domingo, 10 de agosto de 2008

Anac eleva indenização por morte e bagagem

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) reajustou em 188% as indenizações a serem pagas pelas companhias aéreas por morte ou lesão corporal em acidentes aéreos e por perda ou dano à bagagem.

No caso de morte ou lesão, o valor passa de R$ 14.223,64 para R$ 40.950. Para problemas com a bagagem, salta de R$ 609,59 para R$ 1.755.

As empresas têm 180 dias para adequar seus contratos de seguro à resolução. O prazo começou a contar na quinta-feira.

A decisão da Anac foi tomada após recomendação do Ministério Público Federal em SP.

Segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), 2007 registrou um recorde no número de acidentes aéreos e de mortes desde 1999 - foram 99 e 270, respectivamente.

A principal razão para isso foi o acidente com o Airbus-A320 da TAM, que fez 199 vítimas. Neste ano, o Cenipa contabiliza, até 31 de julho, 56 acidentes, com 38 mortes.

A Folha procurou o Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias). A entidade disse que tentaria achar seu advogado para comentar o assunto, o que não ocorreu até a conclusão desta edição.

Fonte: Folha Online

Relatório sobre acidente da Gol não tem prazo para ser concluído

O relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) com as causas do acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy ainda levará vários meses para ser concluído. A informação foi repassada por representantes do órgão, que se reuniram neste sábado, em Brasília, com parentes dos 154 mortos no desastre, ocorrido em setembro de 2006.

No encontro, que teve a participação do brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Cenipa, e o presidente da Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico, coronel Rufino Antonio da Silva Ferreira, os parentes cobraram a entrega do relatório. Em julho, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, havia dito que o documento ficaria pronto em 20 dias.

Os oficiais do Cenipa informaram que, somente na última quinta-feira, o documento foi enviado aos Estados Unidos e ao Canadá para ser avaliado pela comissão que investiga o acidente no exterior. A resposta, de acordo com a legislação internacional, só virá em 60 dias. Após esse prazo, o relatório ainda precisa ser reavaliado pela Aeronáutica antes de ser divulgado, sem um prazo ainda definido.

A presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Angelita de Marchi, considerou a reunião frustrante.

- Eles mostraram os trabalhos realizados até agora, mas não apresentaram nenhuma nova informação que ajudasse a esclarecer as causas do acidente - criticou ela, após sair do encontro.

O Cenipa não constatou problemas no projeto do jato Legacy que bateu no avião da Gol nem encontrou defeitos no transponder (equipamento que previne colisões). O órgão também afirmou não ter encontrado falhas na cobertura do radar nem nos equipamentos de comunicação e vigilância aérea.

- Se não havia nada de errado, então por que houve o acidente? - questionou Angelita.

Quanto aos controladores de vôo, cuja atuação no dia do acidente foi apontada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como uma das causas do desastre, o Cenipa informou que a investigação não obteve avanços. Segundo o órgão, os profissionais que monitoravam o tráfego aéreo no dia do desastre foram orientados pelo advogado de defesa a não falarem.

A Aeronáutica informou ainda que parte do atraso na conclusão do documento se deve à inclusão, em janeiro, dos esclarecimentos dos pilotos norte-americanos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore, que conduziam o Legacy e negaram terem desligado o transponder acidentalmente. Como as respostas tiveram de ser acrescentadas, o fim da investigação foi adiado por mais três meses.

- Inicialmente nos haviam prometido a conclusão do documento para abril e que, dois meses depois, o relatório se tornaria público. Desde então, só temos enfrentado atrasos e a falta de respostas - reclamou a presidente da associação dos parentes das vítimas.

Insatisfeita com o andamento dos trabalhos do Cenipa, Angelita disse que famílias dos mortos agora pretendem recorrer ao Ministério Público e à Polícia Federal para buscar mais esclarecimentos e pressionar pela vinda dos pilotos norte-americanos ao Brasil.

- Eles precisam depor no país, em vez de serem apenas ouvidos por carta - argumentou.

Fonte: Agência Brasil

Leia relato de passageiro sobre problema em avião da TAM

A companhia aérea TAM informou em nota que o vôo 8065, que ia de Madri a São Paulo, voltou para o aeroporto Barajas, em Madri, após duas horas e meia de vôo devido a um aviso de inoperância de um dos pilotos automáticos. A empresa disse ainda que a aeronave realizou "um procedimento padrão ao liberar combustível para atingir o peso ideal para o pouso".

Cerca de 190 passageiros terão de esperar até amanhã para embarcar ao Brasil. Despesas de hospedagem, transporte e alimentação serão pagas pela companhia aérea. Um dos brasileiros que estava no vôo, Adam Leite, relatou, por e-mail, à Folha Online o que ocorreu durante o problema na aeronave.

"Decolamos com quase duas horas de atraso (às 15h, 10h no horário de Brasília) após uns 20 minutos taxiando. Trinta minutos depois, o comandante avisou que um problema nos forçaria a retornar para Madri e que seria despejada uma quantidade de combustível para deixar o peso (da aeronave) ideal para o desembarque em São Paulo."

O passageiro ainda relata que o avião permaneceu por 30 minutos "voando em círculos", para que o combustível fosse despejado.

"Feito isso, pousamos novamente em Barajas. Não houve pânico. O pessoal da TAM providenciou o transporte, hospedagem e jantar para todos e marcou o retorno para amanhã no mesmo horário e no mesmo avião", disse Leite.

Durante o alerta local foram mobilizados bombeiros, equipe médica e forças de segurança do Estado destacados no aeroporto, entretanto não foi necessária uma intervenção.

Fonte: Folha de S.Paulo

Anac atualiza valores de indenização por responsabilidade civil

A ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil - resolveu atender à Recomendação PR/SP nº 12/08, de 5 de março de 2008, emitida pelo Ministério Público Federal de São Paulo, e atualizou os limites das indenizações decorrentes da responsabilidade civil do explorador do transporte aéreo previstos no Código Brasileiro de Aeronáutica - CBAer. O artigo 281 do CBAer dispõe que, para assegurar a "máxima efetividade da garantia da responsabilidade, vincula os valores de contratação do seguro aos valores referentes aos eventos a serem segurados estabelecidos nos arts. 257, 260, 262, 269 e 277 do CBAer.

Os valores não eram atualizado há mais de dez anos. Na justificativa da Resolução nº 37, a Anac admite que o último Comunicado DECAT-001/95, expedido pelo IRB em 23 de janeiro de 1995, dispunha sobre o quadro de responsabilidades e a tabela de prêmios atualizados, até 30 de novembro de 1994, "para fins de contratação do seguro obrigatório de responsabilidade civil do explorador ou transportador aéreo".

Depois do maior acidente aéreo do País, ocorrido em julho de 2007, o assunto ganhou destaque com as críticas dos familiares das vítimas do Vôo JJ3054 com o airbus da TAM que caiu próximo ao aeroporto de Congonhas. No mês passado, o presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo JJ3054 (AfavTAM), Dario Scott, afirmou que embora o seguro de Responsabilidade da Empresa de Transporte Aéreo (Reta) já estivesse disponível dias após o acidente, e várias famílias precisassem do dinheiro depois de perder a pessoa responsável por seu sustento, muitas preferiram não receber a quantia por discordar do valor. Segundo ele, o Reta não era corrigido desde 1993.

Ele disse que a reclamação quanto ao valor do Reta já vem desde pelo menos 1996, quando um Fokker 100 da mesma TAM caiu sobre uma rua do bairro Jabaquara, na zona sul de São Paulo, matando 99 pessoas. E se repetiram após o acidente com o vôo 1907 da Gol, em setembro de 2007, no qual morreram 154 pessoas.

Pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), de 1986, em casos de morte ou lesão, as companhias aéreas devem pagar 3.500 Obrigações do Tesouro Nacional (OTN) a cada passageiro e tripulante. A quantia, deduzida depois da indenização paga pela seguradora, pode ser maior caso as partes cheguem a um acordo.

Com a Resolução nº 37, foi adotado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA como critério de atualização monetária do valor unitário da OTN. O artigo 3º da resolução determinar que as empresas aéreas têm prazo de até 180 dias para adequar os seus contratos de seguro.

Leia, abaixo, a íntegra da Resolução nº 37 da ANAC:

"AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL
DIRETORIA

RESOLUÇÃO Nº 37, DE 7 DE AGOSTO DE 2008

Dispõe sobre a atualização dos limites de indenização de que trata o título VII do Código Brasileiro de Aeronáutica - CBAer..

A DIRETORIA DA AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL - ANAC, no exercício das competências que lhe foram outorgadas pelo art. 8º, incisos X, XIII, XIV e XLIV, da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005,
CONSIDERANDO os termos da Recomendação PR/SP nº 12/08, de 05 de março de 2008, no sentido da atualização dos limites das indenizações decorrentes da responsabilidade civil do explorador do transporte aéreo previstos no Código Brasileiro de Aeronáutica - CBAer;
CONSIDERANDO que a atualização dos limites de indenização previstos no CBAer decorre da própria fixação de valores indexados à Obrigação do Tesouro Nacional - OTN, e ainda da expressão constante dos artigos que tratam da matéria, de que os valores de indenização deverão ser atualizados para a data do pagamento;
CONSIDERANDO a competência desta Agência, prevista no art. 8º, inciso XLIV, da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, para deliberar, na esfera administrativa, quanto à interpretação da legislação, sobre serviços aéreos e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, inclusive casos omissos, quando não houver orientação normativa da Advocacia-Geral da União;
CONSIDERANDO que o art. 281, no intuito de assegurar a máxima efetividade da garantia da responsabilidade, vincula os valores de contratação do seguro aos valores referentes aos eventos a serem segurados estabelecidos nos arts. 257, 260, 262, 269 e 277 do CBAer;
CONSIDERANDO que, desde a extinção da OTN até a conversão da moeda para o Real - quando se deixou de explicitar um critério de atualização -, os valores das apólices de seguros foram atualizados por critérios regularmente definidos pelo Brasil Resseguros S.A. - IRB;
CONSIDERANDO o último Comunicado DECAT-001/95, expedido pelo IRB em 23 de janeiro de 1995, dispondo sobre o quadro de responsabilidades e a tabela de prêmios atualizados, até 30 de novembro de 1994, para fins de contratação do seguro obrigatório de responsabilidade civil do explorador ou transportador aéreo; e
CONSIDERANDO a decisão prolatada na Reunião de Diretoria de 05 de agosto de 2008,

RESOLVE

Art. 1º Estabelecer, para efeitos de conversão dos limites de indenização fixados no Título VIII do Código Brasileiro de Aeronáutica - CBAer em valores expressos em moeda corrente, o valor unitário da OTN em R$ 11,70 (onze reais e setenta centavos), considerado na fixação do quadro de responsabilidades previsto no Comunicado DECAT-001/95, atualizado pela Tabela de Correção Monetária para Condenações em Geral - Item 2.1 do Capítulo IV do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovado pela Resolução nº 561, de 02 de julho de 2007, do Conselho da Justiça Federal -, que aplica o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E a partir de 01/2001.

Art. 2º Adotar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA como critério de atualização monetária do valor unitário da OTN definido nesta Resolução.

Art. 3º Determinar às empresas aéreas que, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, procedam à adequação dos contratos de seguro de que trata o art. 281 do CBAer, aos termos da presente Resolução.

Parágrafo único. Aplica-se aos eventos ocorridos durante o prazo a que se refere o caput e que ensejem a responsabilização civil do explorador do transporte aéreo a atualização de que trata o artigo 2º, independentemente da adequação dos contratos de seguro.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
SOLANGE PAIVA VIEIRA
Diretora-Presidente

Confira, no site da ANAC, a legislação básica sobre temas correlatos:

Legislação Básica

CBAer – Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86)
Lei do Aeronauta (Lei 7.183/84) e Portaria Interministerial 3.016 / 1988.
Lei de criação da ANAC (Lei 11.182/05)
Decreto 65.144/69
Decreto 5.731/06
Regimento Interno da ANAC (Texto Compilado)

Fonte: Expresso da Notícia

Familiares de vítimas de boeing que caiu em Mato Grosso cobram relatório final de investigação

Ainda aguardando posicionamentos oficiais sobre o segundo maior acidente da aviação brasileira, que resultou na morte de 154 pessoas, em setembro de 2006, no Norte de Mato Grosso, familiares das vítimas do Boeing da Gol, voltam a cobrar as autoridades a entrega do relatório final das investigações. No sábado haveria reunião com o Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - Cenipa, em Brasília.

Na pauta estará a cobrança por esclarecimentos do caso. As famílias questionam a contradição entre representantes do próprio governo quanto a divulgação do documento sobre o vôo 1907. Mês passado, o Ministério da Justiça havia dito que poderia ocorrer em 20 dias. Por outro lado, a própria Aeronáutica desmentiu e disse que levaria meses para ser concluído.

O descontentamento foi geral e as declarações não agradaram aos familiares. As promessas feitas à associação das vítimas até o momento não foram cumpridas. Familiares esperam posicionamento da Justiça norte-americana sobre o interrogatório dos pilotos Joseph Lepore e Jan Paladino. Há mais de três meses encaminhadas pela Justiça Federal de Sinop, as 53 perguntas, cada, ainda não foram respondidas. Conforme Só Notícias já informou, também não houve informações sobre a situação atualmente.

Representantes do Brasil querem saber, por exemplo, se os dois analisaram o plano de vôo e se estavam cientes que o percurso previa altitudes – nível 370, nível 360 e nível 380, e por que a aeronave voou sempre no nível 370.

Lepore e Paladino pilotavam o Legacy e seguiam do Rio de Janeiro a Manaus, de onde iriam para os Estados Unidos. No trajeto, o jato colidiu com o boeing, que caiu em uma reserva indígena em Peixoto de Azevedo. Ambos conseguiram fazer pouso forçado na Serra do Cachimbo, e os seis tripulantes saíram ilesos.

Fonte: Só Notícias

Boeing vence concorrência para demonstração das novas funcionalidades do sistema GPS

Boeing assinou um contrato de mais de 150 milhões de dólares com o Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA para a demonstração dos conceitos de Alta Integridade do sistema GPS. Os trabalhos deverão ser realizados a partir de 2010.

O projeto de GPS de Alta Integridade combina sinais de satélites do sistema de telecomunicações de órbita baixa Iridium e dos veículos espaciais de órbita média GPS, com o objetivo de melhorar a disponibilidade, integridade e precisão do posicionamento e navegação, tanto para uso militar como civil.

Segundo os pesquisadores, melhorias significativas no sistema GPS podem ser alcançadas com baixo custo, usando sinais de plataformas já existentes e em órbita, como a constelação Iridium, por exemplo.

Equipe

O projeto de GPS de Alta Integridade conta, além da Boeing e da Iridium, com as empresas Phantom Works, Rockwell Collins e Coherent Navigation, além de especialistas da academia.

Fonte: MundoGEO

Jett8 afirma que irá substituir frota de 747 cargueiros

A Jett8 Airlines Cargo, de Cingapura, anunciou que não irá mais incorporar aeronaves Boeing 747-200F (cargueiros) à sua frota. Em substituição, irá adquirir modelos 747-400F, que têm maior capacidade e eficiência no uso de combustíveis.

Atualmente, a companhia tem dois 747-200F em operação, e tinha planos para elevar essa frota para cinco unidades desse modelo até março - o que não foi concretizado dado o aumento nos custos causado pelos altos preços do petróleo. Esses dois aviões são utilizados em rotas ligando Cingapura a Xangai (China), Chennai, Madras e Bombaim (Índia).

A Jett8 inciou suas operações no ano passado, após a compra desses dois 747-200F da japonesa Nippon Cargo Airlines (NCA). Os outros três aviões desse modelo que planejava adquirir também são da NCA.

Segundo a empresa, ela irá se desfazer até outubro de um de seus aviões 747-200F, sendo que o outro será utilizado apenas como apoio para as rotas atuais. A Jett8 opera ainda com um 747-400F obtido a partir de um leasing com a Jade Cargo International. Ele é utilizado na ligação entre Cingapura e Amsterdã (Holanda), Bangalore e Chennai (Índia), Hong Kong e Malmo (Suécia).

No mês de outubro, a empresa irá receber mais um 747-400F, obtido a partir de leasing com uma empresa não identificada, além de esperar receber outros dois no segundo trimestre de 2009.

Fontes: Valor Online / Agências Internacionais

Composto de cloro no solo de Marte surpreende a Nasa

Na Terra, percloratos são encontrados principalmente no deserto de Atacama, no Chile

O instrumento de análises químicas da sonda Phoenix encontrou sinais de percloratos, um tipo de sal comum no deserto chileno de Atacama, no solo da região ártica de Marte. Percloratos, formados por um átomo de cloro e quatro de oxigênio, não são especialmente hostis à vida, segundo os cientistas da Nasa: há plantas que convivem bem com eles, e bactérias que os utilizam em seus metabolismos. Além disso, alguns percloratos têm propriedades anticongelantes, o que levanta a possibilidade de haver pequenas quantidades de água em estado líquido em Marte.

O engenheiro Ramon De Paula, administrador da missão Phoenix, diz, no entanto, que não há comprovação da presença de água líquida na região de Marte investigada pela sonda. "O que vimos, até agora, foi uma coisa gelatinosa que está mudando, de uma foto para a outra", explica ele, referindo-se a imagens do solo marciano feitas pela nave. "Pode ser que o gelo, misturado com o sal, tenha o efeito anticongelante. É possível, mas ainda não foi investigado o bastante. Primeiro, precisamos medir direito o sal". Ele lembra, ainda, que a baixa pressão atmosférica de Marte faz com que o líquido, se houver, evapore muito rapidamente.

De Paula falou com a reportagem do estadao.com.br depois de uma entrevista coletiva convocada para responder a boatos que percorreram a mídia americana no último fim de semana - inclusive o de que a Casa Branca teria recebido um informe especial sobre descobertas feitas no planeta vermelho - e que apresentou os resultados, ainda inconclusivos, sobre o perclorato.

Trincheira escavada pela Phoenix no solo marciano

Tanto Michael Meyer, cientista-chefe do programa de exploração de Marte da Nasa, quanto Peter Smith, principal cientista da Phoenix, afirmaram que a divulgação dos resultados ocorria antes do momento ideal, e só era feita como reação à onda de boatos.

"O processo não está completo. Estamos abrindo uma janela no projeto, mostrando a vocês a ciência enquanto é feita", disse Smith.

A Nasa diz que vinha evitando divulgar a descoberta de percloratos em Marte porque a detecção, feita pelo analisador de microscopia, eletroquímica e condutividade (Meca, na sigla em inglês) - que misturou uma amostra de solo a água levada da Terra, e analisou a solução resultante -, ainda não foi confirmada por outro instrumento, o analisador térmico e de gás evoluído (Tega), que queima amostras em fornos para estudar os gases liberados.

Além disso, os pesquisadores ainda esperavam eliminar a possibilidade de os sinais de perclorato terem sido criados por uma contaminação causada por partículas do combustível do último estágio do foguete que levou a Phoenix a Marte. Essa hipótese de contaminação, disseram os cientistas na coletiva, é tida como "remota".

"Queríamos eliminar as explicações mais improváveis, porque o resultado é improvável", disse o cientista responsável pelo Meca, Michael Hecht. Os pesquisadores consideraram a descoberta de percloratos surpreendente, em vista de resultados anteriores que indicavam que o solo marciano era muito parecido com o terrestre.

A presença de percloratos, segundo Richard Quinn, outro cientista que tomou parte na coletiva, "pode nos dizer muito sobre a história da água em Marte", já que esses sais são altamente solúveis e podem ter sido transportados para seus depósitos atuais por água corrente, no passado. Quinn, que já realizou pesquisas em Atacama, disse ainda que informes feitos anos atrás, de que era impossível encontra vida nesse deserto, já estão superados. "Quando olhamos melhor, vimos vida ao redor do nitrato e do perclorato" típicos da região, declarou.

O perclorato é um oxidante, membro de uma classe de substâncias que costumam ter um efeito corrosivo em outros materiais. Nos anos 70, as sondas Viking, da Nasa, descobriram um forte efeito oxidante no solo marciano, o que levou muitos cientistas a especular que o ambiente marciano seria inóspito demais para suportar vida, ao menos na superfície. Mas Peter Smith disse que os percloratos são um tipo de oxidante diferente. "São muito estáveis e não destroem matéria orgânica. Há micróbios que vivem disso", afirmou.

Além de confirmar em definitivo a presença de percloratos, os cientistas da Nasa ainda têm que determinar quais minerais estão ligados a eles, em quais quantidades, e eliminar de vez a hipótese de contaminação pelo foguete da Phoenix. "Ainda temos muito trabalho pela frente", disse o cientista responsável pelo Tega, William Boynton.

Fonte: estadao.com.br - Foto: NASA

Brasil forma menos pilotos da aviação do que precisa, alerta associação

O Brasil tem um déficit de 40% na formação de pilotos comerciais e mecânicos de avião. Atualmente o país precisa formar 1.000 pilotos por ano, mas só consegue 600. As informações são do presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Rui Thomaz de Aquino.

Ele e outros representantes da aviação se reuniram sexta-feira (8) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para discutir os problemas do setor, como os serviços de taxi aéreo e a aviação de pequeno porte.

“O Brasil vem formando muito menos pilotos do que necessita. Vamos ter problemas a curto prazo para encontrar pilotos para atender os aviões de grande porte”, alertou Aquino.

O principal problema apontado por Aquino para o baixo número de pilotos é a falta de uma política governamental.

“Precisamos criar mais escolas e fomentar a formação [de pilotos e mecânicos]. É muito caro um curso de piloto, e não temos uma política definida de formação de mecânicos”, disse.

Hoje cada hora-aula de vôo custa cerca de R$ 350. Além do custo da hora-aula, Aquino disse que o setor também reclama do preço do combustível.

Ele propõe que o governo reduza os impostos, como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide diretamente nos combustíveis.

O presidente da Abag informou que o ministro da Defesa pediu que fosse feito um levantamento real do déficit e da demanda da formação de pilotos e mecânicos, para que ele pudesse implantar um programa específico para atingir a necessidade do setor.

Segundo Aquino, uma prova de que a demanda por pilotos tem sido maior do que a entrada de novos profissionais no mercado foi a diminuição do tempo de experiência de horas de vôo para contratação de pilotos. Se há três anos as companhias exigiam três mil horas de experiência, hoje, segundo ele, estão contratando pilotos com mil horas de vôo.

Outro problema levado ao ministro da Defesa pelos representantes da aviação geral é a falta de funcionários da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para fiscalizar todas as aeronaves. “Temos 11 mil aeronaves no setor que necessitam de inspeção, regularização, controle e isso tudo depende da Anac”, disse Aquino, acrescentando que os transportes aéreos regionais e as linhas regulares têm juntos 350 aeronaves.

“Então, [a aviação geral] requer muito mais gente, muito mais demanda de controle de eficiência. Além disso, a aviação regular e a regional atendem a 130 cidades, todo o resto é coberto pela aviação geral”, destacou.

A reunião de hoje foi a terceira de uma série de encontros do ministro Jobim com representantes da aviação civil. Já foram ouvidos os segmentos da avião regional e comercial.

O Ministério da Defesa além de fazer um levantamento dos problemas do setor para apontar soluções, quer criar um canal de interlocução mais ágil entre governo e as empresas.

Fonte: Agência Brasil

Avião da TAM evita pouso em Natal

Apesar do mau tempo, apenas um avião não pousou no Aeroporto Augusto Severo durante a tarde de quinta-feira (07). O vôo TAM 3370 (que fez o itinerário Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília) estava previsto para pousar às 15h55, porém, o piloto se viu obrigado a mudar o destino final e seguiu para Recife. O avião sobrevoou cerca de 30 minutos em Natal antes de seguir para a capital pernambucana.

Várias autoridades potiguares embarcaram em Brasília, mas não puderam concluir a viagem para Natal, entre elas a senadora Rosalba Ciarlini e o marido Carlos Augusto Rosado, os deputadores federais João Maia, Betinho Rosado e Rogério Marinho, além do deputado estadual Álvaro Dias e de Anita Catalão Maia, mulher do senador Agripino Maia.

A TAM se dispôs a completar o trecho por via terrestre, porém, nem todos os clientes acataram. O deputado João Maia estava no aeroporto, em Recife, quando atendeu à ligação da TN. “Não quero dormir no aeroporto, se o vôo para Natal atrasar demais, prefiro voltar para Brasília. O meu compromisso era um comício e será humanamente impossível cumpri-lo”.

A ouvidoria da Infraero informou que os aviões previstos para chegar ontem à tarde pousaram normalmente, à exceção do vôo 3370. Dos nove que pousaram em Natal, alguns atrasaram e outros se adiantaram. O que estava previsto para chegar às 16h20 demorou 55 minutos para pousar. Em compensação, o vôo da Trip, que partiu de Fernando de Noronha, chegou uns minutos adiantados.

A atendente informou que os passageiros que não puderam embarcar no vôo TAM 3370 foram encaminhados para um hotel na Via Costeira. A Tribuna do Norte não conseguiu falar com a empresa.

Fonte: Tribuna do Norte

Paraíba reivindica melhoria da TAM

Representantes do Turismo do Estado da Paraíba se reuniram para enviar carta ao presidente da companhia aérea Tam, comandante David Barioni. O objetivo é reivindicar a não suspensão dos vôos 3403 e 3404 da companhia, que deixaram de operar no aeroporto Castro Pinto, localizado em Bayeux, área metropolitana de João Pessoa, desde o dia 30 de julho.

Na carta, assinada pela Secretaria do Turismo e do Desenvolvimento Econômico do Estado da Paraíba, Secretaria de Turismo de João Pessoa, Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav-PB), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-PB), João Pessoa Convention Bureau, Sindicado dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Paraíba e Sebrae, aponta motivos como alíquota de ICMS reduzida em 3%, sobre o combustível de aviação, podendo gerar benefícios econômicos relevantes às empresas aéreas.

Uma tabela com informações atualizadas dos vôos 3403 e 3404, contendo taxa de ocupação entre os meses de outubro de 2007 e julho de 2008, e a taxa de ocupação média mensal nesses dez meses, foi anexada à carta comprovando o bom fluxo alcançado pelos vôos.

Foram 69% de ocupação na taxa de embarque e 71% na taxa de desembarque no período em que operou no aeroporto. Os vôos ligavam João Pessoa às regiões Sul e Sudeste, fazendo a rota João Pessoa - Rio de Janeiro - São Paulo - Florianópolis.

Além desta reivindicação, as entidades pediram mais atenção para as diferenças de tarifas existentes entre as passagens com embarque em João Pessoa e Recife, capital de Pernambuco, o que segundo a carta, causa uma diminuição considerável do embarque e desembarque de passageiros utilizando o Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto. Eles pediram justificativa adequada para diferença de 30% a 40% nos preços das passagens entre os dois aeroportos.

Fonte: Mercado & Eventos

Aviões russos bombardearam aeroporto de empresa militar em Tbilisi

Aviões russos bombardearam esta madrugada um aeroporto militar da fábrica de aviação, situada na capital georgiana, sem que deixasse vítimas, informaram fontes oficiais.

É a primeira vez que a aviação russa ataca Tbilisi.

O porta-voz do Ministério do Interior, Shota Utiashvili, assegurou que nos ataques não foram registradas vítimas, embora o aeroporto tenha sofrido severos danos.

Três bombas foram lançadas sobre a pista do aeroporto da fábrica, que produz os aviões georgianos Skorpion, baseados no caça-bombardeiro soviético Su-25.

Segundo fontes georgianas, nos três dias de combates no céu da Geórgia foram derrubados pelo menos 10 aviões russos.

A aviação também bombardeou esta madrugada o distrito georgiano de Zugdidi, na Geórgia Ocidental, segundo comunicou a emissora Imedi.

Por enquanto se desconhece se há vítimas e os danos que tenha podido ter causado o ataque contra essa região, contígua com a separatista Abkházia, cujas tropas entraram na faixa de segurança, controlada pelos "capacetes azuis" russos e se concentram na fronteira com a Geórgia.

As forças abkazes e russas também prosseguem com os ataques, até o momento infrutíferos, no desfiladeiro de Kodori, zona no norte da Abkházia que se manteve leal à Geórgia.

No principal palco de combates, a Ossétia do Sul, as partes reagrupam suas forças após intensos tiroteios e duelos de artilharia durante a noite na região dos montes de Prisa, que dominam a capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali.

Apesar da aparente calma, "a situação continua tensa", disse o canal russo de notícias "Vesti-24" o general Marat Kulajmetov, comandante dos "capacetes azuis" russos na região, e acrescentou que "as partes se preparam" para novos ataques.

Também acrescentou que se conseguiu o acordo de evacuar a população civil, tanto da Ossétia quanto da Geórgia, da zona do conflito, à qual se espera proceder por volta de meio-dia de hoje.

Fonte: EFE