quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Força Aérea da Argentina é multada depois que avião atropela cachorro

Indenização para companhia é de US$ 300 mil, decide Justiça.

Incidente ocorreu há 12 anos em Comodoro Rivadavia.

Um tribunal da Argentina condenou a Força Aérea a pagar o equivalente a US$ 300 mil (quase R$ 655 mil) pelos danos em um avião que atropelou um cachorro em um aeroporto do sul do país, informaram nesta terça-feira (28) fontes judiciais.

Os juízes consideraram em sua resolução que a Força Aérea descumpriu com o dever específico de segurança nas operações aeroportuárias, depois que a instituição militar argumentou que o cachorro não lhe pertencia.

O fato ocorreu em 1996, quando uma aeronave da empresa Alas del Sur, que realizava um serviço de transporte de correio, atropelou um cachorro que invadiu a pista durante a decolagem no aeroporto de Comodoro Rivadavia, cidade situada a 1.740 quilômetros do sul de Buenos Aires.

Na resolução conhecida nesta terça, o tribunal avaliou que "entre as tarefas da Força Aérea Argentina está a de proteção dos vôos que se desenvolvem no espaço aéreo da Nação e compreende todas as funções técnicas relacionadas com a provisão dos serviços de trânsito".

Segundo os juízes, entre esses deveres está o de "garantir a ausência de elementos estranhos ou perigosos sobre a pista de aterrissagem, cujo controle depende da torre de vôo, como o movimento terrestre em torno desta".

Fonte: EFE

Avião da El Al faz pouso de emergência em Barcelona

Um avião da companhia israelense El Al com 156 passageiros a bordo efetuou um pouso de emergência nesta quarta-feira em Barcelona (noroeste da Espanha) depois de detectado um problema nos flaps - dispositivos localizados na parte posterior e inferior da asa do avião, entre a fuselagem e o aileron, e destinados a diminuir a velocidade do aparelho na aterrissagem, indicaram as autoridades aeroportuárias espanholas.

Não houve feridos durante a manobra de emergência com o Boeing 737-800, disse à AFP um funcionário do setor de aviação civil.

O avião deixou o aeroporto de El Prat de Barcelona com destino a Tel Aviv às 12H30 locais (11H30 GMT) e menos de duas horas depois o piloto constatou o problema com os flaps.

O aparelho voltou a Barcelona pousando às 14H30 locais.

Fonte: France Presse

Avião faz pouso de emergência no meio de estrada na Indonésia

Cessna fazia um vôo de treinamento quando teve de descer.

Não houve danos nem feridos, segundo as autoridades.

Polícia e equipes de resgate na Indonésia empurram o Cessna 172, prefixo PK-SDQ que teve de fazer um pouso de emergência na estrada entre Jacarta e Cikampek, em Java Ocidental, nesta quarta-feira (29). O aeroplano, para quatro pessoas, fazia um vôo de treinamento e teve de parar na via expressa. Ninguém se feriu e não houve danos, segundo as autoridades.

Fonte: G1 - Foto: AP

Queda de avião de pequeno porte mata duas pessoas na Índia

Acidente ocorreu no estado do Punjab após falha técnica.

Piloto conseguiu evitar que avião caísse sobre área industrial.

Polícia e autoridades inspecionam os destroços de um avião Beechcraft C-90 King Air que caiu nesta quarta-feira em Jugiana, no estado do Punjab, na Índia, após uma falha técnica. O piloto e o co-piloto morreram. Segundo testemunhas, depois da pane, eles conseguiram evitar que a aeronave, que pertencia ao governo local, caísse sobre uma área industrial povoada.

Fonte: G1 - Foto: AP

Sem a Varig, Sata começa a demitir

A empresa que já teve a hegemonia dos serviços aeroportuários no País, a Sata, iniciou a demissão de 2 mil funcionários, ou cerca de 60% da sua folha de pagamento, de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeroviários. Segundo dois trabalhadores demitidos, o motivo foi a perda de seu maior cliente, a Varig, que respondia por pelo menos 50% do faturamento.

A Varig e a Fundação Ruben Berta, controladora da Sata, foram procuradas, mas não retornaram até o fechamento desta edição.

"Fui incluído na lista (de cortes) depois de 29 anos de empresa. Vou entrar na Justiça porque a demissão é ilegal, sou diretor do sindicato", afirma o operador de reboque de aviões, Washington Luis de Sousa, enfatizando que o critério de cortes seria maior tempo de empresa.

O auxiliar de rampa João Carlos Valentim está em situação parecida. "Sou do sindicato e também pretendo recorrer à Justiça", disse ele, há 13 anos na Sata. A secretária-executiva do sindicato, Selma Balbino, diz que enviou um documento à Sata, questionando as demissões.

Além da Varig, a OceanAir também vai deixar de usar os serviços da Sata: informou que o contrato vence neste mês e que não será renovado. Para a operação da Sata no Santos Dumont, só restarão dois vôos diários com a Team.

No Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), a Sata trabalha para as companhias TAP (Portugal), TAAG (Angola), Lan Chile e para as brasileiras Total (cargas), VarigLog e Flex. Só no Galeão, 100 pessoas foram demitidas na segunda-feira, contam os sindicalistas. Eles relatam que há mais de dois anos a Sata não deposita o FGTS nem fornece auxílio-refeição. Tanto Sousa quanto Valentim têm dúvidas se vão receber as verbas rescisórias e temem pela falência da empresa.

Fonte: Agência Estado

Boeing fecha acordo preliminar para por fim à greve de 52 dias

A Boeing e o maior sindicato de trabalhadores da empresa chegaram a um acordo preliminar para por fim à maior greve nas fábricas da companhia em 13 anos e conter perdas de receita estimadas em 100 milhões de dólares por dia.

Na quarta tentativa, e com a ajuda de um mediador federal, o sindicato que representa 27 mil trabalhadores disse no fim da segunda-feira que fechou um acordo de quatro anos com a Boeing, que vai dar garantia de emprego de seus membros e um limite ao processo de terceirização.

Notícias do acordo foram bem recebidas por companhias do setor em todo mundo, uma rede globalizada de fornecedores que tem sido fonte de disputa quanto à manutenção de empregos entre a Boeing e trabalhadores na área da cidade de Seattle.

A Boeing, cujas fábricas permaneceram fechada por 52 dias, confirmou o acordo preliminar, dizendo que conseguiu a flexibilidade necessária para continuar com os negócios.

Se o acordo for aprovado pelos membros da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM, na sigla em inglês), acabará a greve mais longa da história recente da Boeing. O sindicato realizou greve de 28 dias em 2005 e 69 dias em 1995.

A Boeing irá enfrentar quase imediatamente negociações contratuais com a Sociedade de Engenheiros Profissionais (SPEEA, na sigla em inglês), que representa mais de 20 mil trabalhadores da área de engenharia. A SPEEA informou em seu site que as negociações começarão na quarta-feira.

A Boeing, que tem sede em Chicago, informou na última semana uma queda de 38 por cento no lucro trimestral devido basicamente à greve dos funcionários.

Quando a greve terminar, também é esperado que a Boeing faça uma atualização sobre seu 787 Dreamliner, o que pode incluir novos adiamentos do programa da empresa, que já está 16 meses atrasado.

Fonte: Reuters

China lançará satélite venezuelano nesta quinta feira

A Companhia da Indústria Grande Muralha é a única autorizada a realizar esse tipo de negócio

A China colocará em órbita um satélite de telecomunicações venezuelano no dia 30 deste mês, informou hoje o Centro de Lançamento de Satélite de Xichang, da China.

Será a primeira vez que os chineses farão um lançamento totalmente comercial desse tipo com um país latino-americano, disse a fonte.

Até então os chineses haviam realizado missões dessa natureza em parceria com governos daquela região, mas sem finalidades econômicas.O foguete transportador do satélite será um Grande Marcha 3B que levará o Satélite de Telecomunicação Venezuela 1.

A Companhia da Indústria Grande Muralha é a única autorizada a realizar esse tipo de negócio. Segundo a página web da empresa, o país fez seu primeiro lançamento espacial comercial em 5 de agosto de 1987, quando um foguete Grande Marcha 2C levou para o espaço um instrumento de teste micro-gravidade da empresa francesa Martra Maconi.

Em 1990, um Grande Marcha 3 transportou o Satélite de Comunicações AsiaSat-1, em um negócio com a empresa AsiaSat Hong Kong.

A missão com o satélite venezuelano será a 11ª para a família de Grande Marcha e o 29º lançamento comercial internacional feito pela China. Por sua vez, a sonda venezuelana é o 35º satélite estrangeiro que a China lança ao espaço.

Fonte: Tribuna do Norte

Foguete Orion é lançado na Barreira do Inferno

Na foto: com as boas condições dos ventos, o Orion foi lançado na Barreira do Inferno

Culminando com as festividades alusivas ao Dia do Aviador, comemorado no dia 23 de outubro, data magna da Força Aérea Brasileira, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno lançou com sucesso o foguete Orion, exatamente às 04h 04min 08seg do dia 27 de outubro, alcançando todos os objetivos da Opereção Parelhas, após quatro tentativas de lançamento impedidas pelas condições dos ventos.

Apesar da região onde está localizado o CLBI reunir diversos fatores, inclusive meteorológico, favoráveis estrategicamente para lançamento de foguetes. Contrariamente, os valores nominais do vento, nos últimos dias, não foram propícios para garantir a segurança no lançamento do foguete Orion, que por razões técnicas, deve ser inferior a 7,3m/s, ou 26 km/h.

O foguete Improved Orion, que mede 5,7m, é um foguete de treinamento, mono-estágio, não-guiado, estabilizado por empenas e lançado a partir de trilho. Consiste de um propulsor de 419 kg, propelente sólido (combustível sólido) e atinge uma velocidade de 4.700 km/h (quatro vezes a velocidade do som). Possui espaço para embarcar experimentos científicos ou tecnológicos, da ordem de 80 kg. Nesta ocasião, o foguete Orion foi ocupado com equipamentos e instrumentos alemães, voltados para a trajetografia durante a realização do vôo.

O motor-foguete propicia uma fase de decolagem de 5 segundos, e outra tipo cruzeiro, com 21 segundos, totalizando 26 segundos de fase propulsada, o que permiti chegar uma altura entre 95 e 105 km, caindo em alto mar a, aproximadamente, 70 km da costa

A Operação, denominada de PARELHAS, em homenagem a uma das cidades do Rio grande do Norte, alcançou o seu objetivo principal, ou seja o treinar as equipes técnicas do CLBI e da Unidade Móvel de Lançamento de Foguetes do Centro Espacial Alemão, nas atividades de preparação, lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais.

Várias Organizações Militares do Comando da Aeronáutica participaram da Operação, entre elas o Centro de Lançamento de Alcântara e o Instituto de Aeronáutica e Espaço, além do Apoio da Agência Espacial Brasileira.

Com o sucesso do lançamento do foguete Orion, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno cumpre mais uma etapa do desenvolvimento da tecnologia nacional para a independência do Brasil na área de tecnologia aeroespacial.

Fonte: CBLI - Foto: Divulgação

VEM comemora aniversário de sete anos com novas certificações

Ano após ano a VEM Manutenção & Engenharia S/A. permanece aumentado suas capacitações.

Embora fundada somente há sete anos (22/10/2001), a VEM possui mais de 80 anos de experiência, herdados de sua antiga parent company (empresa-mãe), e que são reconhecidos pela indústria aeronáutica mundial, pela qualidade que sempre ofereceu ao mercado. Atualmente o controle da VEM pertence ao grupo TAP Portugal e só neste último ano, entre outros feitos, a empresa obteve cinco certificações das principais autoridades aeronáuticas mundiais, fruto da sinergia entre essas duas empresas.

O core business da VEM é a realização de heavy maintenance em aviões comerciais de grande e médio porte e o reparo e revisão geral de seus componentes, o que a empresa realiza desde sua criação. Após as cinco homologações adquiridas no último ano (FAA: B777, EASA: A300-600 e A310 e ANAC F100 e Top Case CFM56), hoje a empresa está certificada para os seguintes modelos:

FAA – Estados Unidos, com os modelos Boeing 727, 737, 737NG, 747, 757, 767, 777, DC-10 e MD-11. Modelos Airbus A300-600 e A310 e finalizando com o Embraer ERJ-145.

EASA – União Européia, com os modelos Boeing 727, 737, 737NG, 747, 767, DC-10 e MD-11. Modelos Airbus A300-600 e A310.

ANAC – Brasil, com os modelos Boeing 727, 737, 737NG, 747, 757, 767, 777, DC-10 e MD-11. Modelos Airbus A300-600 e A310. Modelos Embraer 120, ERJ-135 e ERJ-145. Modelos Fokker F-27, F-50 e F-100.

A VEM lidera o ranking das empresas de MRO (Maintenance, Repair & Overhaul), da América Latina e permanecerá investindo em treinamento e em novas tecnologias visando consolidar ainda mais essa posição. Outra realização para a VEM foi a conquista de novas áreas geográficas de atuação. No último ano a empresa entregou aviões que foram operar nos mais variados países, como Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Islândia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suíça e Uruguai. A reestruturação interna, promovida a partir de 2007, que incluiu a criação de novas vice-presidências também trouxe bons frutos. A dinâmica entre as Áreas proporcionou melhoria operacional e hoje a VEM pode aceitar prazos (TAT – Turn-Around Time) cada vez mais exíguos, solicitados pelos clientes, até mesmo se comparados com a média de mercado.

Outra conquista foi a consolidação do crescimento da Oficina de Trens de Pouso. Atualmente essa oficina está operando a todo vapor e irá fechar o ano de 2008 com 120 unidades entregues. Uma das estratégias de aumento dos negócios da empresa, permanece sendo a ampliação dessa oficina, pois ainda há bastante mercado, nacional e internacional, para esse componente. Os grandes projetos de pintura foi outro marco na história da VEM. Vários modelos, como o A340, E190, B737-800 e outros, foram pintados nas instalações da empresa.

"Só temos a agradecer a todos que participam do crescimento da VEM. Hoje a empresa está adequada ao tamanho de suas operações e conta com 2.800 colaboradores, que entendem e praticam a filosofia de satisfação do cliente. Essa era uma das metas a ser atingida, e foi! Continuaremos oferecendo treinamento, participando de eventos nacionais e internacionais e buscando novas parcerias para manter a VEM nesse caminho. Posso afirmar que toda a empresa permanecerá trabalhando firme para continuar merecendo a confiança dos nossos clientes", declara Filipe Almeida, Presidente da VEM.

Fonte: Aviação Brasil

Delegado promete encerrar inquérito da tragédia da TAM até o fim da semana

O delegado Antônio Carlos Barbosa, que investiga as causas do acidente com o vôo JJ 3054 da TAM, ocorrido em 17 de julho do ano passado, deve encerrar no fim desta semana o inquérito que apura as causas da tragédia. Aproximadamente dez pessoas serão indiciadas pela polícia por responsabilidade no acidente.

As informações sobre o andamento das investigações foram dadas pelo delegado durante reunião, no final de semana, entre parentes das vítimas, no auditório de um hotel em Congonhas, Zona Sul.

No encontro, o delegado afirmou que na próxima reunião com os parentes, marcada para o dia 22 de novembro, ele irá revelar os nomes dos indiciados.

- Estamos caminhando para chegar na verdade e na Justiça - comentou Archelau Xavier, vice-presidente da Associação dos familiares das vítimas da TAM (Afavitam).

O acidente matou 199 pessoas. De acordo com a TAM, foram fechados acordo para o recebimento de indenização com 89 parentes das vítimas.

No último dia 20, o Procon do Rio Grande do Sul decidiu multar a TAM em quase R$ 1 milhão pela demora de mais de sete horas para divulgar a lista dos passageiros que estavam no Airbus. A medida se baseia na falta de consideração da empresa aos familiares que esperavam por informações num aeroporto da capital gaúcha.

A TAM informou ter sido notificada a respeito da multa e irá se manifestar dentro do prazo legal.

Fonte: Mariana Pinto (Diário de S.Paulo)

Guarulhos: movimentação de carga cresce

No período de janeiro a setembro deste ano, a Infraero registrou a movimentação de mais de 46 mil toneladas de carga nacional, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Esse número representa um crescimento de 21,81%, se comparado as 39 mil toneladas transportadas no mesmo período do ano anterior.

Os serviços do armazém da Infraero, disponibilizados para a movimentação de carga nacional, são utilizados pelas empresas aéreas MTA, Gol, Beta, Sky Master, Ocean Air e Webjet.

Os eletroeletrônicos lideram os produtos transportados pelas empresas aéreas, além de motos, carros, entre outros itens. “O ranking dos produtos mais transportados refletem o que está no auge do mercado de consumo”, informou o encarregado do setor, Wagner de Souza.

De acordo com levantamentos da área de logística do aeroporto, a maioria das cargas que desembarcam em São Paulo é procedente de Manaus. Além dessa rota, diversas mercadorias também têm seus embarques e desembarques para outras localidades como Salvador, Florianópolis, Ponta Porã, Ilhéus e Ribeirão Preto.

Já no caso das importações e exportações, elas movimentaram cerca de 190 mil toneladas de carga de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período em 2007, o volume foi de aproximadamente 177 mil toneladas de carga transportada, um aumento de 7,31%.

Fonte: Kate Azevedo (Brasilturis)

Colt quer construir grande hangar no Galeão

Os três celulares e dois laptops ligados em weireless denunciam um executivo workaholic. Os negócios voam, e é preciso monitorá-los em tempo real. E só uma coisa pode tirar o jovem Alexandre Eckmann desse roteiro: o brevê de comandante de avião na carteira é o passaporte que o faz pular do sofá na sala vip para a cabine de um jato. Aos 34 anos, ele tornou-se um empresário da aviação executiva e hoje, em sociedade com um amigo, comanda a Colt Aviation, com quatro Learjets.

O case de Eckmann é a prova de que o setor de aviação executiva decolou no país nos últimos anos. "Fundei a Colt em Miami, em 1997, para importação e exportação de peças", explica, ao passo que rememora também que turbulências na economia internacional o fizeram abandonar o sonho por alguns anos.

Em 2001, aos 27 anos, com o brevê de comandante, operou em companhias como TAM, Varig, Transbrasil e vislumbrou no novo horizonte dos bons números da economia um céu aberto para refazer seu próprio plano de vôo no mercado nacional.

Na rotina de venda e compra de aviões para empresários e amigos, mesclou o papel de piloto de empresas com o de consultor. Em 2004 tinha um ótimo salário como comandante do Legacy da mineradora Vale, mas abandonou para refazer, no ano seguinte, sua decolagem solo. A consultoria rendeu financeiramente e conseguiu dois aviões. Encontrou em Alex Meyerfreund, o herdeiro da fábrica de chocolates Garoto (vendida recentemente), o sócio que procurava para a Colt. Engana-se, no entanto, quem pensa ter sido um céu de brigadeiro as parcerias de Eckmann antes de Meyerfreund. Por três vezes, aqui e nos Estados Unidos, viu promessas de sociedade caírem por terra. A entrada do sócio na Colt capitalizou a empresa.

País tem a 2ª maior frota

"Hoje temos três Learjets modelo 31, e um modelo 35; encomendamos um jato Phenom 100 (da Embraer) e um Challenger, com autonomia para vôos internacionais", comemora Eckamann.

O Brasil possui a segunda maior frota de aviões do mundo. São 10.562 aeronaves - 6.700 monomotores, 330 jatos e 1.100 helicópteros, entre outros modelos. Números que embalam o setor, apesar da crise financeira atual no mundo.

"E a vantagem do País é que a média de idade da frota do táxi aéreo é de 15 anos, muito nova", complementa. O novo cenário da economia brasileira explica bem o porquê de números positivos no setor. Cada vez mais empresários têm recorrido aos jatos para negócios. E, nos fins de semana, é mais comum ver famílias e amigos trocarem um vôo comercial pelo atendimento personalizado e luxuoso de um avião executivo.

"A logística é tudo para se evitar prejuízo", sentencia Eckmann "Apesar da crise, hoje, os empresários cada vez mais precisam de agilidade para fechar negócios, e a aviação executiva é uma ferramenta para otimizar custos."

Os ventos da crise norte-americana ainda não causaram tempestades aqui. Prova é que o Brasil tem uma carteira de recebimento de mais de 280 jatos executivos nos próximos anos. O setor, apesar disso, continuará aquecido, diz o comandante.

Não por acaso outras empresas do ramo, como as grandes Líder Táxi Aéreo e a Global, continuam fortes. "As pessoas pensam que os fretamentos, por exemplo, vão diminuir. Não necessariamente, porque as empresas vão precisar fechar mais negócios. O frete passará a crescer, agora", acredita Eckmann.

Novo hangar

A malha aérea nacional e a falta de estrutura comparada a países de primeiro mundo explicam, em outra vertente, o fato de o Brasil ter uma boa frota de jatos particulares e justifica o crescimento do táxi aéreo.

Das mais de 5 mil cidades do país, só metade tem pistas de pouso - o que não significa qualidade e oportunidade para operação. E os vôos regulares das grandes companhias atendem pouco mais de 100 cidades - o que obriga executivos, políticos e artistas, o público alvo do táxi aéreo, a fretarem aviões.

De olho no crescimento do setor, a Colt, que já opera num hangar no aeroporto de Congonhas, agora quer construir um grande hangar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio. A empresa pretende investir US$ 10 milhões para construir em 36 mil metros quadrados, com geração de 200 empregos diretos.

Fonte: Leandro Mazzini (Gazeta Mercantil)

Custos do programa 747-8 sobem acima do esperado, diz Boeing

A Boeing reconheceu que os custos de desenvolvimento do programa do 747-8 estão crescendo acima do esperado. Ainda assim, porém, a companhia afirma que continua progredindo nos projetos do novo avião, apesar da greve de seus metalúrgicos, que hoje entrou em seu 52º dia.

Em teleconferência com jornalistas, o presidente do conselho, presidente e executivo-chefe da empresa, Jim McNerney, afirmou que seus executivos estão "frustrados" pelos aumentos de custo do programa do 747-8. No balanço da companhia sobre seu desempenho no terceiro trimestre, há apenas duas referências a esse aumento de custos no programa, mas sem oferecer detalhes ou explicações.

Segundo a companhia, foram gastos US$ 705 milhões em pesquisa e desenvolvimento no terceiro trimestre, 7% a mais que no mesmo período de 2007. Esse total, porém, foi gasto tanto no projeto do 747-8 como no do 787 Dreamliner.

A fabricante acredita que haja um mercado para 345 aeronaves desse modelo, 260 dos quais para o segmento de cargas. Até o momento, a companhia tem pedidos firmes para 106 aeronaves, sendo apenas 28 de passageiros.

Apesar da greve dos metalúrgicos, a Boeing afirma que seus engenheiros continuaram a trabalhar nos projetos do avião e, no momento, cerca de 95% dos desenhos já foram concluídos e enviados a fornecedores.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)