domingo, 21 de dezembro de 2008

Infraero nega problema em esteiras de bagagens em Cumbica

Em nota, empresa disse que houve má utilização do equipamento.

Gol informou anteriormente que problema provocou atrasos nos vôos.


Problemas operacionais complicaram a vida de passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos neste domingo (21)

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) divulgou nota, neste domingo (21), contestando informação da Gol sobre problemas nas esteiras de bagagens no Aeroporto de Cumbica, o que teria, segundo a empresa aérea, provocado atrasos em vôos durante a manhã.

O documento da Infraero informa que não houve problemas na esteira de bagagens, mas a má utilização da esteira pelos funcionários da empresa aérea. Ainda de acordo com a nota da Infraero, a empresa aérea sabe que existe um peso máximo permitido pelo fabricante das esteiras e, se não utilizadas de maneira correta, pode vir a acontecer uma paralisação momentânea.

A Infraero informou ainda que não foi necessária a presença da equipe de manutenção no local. Preventivamente, a Infraero está disponibilizando um técnico em mecânica para monitorar e orientar os funcionários da cia aérea.

A Infraero alerta para que a Gol reforce o treinamento de seus funcionários

Irritação

O problema nas esteiras rolantes das bagagens e falhas na conexão com operadores de telecomunicações da empresa aérea Gol atrasaram em uma hora os vôos programados para o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na manhã deste domingo. O incidente causou filas nos check-ins. A demora para embarcar irritou alguns passageiros no saguão.

Por meio de nota à imprensa, a GOL informou que “uma falha na conexão entre duas operadoras de telecomunicações que prestam serviços à companhia deixou inoperante o sistema de atendimento aos passageiros em algumas posições de check-in no aeroporto internacional de Guarulhos”.

“Esta ocorrência, acrescida de um defeito nas esteiras de bagagens do terminal da Infraero, fez com que os primeiros vôos deste domingo saíssem com atraso de cerca de uma hora. A Companhia ressalta que o sistema de atendimento foi normalizado por volta das 9h e que a Infraero já está consertando as esteiras de bagagens. Neste momento, a GOL trabalha com a maior agilidade possível no sentido de reduzir suas filas no terminal”, encerra a nota.

Fonte: G1 - Foto: Nelson Antoine (Foto Arena / AE)

Vôos da Gol voltam a atrasar por falha de conexão e pane em esteiras

Companhia teve 142 decolagens fora do horário previsto até as 15h; TAM possui o maior número de cancelamentos do dia

Números contrariam expectativa pela operação "Feliz 2009"

Em nota à imprensa, a companhia aérea Gol informou que o atraso de cerca de uma hora ocorrido nos primeiros vôos da manhã deste domingo foi provocado por uma falha na conexão entre duas operadoras de telecomunicações que prestam serviços à empresa. A falha deixou inoperante o sistema de atendimento aos passageiros em algumas posições de check-in no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

A ocorrência de um defeito nas esteiras de bagagens do terminal da Infraero contribuiu com a demora, segundo a Gol. A companhia ressaltou que o sistema de atendimento foi normalizado por volta das 9 horas e que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) já está consertando as esteiras de bagagens.

A Gol também informou que os atrasos registrados ontem foram provocados por uma falha em seu sistema automático de controle de despachos. Segundo a empresa aérea, o problema foi solucionado ontem mesmo.

Até às 15 horas, a empresa aérea com mais vôos atrasados era a Gol, com 142 decolagens (44,7% do total). Em números brutos, em seguida aparecem TAM, com 58 vôos (12,3% das embarcações da empresa no dia) e Varig, que atrasou 16 decolagens (24,2% do total). A companhia com mais vôos cancelados é a TAM. A empresa anulou 8 vôos.

Atrasos na véspera da semana do Natal

A Infraero registrou, até as 15 horas de hoje, 22,4% de atrasos acima de meia hora nas decolagens em todos os aeroportos do país. Esse índice mostra que a situação é mais tranqüila do que a registrada ontem, quando a taxa de atrasos chegou perto de 40% dos vôos. Entre os aeroportos que estão com maior índice de atraso, destacam-se o de Brasília, com 34,3%; o de Guarulhos, em São Paulo, com 33,6%; e o do Galeão, no Rio, com 25%.

Operação "Feliz 2009"

A Infraero deu início nesta sexta-feira (19) à Operação Feliz 2009, com o objetivo de evitar problemas nos principais aeroportos brasileiros durante a alta temporada de viagens no país. De acordo com a estatal, a intervenção foi criada pelo Ministério da Defesa em parceria com os principais órgãos e empresas de aviação civil para qualificar as operações e prevenir problemas.

Mesmo as atividades que não são de responsabilidade direta da Infraero terão o reforço de funcionários da empresa, como o acompanhamento da entrega das bagagens na esteira para sanar rapidamente eventuais problemas e o apoio nos balcões de check-in, para que não fiquem ociosos ou formem longas filas.

Entre as ações essenciais realizadas pela Infraero estão a manutenção de escadas rolantes, elevadores e esteiras de bagagem e o reforço na limpeza dos terminais, das salas de embarque e desembarque e dos banheiros. Os canais de inspeção das bagagens terão atenção redobrada para não provocar filas, segundo a assessoria da empresa.

A Infraero informou ainda que os passageiros precisam estar atentos às novas regras de aviso sonoro. Desde novembro, as chamadas para os vôos são feitas apenas nas salas de embarque e não mais no saguão do aeroporto. A mudança busca reduzir o número de chamadas por vôos e permitir o uso do sistema por diversas companhias em um menor espaço de tempo.

Fonte: Notícias Abril / Agência Estado

British Airways e AMR podem adiar fusão, diz jornal

A união entre a companhia de aviação British Airways e a AMR Corp., da American Airlines, poderá ser adiada por vários meses depois que os reguladores norte-americanos pediram mais informações sobre a proposta de fusão, informou o Sunday Telegraph.

O departamento de transporte dos Estados Unidos pediu à British Airways para detalhar as informações sobre seus planos de expansão globais, incluindo o impacto que a aliança entre as duas empresas terá no mercado de aviação dos Estados Unidos e também outros planos de fusão da empresa.

O jornal The Mail on Sunday informou que a British Airways também abriu negociações com a Alitalia para a criação de vínculos comerciais. As empresas estão discutindo um esquema de divisão de receita para certas rotas.

Fonte: Dow Jones

Avião cai em Ohio (EUA). Piloto morre.

Um piloto de Ohio morreu na queda de um pequeno avião Piper Saratoga, fabricado em 1997 e registrado para a Sierra-November Aviation, na área rural de Uniontown, cerca de 10 milhas a sudeste de Akron, em Ohio (EUA), na sexta-feira (19).

Michael Connell, 45 anos, era consultor de mídia republicano mídia que ajudou a operar sites da campanha para o presidente Bush e para o ex-candidato presidencial John McCain.

Ele estava tentando aterrissar a aeronave no Aeroporto Akron-Canton.

Connell foi o CEO e fundador da base em Cleveland da New Media Communications, que construiu sites para as campanhas de Bush e McCain, de acordo com o Web site da companhia. O site diz que a empresa também trabalhou com o Partido Republicano de Ohio, o Comitê Nacional Republicano e outros grupos políticos.

Ninguém ficou ferido em solo e o avião não levava nenhum passageiro.

Fontes: FoxNews - Fotos: AP

Boeing sai da pista ao tentar decolar e pega fogo nos EUA

Acidente deixou 38 feridos, dos quais um em estado grave.

Passageiros e tripulantes deixaram avião por saídas de emergência.


Um Boeing 737-500 da Continental Airlines saiu da pista e pegou fogo depois de tentar decolar em Denver, nos Estados Unidos, na noite deste sábado (20). No acidente, ao menos 38 pessoas ficaram feridas, dos quais uma em estado grave, segundo as agências de notícias internacionais.

A aeronave com destino a Houston, no Texas, transportava 112 pessoas e saiu da pista pouco depois de percorrer cerca de 700 metros, de acordo com autoridades do aeroporto. O avião teria parado após descer um barranco e se incendiar. A causa do acidente, porém, ainda é desconhecida.



O chefe dos bombeiros, Steve Garrod, confirmou que a aeronave pegou fogo e que havia danos na parte direita do avião. Ele informou ainda que o incêndio foi controlado rapidamente.

Os 107 passageiros e cinco tripulantes foram retirados da aeronave, um Boeing 737, pelas saídas de emergência e com a ajuda das rampas de emergência. Os feridos foram transportados de ambulâncias para um hospital da região.

No momento do acidente em Denver, a temperatura estava fria mas não havia neve na pista, segundo os bombeiros, quando o vôo 1404 da Continental Airlines tentou decolar, por volta de 23h20.

O acidente forçou o bloqueio da pista oeste do Aeroporto Internacional de Denver, e provocou atrasos de 40 minutos nas demais operações do complexo.

Equipe trabalha no resgate do avião da Continental Airlines, em Denver, Colorado

Fontes: G1 / AP / EFE / Reuters / AFP - Atualizado em 22/12/08 às 07:06 hs.

Saiba mais sobre Vanuatu

Vanuatu é um país da Melanésia, e ocupa o arquipélago das Novas Hébridas. Tem fronteiras marítimas com as Ilhas Salomão, a norte, com o território francês da Nova Caledónia, a sul, e com Fiji, a leste. Capital: Port Vila.

Vanuatu consiste de 83 ilhas, das quais duas - Matthew e Hunter - são também reclamados pelo departamento francês de ultramar de Nova Caledônia. Muitas das ilhas são montanhosas e de origem vulcânica, e têm um clima tropical ou subtropical. A maior cidade do país é a capital, Port Vila, situado na ilha de Éfaté, e Luganville, em Espírito Santo. A máxima elevação do país é o Tabwemasana a 1.877 m de altura.

Vanuatu é famosa por um bioma terrestre, chamado as selvas de Vanuatu. É parte da ecozona de Australásia, que também inclui as vizinhas Nova Caledônia e as Ilhas Salomão, assim também Austrália, Papua-Nova Guiné e Nova Zelândia.


Outras informações:

Capital Port Vila
Cidade mais populosa Port Vila
Língua oficial Bislama, Inglês, Francês
Governo República Parlamentarista
- Presidente Kalkot Mataskelekele
- Primeiro Ministro Edward Natapei
Independência da França
- Independência 30 de Julho de 1980
- Constituição 30 de Julho de 1980
Área
- Total 12.189 km² (157º)
- Água (%) Insignificante
População
- Estimativa de 2007 208.754 hab. (173º)
- Densidade 17 hab./km² (169º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
- Total US$739 milhões (182º)
- Per capita US$43,163 (16º)
Indicadores sociais
- IDH () 0674 (120º) – médio
- Esper. de vida 70,0 anos (115º)
- Mort. infantil 52,45/mil nasc. (55º)
- Alfabetização 74.0% (126º)
Moeda Vatu (VUV)
Fuso horário UTC +11 (UTC)
Clima tropical úmido, equatorial
Org. internacionais ONU
Cód. Internet .vu
Cód. telef. +678

Fonte: Wikipédia

Um morto em queda de avião em Vanuatu

Uma pessoa morreu na queda de um avião da transportadora aérea Air Vanuatu na ilha de Espírito Santo, no Pacífico Sul, causando um morto, enquanto nove passageiros conseguiram escapar, disse hoje fonte do exército francês na Nova Caledónia.

O aparelho, um Britten Norman Highlander, despenhou-se por razões que as autoridades ainda não conseguiram apurar numa montanha com 1.300 metros de altitude, numa zona florestal de acesso difícil na ilha de Espírito Santo, no noroeste do arquipélago de Vanuatu, independente desde 1980.


Com falta de meios, as autoridades de Vanuatu pediram auxílio ao exército francês estacionado na Nova Caledónia, província ultramarina de França.

O exército francês fez deslocar para o local um helicóptero Puma, indo a bordo uma equipa de socorro que, apesar das condições climatéricas difíceis, conseguiu identificar e recolher o corpo do piloto morto e um passageiro gravemente ferido.

Os oito restantes passageiros aventuraram-se pela floresta em busca de socorro, tendo os militares franceses encontrado sete e as equipas de socorro de Vanuatu descoberto o restante.

Todos os passageiros são cidadãos de Vanuatu, referiu o exército francês.

Fonte: Agência Lusa (Portugal)

Avião de pequeno porte faz pouso de emergência no PR

Atualizado com dados e fotos do avião

O Aero Boero no Aeroclube de Guarapuava

Uma aeronave de instrução de vôo fez um pouso de emergência no início da tarde deste sábado (20), em Guarapuava (PR).

O avião Aero Boero AB-115, prefixo PP-GOL, do Aeroclube de Guarapuava, estava voltando de manutenção feita em uma oficina especializada em Curitiba. Os dois passageiros não se feriram.

O piloto, que estava acompanhado de um passageiro, já tinha começado os procedimentos de pouso quando o motor apagou. Segundo Josimar Karpinski, presidente do Aeroclube de Guarapuava, o piloto, percebendo que não conseguiria chegar ao aeroclube da cidade, local onde iria pousar, ele fez um pouso alternativo em uma lavoura de soja no bairro Morro Alto, próximo de Guarapuava.

"Foi um pouso alternativo, feito dentro dos procedimentos previstos para este tipo de situação. Os pilotos são treinados para isso", afirmou Karpinski.

Técnicos vindos de Curitiba devem fazer um laudo para apurar as causas do acidente.

Fontes: G1 / Gazeta do Povo / ANAC - Fotos: Aeroclube de Guarapuava

Espanha retoma rigor e deporta cinco brasileiros

Após algum tempo de tranqüilidade, a polícia espanhola retomou o rigor na fiscalização da entrada de estrangeiros. No sábado, cinco brasileiros foram repatriados após serem retidos ao desembarcar no aeroporto de Barajas, em Madri. Outros três brasileiros já haviam sido obrigados a retornar na sexta-feira, após terem sido barrados junto com outros sul-americanos que vieram de Salvador num vôo da Air Europa.

Entre os deportados estão três baianas, a professora Zaineide dos Santos Pinto, a empregada doméstica Telma Araújo Queiroz e a vendedora Cíntia Santos. A polícia espanhola alega falta de dinheiro que garanta a permanência e a falta de uma carta-convite feita por pessoas que estejam nos países da Europa para ter deportado os brasileiros. A professora Cleide Pascoal, de Brasília, e o cabeleireiro Edvan Andrade dos Passos, de Aracaju, voltaram no mesmo vôo.

Por telefone, os brasileiros reclamaram da restrição de comida e bebida, de acesso ao banheiro e a objetos de higiene e remédios.

Fonte: O Globo

Mau tempo cancela centenas de vôos em Nova York

Mais de 650 voos foram cancelados nos aeroportos de Nova Iorque devido a um forte nevão que se receava pudesse vir a originar uma camada de neve com mais de 30 centímetros de altura. O mau tempo está a varrer grande parte do Norte dos EUA.

Foto: Nevasca gerou o caos nos aeroportos nova-iorquinos

De acordo com responsáveis dos aeroportos nova-iorquinos, cerca de 420 voos foram cancelados na sexta--feira no aeroporto de Newark, outros 150 no de LaGuardia e cerca de uma centena no aeroporto de JFK, provocando atrasos médios superiores a duas horas.

Trata-se do primeiro grande nevão desta temporada, o que levou a que fossem accionadas medidas para minimizar os seus efeitos, como a distribuição de 193 mil toneladas de sal, para derreter a neve. O mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg, afirmou já que se receia que a cidade seja coberta por uma camada de neve que pode chegar aos trinta centímetros, tendo sido accionadas máquinas para a limpeza da via pública.

A neve tem caído com intensidade em Nova Iorque, fustigada também por uma chuva intensa acompanhada de fortes ventos. Trabalhadores do Metro tiveram de limpar a neve acumulada nas entradas das estações. Washington e outras cidades têm sido também afectadas pelo nevão, que atinge grande parte do Norte dos Estados Unidos da América.

Fonte: Correio da Manhã (Portugal)

Toda a restrição só prejudica o consumidor, diz presidente da Anac

A economista Solange Vieira, presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) defende o fim das restrições de operação no Santos Dumont, no Rio. Em entrevista ao Globo, ela argumenta que governador Sérgio Cabral "é contra quer fazer "decolar" o Galeão". Segundo Solange, a concorrência será maior se o Santos Dumont funcionar sem restrição.

- Não enxergamos nenhum problema de segurança no Santos Dumont. Ele tem uma pista menor e que não suporta aviões que decolem muito pesados. Esse tipo de restrição faz com que o aeroporto comporte vôos curtos e com volume de passageiros menor. Esse perfil de vôo "bate-e-volta", hoje usado na ponte aérea, vai acabar sendo o perfil do Santos Dumont. O Galeão é um aeroporto de longa distância e linhas internacionais e não conseguiu avanços depois do fechamento do Santos Dumont. No entanto, as empresas estão começando a pedir vôos para o Galeão só agora e por causa do limite de Guarulhos. Um dos argumentos do governo do Estado é de que é preciso valorizar o Galeão, que vai ser privatizado, já que vem aí a Copa do Mundo e, quem sabe, as Olimpíadas.

Funcionária de carreira do BNDES e ex-da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), Solange foi levada ao cargo há um ano com missão de preparar um marco regulatório para a concessão de aeroportos, traçar uma política de céus abertos para o país e, principalmente, de evitar um novo caos aéreo. Ela contou não ter informações de que a ameaça de greve nos aeroportos se desenvolveu, mas que em princípio, a paralisação seria do dia 24 para dia 25, que normalmente tem fluxo de passageiros muito reduzido.

A presidente da Anac também explicou que se até agora ninguém foi punido pelo caos aéreo de 2006, é porque nada foi julgado .

- Uma coisa que nos incomoda muito é o volume de autos de infração. São 29 mil processos. Montamos juntas de julgamento e recursos e começamos a colocar isso em votação, mas a nossa prioridade são os processos que vão prescrever. A preocupação é acabar o mais rápido possível e dizer que, no meio do ano que vem, somente os processos do ano estarão em julgamento.

Fonte: O Globo

Delta anuncia novos vôos para São Paulo, Fortaleza, Recife e Manaus

A companhia aérea americana Delta Air Lines anunciou na quinta-feira (18) vôos partindo de cidades como Los Angeles e Atlanta para São Paulo, Fortaleza, Recife, Manaus e mais quatro destinos da América Latina, entre eles Buenos Aires e Bogotá.

"Os novos vôos para a América Latina demonstram nosso compromisso com nossos clientes na região", disse em comunicado o vice-presidente de Vendas e Assuntos de Governança da Delta para a América Latina e o Caribe, Christophe Didier.

O executivo acrescentou que a companhia aérea quer "continuar oferecendo a maior variedade de opções para este mercado, um dos que registra maior crescimento para a Delta".

A companhia aérea informou que, já a partir da sexta-feira passada, começariam os vôos de Atlanta (Geórgia) para Manaus. Por sua vez, a rota com Recife e Fortaleza como destinos começa a operar neste domingo.

Um porta-voz da Delta disse ainda que a empresa "continuará sua expansão na América Latina durante o ano que vem com um novo vôo sem escalas entre Los Angeles e São Paulo" a partir de 21 de maio.

O novo vôo se soma aos já operados pela Delta com partida de Atlanta e São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Recife e Fortaleza como destinos.

Fonte: EFE

Sol Linhas Aéreas iniciará primeira rota em janeiro

Já esta no Brasil a primeira aeronave Let 410 da Sol Linhas Aéreas que em janeiro deve decolar de sua base em Cascavel.

O empresário Marcos Solano Vale, investe na infraestrutura de terra e moderniza as instalações junto ao Aeroporto de Cascavel com obras que vão abrigar tanto a sede da empresa, como todo o setor operacional.

Com quatro vôos diários partindo do Aeroporto do Bacacheri (BHF), centro de Curitiba, com escalas em Cascavel (CAC) e Foz do Iguaçu (IGU) em horários alternados a partir das 07:00 da manhã, a Sol Linhas Aéreas vem atender um mercado que tem tudo para crescer e atender a demanda do Estado em sua primeira fase.

Fonte: Gazeta do Paraná

Aeroporto de Guarulhos (SP) terá garagem com 4.000 vagas

A Infraero (estatal que administra os aeroportos) vai construir no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, um edifício-garagem com cerca de 4.000 vagas, similar ao de Congonhas (foto acima).

O custo da obra, segundo a Infraero, será de R$ 70 milhões. A licitação será lançada no segundo semestre de 2009.

A medida vai ampliar o número de vagas do estacionamento principal para mais de 7.000, o que deve amenizar o martírio dos motoristas para achar um lugar - em horários de pico, a demora pode chegar a 20 minutos, segundo usuários.

"A gente pára aqui ou para viajar ou para buscar alguém. Não pode atrasar. Mas já tive que ficar rodando por 20 minutos para achar vaga", diz a dona-de-casa Rosa Morales, 50.

Caso o motorista desista de procurar uma vaga nesse intervalo de 20 minutos, ele terá de pagar a tarifa da mesma forma. "O tempo de desistência é de cinco minutos. Já demorei 15 minutos para achar uma vaga, pensei em desistir, mas preferi deixar o carro no gramado do estacionamento", diz o consultor Alexandre de Oliveira, 34.

Para motos, o espaço é ainda mais difícil. O mecânico Claudinei Ribeiro, 30, que trabalha em Cumbica, afirma que chega a esperar 40 minutos pela vaga.

O novo edifício-garagem terá quatro andares e 62 mil metros quadrados. Ele ficará dentro do estacionamento principal e terá passarelas para acessar o terminal. Os usuários, hoje, têm disponíveis 3.098 lugares no estacionamento principal. Quando lota, os usuários são orientados a usar o terminal de cargas, com 640 vagas.

Para a Infraero, a alta do fluxo de carros no local é um reflexo da transferência de parte dos vôos de Congonhas para Cumbica após o acidente da TAM, em julho de 2007, e da operação de novas empresas.

De janeiro a outubro deste ano, o aeroporto de Cumbica recebeu 161.360 aeronaves (pousos e decolagens), com uma média de 1,7 milhão de passageiros por mês - o número é 30% maior que no mesmo período de 2006.

Fonte: Folha Online - Foto: Portal Flex

Fotojornalista narra a difícil cobertura de uma tragédia; leia trecho de livro

O trabalho de jornalista exige, entre outras habilidades, o envolvimento em situações difíceis e desconfortáveis para conseguir informações ou imagens de interesse público. O fotojornalista Alan Marques passou por uma situação do gênero quando acompanhou a cobertura do desastre com o vôo 1907 da Gol, em 2006.

Repórter da Folha de S.Paulo em Brasília, foi chamado para ir ao aeroporto na noite do dia 29 de setembro quando surgiram as primeiras informações sobre o desaparecimento do avião na floresta amazônica. No livro "Caçadores de Luz - Histórias de Fotojornalismo", editado pela Publifolha, Marques narra como foi a cobertura fotográfica do acidente, desde a primeira noite com os familiares dos passageiros no aeroporto até o resgate das vítimas, na Serra do Cachimbo.

Leia o trecho abaixo:

A LUTA PELA IMAGEM

VÔO 1907, por ALAN MARQUES

Para maioria dos brasileiros, sexta-feira é sinônimo de festa e de alegria. Para os jornalistas nem tanto, porque é nesse dia que os jornais costumam fechar as matérias quentes da próxima edição e os cadernos especiais de sábado e de domingo. Para nós, sexta-feira é o dia do "pescoção", com muito trabalho até a madrugada. Às 20h de 29 de setembro de 2006, no último dia útil da semana, antevéspera do primeiro turno das eleições para presidente da República, eu estava dispensado do fechamento (porque tinha de trabalhar no sábado e no domingo) e deixei a Redação brincando, com a frase-clichê: "Só me liga se cair um avião".

Uma hora depois, pronto para tomar uma chuveirada, o telefone tocou. Com uma voz carregada, o coordenador do plantão da Redação disse: "Não estou de brincadeira. Tem um avião da Gol sumido e há a possibilidade de ele ter caído entre Brasília e Manaus. Vá para o aeroporto, porque os familiares dos passageiros estão lá". Não pensei que fosse brincadeira. Tomei banho em dez minutos, peguei a minha câmera e me mandei. Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Brasília, vi que a situação era grave: várias equipes de TV e jornais já estavam por lá. Todos estavam ávidos por informação das autoridades e o clima era muito tenso. No monitor de chegada dos vôos piscava "Gol 1907, procurar o balcão da companhia", mas no balcão não havia qualquer informação precisa sobre o que havia ocorrido com aquele vôo. Comecei a procurar uma foto que traduzisse o caos que me cercava.

A conta-gotas, as informações eram trazidas pela assessoria de imprensa da Infraero. Extra-oficialmente, falava-se que o avião tinha caído e que o número de pessoas no vôo era de 154, entre passageiros e tripulação. O desespero dos familiares aumentava com a entrada da noite e fazer fotos dessa situação causava um desconforto medonho. Os rostos cheios de desespero e as lágrimas descontroladas tiravam a vontade de fotografar. O meu trabalho se tornava penoso e irritava tanto a mim quanto aos personagens da reportagem. Mas tinha que fotografar. Entre produzir e transmitir o material do meu computador pessoal para a Redação da Folha de S.Paulo, o tempo passou lento. À meia-noite, fui dispensado, com o compromisso de estar cedo no hotel reservado pela empresa aérea aos familiares dos passageiros.

Dormi pouco. Cheguei cedo ao hotel, às sete da manhã, preparado para viajar para a área do acidente se fosse necessário. Na entrada do lobby encontrei um amigo fotógrafo sem o equipamento. Numa conversa breve, descobri que o pai dele estava no vôo. O personagem da matéria tinha cara, sentimento, sofrimento. Era um amigo sofrendo. Foi difícil trabalhar.

O meu fim de semana tinha mudado: de cobrir a eleição passei para a cobertura do maior acidente aéreo da história do país. O chefe do plantão da Redação me avisou que a Folha havia reservado um jato para que eu, outro fotógrafo e um repórter nos deslocássemos para a serra do Cachimbo (divisa de MT e PA), região da queda do avião. Um carro do jornal me pegou no hotel, levou-me até um hangar no aeroporto de Brasília e, em menos de trinta minutos, eu estava dentro de um jato particular em direção à área do acidente. Voei para Sinop (MT), peguei um carro e enfrentei mais duas horas de estrada até a cidade Peixoto de Azevedo (MT). Ali era o último ponto de asfalto antes de enfrentar as estradas da floresta Amazônica, até encontrar um repórter da Agência Folha já na região. Para seguir para a fazenda Jarinã, base de apoio montada pela Aeronáutica, tinha de enfrentar horas de estrada de terra, no meio da mata. Separei-me dos outros dois repórteres da Folha, que seguiram para a base militar na serra do Cachimbo. A segunda equipe tinha a missão de levantar a história de um avião particular da marca Legacy envolvido no acidente, pousado na base militar. Desejei boa sorte aos camaradas e procurei o caminho para chegar ao local da queda do avião de linha.

O vôo e a viagem de carro haviam consumido grande parte do sábado. Cheguei ao hotel para encontrar o repórter quando já começava a escurecer. Sentado na porta, estava ele, uma figura de mais de 1,90 m, forte, entre 40 e 50 anos, com um nariz de boxeador. Chamava-se José Maschio, o Ganchão. Conversei com ele e avisei que queria seguir direto para a fazenda onde a Aeronáutica havia montado a base de operação das equipes de resgate. Ganchão olhou para o carro de passeio que o jornal havia reservado para mim e riu. O carrinho podia ser valente no asfalto, mas, para Ganchão, não dava para enfrentar a floresta Amazônica. Não tinha escolha e era naquele carro de mil cilindradas que tínhamos que enfrentar a mata. Não havia outro jeito, então partimos.

Foram seis horas de buracos e lama. E de janela aberta, porque Maschio fumava como um "caipora". Descobri que o apelido de Ganchão vinha da adolescência dele, como zagueiro de um time do Paraná; que era um pequeno agricultor; que nas horas livres do jornal fabricava a própria lingüiça de porco; e que sentia uma afinidade anarquista com os movimentos de esquerda, principalmente o MST (Movimento dos Sem Terra). Nossa conversa acabou desmanchando aquela cara de poucos amigos do correspondente.

Chegamos na madrugada e aguardamos o sol nascer no campo de apoio da Aeronáutica, na fazenda Jarinã. A rotina rural foi totalmente modificada com os militares que usavam o galpão como dormitório e o campo de futebol como ponto de pouso dos helicópteros. A correria de soldados e o vaivém das aeronaves enchiam os olhos dos moleques e espantavam as vacas de um pasto próximo.

As primeiras notícias naquela manhã eram a inexistência de sobreviventes, a confirmação do choque entre os dois aviões, com o detalhe apavorante de que o avião da Gol havia se partido na colisão e lançado muitos passageiros no ar. A notícia boa era de que o outro jato havia pousado em segurança na base militar da serra do Cachimbo, com apenas parte da asa danificada. As causas teriam sido, primeiro, as torres de controle em terra autorizarem os dois aviões a ficar na mesma altitude e, depois, o fato de uma falha no sistema anticolisão (transponder) não ter alertado os pilotos.

A primeira equipe de resgate voltou no domingo para a base de operações na fazenda Jarinã, após localizar os corpos de um homem e de uma mulher. Os militares encontraram os dois passageiros muito distantes um do outro. Os corpos estavam nus e "enterrados" mais de meio metro no solo devido à queda. Os soldados desceram de pára-quedas na área do acidente, ainda no sábado, e dormiram no meio da mata. Como as partes do avião estavam espalhadas, o raio de ação do resgate seria maior, e seriam necessários mais homens. Os pedaços do avião passaram pela copa das árvores sem danificá-las e sem abrir uma clareira. O local estava na reserva indígena Capoto-Jarinã e os índios de lá tinham a fama de bater nos invasores. Desenhava-se uma cobertura longa e muito difícil.

Precisava fotografar a área da queda o mais rápido possível. Pode parecer um pensamento frio, mas fazer uma imagem do local do acidente era de interesse público, mostraria as condições de trabalho das equipes de resgate e deixaria mais transparente a ação das autoridades. Comecei a procurar uma caminhonete que me levasse ao local da queda, mas não havia transporte apropriado para a região. Nem mateiro-guia que conhecesse o caminho. Minha cabeça rodava à procura de uma solução que evitasse minha prisão, ou uma surra dos índios.

Mas ruim só é pouco até o pior chegar. Um fotógrafo de um jornal concorrente conseguiu uma picape com tração nas quatro rodas e dois mateiros-guia da região para conduzi-lo da fazenda até o local do acidente. Quando vi aquilo, fui falar com ele para ver se podia rachar o custo da viagem e ir com a excursão pela mata. Com um ar blasé, ele disse que não daria a carona porque o jornal para que ele trabalhava pagaria tudo e portanto não poderia me levar. O concorrente foi mais rápido e contratou alguém da fazenda para levá-lo pela mata."Comi mosca", pensei; "vou tomar um furo."

Tinha de conseguir uma maneira de chegar ao local da queda. Enquanto a solução do meu problema não vinha, comecei a fazer fotos da movimentação da equipe de resgate, para ter algo para transmitir à Folha. Sem nenhum plano genial em mente, sentei à mesa do refeitório da fazenda e comecei a escanear as fotos no meu laptop. Eis que uma mão bate no meu ombro e me tira a concentração. O mesmo fotógrafo concorrente, que havia negado a carona, pedia-me para eu levar o cartão de memória com as fotos feitas por ele sobre a movimentação das equipes de resgate até a cidade de Peixoto de Azevedo. Não seria problema para mim, porque era nessa cidade o meu ponto de transmissão das matérias; o favor seria entregar o cartão de memória com as fotos para o repórter do jornal concorrente e pedir que ele as enviasse.

Quando ele me negou a carona, entendi perfeitamente. Só não entendi se, agora, com aquela conversa, ele era ingênuo ou se debochava da minha inteligência. Respondi rápido que não podia levar as fotos dele porque era a Folha que pagava o meu salário, o aluguel e a gasolina do carro. Ele ficou pasmo, deu meia-volta, foi em direção à mata e nunca mais falou comigo. O concorrente e os dois mateiros se perderam na selva e tiveram que voltar para a fazenda Jarinã dois dias depois, sem ter conseguido alcançar o local da queda do avião.

No meio da manhã, chegou um grupo de índios para ajudar na busca. Liderados pelo cacique Megaron Txucarramãe, chegaram armados de enxadas, facões, com duas caminhonetes com tração nas quatro rodas e barcos. Megaron abria um sorriso falhado para os militares, ao afirmar que alguns de seus guerreiros já haviam chegado ao local. A informação que ele trazia era de que havia vários corpos no meio das árvores. Não tive dúvida, tentei convencer o cacique a me levar com o grupo. Depois de uma breve conversa, Megaron me autorizou a segui-los mata adentro. Juntei dois litros de água, comida e segui o comboio de duas caminhonetes com o meu carro de passeio.

Os índios não tinham pressa, ou pelo menos não tinham a afobação de quem precisava fechar uma edição de jornal. Pararam no meio do caminho para comer banana, colher goiaba e beber água. Iam sintonizados com o ritmo da floresta. Após quarenta minutos com os índios, tínhamos avançado um pouco mais de 10 km de estrada de terra. Na entrada de uma picada, o chefe do grupo me avisou que, a partir daquele ponto, eu teria que ir a pé. Quando estava pronto para me enveredar na mata, um agente da polícia militar da região passou pelo meu carro e me entregou um recado de um colega repórter da CBN, preocupado comigo. O aviso do amigo jornalista era pra eu voltar, porque a Força Aérea iria autorizar um helicóptero a sobrevoar o local do acidente. Mudou tudo. Agradeci Megarom e fui para a fazenda Jarinã. Cheguei em 15 minutos ao local de onde sairia o vôo, mas tive que esperar o horário da decolagem. Só depois descobri que Megaron levou uma semana de caminhada na mata para chegar perto dos destroços.

A autorização para voar até o local tinha restrições que demonstravam a preocupação dos militares em não comprometer a operação de resgate dos corpos, evitar que o local fosse invadido por curiosos e não deixar a imprensa captar imagens grotescas. O helicóptero que me levaria ao local seria um dos últimos do dia, o mesmo usado para a troca de times de resgate (para evitar o desperdício de um vôo só para a imprensa) e teria limite de carga. O ponto de pouso seria uma das duas clareiras abertas pelos militares, no braço, no meio do mato, perto de duas grandes partes do avião da Gol - o ponto de partida para entrar na mata e receber suprimentos.

O tempo passava e nada de vôo. O dia perdia a luz do sol e nada. O comandante da missão de resgate avisou que havia limite de passageiros, porque a nossa oportunidade de sobrevoar a área seria na carona da troca de equipes de resgates, e era necessário sortear entre os repórteres. Ninguém queria ficar para trás. Tive sorte e embarquei. O helicóptero decolou às 17h para uma das clareiras, mas tinha me comprometido, como todos os outros jornalistas, a não sair da aeronave no momento em que ela tocasse o solo. Tinha de me sintonizar com o ritmo do resgate.

Finalmente decolamos. O helicóptero voava com as duas portas fechadas e o espaço era dividido com uma equipe de militares que substituiria a que estava em terra. Sentado numa cadeira e amarrado pela cintura a um cabo de aço, eu esperava chegar ao local para que as portas fossem abertas para fotografar. O barulho do motor e da lataria era ensurdecedor e apavorante. Depois de cerca de 40 minutos sobre mata fechada, sobrevoamos o local do acidente e as portas foram abertas. O vento forte forçava os meus óculos de grau contra o rosto, a ponto de eu não poder tirar a câmera fotográfica da minha frente, para não perdê-los. Estávamos nos aproximando de pequenos pontos brancos misturados ao tapete verde da floresta. Aquilo que pareciam cascas de ovos eram pedaços do avião acidentado. Uma fileira de cadeiras de passageiros pendia no topo de uma árvore da altura de um prédio e a parte da asa do avião onde fica o trem de pouso repousava no solo. Enchi o meu cartão de um gigabyte de memória em poucos segundos. Abasteci a máquina com um novo cartão de um gigabyte para registrar o pouso na clareira e a troca do time de resgate.

O acordo imposto pelos militares era de que quando o helicóptero pousasse no local do acidente para trocar as equipes de resgates, nenhum jornalista poderia descer - não só por conta do risco da operação, mas porque era necessário preservar o local para a perícia. O helicóptero começou a descer em uma clareira feita sob medida, onde a cauda dele ficava a poucos metros de árvores maiores do que prédios de seis andares. A precisão era essencial para garantir a segurança de todos. O suor escorria pelo meu rosto e embaçava as lentes dos meus óculos Os soldados prontos para desembarcar estavam com feições duras, suados. Cheirava a óleo diesel. Tocamos o solo. O grupo que viajou conosco correu abaixado para não ser pego pela hélice e cruzou com a outra equipe no meio do caminho. Os soldados que voltavam traziam o rosto carregado. Tive só alguns minutos para transformar a operação em imagem jornalística. Tudo aconteceu muito rápido - e decolamos.

A volta parecia ser mais longa. Chegamos à base de operações na fazenda perto das 19h. Tinha que me apressar para mandar as fotos antes do fechamento e antes dos outros fotógrafos. Era uma corrida contra o relógio. Precisava voltar para a cidade de Peixoto de Azevedo, a seis horas da base de operações. Fiz contato com o jornal pelo rádio da fazenda para confirmar o horário do fechamento da Folha naquele domingo. Como havia o primeiro turno das eleições gerais naquele dia, o jornal só fecharia após o resultado da apuração das urnas. Eu tinha até as 23h para mandar a foto. Durante o vôo de helicóptero, Ganchão havia conseguido uma carona na fazenda e se mandou para transmitir a matéria. Precisava me virar para mandar as fotos. Na fazenda mesmo, tratei meu material e o deixei pronto para transmissão. Precisava de uma linha telefônica. Começou a chover. O ritmo do fechamento do jornal era a única coisa que me preocupava.

A estrada de terra virou lama. O farol do carro de mil cilindradas não rompia o breu da floresta. O barro escorregadio teimava em me forçar para cima das árvores. Meu braço doía por conta da luta que travava para me manter no caminho. O carro começou a puxar com muita força para o lado direito e parecia estar mais lento e difícil de controlar. Tinha furado um pneu. Encostei e comecei o processo para a troca. Levantei o carro com o macaco, arranquei o pneu, mas antes mesmo de colocar o estepe no lugar do pneu avariado, o chão encharcado e enlameado engoliu o macaco. Joguei os tapetes do carro no chão para usar como apoio do macaco, que mais uma vez afundou. Fui para o meio da mata para arranjar um pedaço de madeira para usar e, mesmo com tantas árvores ao meu redor, não consegui algo que servisse de apoio. Faltavam duas horas para o fechamento e eu ainda estava a pouco mais do meio do caminho. O desespero me fez começar a usar tudo que tinha dentro do carro para fazer a base do macaco mecânico. Finalmente tive a idéia de usar o pneu furado, que consegui tirar do eixo do carro antes de o macaco afundar. Funcionou. Mais 20 minutos de esforço e continuei a viagem. Não dava tempo para chegar a Peixoto de Azevedo e precisava arranjar um telefone para conectar o computador.

Parei num posto de gasolina de povoado. Abasteci o carro e pedi para usar o telefone. O frentista me deixou usar o aparelho após uma conversa que me custou mais que a gasolina. Mas o telefone era via rádio e não funcionava para conexão de computador. Segundo o frentista, havia uma casa do outro lado da pista, com um telefone fixo; era a residência de uma vereadora de Peixoto de Azevedo, moradora da região. Eu estava todo sujo de barro, com o meu equipamento pendurado no pescoço e o computador no ombro. Bati na porta da vereadora. Ela me recebeu com um sorriso, autorizou o uso do telefone e pude conectar meu computador para mandar as fotos. Passava da meia-noite, mas todas as minhas fotos estavam na Redação em São Paulo. Precisava agora enfrentar outras duras horas até chegar à cidade.

A noite foi curta. Com o primeiro raio de sol, já tinha que voltar para a base da Aeronáutica. O carro que alugara estava detonado e a concorrência tinha alugado todas as caminhonetes da cidade. Como voltaria para a base? A resposta veio com o repórter Ganchão, que havia chegado antes de mim na cidade e conseguido uma caminhonete cabine única, mas de carroceria fechada. Era o carro de uma empresa funerária chamada Santa Clara e tinha a parte traseira coberta para o transporte de caixões. A cabine do carro ficou pequena com o volume do motorista e o tamanho do Ganchão. E como eles fumavam! Não tive dúvida: arranjei um colchão e um travesseiro e pulei para a carroceria da caminhonete.

No caminho, cada vez que o rabecão Santa Clara parava, os curiosos corriam para ver se transportava um corpo do acidente. Às vezes, eles se assustavam comigo deitado ou, os mais engraçadinhos, soltavam "corre que esse já está fedendo". Entre paradas para esticar as pernas e para abastecer, levamos apenas cinco horas na viagem. Conseguimos chegar à fazenda Jarinã para mais um dia de cobertura às 10h.

A estrutura para a operação de resgate impressionava pelo profissionalismo e pela dedicação de todos os envolvidos. O Instituto Médico Legal de Brasília montara uma zona de identificação dos corpos perto do ponto de decolagem e pouso. A Força Aérea usava cinco helicópteros, um avião radar, um avião de carga de transporte de equipamentos e uma UTI aérea; havia cerca de 180 soldados envolvidos diretamente. A busca pelos corpos foi ampliada para 20 km2 do local em torno do possível ponto inicial da queda.

As equipes de resgate saíam da fazenda Jarinã de helicóptero e desciam por corda no meio da mata. Depois, o grupo caminhava em linha, ombro a ombro, para passar "um pente fino" em cada ponto. Ao localizar um corpo, ele era preparado para ser içado por helicóptero, transportado para a fazenda e guardado em caminhão frigorífico, para ser identificado pelos peritos do IML. Naquela manhã, haviam resgatado algumas dezenas de corpos e já havia começado o processo de coleta das impressões digitais. A distância passava de mil metros, mas dava para fotografar o trabalho dos legistas - não sem ser afetado pelo cheiro dos corpos. Minha maior preocupação era não mostrar nada que identificasse os passageiros.

Os dias passavam. Minha rotina começava às cinco da manhã com a viagem de cinco horas dentro de um rabecão da cidade até a base da Aeronáutica. Fotografava o que podia até as duas da tarde e enfrentava mais horas de volta dentro da carroceria. As fotos se repetiam. O texto tornava-se mais burocrático com a contabilidade dos corpos resgatados e pequenos detalhes do resgate, como uns passageiros que previram a tragédia e guardaram o documento de identidade dentro da cueca ou cruzaram os dedos antes da queda.

O interesse do jornal passou a ter mais foco nas causas do acidente. A minha função no meio da mata perdia força e duas semanas após chegar à selva amazônica, fui avisado de que devia voltar para Brasília. A cobertura me fez perder quatro quilos. Tinha dormido em média quatro horas por noite, mas o que me marcou mais foi o cheiro, que não saía da roupa mesmo depois de lavada e parecia me seguir mesmo a centenas de quilômetros do local. Para voltar pra casa, tive que dirigir de Peixoto de Azevedo até a cidade de Sinop e pegar um avião para Campo Grande (MS). Deveria dormir naquela capital porque o último vôo para Brasília saía 20 minutos depois da minha chegada. Estava exausto, sentia um vazio no peito e tinha muitas saudades da minha família. Para minha sorte, assim que desembarquei caiu uma tempestade forte, que provocou falta de luz no aeroporto - onde não havia gerador de emergência. Com o fim da energia, o último vôo para Brasília atrasou mais de uma hora e meia, que foi o tempo certo para embarcar. O pensamento que martelava a minha cabeça era de que o mais importante dessa viagem, afinal, foi conseguir voltar para casa em segurança.

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"Caçadores de Luz - Histórias de Fotojornalismo"
Autores: Sérgio Marques, Lula Marques e Alan Marques
Editora: Publifolha
Páginas: 240
Quanto: R$ 37,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha.

Falha em sistema da Gol provoca atrasos em 247 vôos

Aeroportos do país registraram atrasos neste sábado (20).

TAM registrou 181 atrasos.


A companhia aérea Gol informou, em nota à imprensa, que uma falha em seu sistema automático de controle de despachos provocou atrasos em vôos em sua malha aérea neste sábado (20). De acordo com a nota, o problema já foi solucionado e a empresa precisará de algumas horas para regularizar a situação.

De acordo com a Agência Brasil, a Gol registrou o maior número de atrasos, 247, seguida da TAM, com 181. A nova empresa aérea, Azul, registrou ao longo do dia dois atrasos dos nove vôos previstos. A Ocean Air atrasou 11, a Varig, 38, e a Webjet, 12.

Fonte: G1 (23h01)