quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Passageiros de Boeing italiano devem viajar à noite

Os passageiros da aeronave italiana que realizou pouso de emergência no Aeroporto Internacional dos Guararapes, na zona sul do Recife, na madrugada desta quinta-feira (25), terão de esperar até a noite para embarcar em outro avião, seguindo assim ao destino final - Buenos Aires, na Argentina. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, uma aeronave da companhia italiana Alitalia, operadora do Boeing que apresentou problemas, deve chegar ao Recife às 18h.

O Boeing 777-200 havia saído de Roma, na Itália, com destino a Buenos Aires, na Argentina, com 295 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. A aeronave apresentou problemas mecânicos durante a viagem, que teve de ser interrompida por volta das 2h15.

O Boeing ficará no Aeroporto dos Guararapes em manutenção. Os passageiros seguem na manhã desta quinta em ônibus para hotéis, no aguardo da continuidade da viagem. Os custos são pagos pela própria Alitalia.

Ninguém ficou ferido no incidente. "A Infraero acionou órgãos para dar apoio, como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, mas não foi necessário realizar nenhum salvamento", explicou a coordenadora de imprensa da Infraero, Solange Argenta.

Ainda segundo Argenta, os horários dos vôos com embarque ou desembarque no Aeroporto dos Guararapes não sofreram alterações.

O capitão do Boeing explicou que, em certo momento da viagem, um alerta de problemas técnicos foi disparado pelo sistema de segurança da aeronave, forçando o pouso emergencial. A origem da pane ainda será investigada. Há informações de que a companhia Alitalia está com problemas financeiros.

Falência

A Alitalia está passando por problemas financeiros. O governo italiano está jogando sua última cartada para salvar a companhia. Está reunido, nesta quinta-feira, com os sindicatos para anunciar a nova proposta do consórcio de investidores, que voltou à cena fazendo concessões. Se o acordo se concretizar, a Air France-KLM poderá ser o parceiro estrangeiro do novo grupo.



A crise da Alitalia começou em 1999, quando Malpensa, em Milão, se transformou num aeroporto intercontinental, fazendo concorrência com o próprio aeroporto de Roma, Fiumicino. Durante oito anos, as perdas da Alitalia foram de € 200 milhões por ano.

A dívida de quase € 2 bilhões foi assumida pelo governo de Silvio Berlusconi. A parte rentável da empresa está à venda por € 400 milhões – um preço muito baixo, segundo o comandante Barbado. São 140 aviões de passageiros em operação e 30 parados. Ao todo, 80% da frota são de aeronaves novas, além das licenças de vôo em várias partes do mundo.

A Alitalia possui 17 mil funcionários, mas 20% deles estão quase parados. Pilotos e comissários de bordo ofereceram o dinheiro das suas aposentadorias para comprar a empresa. O comandante Francesco Barbado se diz desiludido com uma profissão tão criticada na Itália.

Avião estava com problema no motor, diz passageiro

O Boeing 777-200 da companhia Alitalia, que nesta madrugada fez um pouso de emergência no aeroporto de Guararapes, no Recife, apresentava problemas em um de seus motores, segundo detalhes fornecidos por um dos passageiros que estavam a bordo. Ao todo, a aeronave transportava 295 pessoas, que haviam partido de Roma em direção a Buenos Aires.

Em declarações à ANSA, o italiano Marco Mancinelli disse que o comandante comunicou à tripulação que faria uma aterrissagem para consertar um defeito, e que o avião não poderia seguir voando porque um motor do lado direito estava com problemas de óleo. Como já havia sido informado pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), o pouso foi necessário devido a um problema ocorrido na turbina do avião. A Alitalia já garantiu o envio de técnicos de São Paulo para verificar as causas do problema.

Segundo o passageiro, apesar do alerta, o clima se manteve tranqüilo dentro do avião, que aparentemente manteve sua velocidade de vôo. Não houve qualquer sinal de pânico e muitos passageiros dormiam no momento.

O pouso foi igualmente tranqüilo, explicou Mancinelli, que agora está hospedado em um hotel de Porto de Galinhas, a 75 quilômetros de Recife. Todos os passageiros foram levados a hotéis do balneário e devem seguir viagem para Buenos Aires ainda hoje, às 18 horas, informou o italiano.

Mancinelli afirmou ainda que a maioria das pessoas que viajava no Boeing era composta de argentinos, que provavelmente regressavam de férias na Itália. Muitos passageiros, disse, tiveram de deixar o avião em cadeiras de rodas, mas apenas porque estavam cansados, já que houve demora na retirada de todos do avião. Isso só ocorreu por volta do meio-dia, segundo ele.

Procurado pela ANSA, o Consulado italiano no Recife disse estar acompanhando o caso. A vice-cônsul da Itália na cidade, Enza Bosetti, disse que o Cônsul Massimiliano Lagi irá ainda esta tarde ao aeroporto e espera poder encontrar o comandante da aeronave. "Todos os passageiros estão bem, não houve nenhum problema na aterrissagem", garantiu a diplomata.

Fontes: JC Online / G1 / TV Globo / ANSA

Gol e Varig se unem e barra de cereal pode ser aposentada

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou na noite de terça-feira (23) a reestruturação societária do grupo Gol, permitindo a fusão das bandeiras Gol e Varig em uma só companhia aérea. As duas marcas serão mantidas, mas passarão a operar de forma integrada sob único CNPJ e também um único Cheta, o certificado de habilitação de uma companhia aérea, emitido pela Anac.

A ata da diretoria da Anac com a decisão deve ser publicada no Diário Oficial da União de hoje (25).

O pedido de autorização para a realização da reestruturação societária foi feito pelo grupo Gol em julho. Segundo fontes do mercado, o cheta e o CNPJ escolhidos para a operação unificada foram os da nova Varig. O atual cheta da Gol seria, portanto, extinto. Procurada, a Gol afirmou que ainda não foi comunicada oficialmente da autorização pela Anac e que, portanto, não poderia comentar.

A reestruturação vai resultar na fusão da malha de vôos e da tripulação, na unificação da estrutura de terra (lojas e balcões de check-in), além de permitir que a empresa tenha só uma estrutura administrativa.

A Gol prepara um grande evento para anunciar os detalhes da reestruturação societária, juntamente com uma campanha de reposicionamento da marca Varig.

Enquanto a Gol investe no consumidor que nunca andou de avião - acaba de lançar uma estratégia para oferecer passagem à prazo para as classes C e D - a Varig quer se consolidar como uma marca premium. A empresa estuda aposentar a famosa barrinha de cereal da Gol, melhorando o serviço de bordo da Gol e simplificando o da Varig. A idéia é economizar tempo e dinheiro com o mesmo serviço de bordo para as duas.

O grande diferencial da Varig - que manterá uma malha de vôos concentrada em destinos de negócios - será o espaço entre as poltronas. As duas marcas vão operar aviões do mesmo modelo: Boeing 737-700 e 737-800, mas os da Gol serão configurados com 184 ou 187 assentos, enquanto na Varig serão apenas 168 lugares. Os novos aviões 737-800 que a Varig acaba de receber contam com uma inovação: as primeiras fileiras possuem poltronas conversíveis de três para dois lugares.

Os novos aviões devem ser destinados aos vôos internacionais da Varig na América Latina, sendo que as fileiras com as poltronas conversíveis funcionariam como uma espécie de classe executiva.

"Esta será a última tentativa da família Constantino para tentar salvar a marca Varig", diz um analista do setor que prefere não se identificar.

Há duas semanas, o vice-presidente de marketing da Gol, Tarcísio Gargioni, disse que pesquisas encomendadas pela empresa revelam que a marca Varig já não diz muita coisa para jovens com menos de 30 anos. A declaração foi interpretada como um sinal de que a marca Varig está longe de ser "sagrada" para a companhia.

"Com a autorização para a Gol e a Varig operarem sob um único cheta, a empresa tem a faca e o queijo na mão para acabar com a marca Varig", avalia o professor de transporte aéreo da UFRJ, Respício do Espírito Santo Junior. "Só justifica manter duas marcas dentro de uma única operação se o serviço for totalmente diferenciado. Mas se as marcas não forem muito diferentes, como é o caso agora, fica tudo muito caro. Não faz sentido."

A Gol comprou a Varig em março de 2007, uma operação que ainda está longe de se provar lucrativa. A Varig já consumiu mais de R$ 1 bilhão do grupo Gol. Em um ano, as ações da Gol caíram 67,56%.

No mercado, comenta-se que a fusão implicará na demissão de centenas de funcionários, de um quadro de 16,6 mil. As demissões devem afetar mais a parte administrativa e de aeroportos do que a tripulação de vôo, acredita o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke.

Ele afirma que já solicitou à direção da Gol uma reunião para discutir possíveis demissões. "Infelizmente, a gente acha que estão vindo mais demissões por aí", diz Klafke. "Na verdade, as demissões já começaram faz um tempo. Já houve cortes no Rio, essa semana começaram em Guarulhos. Isto está acontecendo em todo o País, mas não tenho números consolidados."

Fonte: Agência Estado - Foto: Arquivo

'Homem-pássaro' suíço tenta atravessar o Canal da Mancha

Yves Rossy usará asa de propulsão a jato em vôo inédito.

Yves Rossy vai ser levado de avião a uma altitude de 2,5 mil metros; acionar o jato na asa e saltar.

Seu objetivo é completar um percurso de pouco mais de 35 quilômetros de Calais, na costa francesa, a Dover, na Inglaterra, em 12 minutos.

Sua velocidade pode atingir os 190 km/h.

O ex-piloto militar de 49 anos adiou uma tentativa anterior de realizar o vôo devido ao mau tempo.

Rossy espera seguir a rota do francês Louis Blériot que, há 99 anos, se tornou a primeira pessoa a cruzar o Canal de avião.

Em uma entrevista no começo da semana, Rossy disse: "Se eu calculei tudo certo, vou aterrissar em Dover. Mas se eu errei, vou tomar um banho."

O feito será transmitido ao vivo pelo National Geographic Channel. (sexta-feira 26/09 às 08:00 hs - Reapresentação: sexta-feira 26/09 às 22:00 hs.)

Kathryn Liptrott, da emissora, disse à BBC que Rossy não está preocupado com o risco. "Ele pilotou caças Mirage para o Exército suíço e agora pilota um Airbus."

"Ele não voaria se não achasse que vai chegar a Dover."

O mais longo vôo que Rossy fez até hoje durou dez minutos.

Rossy deverá fazer suas manobras na asa usando a cabeça e as costas. Além de capacete e pára-quedas, ele vai usar um macacão especial para protegê-lo das quatro turbinas, movidas a querosene, da asa colocadas a poucos centímetros de seu corpo.

Fontes: BBC / National Geographic Channel

Senadora questiona Anac sobre problemas em vôos

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) pediu esclarecimentos hoje à direção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a outras instituições do setor sobre procedimentos de risco adotados pelas companhias aéreas, como decolagem com excesso de peso. “Vou aguardar a resposta da Anac e acredito que audiências públicas poderão voltar a discutir o assunto no Senado”, disse a senadora.

Serys é autora de projeto que visa sanar um dos problemas enfrentados pelos usuários de vôos comerciais: o chamado overbooking, prática da comercialização de bilhetes para um determinado vôo em número superior à capacidade da aeronave alocada para a viagem. Sua proposição (PLS 114/04) obriga as empresas aéreas a indenizarem passageiros que não conseguirem embarcar devido ao excesso de reservas de passagens na mesma aeronave, bem como por atrasos, interrupção ou cancelamento de vôos.

A proposta encontra-se em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O substitutivo analisado na CCJ estabelece ainda que a bagagem deverá ser entregue ao passageiro, de forma inviolada e em bom estado de conservação, no prazo máximo de 20 minutos após o desembarque. Na hipótese de ultrapassar esse prazo, o projeto prevê pagamento ao passageiro por parte da companhia aérea de multa no valor de 50% do valor integral da tarifa paga.

A indenização a ser paga pelo transportador por danos à bagagem, mesmo a carregada em mãos do passageiro, determina a proposta, terá o valor máximo de R$ 10 mil. O projeto prevê ainda indenização de, no mínimo, R$ 1 milhão para caso de morte e de R$ 750 mil se houver lesão corporal permanente a passageiro ou tripulante. Para os demais casos de lesão corporal, o valor será determinado pelo juiz.

Fonte: Panrotas

Piloto em treinamento morre em queda de avião na Austrália

Um piloto indiano em treinamento morreu na queda do avião Liberty XL-2, prefixo VH-CZX, caiu em Luddenham, subúrbio de Sydney, na Austrália, na quarta-feira (24).

A menos de um mês atrás, outro piloto indiano morreu durante um vôo de treinamento na Austrália.

O estudante de 20 anos, orindo de Mumbai, morreu após o Liberty XL-2 da Sydney Flight Training Centre cair numa área agrícola na quarta-feira à noite.

O piloto, cuja família na Índia já foi notificada, havia decolado do aeroporto em Bankstown, logo após às 14.30 (hora local) de quarta-feira.

"Pouco depois das 4 horas da tarde, os serviços de emergência receberam relatos de que um avião havia colidido contra árvores em uma propriedade na Willowdene Avenue, em Luddenham. Na sua chegada, o pessoal dos serviços de emergência localizou o corpo do único ocupante - do sexo masculino - no interior dos destroços ", disse um oficial da polícia local.

A Air Transport Safety Bureau (ATSB) vai levar a cabo um inquérito sobre o acidente.

Em 27 de agosto, um piloto indiano de 24 anos, oriundo de Bangalore, também em treinamento, havia morrido após a asa do seu Cessna 150 ter sido arrancada numa colisão aérea por um outro avião e ele caiu no povoado de Cheltenham, subúrbio de Melbourne.

Fontes: India eNews / ASN - Foto: Jeff Herbert

Governo do Rio compra 'caveirão do ar'

Helicóptero blindado custou R$ 8 milhões e será utilizado em operações.

Compra é resposta às tentativas de atingir outras aeronaves.

Helicóptero comprado pela Secretaria de Segurança, antes de ser adaptado

O governo do Rio finalizou nesta quarta-feira (24) o processo de compra do helicóptero blindado norte-americado Huey 2, por R$ 8 milhões. O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, foi aos EUA para assinar os documentos, juntamente com dois pilotos policiais.

O equipamento é totalmente à prova de tiros, inclusive nas pás da hélice. O veículo tem capacidade para seis atiradores e pode transportar um total de 15 pessoas.

O "caveirão do ar", como os policiais apelidaram o helicóptero, será utilizado, a partir de outubro, em operações planejadas pela Secretaria de Segurança com participação da Polícia Civil. O governo do Rio informou ainda que a compra ocorreu como uma espécie de resposta às tentativas dos criminosos em atingir os helicópteros em outras oportunidades.

De acordo com a secretaria, a previsão é de que o helicóptero chegue ao Rio na proxima terça-feira (30). Primeiramente, a idéia era transportá-lo em um navio, mas como levaria muito tempo, ficou decido, segundo a Secretaria, que os policiais venham pilotando o helicóptero.

Em novembro de 2007, o policial civil Eduardo Mattos foi baleado na cabeça e morreu quando estava a bordo de um helicóptero da Polícia Civil e participava de uma operação na região do Morro do Adeus, no subúrbio do Rio.

Compra durou mais de um ano

O processo de compra durou mais de um ano. De acordo com a secretaria, em agosto de 2007, o ex-subsecretário de Coordenação Institucional, Márcio Colmerauer, acompanhado por dois pilotos policiais, conferiu de perto o desempenho da aeronave, em visitas técnicas à Nova York, nos EUA, e em Bogotá, na Colômbia.

Beltrame, atual secretário, teria decidido pelo modelo Huey 2, segundo a Secretaria, porque ele proporciona maior proteção ao policial e garante uma supremacia sobre tentativas de derrubar helicópteros por parte dos criminosos. Os esquilos, como são chamados os atuais helicópteros das polícias, continuam em atividade nas missões específicas.

Fonte: G1 - Foto: Divulgação (Assessoria de Comunicação / Secretaria de Segurança)

Avião italiano faz pouso forçado no Aeroporto dos Guararapes

Avião está pousado no Aeroporto do Recife desde a madrugada

O Boeing 777-200 da companhia italiana Alitalia fez um pouso de emergência na madrugada desta quinta-feira (25), por volta das 2h15, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, localizado na zona sul do Recife, depois de apresentar problemas mecânicos.

A aeronave, prefixo EI-DBK, havia saído de Roma, na Itália, com destino a Buenos Aires, na Argentina, com 295 pessoas a bordo. Há informações de que a companhia aérea está com problemas financeiros.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros foram acionados por questão de segurança, mas não houve incidentes mais graves. Desde a madrugada, os passageiros aguardam por uma decisão da companhia. Ainda não se sabe se eles vão seguir na mesma aeronave.

As operações no Aeroporto dos Guararapes estão sendo executadas normalmente. A origem da pane no avião ainda será investigada.

Fonte: JC Online

Sobe ao espaço com sucesso nave chinesa com três astronautas

Lançamento marca terceira ida de tripulação da China ao espaço.

Missão Shenzhou 7 deve incluir primeira caminhada espacial do programa.

Imagens da televisão estatal chinesa mostram momento da decolagem (Foto: AP/CCTV)

A China lançou com sucesso sua terceira - e mais audaciosa - missão tripulada. Depois de se tornar a terceira potência nacional a enviar gente ao espaço por seus próprios meios (depois de Rússia e EUA), os chineses agora pretendem realizar sua primeira caminhada espacial.

"Este vai ser um enorme passo adiante para a tecnologia aeroespacial do nosso país. Vocês certamente serão capazes de cumprir esse papel sagrado e glorioso. A pátria e seu povo esperam seu retorno triunfante", declarou o presidente chinês Hu Jintao à equipe de astronautas, pouco antes da partida.

Da esquerda para a direita, Jing Haipeng, Zhai Zhigang e Liu Boming cumprimentam público após entrevista coletiva (Foto: AP/Xinhua)

A espaçonave Shenzhou 7 (nome que pode ser traduzido como "nave divina"), acoplada ao topo do foguete Chang Zheng 2F (em português, "longa marcha"), decolou da base de Jiuquan nesta quinta-feira (25). O sucesso da Shenzhou 7 é fundamental para a meta chinesa no sentido de construir uma estação espacial própria - projeto que eles pretendem iniciar até 2020.

Pela primeira vez, um trio de taikonautas (como a imprensa internacional costuma chamar os viajantes espaciais chineses) viaja junto ao espaço. A equipe é composta por Zhai Zhigang, Liu Boming e Jing Haipeng, todos com 42 anos. Embora todos pertençam ao exército chinês (como pilotos de caça), a China enfatiza que sua missão não terá objetivos militares.

Abertura

Os chineses começam a se abrir um pouco mais com relação a seu programa espacial tripulado. Tanto que houve um encontro da tripulação com a imprensa, na noite desta quarta-feira (24).

"A missão Shenzhou 7 marca um avanço histórico no programa tripulado chinês. É uma grande honra para nós três voar nessa missão, e estamos totalmente preparados para o desafio", disse Zhai Zhigang à imprensa, segundo a agência chinesa Xinhua. "Fui incluído na fase final de treinamentos três vezes, durante as missões Shenzhou 5, 6 e 7", afirmou, comemorando sua escalação para o vôo de 2008.

A inédita caminhada espacial a ser promovida por um dos três tripulantes - ponto alto da missão - deve ser transmitida ao vivo pela televisão chinesa.

Caso tudo dê certo, o astronauta escolhido para andar no espaço passará 40 minutos fora da espaçonave. É uma oportunidade para a China testar seus trajes espaciais e sua mobilidade - elementos essenciais para a futura construção de uma estação.

Já com traje espacial, trio se dirige para a Shenzhou (Foto: AP/Xinhua)

O traje chinês, assim como a espaçonave, é fortemente baseado em tecnologia russa. A Shenzhou é uma versão aprimorada da Soyuz, nave usada há décadas pelos russos em seu programa espacial. As principais diferenças estão no módulo de experimentos, que é maior e tem mais funcionalidades na Shenzhou do que na Soyuz.

A nave chinesa também tem mais painéis solares e, portanto, mais eletricidade que sua contraparte russa.

Passos seguros

A China iniciou seu projeto de vôo espacial tripulado em 1999. Após quatro missões-teste, sem tripulação humana, em 2003 partia a nave Shenzhou 5, com Yang Liwei - o primeiro ser humano colocado no espaço pela China.

Uma segunda missão veio em 2005, quando os astronautas Fei Junlong e Nie Haisheng passaram cinco dias no espaço, a bordo da Shenzhou 6. O vôo confirmou a durabilidade e confiabilidade da espaçonave.

Agora, vem o primeiro vôo com a capacidade máxima a bordo - três tripulantes - e com uma caminhada espacial nos planos.

Fonte: G1