sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Mortos em acidente aéreo no Congo são mais de 50

O presidente do Congo, Joseph Kabila, demitiu o ministro dos Transportes, Remy Henri Kuseyo Gatanga, nesta sexta-feira, enquanto o número de mortos em um acidente aéreo na capital do país ultrapassou 50 pessoas. Um conselho ministerial foi realizado para discutir a questão e tentar estabelecer regras para mudar o quadro de segurança aérea do pais.

O Ministério de Assuntos Humanitários informou que o número de mortos subiu de 38 para 51 e também divulgou que o número pode aumentar, já que 25 pessoas estão feridas com gravidade.

Inicialmente as autoridades congolesas anunciaram que todos os ocupantes do avião, que caiu em uma área residencial, haviam morrido, mas um mecânico congolês, Dede Ngama, que estava a bordo do avião de carga de fabricação russa, sobreviveu. Ele se encontra bem e está no hospital Roi Baudouin.

O Congo possui um dos piores históricos de segurança aérea do mundo e o acidente de ontem ocorreu quando uma aeronave Antonov 26 caiu no bairro Kingasani, logo após decolar do aeroporto internacional de Ndjili.

O cargueiro destruiu três casas imediatamente e ao menos outras seis casas ficaram comprometidas em razão do acidente.

"Eu estava no mercado quando o avião caiu. Um dos meus três filhos morreu, os outros dois estão desaparecidos", disse Marie Simbi, uma residente de uma das casas atingidas, à Reuters.

Após o acidente em Kinshasa, a polícia teve de lidar contra os curiosos e os saqueadores que se aproximaram da área. Policiais realizaram diversas prisões de homens que tentaram pegar pedaços de metal e objetos de valor dos restos do avião.

A Cruz Vermelha do Congo disse que muito da área se tornou cinzas e que haverá dificuldade em reconhecer os corpos.

Demissão

A demissão de Kuseyo foi anunciada pela televisão estatal e ele foi acusado de negligência e má prática. O ex-ministro disse que o avião havia sido proibido de decolar do aeroporto de Ndjili por três semanas, devido a vários acidentes recentes com Antonov. Ele disse que a demissão foi injusta.

Fonte: Folha Online

Bombeiros fazem simulação de acidente aéreo em MG

Objetivo é avaliar infra-estrutura do aeroporto Tancredo Neves em caso de acidentes. Participantes da simulação são alunos de curso realizado pelos bombeiros e pela Infraero.



Voluntários participam de simulação de acidente no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), nesta sexta- feira (5). Com a mudança na malha aérea do país, o aeroporto passa a ter mais vôos e começa a se adaptar para receber 14 mil passageiros por dia. Os participantes da simulação são voluntários em um curso realizado pelo Corpo de Bombeiros e pela Infraero. A simulação desta sexta é a última aula do curso, que vai avaliar o aprendizado dos alunos e a infra-estrutura do aeroporto nos casos de acidentes.

Fonte: G1 / Foto: Beto Magalhães/Estado de Minas/AE


Nova malha aérea não diminui filas em Congonhas

Cerca de 95% dos vôos estão operando na pista principal. Segundo Infraero, podem pousar e decolar 562 aviões por dia.

As novas normas para aumentar a segurança no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, está produzindo um efeito colateral, conforme constatou uma equipe de reportagem do Jornal Nacional.

A ação judicial de 19 de setembro, que limitou o número de passageiros e a carga de combustível dos aviões que operam no aeroporto, não alterou o número de vôos. Congonhas continua sobrecarregado, com filas para decolar, pousar e até estacionar no terminal.
Embora o número de passageiros tenha diminuído, os congestionamentos e atrasos na pista continuam. Desde setembro, por conta de restrições de segurança, Congonhas está operando na pista principal com o mesmo número de vôos.

Após o acidente com o avião da TAM, ocorrido em São Paulo no dia 17 de julho, o Ministério da Defesa mandou diminuir a chamada 'distância declarada' de pista de Congonhas. Com isso, os aviões só podem usar parte da pista, reservando o resto para uma emergência.
A pista principal , com 1.940 metros, só está autorizada a funcionar com 300 metros a menos. Na pista auxiliar, que tem 1.435 metros, os pilotos só podem usar 1.195 metros.


Para decolar ou pousar a decisão é do piloto. A escolha deve ser baseada no cálculo do peso e da potência do avião. Por conta disso, 95% dos vôos estão operando na pista principal.

Segundo a Infraero, desde 18 de julho, só podem ocorrer 33% de movimentos de aeronaves a cada hora. Isso significa que podem pousar e decolar 562 aviões por dia. A Infraero não tem, em princípio, uma explicação para a demora nas decolagens e pousos e diz que a cobrança de uma resposta deve ser feita à aeronáutica e às companhias aéreas.

A Varig e a Gol não se pronunciaram sobre o assunto. Já a TAM, informou que eventuais atrasos em vôos da ponte-aérea Rio-São Paulo podem ser reflexo do ajuste de malha implementado desde o último dia 1º para atender as alterações necessárias à operação no aeroporto de Congonhas.

Fonte: G1

Por falta de controladores, Aeronáutica deixa de monitorar aviões de pequeno porte

A medida é de outubro de 2006, mas foi reeditada em junho deste ano. Objetivo é desafogar o trabalho de monitoramento dos controladores de tráfego aéreo.

Uma medida da Aeronáutica determina que vôos de aviões de pequeno porte que trafegam abaixo de 11 mil pés de altitude, em condições visuais, não sejam mais controlados pela Aeronáutica. A medida é de outubro de 2006, mas foi reeditada em junho deste ano.

A ordem é para desafogar o trabalho de monitoramento dos controladores de tráfego aéreo. Segundo a Aeronáutica, a medida é válida para as áreas distantes dos grandes aeroportos monitorados pelos Centros de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cindactas) um e dois e não oferece risco para segurança do vôo.

A Aeronáutica também informou que está em estudo a diminuição da altitude para esses vôos de 11 para oito mil pés.

Reportagem do jornal "O Globo" desta sexta-feira (5) diz que a medida tem gerado preocupação entre pilotos de pequenas empresas. Segundo a matéria, fontes do setor alertam que voar está menos seguro, já que os pilotos não podem mais se comunicar com os centros de controle para obter orientação sobre os vôos. Segundo a reportagem, há uma frota de 9.800 aviões voando sem controle no país.

Fonte: G1

Índios txucarramae fecham local do acidente da Gol


Cacique Bedjai afirmou que esta foi a última expedição aos destroços do Boeing.

Ele reclamou que empresa aérea ainda não retirou da mata o que restou do avião.




O chefe da aldeia Piaruçu, Bedjai Txucarramae, afirmou que a reportagem do G1 seria a última equipe a participar de uma expedição ao local do acidente da Gol.
“Você será o último jornalista que virá até o local. Não trago mais. A empresa aérea que trate de tirar os destroços daqui. Usa, suja a reserva e não pode ficar assim. Sem destroços aqui, ninguém vai mais querer visitar a região”, diz.

Os participantes da expedição - que partiu de Sinop (MT) na manhã de segunda-feira (1º) e retornou na tarde desta quinta-feira (4) - foram encontrar Bedjai em um ponto chamado Água Boa, perto da entrada da aldeia Piaruçu. Ele não permitiu nem mesmo que toda a equipe de bombeiros que participou do resgate dos corpos pudesse voltar à mata.

Depois de alguma negociação, Bedjai, que estava irredutível, voltou atrás e permitiu que apenas o major Átila Wanderley da Silva, comandante do Corpo de Bombeiros de Sinop, pudesse entrar na reserva indígena. “Funai, em Brasília, manda em Brasília. Megaron manda em Funai, em Colíder. Eu, Bedjai, é que mando aqui e eu digo que bombeiros não vão ao local. Não autorizo.”

O restante da equipe do Corpo de Bombeiros ficou em um acampamento improvisado na beira do Rio Jarinã, sem poder se aproximar do acampamento montado a quase duas horas de barco do local. “Foi uma pena que todos os bombeiros não puderam ir ao local comigo, pois sei que eles ajudaram muito no trabalho de resgate do acidente. Só tenho a agradecer a eles e também aos índios, pelo que fizeram”, disse o coronel Marinho.

Antes de penetrar na mata e chegar à aldeia Piaruçu foi preciso também obter autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai). O responsável por permitir que a expedição seguisse viagem foi o presidente da sede regional da fundação em Colíder (MT), Megaron Txucarramae. É ele quem decide o número de pessoas que pode entrar na reserva Kapot/Jarina, no Norte de Mato Grosso.

Só depois de receber a anuência do cacique indígena, o grupo de bombeiros de Sinop (MT) e o coronel da reserva do Exército Marcos Antonio Miranda Silva, viúvo de uma vítima do acidente da Gol, puderam seguir viagem. Guerreiros das aldeias vizinhas acompanharam o grupo o tempo todo, para dar segurança e servir de guia pela mata fechada até o local onde estão os destroços.

Fonte: G1

FAB faz 4 viagens por dia com autoridades

Em um ano, a Aeronáutica utilizou sua frota de jatos para realizar uma média de quatro vôos por dia para transportar ministros do governo e presidentes do Congresso, pelo país e exterior, num total de 1.544 trechos viajados -a maior parte durante a crise aérea.

Os dados, tabulados pela Aeronáutica para o período de junho de 2006 a junho de 2007, mostram que o campeão de viagens em aeronaves oficiais foi o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), que voou 125 trechos, boa parte para Belo Horizonte, onde tem residência. Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais, e ex-Turismo) é o segundo da lista, com 105 trechos, seguido por Fernando Haddad (Educação), com 95 viagens, e Tarso Genro (Justiça e ex-Relações Institucionais), com 81 vôos.

O uso das aeronaves é regulamentado por um decreto assinado em 2002 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os aviões podem ser usados em viagens a serviço, por motivo de segurança ou emergência médica e para deslocamentos para a cidade onde a autoridade tem residência.

Têm direito ao serviço aéreo da FAB o vice-presidente da República, os presidentes do Congresso e do STF, os 37 integrantes do primeiro escalão com status de ministro e os comandantes das Forças.

O levantamento, obtido pela Folha, não inclui vôos dos comandantes militares, mas lista as requisições de aeronaves por cada autoridade civil, com a lista completa dos passageiros. Com isso, é possível identificar as "caronas" oferecidas por vários ministros para assessores, familiares ou amigos.

Um caso peculiar foi a "carona" que Walfrido ofereceu na Páscoa, logo após o motim dos controladores que fechou todos os aeroportos, a Nelson Jobim (hoje titular da Defesa) e dois governadores, Wellington Dias (PT-PI) e Marcelo Déda (PT-SE), e seus familiares.

O grupo partiu da capital federal às 18h45 do dia 5 de abril deste ano rumo a Belo Horizonte, a bordo de uma aeronave C-97 (um Embraer Brasília) e voltou a Brasília no domingo de Páscoa às 21h.

O governador de Sergipe confirmou que não viajou a serviço. Os outros não ligaram de volta. "Não vejo irregularidade. A viagem não foi feita por minha causa, só fui um dos passageiros. O avião faria o trecho de qualquer maneira", disse Déda. Porém, ao ser questionado se ficou hospedado com o grupo na fazenda do ministro, Déda respondeu que sim.

O decreto sobre o uso dos aviões não trata sobre caronas.Nos próximos dias, Walfrido estará em Paris. Segundo o "Diário Oficial" da União de ontem, o ministro ficará na capital francesa até o dia 8 "para tratar de assuntos de interesse particular". A assessoria do ministro não quis informar o motivo.

Fonte: Folha de S.Paulo

Gol: moradora de fazenda sonhou com acidente

A mulher do gerente da fazenda Jarinã, Ivanil Picalho, falou que quando o marido, Milton Picalho, 55 anos, assumiu a gerência, há cerca de três anos, ela começou a sonhar com um desastre de avião com muitas vítimas. A fazenda serviu de base para os trabalhos de resgate das vítimas do acidente com o Boeing da Gol.

"Eu achava que ia acontecer algo com o meu marido ou com alguns dos diretores, sempre pedi cuidado para o Milton ao viajar de avião. Depois do acidente, não sonhei mais", relatou Ivanil.

Picalho confirmou o sonho da esposa. "Ela sempre me falava desse sonho e pedia para tomar cuidado com avião. Falava que apareciam muitos soldados e corpos", relatou.

CapelaO gerente da fazenda disse que pretendia construir uma capela na fazenda, mas a idéia foi antecipada devido ao acidente, no dia 29 de setembro de 2006. "Como aconteceu o acidente e envolveu muita gente, nós resolvemos construir logo. Os familiares da última vítima localizada entre os destroços, Marcelo Paixão, vieram aqui e trouxeram uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. A partir daí, surgiu a vontade de construir uma capela para os familiares", disse.

A fazenda Jarinã realizou no sábado, dia 29 de setembro, uma missa de um ano em memória das vítimas. A missa foi realizada na escola municipal que existe dentro da fazenda e reuniu cerca de 130 pessoas. Dentre eles, sete familiares das vítimas, moradores de Peixoto de Azevedo e trabalhadores da fazenda.

"Foi muito bonita a missa. Os familiares deixaram imagens de Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Aparecida e foto das vítimas", disse Milton Picalho.

O gerente da fazenda Jarinã afirmou que, ao saber do acidente, esperava que as vítimas estivessem vivas. "Sempre tivemos a esperança de encontrar sobreviventes", lembrou.

Fonte: Terra / Foto: Juliana Michaela

Boeing entrega 109 aeronaves no trimestre

A norte-americana Boeing anunciou hoje que entregou 109 aeronaves civis no terceiro trimestre deste ano. O grupo enviou a seus clientes 81 aviões do modelo 737; 20 aeronaves 777; cinco peças 747 e três aeronaves 767.

Desde o início do ano, a companhia já entregou 329 aviões, dos quais 250 eram do modelo 737.

Fonte: Invertia