segunda-feira, 10 de março de 2008

Tudo pronto para o lançamento do Endeavour

Está tudo pronto para o lançamento do ônibus espacial Endeavour, que tem como missão levar a primeira parte de um imenso laboratório japonês e um sistema robótico canadense dotado de dois braços para a Estação Espacial Internacional (ISS).

A nave, que realizou sua primeira missão em 1992 e é a mais nova da frota de ônibus espaciais da agência espacial dos EUA (Nasa), deve partir do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral, Flórida, às 3h28 de terça-feira (de Brasília).

Dos 16 dias em que o Endeavour permanecerá em órbita, 12 serão acoplado à ISS. Essa promete ser a estadia mais longa já realizada por um ônibus espacial no entreposto orbital, um projeto de US$ 100 bilhões que se tornou realmente multinacional neste ano, quando se instalou (no mês passado) o primeiro laboratório permanente da Europa. Agora, chegou a vez do Japão.


O módulo de armazenamento e equipagem que o Endeavour leva para o complexo orbital é a primeira parte de um laboratório espacial do tamanho de um ônibus de dois andares e cuja parte principal deve ser levada ao espaço no fim de maio. A última parte do laboratório de US$ 2,4 bilhões, apelidado de Kibo ("esperança" em japonês), só deve ser lançado ao espaço em 2009.

Os astronautas do Endeavour pretendem realizar cinco saídas ao espaço durante os 12 dias que permanecerem na ISS. Dois dias serão gastos na montagem de um par de mãos robóticas no guindaste da estação. O equipamento canadense, chamado de Dextre, possui 9 metros de comprimento da ponta de um braço à ponta do outro. E será capaz de instalar e de manusear elementos tão pequenos quanto uma lista telefônica e tão grandes quanto uma cabine telefônica.

Os astronautas também pretendem testar, em uma de suas saídas ao espaço, uma técnica para consertar o escudo antitérmico dos ônibus espaciais, técnica essa elaborada depois do acidente de 2003 com o Columbia. Naquele ano, destroços danificaram a asa do Columbia no lançamento, fazendo que com o ônibus espacial se desintegrasse ao reingressar na atmosfera terrestre para pousar. Todos os sete astronautas a bordo dele morreram.

A área existente ao redor da ISS estará mais movimentada do que o normal durante a missão do Endeavour. O primeiro veículo de carga da Europa, o Veículo Automatizado de Transferência chamado Jules Verne, que funciona por controle remoto e que foi lançado da Guiana Francesa no sábado à noite, ficará rodando em volta da estação durante a visita do ônibus espacial, à espera de sua vez para acoplar.

Os EUA e a Rússia lideram o consórcio de 15 países que constrói a estação espacial. Do consórcio participam o Canadá, o Japão e 11 membros da Agência Espacial Européia. A Nasa tem dois anos para concluir a montagem da ISS, período depois do qual teria de aposentar sua frota de ônibus espaciais.

Fontes: O Globo Online / Reuters

Pantanal terá de garantir embarque ou reembolso de passageiros, diz Procon

Empresa não terá concessão renovada e vai deixar de voar no dia 25.

Procon não registrou reclamações de passageiros até o momento.

O fim das operações da companhia aérea Pantanal, que deixa de voar no próximo dia 25, deve provocar menos transtornos ao consumidor do que as crises de outras grandes e médias empresas do setor, na avaliação do Procon-SP.

A Pantanal vai deixar de voar por não ter apresentado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) documentos sobre a sua situação "técnica, operacional, jurídica e fiscal", o que inclui certidões da Receita Federal o do INSS. Sem os documentos, a Anac decidiu não renovar a concessão da companhia, que vence no próximo dia 24.

Desde o dia 12 de fevereiro, a agência proibiu a empresa de vender passagens com mais de 15 dias de antecedência. Isso significa que, desde então, não foram vendidos bilhetes para vôos após o dia 24. A empresa tem uma participação de 0,2% do mercado nacional de aviação.

Segundo Márcia Christina Oliveira, do Procon-SP, até o dia da viagem, o consumidor pode negociar para ter o reembolso da passagem ou o remanejamento para outra companhia, caso não deseje mais voar pela empresa.

“As pessoas que têm passagens compradas para os próximos dias podem procurar a compania para tentar negociar”, diz Márcia.

Caso o vôo não se realize, a primeira providência é solicitar o endosso do bilhete para que o passageiro possa voar por outra companhia. Mas isso dependerá da disponibilidade de vôos e da decisão das outras empresas de aceitarem ou não o passageiro.

O problema pode ser maior devido à falta companhias e horários de saída para esses destinos. A Pantanal opera vôos entre o Aeroporto de Congonhas (SP) e quatro cidades do interior de São Paulo (Presidente Prudente, Araçatuba, Marília e Bauru). A empresa também voa para Juiz de Fora (MG) e Mucuri (BA).

O Procon não registrou até o momento reclamações de passageiros da Pantanal. Segundo dados da Anac, os vôos da empresa apresentaram até o final de 2007 índices de regularidade, pontualidade e eficiência dentro da média do mercado regional de aviação em 2007.

Procurada pelo G1, a Pantanal informou que todos os diretores e assessores da empresa estão "incomunicáveis".

Fonte: G1

Aviões de abastecimento aéreo: Boeing prepara queixa a Tribunal de Contas

O gigante americano da aeronáutica Boeing vai prestar queixa ao Tribunal de Contas dos Estados Unidos contra a decisão do Pentágono de conceder à dupla EADS/Northrop o megacontrato dos novos aviões de abastecimento aéreo, revela um comunicado publicado nesta segunda-feira.

"A companhia Boeing vai apresentar na terça-feira uma ação formal pedindo ao Tribunal de Contas (Government Accountability Office, GAO) a revisão da decisão da Força Aérea Americana de conceder um contrato ao grupo Northrop Grumman e European Aeronautic Defence and Space Company (EADS) para a compra de aviões de abastecimento aéreo", anunciou a empresa em comunicado.

"Nossa equipe analisou cuidadosamente a decisão sobre os aviões de abastecimento e descobriu graves problemas no processo, que justificam uma apelação", declarou Jim McNerney, diretor-presidente da Boeing, citado no comunicado.

O grupo, com sede em Chicago (Illinois), prometeu dar mais detalhes sobre sua demanda quando a mesma for apresentada formalmente.

O Pentágono selecionou o grupo europeu EADS, empresa mãe da Airbus, e sua sócia americana Northrop Grumman, como fornecedores num contrato de 35 bilhões de dólares para renovar sua frota de aviões de abastecimento aéreo.

A empresa vai fornecer 179 aparelhos à Força Aérea Americana.

Trata-se de um dos maiores contratos propostos pelas forças armadas americanas nos últimos anos, que coloca o vencedor em posição privilegiada para futuras encomendas: os aviões de abastecimento em vôo são o primeiro setor de um mercado com valor total estimado em 200 bilhões de dólares nos próximos 30 anos.

Principal fornecedora da US Air Force em aviões de abastecimento, a Boeing era a grande favorita da licitação. A vitória da EADS foi um balde de água fria para a empresa americana. Muitos políticos e sindicalistas denunciaram, em nome da segurança nacional, o fato de que um contrato de defesa seja concedido a um grupo estrangeiro.

O contrato inicial para o novo aparelho, chamado de KC-45, é de 1,5 bilhão de dólares para o desenvolvimento de quatro aviões de testes, revelou a Força Aérea.

Os novos aviões de reabastecimento em vôo serão baseados no projeto do Airbus A330 e substituirão a atual frota de KC-135.

Os primeiros KC-45A entrarão em serviço em 2013, segundo o Wall Street Journal.

A apelação da Boeing no Tribunal das Contas pode levar à suspensão do contrato atribuído a EADS/Northrop.

Fontes: G1 / AFP

Empresa aérea Pantanal deixa de voar a partir do dia 25, diz Anac

Empresa deixará de voar por falta de documentação.Companhia opera principalmente entre Congonhas e o interior paulista.

A empresa aérea Pantanal vai deixar de voar a partir do próximo dia 25, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que decidiu não renovar a concessão da companhia por falta de documentos. A Pantanal opera vários vôos entre o Aeroporto de Congonhas (SP) e quatro cidades do interior de São Paulo (Presidente Prudente, Araçatuba, Marília e Bauru). A empresa também voa para Juiz de Fora (MG) e Mucuri (BA).

Segundo a Anac, no dia 14 de dezembro, a Pantanal recebeu uma solicitação de apresentação de documentos para comprovar sua situação de regularidade "técnica, operacional, jurídica e fiscal". O último prazo para apresentação dos documentos se encerrou na última sexta-feira (7). Com isso, a agência decidiu não renovar a concessão da empresa, que vence no próximo dia 24.

Desde o dia 12 de fevereiro, a empresa já estava proibida de vender bilhetes para períodos superiores a 15 dias, devido ao mesmo problema. O serviço de 0800 da companhia informou que continua vendendo passagens para as datas posteriores ao dia 24. No site da empresa, no entanto, as vendas após essa data estão suspensas.

"Como a empresa não cumpriu a determinação da agência reguladora, a Anac decidiu não renovar o Cheta (Certificado de Homologação de Empresa do Transporte Aéreo) da Pantanal, que vence no próximo dia 25/03/2008", diz a Anac. "Portanto, a partir dessa data, a empresa deixa de operar."

Segundo a agência, caso queira retornar a operar como empresa aérea, a Pantanal terá que encaminhar um novo pedido e seguir todos os trâmites necessários para a nova concessão.

A Pantanal tem hoje cerca de 0,2% do mercado nacional de aviação. A empresa também possui 33 slots (horário para pousos e decolagens) por dia em Congonhas.

Procurada pelo G1, a Pantanal informou que todos os diretores e assessores da empresa estão incomunicáveis.

A Pantanal foi fundada em abril de 1993 e tem uma frota de seis aeronaves turbo hélices ATR42, fabricados pela Aerospatiale-Airbus.

Aeronave ATR42 da Pantanal. (Foto: Divulgação)

Fonte: G1

Avião saiu da pista por causa da chuva na Indonésia

Um avião da companhia Adam Air derrapou na pista ao tentar aterrissar durante uma forte tempestade nesta segunda-feira (10), ferindo cinco pessoas e causando danos à aeronave.


O Boeing 737-400, prefixo PK-KKT - que levava 170 passageiros e seis tripulantes - havia decolado de Jacarta e ia para a ilha de Batam (norte), de acordo com Pantun Banjarnahor, chefe de operações do aeroporto de Hang Nadim. Cinco pessoas sofreram ferimentos na cabeça e no pescoço.

A asa direita, o sistema hidráulico e o trem de pouso ficaram danificados depois que o avião derrapou por cerca de 75 metros na pista, de acordo com Pantun.

As causas do incidente não foram imediatamente esclarecidas.

Segundo Danke Drajat, porta-voz da Adam Air, a aeronave estava em "boas condições" após uma inspeção em dezembro do ano passado. Ele atribuiu o incidente ao mau tempo.

No entanto, de acordo com Pantun, a visibilidade não era suficiente para a aterrissagem.

Após o incidente, o aeroporto foi fechado por mais de duas horas, causando um número não-confirmado de cancelamentos.

Companhias aéreas da Indonésia vem sendo investigadas após uma série de acidentes que mataram mais de 120 pessoas em 2007.

A União Européia (UE) atualmente revisa a proibição a vôos da Indonésia imposta no ano passado.

Fontes: Folha Online / Associated Press - Foto: Reuters / Stringer

Avião sai da pista e atola na lama em Milwaukee, EUA


Um avião McDonnell Douglas DC-9-51, da Northwest Airlines ficou atolado na lama após aterrissar no Aeroporto Internacional General Mitchell, em Milwaukee, WI, EUA, interrompendo os outros vôos por mais de duas horas na manhã de sábado (08).

O porta-voz do do aeroporto disse que o incidente ocorreu quando o vôo da Northwest Airlines saiu da pista às 8:15 a.m. Cai uma neve espessa naquele momento. Somente uma das três rodas de aterrissagem saiu do asfalto e o avião foi retirado após 90 minutos.

Havia 58 passageiros e cinco tripulantes no vôo 795, mas ninguém ficou ferido.

Fontes: todaystmj4 / ASN

Boeing da Continental Airlines sai da pista em Ohio, EUA

Um avião Boeing 737-300 da Continental Airlines que realizava vôo 1492 derrapou na pista ao fazer a aterrissagem no Aeroporto Internacional de Port Columbus, em Columbus, Ohio, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (07).

A aeronave aterrissou aproximadamente às 23:15 (hora local) e ao tocar a pista deslizou para uma área gramada na lateral. Ninguém ficou ferido.

Um porta-voz da empresa aérea disse que o Boeing 737-300 estava vindo de Houston.

Havia a bordo cinco tripulantes e 124 passageiros.

Fontes: Storm Watch / ASN - Foto: James D. DeCamp

'Escada dos sobreviventes' do 11 de Setembro é removida em NY

Local foi a rota da fuga de algumas pessoas que sobreviveram aos ataques.

Escada será preservada e instalada no futuro memorial às vítimas.

Uma parte da escada do World Trade Center que serviu como rota de escape para alguns sobreviventes do 11 de Setembro foi removida de seu local original no domingo, na preparação para a instalação do museu memorial.


Escada entre os escombros do World Trade Center (Foto: Reuters)

A chamada "escada dos sobreviventes", que permaneceu entre os escombros do edifício, foi erguida intacta por um guindaste gigantesco até um caminhão, que a transportou para 60 metros dali.

A escada será posteriormente instalada no memorial do World Trade Center, onde o fragmento intacto, com cerca de um andar de altura e 35 degraus, vai servir como ponto central.

Autoridades e grupos de preservação locais assistiram à remoção em um dia ensolarado que lembrou a manhã de 11 de setembro de 2001.

Transeuntes também pararam para assistir, ao lado de sobreviventes que visitaram o local. Tom Canavan disse a um canal de televisão local que usou a escada da Vesey Street como a única maneira para descer até a rua no dia do desastre.

Dois aviões sequestrados se chocaram contra as torres norte e sul do World Trade Centre em 11 de setembro de 2001, causando o colapso delas e matando mais de 2.600 pessoas, assim como todas as pessoas a bordo das aeronaves.

Fonte: G1

Um morto na queda de um helicóptero de turistas no Tadjiquistão

Uma pessoa morreu - o piloto - no sábado (08) e cinco ficaram feridas em um acidente com um helicóptero Mi-8 da empresa estatal TajikAir com 13 turistas no Tadjiquistão, informou neste domingo o ministério do Interior.

O helicóptero caiu ao aterrissar perto de Khorog, 250 km a leste de Dusambé. Os demais passageiros ficaram levemente feridos.

Segundo uma das hipóteses, uma tempestade de neve pode ter causado o acidente.

Fonte: AP

Bauru: desde a década de 30, cidade tem vôos regulares para a Capital

Bauru tem tradição de linha aérea regular para São Paulo desde os anos 30. Portanto, empresas aéreas atuam há cerca de 70 anos no transporte de passageiros na cidade. A primeira empresa a operar foi o Sindicato Condor, inicialmente com aviões para até 12 passageiros. Posteriormente, o Sindicato Condor foi transformado em Cruzeiro do Sul, que depois foi incorporada à Varig.

Entusiastas da aviação civil e historiadores da cidade consultados pelo JC relembram que a famosa empresa aérea Panair do Brasil também operou linha regular em Bauru na década de 40. O ex-diretor do Aeroclube de Bauru Mario Bevilacqua cita que a empresa fazia uma linha que passava em várias cidades. “Partia da Capital do País na época, o Rio de Janeiro, ia a São Paulo, Bauru, Três Lagoas, Campo Grande, Corumbá até Cuiabá”, enumera o roteiro da viagem. O JC apurou que a escala em Bauru era o momento dos clientes saborearem o serviço de bordo. A empresa servia refeições aos passageiros produzidas pelo Bar e Restaurante Crystal, de propriedade da família Padilha, em Bauru.

Única companhia aérea a operar atualmente no Aeroporto Moussa Tobias, a Pantanal oferece quatro vôos de segunda a sexta-feira para São Paulo e outros quatro de volta. A linha é São Paulo-Bauru-Araçatuba, perfazendo 18 operações de pousos e decolagens diárias.

No último dia 16 de fevereiro, a empresa aérea Ocean Air encerrou sua operação em Bauru. Desde então, a Pantanal é a única a operar linhas regulares no Aeroporto Moussa Tobias. Anteriormente, a BRA e a Air Minas já tinham cessado os seus serviços na cidade.

Fonte: Ricardo Santana (JCNet)

Ataque arrasador estendeu-se por várias horas

Soldados colombianos passaram a manhã do dia 1.º vasculhando o campo; equatorianos só chegaram à noite

Um Supertucano da Força Aérea Colombiana

A Operação Fênix, o golpe fulminante que dizimou o acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador e resultou na morte de um dos seus principais líderes, Raúl Reyes, deu-se em duas etapas com três horas de diferença. No primeiro ataque, realizado entre meia-noite e 1 hora de sábado, dia 1º, aviões Supertucanos fabricados pela Embraer lançaram pelo menos seis bombas de 115 kg.

Às 3 horas, os colombianos lançaram outras quatro bombas no acompamento. Nos dois momentos, após o bombardeio, helicópteros ainda investiram contra os guerrilheiros no chão. Cada ataque teve aproximadamente uma hora de duração. No total, foram lançadas dez bombas em duas linhas paralelas.

Essas informações foram dadas por três guerrilheiras - duas colombianas e uma mexicana - que sobreviveram, em depoimentos a militares do Equador. Segundo o coronel José Nuñez, comandante do Batalhão 54 de Operação Especiais na Selva, elas contaram que os aviões surgiram na noite de Angostura, do lado equatoriano da fronteira, vindos da Colômbia no sentido norte-sul. Em uma linha perpendicular à rota dos aviões, helicópteros metralharam o acampamento para ter certeza de que não haveria sobreviventes.

No local, que a reportagem do Estado sobrevoou na última quinta-feira, há marcas de tiros calibre .50 de metralhadora em panelas e árvores. Mas o que mais impressiona são as crateras abertas na floresta de Angostura, na Amazônia equatoriana. Na primeira incursão, as bombas, que têm o poder de devastar com estilhaços tudo o que encontra num raio de 700 metros, produziram seis grandes buracos.

Reyes, que se encontrava em seu confortável espaço no centro do acampamento, uma espécie de gabinete de guerra, com TV e telefone por satélite, teria sido atingido pela primeira chuva de bombas. Ele era o alvo principal da Operação Fênix. “Os colombianos usaram tecnologia militar americana para localizar a presença humana na floresta por meio de sensores térmicos. Assim, foi possível determinar o local onde se escondiam os guerrilheiros”, explicou o coronel Nuñez.

No segundo ataque, às 3 horas da manhã, as bombas lançadas abriram quatro grandes buracos na floresta. Dessa vez, os aviões vieram da fronteira colombiana no sentido contrário, sul-norte. Mais uma vez, os helicópteros cruzaram a linha dos guerrilheiros cuspindo fogo com suas metralhadoras de calibre .50. Nuñez estima que estavam no local cerca de 50 guerrilheiros das Farc. Os que sobreviveram ao primeiro ataque fugiram pelo rio na direção da Colômbia em botes e canoas a motor.

Às 5 horas da manhã, os colombianos desembarcaram no acampamento, utilizando helicópteros. Resgataram o corpo de Reyes e seu fiel escudeiro. Durante cinco horas, vasculharam a área e levaram tudo que era importantes para a guerrilha: dinheiro, computadores, documentos e informações estratégicas e táticas das Farc.

O Exército equatoriano chegou no início da noite daquele mesmo dia e encontrou os corpos dos guerrilheiros mortos. Nuñez afirmou que o próprio Exército equatoriano poderia ter realizado a operação, caso a Colômbia tivesse pedido ajuda. O retrospecto de cooperação entre os dois países no combate à guerrilha é negativo. Eles já dividiram algumas informações confidenciais, mas na hora da batalha foi cada um por si. Na escalada da tensão, a confiança foi a primeira baixa.

Fonte: Expedito Filho (O Estado de S.Paulo) - Foto: EFE

Um heróico pescador de avião

No dia 23 de janeiro de 1935, quando uma esquadrilha de hidroaviões da Aviação Naval sobrevoava o litoral Norte do Estado, nas imediações de Picinguaba, caiu um temporal, oportunidade em que um dos aparelhos veio a sofrer uma pane no motor e foi forçado a pousar no mar, ficando à deriva. Sua situação era perigosa, uma vez que fatalmente seria jogado contra as pedras daquela costeira de rochas escarpadas.

Vendo a situação perigosa que se encontrava o piloto da aeronave, um pescador japonês, que se encontrava por perto, não hesitou um só minuto e resolveu socorrê-lo. Ao chegar ao local com seu pequeno barco pesqueiro, de 10 HP de potência do motor e nove metros de comprimento, lançou um cabo e puxou o aparelho para que não fosse de encontro às pedras, passando a rebocá-lo por um certo tempo até que encontrou um outro barco maior, que vinha em socorro do oficial aviador acidentado.

Alguns dias depois, o modesto pescador foi chamado à Capitania dos Portos do Estado de São Paulo, onde, ao ser indagado se queria ser recompensado pelo serviço prestado, respondeu que não queria nada, pois apenas tinha cumprido a sua obrigação de homem-do-mar. E, qual não foi a sua surpresa, quando soube que o piloto que havia salvo era o comandante da Primeira Divisão de Patrulha Aérea, integrante da Força de Aviação Naval, que vinha acompanhando a Esquadra - cujo navio capitânea, o encouraçado São Paulo, trazia a bordo o almirante Protógenes Pereira Guimarães, ministro de Estado dos Negócios da Marinha, que vinha para Santos, de onde seguiria para a capital paulista, para participar da grandiosa festividade do 381º aniversário de fundação de São Paulo.

De fato, posteriormente, quando o aludido oficial, o capitão-de-corveta aviador naval Hugo da Cunha Machado, assumiu o comando da Base de Aviação Naval da Bocaina (antecessora da Base Aérea de Santos, no Guarujá), fez questão de agradecer pessoalmente ao pescador, que compareceu àquela unidade aeronaval, acompanhado do sr. Kinji Kanada, cônsul do Japão em Santos, das duas filhas Takie e Sadayo Okida e de um amigo, sr. Yoshinobu Sakai. Após ter sido recebido pelo comandante da base, capitão-de-corveta aviador naval Hugo da Cunha Machado, e por outros oficiais aviadores, o humilde aviador foi homenageado, recebendo - como recordação da sua ação heróica -, uma pá de hélice aérea.

Sasaki, o cônsul Kinji Kanada, as meninas Sadayo e Takie, Sadami Okida, Hugo Machado e Yoshinobu Sakai, na homenagem em 1935

Estamos nos referindo ao sr. Sadami Okida, natural de Hiroshima, onde nasceu a 10 de maio de 1894 e que imigrou para o Brasil com a família (pai, mãe e irmãos) aos dezesseis anos de idade, tendo desembarcado no porto local após noventa dias de viagem por mar, como integrante da terceira leva de imigrantes japoneses que pisou no solo brasileiro.

De Santos, o jovem Sadami seguiu para o interior do Estado, onde trabalhou ao lado dos seus pais e irmãos em fazendas de café. Depois de algum tempo, veio para a capital, voltando finalmente para a nossa cidade, em fins da segunda década deste século, onde passou a trabalhar como pescador na Ponta da Praia.

Cumpre notar que, pelo seu gesto de coragem, socorrendo o hidroavião da Força Aérea da Marinha que se encontrava em perigo - com o risco da própria vida, uma vez que o mar estava agitado, pois estava soprando vento forte -, o pescador Sadami também foi homenageado pela Sociedade Japonesa de Santos, que lhe concedeu uma medalha de prata com a seguinte inscrição: "Sociedade Japonesa de Santos - Sadami Okida" (no verso) e "Amabelita Elogium Bravus - 23/01/35" (no reverso).

Ainda por ocasião do Cinquentenário da Imigração Japonesa no Brasil, que ocorreu em 1958, o sr. Okida foi homenageado pelo Governo Japonês devido ao seu feito heróico, impedindo que o hidroavião do comandante Hugo da Cunha Machado se despedaçasse nos penhascos, em princípios de 1935, ocasião em que foi agraciado com um artístico pergaminho.

O heróico pescador japonês veio a falecer no dia 8 de janeiro de 1969, após mais de meio século de relevantes serviços prestados no campo da pesca em nosso País, pois contava setenta e quatro anos de idade e havia se tornado uma figura benquista em nossa cidade.

N. do A.: Cabe-nos observar que o episódio relatado acima chegou ao conhecimento do 1º Ten. Inf. Aér. Polícia da Base Aérea de Santos, que nos falou a respeito, colocando-nos ainda em contato com o Sr. Tsuneo Okida e Sra. Sadayo Okida, filhos do saudoso e heróico pescador Sadami Okida, que nos forneceram os relatos necessários para a concretização do relato.

Fonte: J.Muniz Jr., jornalista e pesquisador em Santos. Texto incluído em seu livro Episódios e Narrativas da Aviação na Baixada Santista, edição comemorativa da Semana da Asa de 1982, Gráfica de A Tribuna, Santos/SP.

China deve lançar seu próximo vôo espacial tripulado depois das Olimpíadas

Crianças visitam exposição com os trajes dos 'taikonautas' (astronautas chineses) Fei Junlong e Nie Haisheng, em Pequim

O terceiro vôo tripulado chinês, em um foguete "Shenzhu VII", foi programado para final de setembro ou início de outubro deste ano, logo após os Jogos Olímpicos de Pequim, informou no sábado a agência oficial China Nova.

"Os preparativos para a missão estão sendo feitos e confiamos em seu sucesso", declarou Zhang Yulin, diretor do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, citado pela agência.

A missão incluirá três "taikonautas" chineses que tentarão uma saída ao espaço, explicou Zhang, que deu estas declarações em paralelo à sessão anual da Assembléia Nacional Popular (Parlamento).

Em outubro de 2003, a China pôs em órbita com sucesso o seu primeiro astronauta, Yang Liwei, a bordo do "Shenzhu V". Com isso, se tornou o terceiro país, depois de Rússia e Estados Unidos, a enviar homens por seus própeios meios ao espaço.

Dois anos depois, o ônibus espacial "Shenzhu VI" e seus dois tripulantes, Fei Junlong e Nie Haisheng, realizaram uma missão de cinco dias no espaço, consagrando o sucesso do segundo vôo habitado chinês.

Fonte: AFP

Aeronaves sobrevoarão municípios da Amazônia Legal ainda em março

Os 36 municípios líderes em desmatamento na Amazônia Legal serão sobrevoados, ainda em março, por aeronaves R99B para captar imagens de radar para estudos. O tema foi discutido nesta semana por representantes do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Estado-Maior da Aeronáutica.

A operação terá 300 horas de vôo e cobrirá uma área de 789 mil quilômetros quadrados. Os dados coletados servirão como base para ações rápidas de repressão a novas infrações por agressão ao meio ambiente.

De acordo com o Diretor-Geral do Censipam, Marcelo de Carvalho Lopes, a meta é realizar vigilância aérea periódica sobre as propriedades embargadas.

Em primeiro plano um R99B, avião de vigilância terrestre, três unidades recebidas . Em segundo plano um R99A, de Vigilância Aérea - Foto: Defesanet

Fonte: Agência Brasil