros mostram que o avião não chegou a Brasília, como previsto. Voltou para São Paulo e chegou às 18h54 em Guarulhos. De lá, seguiu às 20h38 para Congonhas. Já passava das 23 horas quando o avião decolou de Congonhas para Brasília, com 22 pessoas, segundo registro da Aeronáutica. Até Congonhas, o Sucatinha tinha a bordo 17 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Sabe-se que em São Paulo 18 pessoas esperavam o avião: Lulinha e 15 amigos mais o presidente do Banco Central e seu assessor de imprensa. Se os números do registro da Aeronáutica estão corretos, isso significa que alguém teve de deixar o avião em São Paulo para dar lugar a Lulinha e seus amigos. Se ninguém desembarcou, o Sucatinha deveria ter decolado com pelo menos 35 pessoas. ÉPOCA perguntou à Presidência e à FAB se houve desembarque de militares, mas nem uma nem outra quiseram responder.

A oposição ao governo Lula viu no episódio uma chance de fazer barulho. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados pediu ao Ministério da Defesa o acesso à lista com os nomes dos 15 amigos de Lulinha e detalhes do plano de voo do Sucatinha. Em resposta, os petistas ameaçaram deflagrar uma investigação sobre os voos oficiais no governo Fernando Henrique Cardoso. “O caso demonstra uma extensão inadequada para outras pessoas dos privilégios que os familiares do presidente têm”, diz Cláudio Weber Abramo, diretor do Transparência Brasil. “O filho do presidente viajar em um avião do governo é aceitável, mas carregar amigos é uma desfaçatez.” O episódio é mais um sinal revelador de que a falta de noção das autoridades sobre os limites no uso com o dinheiro público é um fenômeno persistente no Brasil.


Fonte: Wálter Nunes (Revista Época) - Foto: Sérgio Lima

Pista do aeroporto do Luena, em Angola, será reinaugurada dia 12 de dezembro

A pista do aeroporto do Luena (Moxico) será reinaugurado no próximo dia 12 de Dezembro, decidiu sábado a comissão técnico multisectorial que avaliou as condições operacionais da mesma.

A decisão foi tomada depois de algumas horas de inspecção exaustiva ao novo tapete asfáltico da pista e à placa do aeroporto, pela comitiva chefiada por Vice-ministro das Obras Públicas, Johanes André.

"A pista permite operações de aterragem de todo o tipo de aviões", disse o governante aos jornalistas, depois da reunião técnica.

O representante da transportadora aérea nacional "TAAG", Feliciano Madeira, que também integrou a delegação confirmou o facto.

Para ele, a sua companhia não tem nenhuma inconveniência de "voar para o Luena" e considerou a pista estar em condições para aterragem dos aviões de médio e grande porte.

Com a conclusão da primeira e segunda fases das obras que consistiram em ampliação e colocação do novo tapete asfáltico, a pista passa a ter actualmente três mil e 350 metros de comprimento e 60 de largura, contra anteriores os dois mil e 400 metros de longitude e 30 transversais.

A terceira fase e última segundo apurou a Angop, terá início em Fevereiro do 2010, com a construção de um novo "aerogare", vedação, iluminação e sistema de drenagem das águas das chuvas.

É de recordar que a pista do Luena deixou de receber aviões de grande porte desde 2007.

Fonte: Portal Angop - Foto: TPA - Televisão Pública de Angola

Airbus A320 da SATA retoma voos depois de quatro meses parado

A transportadora aérea açoriana SATA anunciou hoje que o Airbus A320 'Diáspora' (foto acima) foi reintegrado este sábado na programação de voos da empresa, quatro meses depois da aterragem com forte impacto no solo, que obrigou à paragem da aeronave.

Num breve comunicado divulgado ao final da tarde de hoje, em Ponta Delgada, a SATA revela que o avião realizou, no sábado, seis ligações aéreas entre Lisboa e Funchal e Lisboa e Ponta Delgada.

O Airbus A320-214, com a matrícula CS-TKO, entrou ao serviço da SATA em Junho, mas foi obrigado a parar no início de Agosto.

O incidente ocorreu a 4 de Agosto, às 20h40, quando o avião, com 166 passageiros e sete tripulantes a bordo, aterrou no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, no final de um voo com origem em Lisboa.

Depois de um voo sem problemas, a aeronave realizou uma aterragem com forte impacto no solo, tecnicamente designada como hard landing.

Na altura, não foi detectado nenhum problema, pelo que o avião prosseguiu a sua programação normal, tendo continuado a voar durante dois dias, até à realização de uma inspecção periódica que obrigou à sua imobilização por terem sido detectados danos no aparelho.

No comunicado hoje divulgado, a transportadora aérea açoriana não revela pormenores sobre a intervenção a que o 'Diáspora' foi submetido, mas fontes da empresa já tinham anteriormente admitido que, entre outras operações, foram substituídos os trens de aterragem do avião.

Fonte: Ag. Lusa / SOL - Foto: Andrew Stewart (JetPhotos)

Governo pode tentar manobra para justificar que obrigação da União de exibir documentos da guerrilha foi contemplada em outra ação

O governo brasileiro estuda desistir do recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando ação civil pública que obriga a apresentação de todos os documentos relativos à Guerrilha do Araguaia. Despacho do ministro da Defesa, Nelson Jobim, publicado no Diário Oficial da União, com base nas informações da Consultoria Jurídica do órgão, atesta que houve perda do objeto da ação. A justificativa é que o governo cumpre outra decisão e já entregou todas as informações referentes ao tema. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que ainda não decidiu se vai seguir o posicionamento de Jobim.

O movimento formado às margens do Rio Araguaia, entre 1972 e 1974, pretendia derrubar o governo militar. Estima-se que metade dos desaparecidos políticos brasileiros foram sequestrados e mortos naquela região do Pará. A população era de cerca de 20 mil habitantes, incluindo militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e camponeses. Na época, o governo combateu o grupo com homens do Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal e Polícia Militar do Pará, Goiás e Maranhão.

De acordo com o ministério, a obrigação da União de exibir reservadamente todos os documentos relativos à Guerrilha do Araguaia foi concretizada na ação que já foi julgada. O texto cita ofícios dos Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que afirmam não ter mais documentos inéditos sobre a guerrilha. Portanto, o entendimento do departamento jurídico é de que a desistência do agravo “não provocará qualquer prejuízo ou ônus administrativo para a União”.

Técnicos do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro e em Brasília, organizaram um Dossiê da Guerrilha do Araguaia — com 21,3 mil páginas — a partir de fichas do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI). O documento, concluído no ano passado, foi enviado ao Ministério da Defesa e à Advocacia-Geral da União (AGU). A quebra de sigilo das operações militares na região da guerrilha foi determinada em 2003. A ação resultou da mobilização de 22 familiares de mortos e desaparecidos. O grupo também recorreu à Corte Interamericana dos Direitos Humanos. O material inclui 28 relatos das operações encontrados pelos pesquisadores, 136 documentos sobre o líder da guerrilha, Mauricio Grabois e 695 lotes de papéis do Araguaia foram pesquisados. A expectativa é que esses documentos pudessem revelar novos fatos sobre o combate.

Críticas

“Nada do que foi apresentado é novo”, critica o procurador da República de Marabá, no Pará, Tiago Modesto Rabelo, que, no início do ano, encaminhou ofício ao procurador geral da República na época, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, cobrando que a ação do Grupo de Trabalho Tocantins (GTT) (1)não fique limitada às atividades de campo. “Percebe-se portanto que a busca de restos mortais relacionados à Guerrilha do Araguaia não depende apenas de novas incursões, mas sobretudo da prévia revelação de documentos sobre as atividades militares, preferencialmente acompanhados de depoimentos de agentes que participaram desas operações”, diz o ofício assinado por outros cinco procuradores, que pedem ainda que o trabalho não seja apenas realizado pelas Forças Armadas.

Integrantes do GTT defendem que ainda há documentos espalhados pelo Brasil. O principal argumento usado — e incluído no relatório do grupo — é de que não foram feitas buscas locais em delegacias, secretarias de segurança, institutos médicos legais no Pará, Tocantins, Goiás e Maranhão e que por isso, não é possível concluir que não há mais registros.


Comissão em várias frentes

O grupo foi criada pela portaria nº 567, de 29/04/2009, do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para cumprir sentença da Primeira Vara Federal do Distrito Federal, que determinou à União a entrega dos restos mortais. A primeira etapa foi de reconhecimento dos pontos que poderiam apresentar sinais de existência de corpos. Depois, foram feitas escavações. O relatório final deve ficar pronto esta semana e será remetido à Justiça e à OEA. A comissão é formada por representantes do governo, do Judiciário, Ministério Público, parlamentares e familiares.

Linha do tempo

1982

Vinte e dois parentes de guerrilheiros instauraram processo pedindo à Justiça que o Exército brasileiro apresente documentos pata obtenção dos atestados de óbito.

2003

Em julho, a juíza da 1ª Vara Federal do Distrito Federal ordena a quebra de sigilo das informações militares sobre a Guerrilha do Araguaia, dando prazo de 120 dias à União para que informe onde se encontram sepultados os restos mortais dos familiares e uma investigação nas Forças Armadas brasileiras.

Em agosto, a Advocacia-Geral da União apela da sentença, apesar de reconhecer o direito dos autores de tentar localizar os corpos. O recurso da AGU é baseado em argumentos processuais e questiona, entre outras coisas, o curto prazo imposto na sentença para a apresentação de resultados.

Em outubro, uma comissão interministerial é criada para localizar os restos mortais.

2009

Em abril, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), abre ação contra o governo brasileiro por detenção arbitrária, tortura e desaparecimento de 70 pessoas ligadas à Guerrilha.

Depois de passar pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o processo volta à primeira instância para fase de cumprimento de sentença. O processo está sob apreciação da mesma juíza.

Fonte: Alana Rizzo (Correio Braziliense) - Charge: Latuff

Com alumínio Alcoa, o foguete Ares da NASA é eleito a Invenção de 2009 pela revista Time

As chapas de alumínio-lítio da Alcoa desempenham papel fundamental para o futuro do foguete Ares da NASA - Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (U.S. National Aeronautics and Space Administration), que foi apontado pela revista norte-americana Time como a Invenção de 2009.

Segundo Time, o foguete é "o objeto melhor, mais inteligente e mais interessante construído em 2009 - uma máquina que pode lançar seres humanos a destinos cósmicos nunca imaginados...". A nave utiliza ligas de alumínio-lítio da Alcoa nas chapas leves e resistentes utilizadas na estrutura.

A inovadora tecnologia das ligas de alumínio-lítio continua a ser desenvolvida no Centro Técnico Alcoa, em Pittsburgh (EUA), para apoiar projetos como o programa Ares, simultaneamente com a criação de novas práticas de manufatura capazes de vencer o desafio de transformar lingotes de alumínio-lítio em chapas de alto desempenho.

Os lingotes de alumínio-lítio são fundidos no Centro Técnico Alcoa e a seguir transportados para a fábrica da Alcoa em Davenport, Iowa (EUA), onde são laminados em chapas. Essa fábrica é a única fornecedora certificada pela NASA para a produção de chapas finas de alta qualidade para o foguete Ares 1, veículo espacial para transporte de astronautas.

Desde 2007 a NASA vem assinando com a Alcoa contratos que somam atualmente US$ 18,7 milhões, para adequação da capacidade de produção e fornecimento das primeiras encomendas de produtos de alumínio-lítio. Em 2008 a agência certificou a Alcoa como fornecedora exclusiva de chapas finas de alumínio-lítio de alto desempenho. O fornecimento desses produtos vem desde então demonstrando a capacidade e a flexibilidade do Centro Técnico Alcoa e da fábrica da empresa em Davenport para suprir a NASA com os produtos necessários para que ela atinja suas metas.

O alumínio Alcoa tem sido utilizado no programa espacial desde a fundação da NASA. A Alcoa e a NASA também trabalham em parceria no desenvolvimento do Ares V, veículo pesado de lançamento.

"Parabenizamos a NASA por esse significativo reconhecimento das modernas tecnologias usadas em seu programa de foguetes Ares", afirma Harry Kiskaddon, diretor comercial da Divisão Aeroespacial da Alcoa. ""E sentimo-nos honrados por desempenhar um papel tão fundamental para a próxima geração de veículos espaciais da agência".

A Alcoa é líder no desenvolvimento de ligas de alumínio-lítio, que são leves, resistentes e de baixa densidade. A liga de lítio-alumínio 2099 recebeu em 2007 o Prêmio R&D 100 (100 Melhores em Pesquisa e Desenvolvimento), considerado o Oscar da Invenção.

Sobre a Alcoa

Há 44 anos no Brasil, a Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc., líder mundial na produção e transformação do alumínio, que atua nos mercados aeroespacial, automotivo, embalagens, construção, transportes comerciais e no mercado industrial.

Além de alumina e alumínio primários, a Alcoa fabrica produtos transformados como laminados e extrudados, bem como rodas forjadas, sistemas de fixação, fundidos de superligas e de precisão, estruturas e sistemas para construções. A Companhia possui 63 mil funcionários em 31países e integra pela sétima vez consecutiva o Índice Dow Jones de Sustentabilidade.

A Alcoa foi eleita pela quinta vez consecutiva uma das empresas mais sustentáveis do mundo no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça e é uma das fundadoras da Parceria Americana pela Ação Climática (United States Climate Action Partnership - USCAP), uma associação composta por importantes companhias e ONGs ambientais norte-americanas que lutam pela redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa.

Fonte: Ricardo Morato (www.segs.com.br) - Fotos: Nasa/Reuters / Joe Raedle/Getty / Chris O'Meara/AP

MAIS

A patranha de Jobim completou dois anos

Transcorreu sem sobressaltos o segundo aniversário do dia em que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, convocou a imprensa e anunciou a maior lorota de seu mandarinato. Em dezembro de 2007 ele informou que o governo concluíra um pacote de medidas para ressarcir os passageiros de companhias aéreas que ralassem atrasos nos aeroportos ou não conseguissem embarcar porque as empresas venderam mais passagens do que podiam. Coisa fina. Num voo do Rio para Brasília o passageiro seria ressarcido em 5% do valor do bilhete caso o voo atrasasse mais de meia hora. O percentual subiria, chegando a 50% nos atrasos superiores a cinco horas. A compensação poderia ser dada com milhas.

O ministro disse que o plano entraria em vigor logo depois do Carnaval de 2008, por meio de uma medida provisória. Cadê?

O Ministério da Defesa garante que o projeto da MP está na Casa Civil. Cadê? Nem MP, nem iniciativa do governo remetida ao Congresso, onde tramita, desde 2004, um projeto da senadora Serys Slhessarenko. Na sua versão atual ressarce as vítimas de overbooking e pega pesado no caso dos atrasos superiores a duas horas. Pelo jeito, tramitará por mais cinco anos.

Quem acreditou em Jobim fez papel de paspalho. Ele não voltou a falar do assunto e a doutora Solange Vieira, da Anac, acha que o consumidor maltratado tem mais é que procurar o Procon. Boa ideia, para dar queixa da propaganda enganosa de Jobim.

Fonte: Elio Gaspari (jornal Folha de S.Paulo)

Motociclista morre atropelado por pequeno avião com drogas em Honduras

Um motociclista morreu atropelado no sábado (5) às 18:30(hora local) por um pequeno avião que aterrissava com uma carga de cocaína em uma estrada no norte de Honduras, informaram hoje autoridades locais.

A vítima foi identificada como Israel Martínez Euceda, de 18 anos, que viajava em sua moto na estrada e foi atingido pela aeronave, que pegou fogo depois de tocar o chão, disseram à imprensa fontes policiais e do Ministério Público.

O acidente aconteceu ontem à noite perto da aldeia de Punta de Ocote, no departamento de Yoro (norte).

O pequeno avião, um Cessna 402C Utililiner, com matrícula HK-4342 (colombiana), registrado para a empresa AvioCharter, se partiu em dois pedaços e pegou fogo, mas várias pessoas que estavam a sua espera salvaram o piloto e a maior parte da droga, cuja quantidade se desconhece.

Policiais e promotores que chegaram ao local encontraram apenas 25 quilos de cocaína.

Fontes: EFE via iG / Tiempo e La Prensa (Honduras)

Paraquedista fica pendurado em poste no Rio

Um paraquedista ficou pendurado em um poste da avenida das Américas, na Barra da Tijuca, zona Sul do Rio de Janeiro. O acidente aconteceu no início da tarde deste domingo, quando ele praticava parapente.

Os Bombeiros foram chamados para socorrer o rapaz, que estava consciente e procurava se agarrar no poste para não cair.

Fonte e fotos: André Reis (Terra)

Aeromoças se vestem de tricolor para apoiar Flu contra queda

O voo JJ3269 da Tam, que partiu às 8h20 da manhã de domingo, do Rio de Janeiro para Curitiba, contou com um fato inusitado: as aeromoças se vestiram com a camisa do Fluminense, em uma viagem repleta de torcedores do time carioca.

Em seu discurso, o comandante da aeronave iniciou seu pronunciamento com a frase "saudações tricolores", inspirando os torcedores presentes no voo. Eram cerca de 100 adeptos do Fluminense, que entoaram cantos de apoio ao clube e fizeram a tradicional ola.

Neste domingo, às 17h (de Brasília), o Fluminense decide sua permanência na primeira divisão contra o Coritiba, no Couto Pereira. Invicto desde a 27ª rodada no Brasileiro, o time do técnico Cuca precisa de apenas um empate para se garantir na Série A.

O Coritiba vive situação inversa: deve ter casa cheia e também depende de três pontos para se salvar sem depender de outros resultados. Se os paranaenses perderam ou empatarem, precisarão contar com tropeços de Botafogo e Santo André.

Fonte: Terra - Foto: Eduardo Araújo/Divulgação

Embraer reúne-se com clientes no Oriente Médio

A Embraer realizou, na semana passada, seu segundo encontro com operadores do jato Legacy 600 no Oriente Médio. A empresa tem cerca de 20 jatos do tipo operando na região.

O objetivo da reunião, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi tratar de questões técnicas e atualizações referentes à aeronave, além de operações de vôo e programas de manutenção com sessões sobre os centros de serviço autorizados Embraer, suporte para materiais, peças e logística, e o programa Embraer Executive Care (EEC).

“Estamos muito contentes em repetir esta oportunidade de trocar ideias e promover o relacionamento com operadores da Embraer no Oriente Médio”, declarou Antonio Martini, diretor de Suporte e Serviços ao Cliente da Embraer para a Europa, Oriente Médio e África – Aviação Executiva.

“O Oriente Médio é um mercado em rápido crescimento, e nosso compromisso é continuar aprimorando nosso suporte e serviços, não apenas para os cerca de 20 jatos Legacy 600 que voam na região, mas também para outros que passem pela região e precisem de apoio”, completou o executivo.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA)

Vicissitudes aeroportuárias

Aeroportos foram transformados em campos de concentração da ansiedade humana

Viajar de avião virou suplício na vida moderna. Já foi bem melhor, recordarão os saudosistas do tempo em que as passagens aéreas custavam fortunas. Com a queda dos preços, o financiamento e a assim chamada globalização, o número de voos e de passageiros aumentou de forma desproporcional à capacidade das instalações necessárias para acolhê-los.

Lotados, os aeroportos foram transformados em campos de concentração da ansiedade humana. Embora a maioria dos voos ainda parta e chegue em horários próximos aos previstos, os cancelamentos e os atrasos se tornaram tão frequentes que o espírito do viajante vive atormentado pela possibilidade de perder compromissos e de passar horas à espera em lugares apinhados de gente mal humorada.

Quando a Rússia ainda era comunista, entrei num empório em Moscou no qual havia uma fila para comprar pão, outra para a carne e outra para os demais gêneros alimentícios. Eram filas enormes; a da carne saía para a rua. Parece que os aeroportos do mundo inteiro adotaram a mesma estratégia: fila para o check-in, para passar pela segurança, para o banheiro, para embarcar e até para comprar, por preço exorbitante, um sanduíche com gosto de isopor.

A tensão da viagem já se instala na fila do check-in, assim que o primeiro cidadão se põe a berrar com as mocinhas do atendimento. Não se trata de ocorrência eventual, mas obrigatória; não existe a menor possibilidade de obter um cartão de embarque sem ouvir os desaforos em série que os exaltados e os prepotentes costumam despejar sobre elas.

Parece que a compra da passagem aérea confere ao usuário o direito psicanalítico de descontar na funcionária da companhia todas as humilhações que os chefes o obrigaram a engolir, somadas às frustrações profissionais e amorosas acumuladas pela vida inteira. Daria tudo para ver um desses arruaceiros de balcão diante de seus superiores hierárquicos.

Na fila da esteira para inspecionar a bagagem de mão a tensão atinge o pico. A tarefa de livrar-se do computador, do celular e dos demais objetos metálicos é feita a toque de caixa, como se todos estivessem prestes a perder o avião. Nos países que obrigam a descalçar os sapatos, há que tornar a calçá-los em pé, desequilibrados, em posições bizarras.

E a vergonha ao ouvir o alarme eletrônico quando dispara ao passarmos? Todos nos olhando com ar de suspeita: seríamos terroristas de Bin Laden ou simples idiotas com moedas nos bolsos?

O tormento maior, no entanto, é o que nos aguarda nas salas de embarque, cheias de gente mal educada que urra no celular como se o assunto que discutem fosse do interesse de todos.

Quando, a duras penas, conseguimos uma cadeira para sentar, o alto-falante anuncia que, devido ao reposicionamento da aeronave, o portão foi mudado para outro, mais superlotado do que rodoviária em véspera de carnaval.

Os avisos que chegam pelos alto-falantes constituem martírio à parte. Em lugares movimentados como Congonhas ou Brasília eles se repetem sem um minuto de interrupção. Uma sucessão de vozes masculinas e femininas que se esgoelam nos microfones como se não confiassem nos avanços da eletrônica. Nos concursos de admissão, as companhias aéreas descartam os candidatos com voz de timbre agradável?

Talvez para evitar essa gritaria enlouquecedora, em Manaus decidiram que todos os avisos seriam dados por uma única pessoa. É uma voz de mulher, propositalmente entoada em imitação à de uma locutora que fez carreira no aeroporto do Rio de Janeiro. É mais exasperante ainda: melosa, sensual, proferida em tom de cochicho no ouvido. E, pior, cada aviso é repetido em inglês e espanhol, se é que assim podemos dizer. Uma madrugada, depois de horas na sala de espera ouvindo os avisos ininterruptos de mulher tão insinuante, o músico Paulo Garfunkel confessou ter ficado praticamente apaixonado por ela.

Luiz Fernando Verissimo escreveu uma crônica na qual encontrava uma lâmpada mágica. Pediu para que sua mala fosse a primeira a chegar na esteira rolante. O gênio achou pouco, ele acrescentou: em todas as viagens.

Lembro sempre esse desejo quando estou espremido, em disputa acirrada por uma nesga de espaço para enxergar se minha mala finalmente aparece nas esteiras ridiculamente apertadas, dos aeroportos arcaicos que funcionam como porta de entrada em nosso país.

Fonte: Drausio Varella (jornal Folha de S.Paulo)

Aeroporto de Aracaju: 51 anos e ainda com a cara de rodoviária

Quem paga caro por uma passagem de avião, no mínimo, quer ter conforto da hora do embarque ao desembarque. E é assim na maioria dos aeroportos do País. O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, Gilberto Freyre, o maior do Nordeste, é um luxo. Sua extensão permite, inclusive, a operação de grandes aviões, o que lhes dá autonomia de voo com abrangência para toda a América do Sul, América Central, África, além de partes da Europa, Estados Unidos e Canadá.

O Aeroporto de Salvador não fica atrás. Tem aeroshopping e área de lazer garantidos para o passageiro, com um olhar especialmente voltado para os turistas. Em Fortaleza, o Aeroporto Internacional tem quatro pisos climatizados e pátio para grandes aeronaves. Segundo os projetistas, o terminal de passageiros, inaugurado em 1998, terá uma vida útil de no mínimo 50 anos. Isso é que é visão de futuro.

No Aeroporto Internacional Augusto Severo, de Natal, há uma população fixa de mais ou menos 1.400 pessoas. Nele circulam diariamente entre 2.446 e 3.463 usuários em desembarque e entre 2.205 e 3.787 embarques. São realizados 32 voos diários, 16 pousos de diversos destinos e 16 decolagens também de destinos diversificados. Em 1996, o aeroporto passou por uma ampla reforma e foi totalmente modernizado para atender bem os turistas da "Rota do Sol". Os Aeroportos de Maceió, da Paraíba e do Maranhão recentemente também passaram por reformas. O do Maranhão, inclusive, será internacionalizado.

Fonte: Correio de Sergipe

Aeroporto de Confins vira rota internacional do tráfico de drogas, diz PF

Minas Gerais não dispunha de voos diretos para países da Europa, da América Central e para os Estados Unidos até o começo do ano passado. Hoje, a partir de Confins, é possível viajar sem conexões para Lisboa, Paris, Miami e Panamá, além de Buenos Aires. Não há dúvida de que a mudança trouxe conforto para os passageiros, mas não foi só isso. Ela atraiu também as organizações criminosas internacionais, que incluíram Belo Horizonte na rota que liga os países produtores de cocaína, como a Colômbia, aos países consumidores, como Portugal, Espanha e Estados Unidos. O fenômeno já foi identificado pela Polícia Federal (PF). Nos últimos 18 meses, agentes fizeram pelo menos 14 flagrantes de apreensão de cocaína no aeroporto de Confins.

Os casos apresentam características semelhantes:

1) a origem da droga é a Colômbia;

2) a importação é feita por criminosos internacionais baseados em São Paulo, ligados sobretudo à máfia nigeriana;

3) os traficantes “vestem” as “mulas” (ou seja, escondem a droga no corpo ou na bagagem das pessoas que irão transportá-la) em São Paulo e as enviam para Belo Horizonte;

4) o voo mais usado é o Belo Horizonte-Lisboa, da TAP, inaugurado no começo do ano passado.

“Com o aperto na fiscalização no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, os traficantes começaram a procurar outras saídas para a droga enviada para a Europa”, afirma o delegado João Geraldo de Almeida, chefe da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal em Minas Gerais. Segundo Almeida, com o aumento na oferta de voos internacionais, Belo Horizonte se tornou uma alternativa. “Confins é hoje um dos muitos pontos no Brasil de saída de droga”, diz o delegado. De fato, com um fortalecimento da repressão ao tráfico internacional em São Paulo, os últimos meses não foram fáceis para as organizações criminosas que usam o aeroporto de Guarulhos como porta de saída de cocaína para a Europa e os Estados Unidos. Só neste ano, foi apreendida mais de 1 tonelada da droga no aeroporto de Guarulhos. Em março, depois de mais de um ano de investigação, a PF desmontou um esquema de tráfico que contava com a participação de fiscais da Receita Federal, funcionários da Infraero e de companhias aéreas e policiais civis. Na ocasião, foram presas 57 pessoas que atuavam em três organizações criminosas.

Enquanto em São Paulo o cerco se fechava, em Belo Horizonte aumentavam o volume de passageiros e a oferta de voos internacionais, condições ideais para os traficantes. Se em 2004 Confins registrou 388 mil passageiros, no ano passado o movimento foi de 5,2 milhões de passageiros, um aumento de 1.240%. Hoje, há voos de Confins para a Europa todos os dias da semana. No ano passado, foram inaugurados voos diretos para Lisboa, Paris, Miami e Panamá. Os passageiros desses voos passam pelo processo de imigração e despacham as malas em Confins. Na maioria das vezes, o avião faz uma escala em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em Brasília, mas o passageiro não sai da aeronave.

Com uma estrutura policial e fiscal muito menor que a de aeroportos de São Paulo e do Rio de Janeiro, Confins passou a ser uma boa alternativa para os traficantes internacionais. De 2008 para cá, estrangeiros com passaporte de Serra Leoa, Mali, Romênia, Polônia, Espanha, Bulgária, Alemanha e Bélgica foram presos em flagrante em Confins com cloridrato de cocaína (a droga pura, pronta para uso, mas ainda passível de mistura para aumentar o volume). As “mulas” transportavam a droga (de 300 gramas a 6 quilos) escondida no corpo ou na bagagem. Os policiais que atuam em Confins já encontraram roupas de banho engomadas com cocaína e pacotes com a droga escondidos em fundo falso de malas, em cintas atadas ao corpo e dentro de instrumentos musicais. “Trata-se de um esquema grande, e não de indivíduos isolados que tentam levar cocaína para fora do país. A ocultação da droga é perfeita”, afirma o delegado João Geraldo de Almeida.

Em mais de um caso, a cocaína, acondicionada em cápsulas, havia sido ingerida pelas “mulas”. Dois africanos presos em flagrante em maio deste ano levavam um total de 3,5 quilos da droga no estômago. Na Europa, cada quilo de cloridrato de cocaína vale cerca de 40 mil euros (R$ 108 mil).

Fonte: Lucas Figueiredo (Estado de Minas) via Portal UAI