terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ampliação de Congonhas deve custar R$ 400 milhões em desapropriações

O ministro Nelson Jobim (Defesa) se reuniu na tarde desta segunda-feira (03) com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito da cidade, Gilberto Kassab (DEM), para discutir projetos relacionados aos principais aeroportos do Estado e a construção de mais um terminal de grande porte.

Entre os projetos discutidos na reunião está o que trata da ampliação do aeroporto de Congonhas, com ampliação da pista no sentido Jabaquara (zona sul), numa extensão de aproximadamente 1.100 metros. Segundo o prefeito Gilberto Kassab, a obra deverá ter um custo aproximado de cerca de R$ 400 milhões com desapropriações.

O prefeito não definiu data para o projeto, mas afirmou que a Prefeitura não deve encontrar resistência para as desapropriações porque a maioria dos moradores quer se mudar da região por questões de segurança. "A região está a favor do projeto, 80% da população está disposta a sair de lá", disse.

A ampliação da pista, no entanto, não deve implicar aumento da capacidade de vôos em Congonhas, mas deverá ser feita simplesmente por questões de segurança, segundo Jobim. "Congonhas está no limite", afirmou o ministro.

Os projetos voltados à ampliação do número de vôos devem ser direcionados para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (93 km de São Paulo), de acordo com José Serra. "Viracopos pode aumentar em até 30 vezes sua capacidade", disse o governador.

Segundo o ministro Nelson Jobim, o aeroporto deve ser privatizado e a concorrência pública está prevista para ser realizada no primeiro semestre do próximo ano. Viracopos também deve ganhar uma interligação direta com o Anel Viário e ser o ponto de partida do trem-bala para o Rio de Janeiro.

Na reunião também foi discutida a construção de um quarto aeroporto de grande porte no Estado. A cidade onde ele será construído, no entanto, ainda não foi definida.

Ligação por trilhos

Para facilitar o acesso aos dois principais aeroportos da Grande São Paulo, a principal idéia é criar uma conexão direta por trilhos até Cumbica e Congonhas. Segundo José Serra, no próximo mês o governo estadual deve lançar a licitação para a construção do chamado Expresso Aeroporto, um serviço de trem que vai ligar o centro da capital ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

"E ao mesmo tempo temos o plano de fazer um metrô leve, um veículo leve de transportes, da estação São Judas do metrô até Congonhas", disse o governador.

Já para o aeroporto do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, utilizado para operação de aeronaves de pequeno porte, a Prefeitura de São Paulo pretende adquirir uma parte da área que não é utilizada como aeroporto. A idéia, segundo Serra, é criar um parque e um centro de convenções no local.

Fonte: Folha Online

Indústria aeronáutica chinesa mostra as garras com primeira venda de avião regional

A ambiciosa indústria aeronáutica chinesa mostrou suas garras nesta terça-feira ao anunciar que conseguiu vender seu primeiro avião regional comercial, em um setor no qual concorre com a brasileira Embraer e a canadense Bombardier.

A empresa norte-americana GECAS, filial de aluguel de aviões do conglomerado GE, assinou um pedido firme de cinco exemplares do primeiro avião regional comercial chinês, com opção de compra de outras 20 aeronaves, anunciaram nesta terça-feira ambas as empresas.

Os cinco aviões ARJ21 serão entregues em 2013 à GECAS pela companhia chinesa CACC (Commercial Aircraft Corporation of China), segundo a mesma fonte.

As companhias não confirmaram o valor do contrato, que segundo a imprensa chinesa chegaria a 735 milhões de dólares.

O contrato foi assinado durante o salão aeronáutico de Zhuhai, no sul da China, que foi inaugurado nesta terça-feira e terminará no domingo.

O ARJ21, o "avião regional avançado para o século 21", que possui entre 70 e 90 assentos, é o primeiro projeto, lançado em 2003, de um programa que pretende dotar a China de sua própria indústria aeronáutica.

A China tem também o objetivo de construir um avião de mais de 150 assentos até 2020, que poderá competir com a européia Airbus e a norte-americana Boeing, duas companhias que dividem o mercado aeronáutico chinês da aviação civil, que há anos experimenta um forte crescimento.

A demanda chinesa de aviões civis, que poderá representar 10% da demanda mundial, representará 390 bilhões de dólares em 20 anos, segundo estimativas da Boeing.

Fonte: France Presse

Anac: índice de atrasos de vôos aumenta em outubro

Aumentou no mês passado o registro de atrasos nos 67 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Balanço divulgado hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aponta que o índice de aeronaves que decolaram pelo menos 30 minutos fora do horário previsto atingiu 12,5%, contra 10,5% do mês anterior. O total de cancelamentos bateu em 3,2%, ante 3,0% de setembro. Os dados referem-se às operações das empresas TAM, Gol, Varig, OceanAir e Webjet, que juntas dominam 98% do mercado doméstico.

A Varig respondeu pela maior fatia tanto de atrasos quanto de cancelamentos, com 15,3% e 4,5%, respectivamente. A OceanAir aparece em segundo lugar na lista de atrasos, com 15,1%, e no quarto na de cancelamentos, 2,8%. A Webjet ocupa o terceiro posto de atrasos (14,1%) e o segundo de cancelamentos (4,4%). A TAM registrou os índices de 10% para atrasos e de 2,2% para cancelamentos. A Gol apresentou o índice de 13,4% para vôos atrasados e de 3,2% para cancelados.

Fonte: Agência Estado

Teste de DNA confirma que ossos são de Steve Fossett

Milionário desapareceu em 3 de setembro de 2007.

Ossos foram encontrados perto de avião que era de Fossett.


Foto de arquivo mostra aventureiro Steve Fossett

Os ossos que foram encontrados por investigadores da Califórnia perto dos destroços do avião do aventureiro são mesmo do milionário Steve Fossett, segundo exames de DNA divulgados nesta segunda-feira (3).

O anúncio foi feito pelo xerife da região da Califónia. Segundo a porta-voz do xerife, os ossos foram descobertos na última quarta-feira.

Fossett - um milionário que bateu dezenas de recordes mundiais em barcos, planadores e balões - desapareceu em 3 de setembro de 2007 depois de ter decolado de um aeroporto de Yerington, em Nevada.

O desaparecimento desconcertou as equipes de socorro, que só encontraram rastros do aventureiro mais de um ano depois, em 2 de outubro deste ano, quando um montanhista localizou na zona das montanhas de Serra Nevada documentos de identidade com o nome de Fossett.

Fonte: G1 - Foto: Charlie Riedel (AP)

Professores conhecem experimentos que irão ao espaço em satélite brasileiro

Cerca de 50 professores participantes da Jornada Espacial tiveram acesso nesta terça-feira (04) ao Projeto Educacional em Microgravidade, desenvolvido pela Secretaria de Educação de São José dos Campos (SP). Eles orientaram os alunos vencedores da 11ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Este ano, perto de 500 mil estudantes de todo o País participaram das provas.

O Projeto Educacional em Microgravidade é desenvolvido por mais de 400 alunos de São José dos Campos, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT). Os estudantes estão desenvolvendo três experimentos didáticos que estarão a bordo do foguete brasileiro VSB-30, programado para ser lançado em maio de 2009. O Projeto foi selecionado em 2007, pelo terceiro Anúncio de Oportunidade do Programa Microgravidade, desenvolvido pela AEB.

Os três experimentos de Física são: Sistema de Corda, Sistema de Mola e Interação entre as Forças Magnética e Gravitacional. Segundo a professora Elisa Saeta, coordenadora do projeto, são idéias simples, mas que ajudarão os alunos a apreenderem os conceitos.

"O primeiro experimento é um peso preso a uma corda que, no período de microgravidade, perderá peso. Já a mola, também será presa a um peso, mas perderá a tensão quando passar pelo ambiente de microgravidade. O último experimento é mais complexo. São três imãs, colocados de forma que haja repulsão entre eles. Com a gravidade, o imã 1 e 2 apresentam uma distância maior que o 2 e 3. Durante o experimento, essa distância deve se igualar", explica Elisa Saeta.

Os experimentos serão filmados, e os dados, enviados à Terra por telemetria. Todos os alunos participantes do projeto são de quatro escolas municipais de Ensino Fundamental e estão cursando entre o 6º e 9º períodos.

Para Ivette Rodrigues, gerente do Programa AEB Escola, um dos apoiadores do projeto, é muito importante essa experiência de participar de um estudo de fato, ao invés de apenas simular os conceitos por meio de aulas teóricas.

"Nesse projeto pode-se vivenciar concretamente as diferentes etapas de uma pesquisa, como o planejamento, a observação e o registro, contribuindo, assim, para instituir a prática da pesquisa no ambiente escolar", conclui a gerente do Programa AEB Escola.

Fonte: Convergência Digital

Inpe encerra sua participação no suporte à missão do satélite indiano Chandrayaan-1

O Centro de Rastreio e Controle de Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) encerrou sua participação no suporte operacional à missão do satélite indiano Chandrayaan-1, prestado durante a Fase de Lançamento e Órbitas Iniciais (LEOP, na sigla em inglês) da missão à Lua.

Com a realização da última manobra de órbita em relação à Terra, nesta terça-feira (4/11), a sonda indiana Chandrayaan-1 iniciou sua trajetória de transferência lunar a aproximadamente 375 mil quilômetros do nosso planeta.

O Inpe executou com sucesso todas as operações solicitadas pela Agência Espacial Indiana (Isro, na sigla em inglês). O suporte incluiu recepção de dados de telemetria, envio de telecomandos e execução de medidas de distância e de velocidade.

As estações de recepção de dados de satélites do Inpe, localizadas em Cuiabá (MT) e Alcântara (MA), fizeram parte de uma rede mundial de estações terrenas que acompanharam a sonda Chandrayaan-1 desde o seu lançamento, no dia 22 de outubro do Centro Espacial de Sriharikota, na Índia, até o momento de entrada na órbita da Lua. A operação em órbita lunar cabe apenas à Isro, que pretende com a sonda inspecionar a superfície da Lua durante dois anos.

Imagem da Terra

Uma imagem da Terra, obtida pela Câmera de Mapeamento do Terreno (TMC, na sigla em inglês), a bordo da sonda Chandrayaan-1, foi obtida no dia 29 de outubro e mostra a costa norte da Austrália.

Primeira imagem da Terra obtida com a sonda Chandrayaan-1

Fonte: MundoGeo.com.br

Agências espaciais de Rússia e França participam no projeto do satélite geoestacionário brasileiro

As agências espaciais russa e francesa estão ajudando o Brasil a desenvolver o projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). A cooperação tem caráter de consultoria e não prevê a compra pelo Brasil de tecnologia de nenhum dos parceiros.

O Brasil já teve um satélite geoestacionário, utilizado para telecomunicações e fabricado fora do país, mas perdeu o controle sobre ele depois da venda da Embratel. Hoje, o país depende do aluguel de satélites, inclusive para as comunicações militares.

Em uma reunião, marcada para dezembro, devem ser definidas quais missões serão cumpridas pelo satélite. Entre as prioridades estão a comunicação militar e o controle do tráfego aéreo.

A expectativa é que o projeto esteja pronto até junho de 2009. Um estudo preliminar apontou custo total aproximado de R$ 600 milhões.

Fonte: Folha de S.Paulo

Embraer avalia possível desenvolvimento de jato maior

A Embraer pode desenvolver nos próximos anos um avião maior que ficaria entre os segmentos atendidos por ela atualmente e pelas gigantes Boeing e Airbus. No momento, a fabricante brasileira avalia o mercado e entende que no futuro poderá fazer o jato "com ou sem parceiros", afirmou o vice-presidente de finanças da empresa nesta terça-feira.

"No futuro, certamente, teremos que ter algumas definições. Desenvolver um avião maior talvez sim, sozinhos ou em conjunto, é uma coisa a ser definida", disse Antonio Luiz Pizarro Manso, em teleconferência sobre os resultados de terceiro trimestre da companhia. Para mais informações sobre o balanço, clique .

"A gente entende que o mercado hoje está sendo perfeitamente atendido pelos aviões atuais, o (Boeing) 737, o (Airbus) A320. Nesse momento, nossa estratégia é aguardar, inclusive um dos pontos para qualquer definição futura é o problema do motor, o motor até hoje não é claramente definido qual o melhor motor a ser aplicado", disse o executivo sem dar mais detalhes.

O executivo respondeu a perguntas sobre comentários do presidente da Airbus, Thomas Enders, feitos na véspera sobre uma eventual parceria da companhia européia com a Embraer no desenvolvimento de novo modelo ou em serviços. Na ocasião, o executivo citou que sua empresa tem relação próxima com a Embraer e comentou que "quem sabe no futuro possamos desenvolver alguma coisa juntos".

"É muito importante entender que a Embraer e a EADS (grupo do qual a Airbus faz parte) têm uma parceria de 10 anos. Eles já foram acionistas da Embraer, depois a EADS se tornou nossa sócia em uma empresa em Portugal. Conversas a gente sempre tem, mas não há nenhuma definição específica agora", disse Pizarro. "Estamos avaliando o mercado. Não temos definição no curto prazo. Certamente, no futuro, pode ser, com ou sem parceiros", acrescentou o executivo brasileiro sobre eventual novo modelo.

Atualmente, o maior modelo de avião comercial da Embraer, o 195, tem capacidade para cerca de 120 passageiros e é voltado para companhias aéreas regionais. Enquanto isso, a menor família de aviões da Airbus é a A320, com aeronaves com capacidades entre 107 e 185 passageiros.

CRISE FINANCEIRA

A crise financeira internacional ainda não surtiu efeitos de cancelamentos de pedidos da Embraer, mas já provocou alguns adiamentos de entregas, disse Pizarro. Por conta da escassez de crédito a companhia avalia concessão de empréstimo-ponto e financiamentos de curto de prazo para apoiar pedidos de clientes.

"Estamos vendo que o mercado está realmente com processo de retenção de financiamento de alguns clientes e isso, certamente nos próximos três a oito meses nós teremos uma definição mais clara do que pode acontecer", afirmou.

Ele disse que os financiamentos não serão duradouros e sim empréstimos-ponte, de curto prazo, "até que o mercado se restabeleça".

"É uma possibilidade (a Embraer conceder financiamentos), sim, mas ainda não temos definição neste momento."

A companhia entregou no trimestre passado 48 jatos, um a mais que no mesmo período de 2007, e manteve previsão de entregas em 2008 de entre 195 e 200 aviões. A empresa realiza entre quarta e quinta-feira evento com investidores em sua fábrica onde pretende divulgar projeções para 2009.

Em comunicado separado, a Embraer divulgou previsão para o mercado chinês de aviação nos próximos 20 anos, no qual vê demanda para 875 novas aeronaves regionais, das quais 120 com capacidade para 30 a 60 assentos, 295 com 61 a 90 lugares e 460 de 91 a 120 assentos.

Fonte: Alberto Alerigi Jr. (Reuters/Brasil Online)

AirAsia X recebe primeiro Airbus A330-300

A AirAsia X, operadora de vôos de longa duração com baixas tarifas do Grupo AirAsia, recebeu sua primeira aeronave A330-300 em uma cerimônia especial na matriz da Airbus em Toulouse, na presença do Ministro de Transportes da Malásia, Dato'Ong Tee Keat.

Essa é a primeira das 25 aeronaves A330-300 encomendadas pela AirAsia X para uso em seus vôos de longa duração, que conectam Kuala Lumpur a destinos na Austrália, Norte da Ásia, Oriente Médio e Europa, complementando as rotas já operadas pela AirAsia.

Equipada com motores Trent 700 da Rolls Royce, a A330 da Airbus acomoda 383 passageiros em duas classes, sendo 355 assentos na classe econômica e 28 na nova classe Prêmio XL.

"A A330 é a aeronave perfeita para ajudar o Grupo AirAsia a levar seu modelo de baixas tarifas para o mercado de vôos de longa duração", disse Azran Osman Rani, presidente da AirAsia X. “Com seu baixíssimo consumo de combustível, a A330 é uma aeronave limpa e verde, que nos ajudará a reduzir os custos e expandir o mercado geral de viagens aéreas, atraindo um novo segmento de passageiros ao oferecer as melhores tarifas possíveis”, ressalta.

“A entrega da primeira A330 à AirAsia X significa mais um marco na forte parceria entre a Airbus e o Grupo AirAsia", disse Tom Enders, presidente e CEO da Airbus. “Ao combinar a satisfação comprovada dos passageiros com os menores custos operacionais entre as aeronaves de corpo largo em serviço atualmente, a A330 consegue um feito único: lançar um novo padrão em termos de viagens de longa duração com baixas tarifas", explica.

No total, o Grupo AirAsia encomendou 200 aeronaves da Airbus, sendo que 25 dessas são A330 para a AirAsia X e 175 são A320, de corredor único, para vôos de curta duração.

A aeronave A330 com motor duplo é uma das mais usadas aeronaves de corpo largo em operação atualmente. Até agora, mais de 1.000 aeronaves, em várias versões, já foram encomendadas à Airbus, sendo que 550 já foram entregues. O modelo é parte da frota de 70 companhias aéreas no mundo inteiro.

Fonte: Aviação Brasil

Unibanco indeniza TAM

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou a Unibanco AIG Seguros S/A a ressarcir a TAM Linhas Aéreas em R$ 12 mil, pagos pela empresa aérea a dois clientes a título de danos morais. A ação foi proposta por H. C. W. R., que representou também seu filho menor, H. M. A. W. Segundo o autor, a TAM Linhas Aéreas não atendeu à solicitação de atendimento especial feita por H. C. W. R. em duas viagens feitas a Chicago, nos Estados Unidos. O menor nasceu com má-formação congênita, e tem seqüelas motoras nos membros inferiores, dependendo de órteses para locomoção.

Em uma das viagens, em 2005, não havia ponte móvel para que o menor desembarcasse, o que obrigou seu pai a carregá-lo pela escada colocada à porta da aeronave, sob chuva, não sendo oferecida cadeira de rodas para o transporte. Na ocasião, H. C. caiu na escada, o que lhe causou angústia, humilhação e dor física, levando-o a requerer indenização por danos morais. A TAM Linhas Aéreas foi condenada ao pagamento de R$ 6 mil a cada um dos autores e requereu que a Unibanco AIG Seguros S/A a reembolsasse esse valor. Em 1ª Instância, o juiz considerou procedente que a seguradora ressarcisse a empresa aérea. A seguradora alegou que não poderia ser condenada a fazer o ressarcimento, por não ter sido contratado, no seguro, pela TAM, o risco específico de dano moral.

Os desembargadores da 17ª Câmara Cível do TJMG entenderam que o ressarcimento era devido, porque o contrato de seguro não excluiu expressamente a cobertura por danos morais. Para Átila Nunes, do serviço Em Defesa do Consumidor . com .br , o desembargador Lucas Pereira está correto, já que "a análise dos autos permitiu constatar que estava prevista a cobertura acerca da responsabilidade civil do segurado pelos danos materiais e corporais, englobando estes a angústia mental, medo, choque e, por conseguinte, os danos morais".

Fonte: A Notícia (TO)

Aviação sob suspeita

Formação de conluio Ministério Público Federal apura se TAM e Gol fizeram acordo para dividir linhas em Ribeirão e outras cidades

As operações de vôo no aeroporto Leite Lopes da companhia TAM e da Gol serão investigadas pelo Ministério Público Federal em Caxias do Sul (RS). Um inquérito civil público, instaurado no fim do mês de outubro, vai apurar se as duas empresas fizeram conluio para dividir o mercado local. No mês de março, quase simultaneamente, a companhia aérea Gol deixou de operar em Ribeirão Preto e em São José do Rio Preto, enquanto a TAM deixou de operar em Londrina (PR) e na cidade de Caxias do Sul (RS).

O inquérito vai analisar as datas de início e término das operações das duas companhias, nas quatro cidades, além do destino e horário dos vôos de 2006 até agora. Foi também solicitado às empresas dados sobre o número de assentos disponíveis nesse período, taxa de ocupação real das aeronaves e relatório completo do preço das passagens. A partir da data de notificação, as empresas têm 15 dias para fornecer as informações solicitadas pelo MPF.

Em nota, a Gol disse que não foi oficialmente notificada e, por enquanto, não vai se manifestar. A assessoria da TAM informou que, em maio desse ano, enviou resposta ao ofício do Ministério Público Federal de Caxias do Sul que pedia esclarecimentos sobre as razões que motivaram a suspensão dos vôos entre Caxias do Sul (RS) e São Paulo (SP). No momento, a TAM diz aguardar a manifestação da Procuradoria sobre as explicações prestadas. A empresa alega que “promoveu uma alteração em sua malha no sul do país, adequando sua estratégia de negócios na região”.

De acordo com a assessoria do promotor de Caxias do Sul, Fabiano de Moraes, após ter todos os relatórios, serão avaliados quais os próximos procedimentos da investigação.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o órgão não pode influenciar a concorrência de mercado e não fiscaliza esse tipo de operação. Em nota, a Anac disse que somente estuda a viabilidade da empresa cumprir determinada rota.

Passageiros são 3% a mais

Atualmente, a TAM opera quatro vôos diários e dois de segunda a sábado em Ribeirão Preto —todos com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A Passaredo Linhas Aéreas tem hoje 32 vôos diários que partem do Leite Lopes, sendo que seis destes são para o aeroporto de Guarulhos, também em São Paulo. De acordo com a empresa, 65% do movimento dos passageiros nos vôos da empresa estão relacionados ao agronegócio.

De acordo com dados do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), o número de passageiros em Ribeirão teve um crescimento de 3% de janeiro a setembro desse ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Cerca de 10 mil pessoas a mais passaram pelo Aeroporto Leite Lopes. O número de pousos e decolagens também cresceu, passando de 20.839 para 24.574. A única queda foi no transporte de cargas, que apresentou uma queda de cerca de 46% —foi de 721,4 mil quilos em 2007 para 493 mil neste ano.

Fonte: Ligia Sotratti (Gazeta de Ribeirão)

Paquistão adverte EUA sobre conseqüências de bombardeios

O Paquistão advertiu nesta segunda-feira o general americano David Petraeus que os disparos de mísseis americanos contra redutos islamitas no noroeste do país podem desencadear uma onda de violência na região.

O alerta foi transmitido pelo ministro paquistanês da Defesa, Chaudhry Ahmad Mukhtar, ao general Petraeus, novo comandante de operações militares dos Estados Unidos no Afeganistão e Iraque, durante uma reunião em Rawalpindi, quartel-general do Exército paquistanês, perto de Islamabad.

- O Paquistão pediu aos Estados Unidos que respeitem sua soberania e integridade territorial, pois os freqüentes ataques com aviões sem piloto podem gerar sentimentos antiamericanos e criar uma onda de indignação e protestos - afirmou o ministério da Defesa em um comunicado.

O ministério paquistanês das Relações Exteriores convocou em 29 de outubro a embaixadora americana em Islamabad, Anne Paterson, para comunicar uma 'protesto enérgico' pelo disparo de mísseis nas zonas tribais de fronteira com o Afeganistão

Desde 13 de agosto, aviões sem piloto, provavelmente das forças americanas posicionadas no Afeganistão, executaram 18 bombardeios contra supostos redutos das milícias talibãs e de forças vinculadas à Al-Qaeda.

O Paquistão emitiu vários e infrutíferos protestos contra os ataques, que em muitos casos mataram civis.

Na última operação, no dia 31 de outubro nos distritos tribais do Waziristão do Sul e do Norte, 32 insurgentes morreram, segundo autoridades paquistanesas.

Fonte: AFP

Comissão da Câmara dos Deputados aprova certificação para aviões especiais

A Comissão de Viação e Transportes aprovou na quarta-feira (29) o Projeto de Lei 3495/08, do Executivo, que cria uma nova categoria de certi- ficação de aviões: o certificado de aeronavegabilidade especial. Esse certificado será concedido a aeronaves com características especiais para uso em missão policial de segurança pública, de defesa civil ou de fiscalização; a aviões em processo de homologação; aos destinados à pesquisa e ao desenvolvimento; e àqueles fabricados ou montados por construtor amador.

De acordo com o texto aprovado, a autoridade responsável pela emissão do certificado de aeronavegabilidade especial deverá considerar o nível de segurança compatível com o tipo de operação pretendida e indicar no certificado as operações permitidas, as restrições e as limitações aplicáveis.

Indústria aeronáutica

O relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), recomendou a aprovação da matéria por entender que o certificado especial inclui os casos em que o processo normal de certificação é inviável ou muito caro, a exemplo das aeronaves que precisam realizar vôos experimentais.

"Em vista da importância da matéria para o desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira, assim como para a atuação de entidades governamentais no campo da segurança pública, parece mais prudente deixar claro, já na lei, as hipóteses em que é cabível a emissão de certificado de aeronavegabilidade especial, e os cuidados e precauções que devem ser tomados para restringi-lo às situações em que se mostre verdadeiramente necessário", disse.

Atualmente, o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86) já exige certificados de marca experimental para as aeronaves em processo de homologação, as destinadas à pesquisa e as produzidas por amadores. Pelo projeto, esses aviões deverão obter esse certificado e também o de aeronavegabilidade especial.

Tramitação

O projeto tem regime de prioridade e ainda será analisado, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
- PL-3495/2008


Fonte: Oscar Telles - Newton Araújo Jr. (Agência Câmara)

Aeroporto dominicano é fechado por 2 horas por ameaça de bomba

As operações do aeroporto Las Américas, de Santo Domingo, ficaram paralisadas ontem (03) por mais de duas horas, após o recebimento de uma ligação telefônica anônima que afirmava que havia uma bomba em um dos aviões que estariam prontos para decolar, informaram hoje fontes da terminal.

"Recebemos uma ligação telefônica ao redor das 4h30 da tarde (18h30 em Brasília) de um desconhecido que afirmou sobre a colocação de uma bomba em um dos aviões", explicou à Agência Efe a porta-voz do aeroporto, Yolanda Mañán.

A funcionária explicou que o terminal deu o alerta imediatamente, suspendeu os vôos e solicitou o auxílio do Corpo Especializado de Segurança Aeroportuária (CESSA), organismo que passou a revistar "todo" o aeroporto.

"Os agentes do CESSA não encontraram nada comprometedor, após fazer uma revista exaustiva em todos os aviões, assim como na parte física do terminal e nos passageiros", acrescentou Mañán.

Fonte: EFE

Pilotos fazem os vôos de familiarização no RN

Na foto: CRUZEX - Militares checam os aviões e toda a estrutura necessária para participar da operação

A partir de hoje as diversas aeronaves participantes da 4ª Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex) estarão sobrevoando os céus do Rio Grande do Norte. Isso porque até amanhã prossegue o “momento 2” da fase de preparação do maior exercício de guerra aérea simulada da América do Sul, voltado especificamente para os chamados “vôos de familiarização”. Ontem, o dia na Base Aérea de Natal foi marcado pela montagem das últimas estruturas, a checagem dos aviões e a realização do “briefing”, reunião na qual todos os detalhes sobre a operação são repassados aos participantes.

Vinte repórteres e fotógrafos brasileiros e da Holanda, Inglaterra e Suíça percorreram durante a manhã de ontem os pátios onde estão as aeronaves, porém não houve registro de pousos e decolagens. A imprensa estrangeira ressaltou o fato de a atual edição da Cruzex apresentar um porte bem maior em relação à segunda, realizada há quatro anos, aqui mesmo em Natal.

Já estão na capital potiguar aviões como os A-37 “Dragonfly”, do Uruguai e os F-16 venezuelanos. Estes últimos chamam a atenção pela pintura diferenciada na calda, em comemoração aos 25 anos do esquadrão, cujo nome é “Dragones”. Os últimos a chegarem foram os chilenos, cujos seis aviões F-5 Tiger III pousaram no domingo, junto com um Boeing KC 707 Águila, que irá realizar o reabastecimento em vôo dos caças.

Considerados uma das estrelas da operação, os Mirages franceses chegaram a Natal ainda no sábado. A Força Aérea Brasileira conta também com essas aeronaves, dentre as mais de 50 que irão integrar o treinamento pela FAB. Já as estrangeiras somam cerca de 40. Participam ainda da Cruzex observadores das forças aéreas da Colômbia, Espanha, Peru, Estados Unidos e Paraguai. Ao todo, deve reunir 2.400 militares, dos quais 600 estrangeiros.

O treinamento prossegue até o dia 14 e os combates simulados terão início a partir do dia 7. Além de Natal, também há aeronaves baseadas em Fortaleza e Recife. A Cruzex simula um conflito entre o país Azul, que reúne as forças de coalização e cujos aviões permanecerão em Natal, e o Vermelho, que teria invadido um país vizinho e cujas aeronaves ficarão em Fortaleza. A base de Recife funcionará como ponto de apoio.

Os vôos não devem trazer transtornos aos natalenses e não haverá prejuízo ao trânsito aéreo dos aviões comerciais. Amanhã, em uma coletiva de imprensa, o comando da Cruzex dará mais detalhes sobre o exercício de guerra.

Argentina não participa de operação

A Operação Cruzeiro do Sul sofreu sua primeira baixa antes mesmo de os aviões saírem do solo. A Força Aérea Argentina não recebeu a permissão do Congresso local para enviar os cinco caças A4 e dois aviões de maior porte que integrariam as forças de coalização sediadas em Natal. Além disso, os argentinos também seriam responsáveis pela tecnologia de gerenciamento do exercício, utilizando um software próprio. O problema é que a permissão para que as forças armadas daquele país participassem de exercícios em outros países até outubro de 2009, que já havia sido dada pelos senadores, não foi aprovada pelos deputados argentinos até o final da última semana. Até a manhã de ontem, nenhum comunicado oficial havia sido divulgado pela coordenação da Cruzex, a respeito da ausência. O motivo do atraso teria sido a preocupação maior por parte da câmara na votação de assuntos internos. O Congresso só deverá se reunir para votações na próxima quinta-feira, já sem tempo para o envio dos militares ao RN.

Fonte: Tribuna do Norte (RN) - Foto: Rodrigo Sena

Gol completa modernização da frota internacional

A Gol finalizou o processo de modernização de sua frota para vôos internacionais para a América do Sul, operados com as marcas Gol e Varig, com a substituição dos Boeing 767 300 por modelos 737-800 Next Generation.

Nas rotas de médio percurso, a Companhia configurou internamente as aeronaves com uma nova classe, a Comfort, já em operação. A classe proporciona check-in e embarque prioritários, acesso a Salas VIP em aeroportos, bônus de 25% no acúmulo de milhas SMILES e 10kg de franquia adicional de bagagem, além de um serviço diferenciado a bordo.

"A modernização da frota garante à Companhia obter uma operação mais econômica e de alta performance, ao mesmo tempo em que oferece mais conforto aos passageiros, uma vez que nossos cientes terão à sua disposição aeronaves novas", diz Fernando Rockert de Magalhães, vice-presidente Técnico da Gol.

Fonte: Mercado e Eventos

Infraero promete reformar Galeão mesmo que aeroporto seja privatizado

Presidente da Infraero diz que prefere abertura de capital de aeroportos.

Cabral quer privatizar aeroporto, que já entrou em plano do governo federal.


O presidente da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, afirmou que a empresa vai fazer obras no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, independentemente da vontade do governador Sérgio Cabral em privatizar o aeroporto. O anúncio foi feito durante a assinatura da ordem de serviço para a realização das obras do terminal 2 do Galeão realizada nesta segunda-feira (3).

Gaudenzi contou, entretanto, não ser favorável à privatização de aeroportos, preferindo a abertura de capital. Gaudenzi ressaltou ainda que, de qualquer maneira, esta é uma decisão que não compete a ele.

Gaudenzi sugeriu o funcionamento da Infraero de forma semelhante à Petrobras, como uma alternativa à privatização, já que o governo tem liberdade para tomar decisões, mas o capital empregado é privado.

O presidente da Infaero assinou a ordem de serviço para a revitalizacão do Galeão. Sérgio Gaudenzi e o secretário de Transportes, Júlio Lopes, inauguram as obras no Terminal 2 do Galeão

O presidente da infraero afirmou que, caso o aeroporto venha a ser privatizado, seu cargo estaria à disposição, já que ele foi nomeado pelo governo, com apoio do ministério da justiça.

Representando o governo do estado, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, esteve presente no início das obras. Segundo ele, esta reforma, orçada em R$ 63 milhões, representa um quarto do que precisa ser feito no terminal. De acordo com a Infraero, os investimentos previstos até 2010 são da ordem de R$ 600 milhões.

Lopes defendeu que os modelos estatal e privado podem ser eficientes para a melhoria do aeroporto, mas, de acordo com ele, o governo entende que a privatização do Galeão responderia melhor aos anseios da sociedade.

Apesar do apoio do governo estadual à privatização e da entrada do aeroporto na lista do governo federal do Plano Nacional de Desestatização, o processo não é uma unanimidade. No fim de setembro, cerca de 400 funcionários da Infraero deram um abraço simbólico no Galeão, em protesto contra o projeto.

Obras serão concluídas em 2010

A previsão para a conclusão das obras no terminal 2 é fevereiro de 2010. Até lá, o custo da revitalização do aeroporto é de R$ 600 milhões (50% proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC) e 50% de recursos da Infraero.

Com a conclusão das obras, a expectativa é que haja um aumento de 20 milhões de passageiros por ano até 2014. O contrato assinado nesta segunda pretende contemplar o aeroporto com obras civis, instalações hidrossanitárias e sistema de combate a incêndio nas áreas desprovidas de acabamentos e em parte da área de operação.

Fonte: G1 - Foto: Lívia Torres (G1)

Preços de passagens aéreas têm forte alta em 2008

Economistas apontam falta de concorrência como motivo do aumento.

Na ponte aérea Rio-SP, em um ano o aumento foi de 189%.



Quem viaja de avião notou que os preços das passagens em 2008 foram para o espaço. Na ponte aérea Rio-São Paulo, em um ano o aumento foi de 189%, como mostra um levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Eu viajo sempre na ponte aérea Rio-São Paulo e cheguei a pagar até R$ 500 pela mesma companhia”, diz a executiva Yara Bastos.

A passagem ida-volta de São Paulo para Curitiba subiu 153%. “Antigamente a gente poderia vir até mais, mas agora não tem condições. Eu paguei R$ 799 de Curitiba a São Paulo e de São Paulo a Curitiba”, reclama uma passageira.

“Eu acho que está bastante alta. Podia ser bem mais barata”, comenta um senhor. “Você acaba sendo penalizado. Precisa de uma coisa simples, mas hoje paga muito caro”, diz outro passageiro.

Para justificar os reajustes, as empresas alegam gastos, principalmente com o querosene de aviação. O preço do combustível, que responde por 40% do custo, é influenciado pela cotação do barril de petróleo no mercado internacional.

“O petróleo está caindo. Estava R$ 120 e já está R$ 72. Cadê? Baixou o quê? Está aumentando a passagem, é um absurdo”, calcula um senhor. “Não justifica esse preço tão alto”, defende outro.

Não é preciso freqüentar o check-in de um aeroporto para saber que o mercado hoje está concentrado nas mãos de duas grandes companhias aéreas. Juntas, TAM e Gol têm 92% dos vôos nacionais. Economistas apontam essa falta de concorrência como o principal motivo para o aumento das passagens aéreas.

Mas para a criação de novas empresas, o Brasil também precisa fazer a lição de casa: melhorar a infra-estrutura nos aeroportos. Esta é a opinião do economista Sérgio Lazzarini. Agora, com a crise financeira, fica mais difícil.

“No Brasil, precisaríamos também expandir a estrutura aeroportuária. A gente precisaria de mais R$ 5 bilhões a mais do que foi previsto pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esses capitais deveriam vir de agentes privados, mas por falta de crédito acabou tendo problema nessa área”, afirma o economista Sérgio Lazzarini.

A TAM informou que, em 2008, o aumento médio nos preços de passagens de vôos domésticos deve ficar em 7% e que, ainda assim, essas tarifas em vigor estão abaixo das praticadas em 2006.

A Gol diz que não pode se pronunciar no momento, porque nos próximos dias divulga o resultado financeiro do terceiro trimestre e, por instrução da Comissão de Valores Mobiliários, não deve se manifestar nesse período.

Fontes: G1 / Bom Dia Brasil (TV Globo)

Câmbio leva Embraer a prejuízo de R$ 48 milhões no terceiro trimestre

Fabricante afirmou ter perdido R$ 177,8 milhões em derivativos.

No mesmo período do ano passado, empresa lucrou R$ 306 milhões.


A Embraer fechou o terceiro trimestre de 2008 com um prejuízo líquido de R$ 48,3 milhões, divulgou a empresa nesta terça-feira (4). No mesmo período do ano passado, obteve lucro líquido de R$ 306 milhões. Culpando a volatilidade cambial pelo resultado, a fabricante afirmou ter perdido R$ 177,8 milhões em operações com derivativos entre julho e setembro.

Com perdas de R$ 516,7 milhões sobre o valor de seus ativos e passivos por conta do câmbio, parcialmente compensadas pelo ganho de R$ 327,7 milhões em seus investimentos no exterior pelo mesmo motivo, a Embraer acumulou uma variação monetária e cambial total negativa em R$ 366,8 milhões entre julho e setembro. Isso levou a um prejuízo antes de impostos de R$ 127,9 milhões.

Na parte operacional, a empresa teve variações menores em seus resultados. A receita líquida no terceiro trimestre chegou R$ 2,63 bilhões, recuo de 3,29% ante o mesmo período de 2007. As despesas operacionais líquidas passaram de R$ 50,4 milhões no período entre julho e setembro do ano passado para R$ 310,5 milhões no mesmo intervalo deste calendário.

No total, foram entregues 48 aviões no trimestre, sendo 37 jatos comerciais, nove executivos e dois aviões para o segmento de governo e defesa, um a mais que no mesmo intervalo de 2007.

A carteira ficou em US$ 21,6 bilhões, sendo US$ 7 bilhões apenas na área de aviação executiva. A Embraer tinha 459 pedidos de jatos ainda não atendidos em seu portfólio ao fim de setembro deste ano.

Fonte: Valor OnLine

Presidente da Airbus planeja parceria com Embraer

Executivo considera desempenho da brasileira 'surpreendente'.

Enders irá conhecer a empresa de perto nesta terça.

O alemão Thomas Enders, principal executivo da Airbus, tem acompanhado à distância o crescimento da Embraer e considera o desempenho da companhia brasileira de jatos regionais " surpreendente " .Nesta terça-feira (4), Enders irá a São José dos Campos (SP) conhecer a empresa de perto. Lá, ele irá discutir o desenvolvimento de mercado, tecnologia de fabricação e talvez discutir como " fazer alguma coisa em conjunto " .

Enders não detalha se o que pretende é uma aliança da Airbus com a Embraer ou com os fornecedores da empresa brasileira. De qualquer forma, a aproximação faz parte da estratégia da Airbus de ampliar fronteiras e de reduzir um pouco o que Enders chama de " europeização " . Há pouco mais de um mês a empresa inaugurou uma fábrica na China, a primeira da fabricante européia fora da Europa. " Éramos a melhor da Europa e agora queremos ser a melhor do mundo " , afirma o executivo.

Enders diz estar admirado com o que foi feito pela Embraer nos últimos 15 anos. Afirma também que tem o que aprender com a empresa brasileira. Ele diz que escolheria a Embraer se tivesse que apostar em um dos fabricantes dos países emergentes a longo prazo.

" Há mais de 40 anos, lideranças da indústria aeronáutica da França e Alemanha se uniram para enfrentar o poderio da americana Boeing. Foi nesse consórcio, que depois ganhou a adesão da Espanha e Reino Unido, que a Airbus conseguiu força para ganhar praticamente a metade do mercado de avião comercial.

Agora, os dois fabricantes têm de enfrentar a ascensão dos países emergentes. Enders aponta o avanço da Rússia, que já desenvolveu aeronaves para até 100 passageiros. " Temos conversas com o russos e também com os chineses " , diz. Ele calcula que em mais 20 anos os chineses terão capacidade de desenvolver aviões.

Apesar dos pedidos em carteira para longo prazo, a indústria aeronáutica sofre com a crise atual. " É um setor muito frágil, que sempre sofre com crises guerras " , diz Enders. Segundo ele, na comparação com setembro, o movimento de passageiros caiu 3% em todo o mundo. A América do Sul foi a única região onde não houve queda no número de passageiros no período. Segundo Enders, a indústria aeronáutica deverá terminar 2008 com resultados negativos em torno de US$ 5 bilhões.

Apesar da queda nos últimos dias, o preço do petróleo ainda preocupa o setor. Enders lembra que no começo do ano o preço do barril chegou a US$ 140. Agora baixou para médias entre US$ 60 e US$ 70. " Se calcularmos a média para o ano chegaremos entre US$ 110 e US$ 113, o que ainda é muito considerável " , diz. Este ano, os gastos das companhias aéreas com combustível devem somar US$ 180 bilhões. Isso equivale, diz, a 30% dos custos. Há seis anos, o combustível representava 13% dos custos, com US$ 40 bilhões.

Fonte: Valor OnLine